Pov Ucker

A Pequena esses últimos dias tentou esconder os enjoos de mim, mas ela não me engana, conheço as expressões em seu rosto, e todos os dias ela está com aquela cara enjoandinha. Hoje ela pediu para ficar em casa por não estar se sentindo bem, por mim não tinha problemas nenhum. A alguns minutos ela me mandou mensagem dizendo para mim não comer nada no restaurante porque ela havia feito comida para a Mia e se perdeu, fazendo demais, o que eu acho estranho, talvez tudo que ela queira é minha companhia para jantar, então apenas concordei. Chego no nosso apartamento, passo a chave na porta e quando abro, percebo algumas luzes iluminando a sala e quando entro, a vejo toda arrumada, algumas velas na sala e um aroma agradável. Ela abre um enorme sorriso.

Ucker: Oi meu amor, o que é tudo isso? (fecho a porta e me aproximo dela ressabiado, observo a toalha estendida no chão, com as almofadas, comidas e uma garrafa que creio que seja de vinho e logo volto a encara-la, ela passa o braço em volta do meu pescoço, depositando um beijo na minha boca).

Dul: Hum (ela sorri timidamente pra mim e diz). Só quis agradar o meu noivo.

Ucker: Em troca de que? (ela abre a boca numa expressão de ofendida).

Dul: Haaaaa Christopher, uau, acho que eu quero alguma coisa em troca? (acabo rindo da cara dela, negando com a cabeça).

Ucker: Não senhora.

Dul: Poxa... (ela me olha triste e completa) só quis fazer um agrado (ela fala fazendo um beiço, falando com aquela voz manhosa que consegue ganhar meu coração por inteiro).

Ucker: Mas você não estava com mal-estar?

Dul: Eu estava amor... (ela sorri manhosa e completa). Anda, vem logo, para de me fazer perguntas e vamos sentar (ela me puxa, segurando em minha mão, nos sentamos no mesmo). Como foi hoje no restaurante?

Ucker: Tranquilo, seu pai esteve a sua procura.

Dul: O que ele queria?

Ucker: Só passou para te dar um beijo (ela acaba rindo).

Dul: Ele prometeu que iria me ver todos os dias, enquanto estivesse por aqui.

Ucker: Ele realmente deve ser um pai orgulhoso da filha que tem (ela me olha sem graça, e logo muda de assunto. Conversamos sobre várias coisas aleatórias, enquanto comíamos e bebíamos, percebi que que a garrafa que jurava ser vinho é de suco de Uva verde, fazendo parecer um vinho branco, o que me fez estranhar, pois logo ela não colocando um vinho ou um champagne para bebermos? A conversa está fluindo tão bem, que não quis questionar, apenas deixar para ver até onde essa noite dará, porque algo me diz que aí tem).

Dul: Eu já volto, não sai daí.

Ucker: O que vai fazer Pequena?

Dul: Já volto BB (ela se levanta, indo até o armário pegando uma caixa e um papel parecendo um envelope, arqueio a sobrancelha, e assim que ela volta, se senta novamente).

Ucker: Estamos comemorando alguma coisa?

Dul: Talvez.

Ucker: Você está me assustando (ela ri, e o som da sua risada faz meu corpo todo estremecer).

Dul: Primeiro abre o envelope.

Ucker: Olha, acho que estou sendo um noivo maravilhoso para estar recebendo presentes sem datas comemorativas.

Dul: Para de enrolar amor, e abre logo (abro o envelope com receio, não estou entendendo nada do que está acontecendo aqui, pode ser besteira minha, mas estou assustado, a Pequename olha ansiosamente, seus olhos me transmitem isso, ela está esperando pela minha reação, quando abro, automaticamente minhas sobrancelhas se franzem, me deixando ainda mais confuso).

A olho por cima, um sorriso surge nos lábios dela, fazendo sinal com a cabeça para mim prosseguir. Faço exatamente do jeitinho que estava pedindo, assim que estouro o balão, cai um papelzinho de dentro.

Ucker: O que está aprontando Dulce Maria?

