Fanfic: Amor Inesperado - Ponny | Tema: Ponny (Anahi e Alfonso)
A noite estava quente mesmo que estivesse no começo do inverno, Anahi não se aguentava de tanta felicidade, parecia que iria explodir a qualquer momento. O seu dia havia chegado, o dia que todas as mulheres sonham, planejam e passam maus bocados pensando só na possibilidade de algo da errado.
Exatamente, hoje era o dia de seu casamento com Matt, seu namorado desde o ensino médio. Ela se guardou apenas para ele, sonhava apenas com ele, e planejara a vida toda com ele.
Seu pai pelo contrário nunca aprovou o relacionamento, não gostava da forma impaciente que as vezes Matt a tratava. Mas ela o compreendia completamente, ela sabe que é meio irredutível e chata, e as vezes ele se estressa e acaba gritando um pouco com ela. Mas logo depois a pede desculpas e tudo se resolve novamente, ela sabe que Matt não é uma pessoa ruim, muito menos abusivo, como seu pai insistia em dizer constantemente, ele só era... difícil de lidar, isso mesmo, apenas era difícil de lidar.
Independente de tudo, seu pai a apoiou e percebeu que se essa era realmente a sua vontade, e se a felicidade dela era resumida a ficar com aquele cara, ele a apoiaria e torceria para que seus pressentimentos fosse apenas receios de um pai babão, com sua única princesinha.
— Any, eu estou falando com você. Não me ouviu novamente né? - Maite estalou os dedos em frente ao seu rosto sorrindo - Planeta terra chamando.
— Ai amiga - Anahi passou as mãos no rosto - Desculpa, eu tava pensando no Matt - sorriu - Ainda estou sem acreditar que vamos casar, é tão... irreal. - sorriu para a amiga que também já sorria mais abertamente.
Maite era irmã de Matt, foi a primeira a apoiar o relacionamento quando todos foram contra. O motivo era que ambos haviam começado o relacionamento muito novos, eram literalmente duas crianças, ela com 14 e ele com 15 anos. Mas nunca desistiram de lutar por esse amor, eles amadureceram juntos, criaram maturidade juntos e agora casariam... juntos.
— É muito inacreditável não é mesmo? - Maite sorriu - Vou ter a minha melhor amiga, como cunhada. Ou seja, minha nova irmã. - deu pulinhos de alegria arrancando boas risadas de Anahi.
— Também estou sem acreditar no que está acontecendo... Eu o amo tanto, May - sorriu abobada - Desde a primeira vez que o vi com a Helena... - revirou os olhos acompanhada pela amiga.
— Ok senhora melancólica, não está na hora de pensar em tudo que passaram e deixar a tristeza invadi-la. Hoje é dia de alegria, finalmente seu pai concedeu sua mão e não podemos perder tempo, vai que ele se arrependa. - gargalhou junto com Anahi.
Seu pai estava relutante em conceder a mão da filha, as três primeiras tentativas de Matt em pedir a mão de Anahi em casamento foi em vão, Enrique foi duro e negou, primeiro com a desculpa que Anahi era muito nova tinha apenas vinte e dois anos, depois com a desculpa que Anahi não tinha uma estabilidade financeira, já que terminara a faculdade de medicina apenas um mês atrás, a última desculpa foi que Matt não a amava... Essa foi a que mais a magoou, seu próprio pai não queria vê-la feliz, muito menos acreditava em seu potencial de escolha de um bom marido, naquele dia ela saiu brigada com seu pai e no mesmo dia ele ligou para Matt e concedeu sua mão para o casamento.
Foi o dia mais feliz e triste da sua vida, feliz pois ela iria casar com o homem que amava, triste porque algo em seu interior lhe falava que estava perdendo o homem que mais amava na vida inteirinha, o seu pai... Matt também havia perdido a paciência, disse que se Anahi não casasse ele iria embora para a Itália, lugar no qual havia recebido uma proposta de emprego, mas ela também estava relutante e lhe deixou claro, só se casaria se seu pai concedesse sua mão.
Demorou, mas o dia chegou, agora faltava poucos minutos para entrar naquela igreja. Foi a maior festa que sua família fez, a mais cara e a mais bonita. Independente do seu pai está obstinado em não aceitar esse casamento, abriu mão e deu tudo do bom e do melhor para sua filha, não se importou com os milhões que havia gastado, se importou apenas em ver aqueles grandes olhos azuis brilhando e aquele sorrisão que só ela tinha.
