Fanfic: Karina Andréia - Uma heroína das pistas | Tema: Automobilismo; Mulheres nas pistas; Histórias

Em casa, no aconchego do lar, a TV ligada e Estela e Karina assistem aos noticiários. Falam do problema de crianças abandonadas e a pobreza nos diversos pontos do mundo. E isso vira um debate para elas:

– Puxa... deve ser tão triste ver muitas crianças que precisam de ajuda e não tem como recebê-las...

– É verdade. Nós temos vários privilégios... e as crianças pobres, o que elas têm hoje??? Me dá uma pena deles...

E nos intervalos aparece uma propaganda de uma Fundação na cidade de Santander pedindo donativos e ajuda às crianças carentes. Foi quando elas pegam o endereço da entidade. Depois, articulam uma visita ao local.

Chegamos à Sol Fundación. Lá, elas realmente conhecem o trabalho desta fundação. A psicóloga do local conversa com Estela e Karina:

– Bom, nós reunimos crianças carentes e pegamos muitas crianças órfãs não só da Espanha, mas também do mundo inteiro, trazemos para cá e cuidamos delas, para que elas consigam um lar, uma dignidade. Muitas crianças nós pegamos no mais absoluto estado de miséria. Olhem esse bebê aqui. A mãe o abandonou durante uma guerra civil num outro país. Ela foi estuprada, engravidou, deu à luz e ignorou a criança. Me deu uma dó dela...

Ao ver essas pobres crianças, a Karina fecha o semblante e fica triste. A Estela ainda tenta confortá-la. Elas aparecem também nos outros cantos da Fundação, conhecendo cada setor e os trabalhos que as crianças desenvolvem.

– Eu estou vendo uma oficina de música aqui... deve ser tão divertido tocar aqui...

– Temos aulas de música, cantos e oficinas de informática e escola. Bom, as crianças se apegam muito aqui. Nós fazemos o possível para agregar nossos valores do bem para elas, e sentimos que precisamos de mais apoio financeiro e material para manter a casa.

– Eu gostaria muito de poder ajudar, mas ainda não sei como. Se pudesse tiver algo diferente para elas...

– O pouco que puder fazer será muito para nós. Sei de seu desejo, moça. E você tem um coração puro, muito bom. Nós estaremos de braços abertos para vocês...

Caminhando um pouquinho mais, Karina observa uma pequena capelinha. Ela se aproxima, ajoelha-se, fazendo o sinal da cruz, e reza:

– Pai do céu, por favor, veja com carinho essas crianças que não tem a quem se apegar. Daí me forças para que eu possa fazer algo por elas... eu agradeço de coração a minha vida, mas quero ser útil para elas de alguma forma... amém!!!!

Ela se levanta, fazendo novamente o sinal da cruz e deixa a capelinha. A Estela chega perto dela e ambas se confortam.

Voltando em casa, ela e Estela conversam bastante e articulam um plano.

– Karina, eu estava pensando: e se fizéssemos algo aqui perto por essas crianças...

– Acho que tenho uma ideia, mãe. Mas sozinha, não seria capaz de botar essa ideia em prática...

– Quero ouvir, filha, talvez possamos juntar mais pessoas...

Elas continuam o plano e entram em contato com algumas pessoas

(...)

Alguns dias depois, no kartódromo de Santander, muito frio, mas eis que acontece uma corrida diferente: Os pilotos reunidos aceitam realizar uma bateria de apenas 30 minutos para levantar fundos para a instituição. E o que é melhor: a Estela chama um grupo de crianças para assistir à corrida, gratuitamente.

Os pilotos se juntam às crianças, que ficam felizes por esses momentos. Tiram fotos, brincam bastante, o público comparece em peso ao evento, que teve toda a renda destinada à Sol Fundación. A corrida acontece e as crianças puderam ver os pilotos em ação durante essa meia hora. Nos bastidores, eles avaliam positivamente esse evento:

Mathias González, em sua cadeira de rodas, vai puxando a conversa:

– Muito boa essa iniciativa, Karina. O público compareceu muito bem à essa ideia e as crianças ficaram muito felizes...

– Que bom que deu tudo certinho... só de ver essas crianças se divertindo, já me deixa muito feliz...

O evento final foi um sucesso. Graças aos esforços de todos, Estela e Karina puderam arrecadar um bom dinheiro e comemoraram muito esse evento:

– Nossa, tivemos muitas arrecadações para essa campanha..., disse a Estela.

– Estou tão feliz que isso tenha sido um sucesso..., concluiu a Karina.

A psicóloga da Sol Fundación também se mostrou muito feliz, ao receber o dinheiro arrecadado pelas duas:

– Olha, nós queremos agradecer muito por esse evento. Vocês deixaram as crianças muito felizes e elas querem voltar de novo.

Nisso, a Karina teve uma ideia:

– Bem, isso é pouco, mas acho que posso fazer muito mais ainda. Eu tenho uma sugestão: se eu puder fazer isso, gostaria de divulgar a fundação dentro do automobilismo...

– Nós estaremos abertos a qualquer tipo de ajuda, Karina. Foi um prazer para nós o esforço de vocês duas...

– Pode contar com a gente e saiba que nós saberemos o que fazer para ajudar mais no que for preciso.

Bom, com o Vander de volta uns dias depois, a Karina conversa com seu pai e depois de algumas conversas, eles chegam à uma solução. Visitando novamente a Fundação, desta vez com o Vander junto, eles mostram a novidade:

– Bom, nunca fui muito de colaborar com a caridade, mas se a Andréia teve essa ideia junto com minha esposa, então eu estou feliz. E nós elaboramos uma ideia para ajudar na Fundação.
Eis que a Karina López aparece para o público na Sol Fundación e anunciam os planos:

– Bom, eu coloquei um bordado nas mangas e no lado esquerdo do macacão, o logo da Sol Fundación. Muita gente vai ver e querer também ajudar. O que eu ganhar de dinheiro com as corridas, vou destinar um por cento (1%) de cada faturamento mensal para manter o local e também divulgarei no carro que estiver dirigindo.

– E não é só isso: o site da empresa e o site da Andréia vão ter um banner na página para quem puder contribuir, clicar e conhecer a Fundação e poder ajudar... a página da Fundação será desenvolvida gratuitamente...

E finalmente a Estela chega com uma novidade:

– Eu vou doar algum material pedagógico para as crianças e com o que recebermos, também procuraremos ajudar na ampliação da casa. Vocês podem ficar tranquilos...

Eis que neste momento, muitas crianças chegam e correm para abraçar nossos heróis, que ficam surpresos com a recepção delas. Com certeza, se todos procurassem fazer um pouquinho de sua parte, as crianças ficariam muito felizes e agradeceriam... depois disso, é bola para a frente e eles não podem parar.

(...)