Dul: Dulce Maria? Poxa! (o olhar dela passa para decepção, eu estou nervoso com tudo isso, não sei como reagir, aliás ninguém nunca me fez uma surpresa assim).

Ucker: Me desculpa amor! Estou nervoso.

Dul: Nervoso por que? (ela arqueia a sobrancelha).

Ucker: Nunca ganhei uma surpresas antes.

Dul: Que privilégio a minha de ter sido a primeira, agora lê logo, porque minha ansiedade está me matando (percebo ela cruzar as mãos e apertar as mesmas, sinal de nervosismo, agora o por que? É o que me deixa curioso para saber também, e então abro o bilhete e quando vejo a primeira palavra “papai”; meu coração gela, ele para, o mundo todo para, tento manter minhas forças e termino de ler, com meus olhos já cheio de lágrimas e meu coração soltando fogos de artifícios, descontroladamente).

Levo uma mão para o meu rosto, deixando as lágrimas rolarem, me desabo, não estou acreditando no que acabei de ler, eu vou ser papai? Não consigo ter palavras para explicar o que estou sentindo nesse momento, são uma explosão de sentimentos, que parece que meu coração vai sair para fora, sinto a mão dela sobre minha perna eu a olho, seus olhos estão brilhando e lágrimas escorrem pelo seu rosto. Encontro forças para conseguir dizer alguma coisa.

Ucker: Me diz... (fico sem saber o que dizer, pois ainda não acredito e então a primeira coisa que me vem em mente) que isso não é brincadeira (ela ri baixinho).

Dul: Não meu BB... (ela sorri pra mim e completa). Parabéns! (rapidamente a abraço com toda minha força, o soluço de nossos choros se misturam, ela se afasta, passando a mão em seu rosto, pegando a caixa e me entregando). Aqui está a prova (com minhas mãos tremendo, eu pego, abrindo a caixa, vendo o seu exame de sangue com o resultado positivo, uma pequena roupinha escrita “Papai, prepare seu coração pois estou  chegando” e o primeiro ultrassom do nosso bebê.

Quero encontrar palavras para dizer alguma coisa para ela, mas meus sentimentos estão a um milhão dentro de mim, que tudo que eu consegui, foi desabar no choro, não consegui pensar em mais nada, literalmente, meus pensamentos sumiram, tudo está fazendo mais sentindo agora, os enjoos, o não poder tocar nos seios que já reclamava... (paro um pouco pensativo) mas a pergunta é, como isso é possível? Sempre me cuidei, a única vez que não me cuidei, foi quando conversamos pela primeira vez sobre em ter um bebê, a semanas atrás, não isso não é possível. Acabo tendo uma pequena lembrança, de um tempo depois de perder o meu pai, estávamos exaustos, tanto ela, quanto eu... (penso mais um pouco) não lembro direito, mas algo me diz que possa ter sido esse dia, o dia em que fizemos amor, pela primeira vez depois de toda aquela tensão, dor e sofrimento que havia sido aqueles dias.

Dul: Amor fala comigo (ergo meu olhar, encontrando com o dela, tanto seus olhos quanto o meu, transmitia a alegria desse momento, levo minha mão para apoiar em seu rosto, encosto minha testa na dela, levando a outra mão para a sua barriga, sorrimos abertamente).

Ucker: Eu amo vocês.

Dul: E a gente ama você (balanço minha cabeça, e a tomo rapidamente num beijo calmo, sentindo o gosto das nossas lágrimas se misturando, é possível ouvir as batidas do meu coração de tão disparado que estão, esse sentimento maravilhoso de ser pai, surge novamente no meu peito, se duplicando, pai? Pela segunda vez? Agora eu só preciso cuidar dela, para que essa vida injusta não a tire de mim. Em seguida selo nossos lábios, parando com o beijo e a abraçando com força novamente. Posso estar parecendo um bobo, mas é exatamente assim que estou me sentindo, um bobo, sim um bobo loucamente apaixonado por essa mulher e ainda mais agora, carregando um filho meu, é impossível não se apaixonar cada dia que se passava por ela, sem dúvidas nenhuma que estou no caminho certo, o anjo da minha vida, a minha segunda chance).