— Amiga, você está a coisa mais linda. - Maite lhe disse atrás dela no espelho.
Realmente ela estava linda, usava um vestido de noiva princesa, com um véu enorme e os cabelos presos em um coque alto. Usava joias discretas, mas que brilhavam mais do que outra coisa.
Seus olhos já lacrimejavam se olhando no espelho como se fosse uma princesa da Disney, estava sem acreditar ainda que seu sonho estava finalmente virando realidade. Uma batida na porta a tirou do transe e viu a amiga se aproximando e abrindo.
— Eu vim te buscar... A igreja já está lotada. - Maite saiu do quarto a deixando a sós com seu pai, o mesmo que tinha os olhos sempre transbordando alegria agora estava apagando, carregados de medo, mágoa, angústia, aflição e tudo de ruim que poderia imaginar - Você está linda minha filha, está a cara da sua mãe quando se casou comigo... - se aproximou lentamente dela a dando um beijo na bochecha.
— Obrigada papai - uma gota de lágrima já havia caído, ameaçando cair ainda mais as outras - obrigada por está aqui, por me acompanhar até ao altar, por finalmente aceitar o homem que amo. - disse suspirando olhando no fundo dos olhos de seu pai.
— Não chore, vai borrar toda essa maquiagem linda - sorriu fraco para ela - você tem certeza que quer isso? Com ele... - seu pai tentou pela última vez convence-la do contrário, na verdade, todos os dias nos últimos dois meses ele vinha tentando faze-la mudar de ideia, mas sempre em vão e seu pai se sentia cada vez mais sufocado.
— Papai, já conversamos sobre isso. Por favor, Aceite minha felicidade, aceite o homem que eu amo incondicionalmente, aceite a construção da minha família... Eu lhe amo profundamente, você foi o primeiro homem da minha vida e sempre será, foi o meu herói, minha fortaleza, o capitão do nosso barco de piratas e o bandido do polícia e ladrão - sorriu fraco enquanto mais uma lágrima caia de seus olhos - foi meu amigo, meu par no baile do ensino fundamental quando nenhum menino quis ser, meu segurança quando eu saia para o shopping com alguma amiga, foi o meu maior protetor... Mas está na hora do senhor passar o chapéu para outra pessoa, passar esta responsabilidade para outro alguém... E esse alguém é o Matt que está disposto a assumir. - apertou de leve a mão de seu pai.
— Mas eu nem estou tão velho assim para passar o chapéu - sorriu de leve - ainda consigo fazer tudo isso e mais um pouco, como espantar homens maus de perto do meu bem mais precioso - a olhou mais fundo e ela balançou a cabeça negativamente, pronta para contestar seu adorado pai - mas eu entendo tudo o que disse, e vou passar só metade do chapéu para ele, porque até o meu último suspiro eu estarei aqui por ti... Agora vamos que sua mãe já deve está ficando preocupada. - entrelaçou seus braços enquanto Anahi respirava fundo.
Ela havia perdido seu pai, ele já não era mais o mesmo desde que começou com este assunto de casamento, passava o dia no escrito quando ela e Matt estavam em sua casa, e não a ligava mais todas as noites para dizer que lhe amava... Ela o havia perdido para sempre e isso doía em sua alma.
Mas ela ainda tinha esperanças, acreditava que um dia todas as coisas iriam melhorar, e que seu pai finalmente iria aceitar seu relacionamento e seriam uma família feliz no dia de ação de graças, todos juntos sem exceção como havia sido todos esses anos. Mas estava na hora de viver sua vida, de sofrer as consequências por suas escolhas e quem sabe se arrepender, estava na hora de ser feliz com o homem que escolhera e nada mudaria sua decisão, nem que precisasse perder o seu eterno primeiro homem...
Autor(a): babi.mozarr
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Prévia do próximo capítulo
A cerimônia ocorreu mais que perfeita. Anahi se debulhava em lágrimas de felicidade, finalmente havia casado com seu amor. Suas amigas, Maite e Dulce, sorriam abertamente, seu pai se manteve a todo momento de cabeça baixa e algumas vezes enxugava uma lágrima, sua mãe apenas o consolava. Era difícil ter essa ambiguidade ao seu l ...
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