Fanfic: Amor Inesperado - Ponny | Tema: Ponny (Anahi e Alfonso)

  Alfonso nunca foi um homem que se envolve em brigas, mesmo quando criança ainda preferia se manter ausente de qualquer tipo de violência física, até mesmo quando ele estava envolvido. A diferença era que o mesmo não aguentava ver mulher sendo agredida.

  Quando seus pais ainda estavam juntos, viu uma vez que seu pai bateu em sua mãe e isso lhe criou uma raiva tão grande, que mesmo aos seus sete anos e sendo impossível fazer qualquer coisa, correu para cima de seu pai e o chutou, bateu, mordeu.... tudo para conseguir fazer com que ele parasse de bater em sua mãe. Não adiantou muita coisa, já que quem apanhou logo em seguida foi o mesmo, mas ele preferia apanhar do que vê sua mãe apanhando.

  Quando o tal marido de Anahi chegou, Alfonso quis a todo momento se manter ausente desta briga também, ele morou no Brooklyn e trabalhava em uma clínica só para mulheres, era extremamente comum aparecer maridos ciumentos que faziam questão de ir juntos com as esposas para as consultar, não gostavam quando Alfonso tinha que vê os seios das mulheres e as vezes brigavam com elas pela forma que o respondia.

  Por conta disso, quis a todo momento se livrar dessa briga, preferindo apenas se afastar e deixa-los se resolverem, mas assim que entrou na clínica Amanda gritou e assim que se virou viu Anahi se encolhendo toda e aquele que se diz marido erguendo a mão para bate-la. E novamente, como se voltasse para os seus sete anos, saiu correndo para cima daquele homem conseguindo segurar sua mão a tempo e gritar para Anahi voltar para a clínica, de ali em diante ele resolveria tudo.

— Sabe, eu nunca fui um homem de briga, muito menos de luta - Alfonso soltou sua mão e o empurrou com força - Mas uma coisa pela qual eu não suporto é ver mulher apanhando de homens que não se garantem - lhe deu uma rasteira, fazendo com que Math caísse com tudo no chão - Mas independente de não gostar de brigas, não significa que eu não saiba lutar. Tanto que sou faixa preta em karatê, sabe... As vezes é difícil ser um homem, médico que cuida da saúde de mulheres, mulheres na qual possuem maridos assim como você - puxou Math com toda a força e o prendeu pelo pescoço em seus braços - Maridos que não são homens o suficientes para brigar com homens e preferem bater em mulheres, vai Math da o tapa que você daria na Anahi em mim, você não é o machão? - apertou ainda mais o pescoço de Math, o deixando quase totalmente sem ar - Acho engraçado isso, é homem quando é contra mulher, mas conta outro homem não né? - apertou mais - Vai Math, bata em mim, bata logo! - Gritou.

— Por favor Alfonso, solte-o. Assim você vai mata-lo, ele está roxo. - Anahi voltou correndo e gritando, seu rosto que era branco como porcelana, agora se encontrava vermelho por conta do choro.

— Anahi, eu falei para você ficar lá dentro, deixa que com esse merda do seu marido eu resolvo. - Alfonso também gritou, enquanto Math que já estava mole e sem ar, encarava Anahi mortalmente.

— Não, Alfonso eu não vou! Independente de tudo o Math é o meu marido e você o meu chefe, não serei louca de deixar que você faça isso com ele e contigo. Você é um homem centrado e tem uma reputação a zelar, olha o tanto de gente que está te olhando, isso pode acabar prejudicando você nessa clínica. Essa clínica está em pé por sua causa, essas mulheres te amam e você as ama, você perdendo esse emprego vai para onde? Vai deixa-las? Você sabe que elas não terão condição de bancar as consultas caso você vá para um hospital qualquer daqui da cidade então, por favor, o solte. Além de tudo ele é o meu marido, e eu o amo com todas as minhas forças, ele só está estressado por ter perdido uma promoção em seu serviço que mudaria as nossas vidas, por isso as vezes ele é agressivo demais, mas eu o conheço muito bem, namoramos a muito tempo e eu sei que ele nunca seria capaz de me bater, então por favor não o mate eu acabei de me casar e não jogue fora a sua reputação.

  Alfonso olhou em volta e só ai pôde perceber que além de gritar, chamou atenção de todos ao redor, pôde vê Amanda que chorava, as suas paciente o olhando incrédulas, os maridos que acompanhava vermelhos de raiva e a sua supervisora com o olhar indescritível, só agora ele fora capaz de lembrar que havia chamado ela logo hoje para conversarem sobre a antiga residente. Com resistência e ainda com muita raiva, soltou Math de pouco a pouco o possibilitando a respirar novamente com dificuldades.

— Eu pro... meto... que vou... lhe matar... - Math disse com dificuldades enquanto respirava pesadamente.

— Tenta a sorte - Alfonso lhe encarou - Obrigado Anahi, obrigado por ter me trazido de outra a realidade. Se não... Eu teria provavelmente jogado a minha carreira no lixo por conta de uma patricinha que resolveu se casar com um machista que não sabe separar vida profissional de vida pessoal - Anahi ficou sem palavras com o que Alfonso havia lhe dito, não acreditava em tudo que havia escutado, por que? Por que ele falou aquilo? Por que ele a tratou daquela maneira? Sem esperar por respostas Alfonso lhe disse - Você está dispensada, pegue suas coisas e saia imediatamente daqui, levando junto esse traste de marido.

  Anahi que já havia se acalmado e parado um pouco de chorar, voltou a chorar compulsivamente. Alfonso sem olhar para trás, foi para a clínica em direção a sua sala, ao entrar bateu com força a sua porta.

  Ele estava irado de raiva, sabia que havia pegado pesado com Anahi. Mas ele não aguento de raiva dela, por ela ter feito parar, por ela ter feito ele brigar algo que ele odiava e além de tudo ela defendeu seu marido, depois de tudo que ele fez, de tudo que ele falou e da tentativa de agressão na frente de todos.

  Com tanta raiva, Alfonso pegou uma jarro de água de vidro e jogou contra a porta, que se estilhaçou e molhou todo o carpete. Ele definitivamente precisava voltar para a sua academia, e descontar toda sua raiva.

— Quando foi a última vez que eu lhe vi assim? A dez, oito anos? - Minha supervisora entrou na sala.

— Por favor Dulce, vá embora. Eu não to muito afim de olhar para sua cara hoje, muito menos de falar sobre a antiga residente, na verdade das duas últimas residentes. - Se sentou novamente em sua cadeira.

— Anahi não será demitida, ela continuará sendo sua residente. - Se abaixou e começou a catar caco por caco do que um dia fora uma jarra.

— Como é que é? Eu quem escolho a minha residente, e eu quem decido quem ficará e quem sairia. E ela? Bom ela sairá. - Alfonso olhou para Dulce esfumando de raiva, enquanto a mesma ainda sorria.

— Você esquece que acima de você está eu, e eu quem decido quem sai e quem fica, sua antiga residente esta fora, Anahi não. Vai amigo me confesse, você está atraído pela Anahi não é mesmo? - Dulce recebi um olhar mortal de Alfonso, enquanto a mesma permanecia com seu sorriso debochado nos lábios.