Ucker: Como você descobriu? (me afasto, alisando seus braços e parando com a mão na barriga, e ela limpa o rosto com as mãos, em seguida leva a dela para cima da minha, e a outra estica e enxuga minhas lágrimas).

Dul: Bom, vovó começou dizer que meu corpo está mudado, senti aquela dor nos seios e ela estranhou, tendo suas desconfianças, acabou falando, e realmente meus seios estão inchados e maiores, foi quando me dei conta que minha menstruação estava atrasada, que não havia vindo, entrei em desespero e no dia que pegamos o resultado do DNA, pedi para fazer o exame de Beta HCG.

Ucker: Há duas semanas?

Dul: Sim, foi difícil não falar nada para ninguém, ainda mais com você, todos os dias do meu lado e aqueles enjoos sem fim.

Ucker: E você tentando me esconder dos enjoos, dizendo estar melhor né (ela acaba rindo baixinho, mordendo o próprio lábio inferior, desvio meu olhar, observando a roupinha, meus olhos logo já enchem de lágrimas novamente, uma alegria enorme, eu sou com certeza um homem realizado, tudo aconteceu tão rápido, minha vida mudou em um piscar de olhos, meu pai... (dou uma pausa pensando nele e completo) como queria que você estivesse aqui vendo tudo isso, estaria orgulhoso de mim, me deixei permitir sentir esse sentimento e a cada dia que passa, fico mais louco ainda. Quantas semanas ou quantos meses?

Dul: A médica disse que é 8 semanas, mas não sei quantos meses, pois não sei fazer as contas direito não, pra mim essas coisas de semanas e meses são desafiadoras (acabo rindo, estico meus braços a puxando para mais perto, ela se aconchega em meus braços, passo os mesmo por cima do seu ombro, parando na barriga e alisando).

Ucker: Eu sou o cara mais realizado desse mundo, obrigado por me proporcionar isso, eu nunca pensei que em tão pouco tempo, me sentiria dessa forma, tão completo, feliz e realizado, apesar das coisas ruins que aconteceram, do sofrimento, você sempre foi meu ponto de paz, minha calmaria e agora com esse bebê? (acabo soltando uma risada, a Dul sorri e se ajeita, me olhando por cima dos ombros). Já imaginou a reação da Mi, quando souber?

Dul: Será que ela ficará feliz?

Ucker: Mas meu amor, eu não tenho dúvidas que ela ficara, lembra da empolgação dela pedindo por um irmãozinho?

Dul: É eu me lembro (aliso sua barriga, e deposito um beijo em seu ombro, percebe ela se arrepiar, eu nunca mais irei esquecer o dia de hoje, foi a melhor supressa que eu já ganhei em toda minha vida, a primeira e a melhor).

Ucker: Eu te amo muito, obrigado por isso.

Dul: Obrigado pelo o que BB? (ela arqueia a sobrancelha, abro um pequeno sorriso em meus lábios).

Ucker: Por me proporcionar essa chance de ser pai novamente.

Dul: Ei, não fiz sozinha (eu acabo rindo).

Ucker: Claro que não (ficamos sentados no chão abraçados e passamos a noite conversando, trocando beijos carinhosos, nos amando e fazendo planos de como será nossa vida daqui para frente).

Sei que para a Dul será um grande desafio, ela nunca teve um BB em casa, não sabe como lhe dar com um, mas eu estarei aqui, por mais que me afastei da Mia quando era pequena, eu estive presente quando ela ainda era um BB, não a deixarei sozinha por nada, até porque eu com certeza serei o mesmo pai babão, como fui com a Mia.

Continuaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa...

Bom este último capítulo de hoje ficou grandinho né?

Mas preferi colocar el grande para contar tudinho para vocês da surpresa do Ucker.

Bom hoje não vou pedir nada para vocês não.

Vou perguntar o que acham de uma vez.

Bom estou pensando em colocar que a Dul vai ter um menino já que eles já tem a Mia e com fiz uma homenagem a Mia minha princesinha estou pensando em homenagear meu principe Luan.

O que acham?

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Posto mais com 6 capítulos...

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