Fanfic: Karina Andréia - Uma heroína das pistas | Tema: Automobilismo; Mulheres nas pistas; Histórias

Chegamos até Kuala Lampur, Malásia, palco da terceira etapa da Fórmula 1. Depois de duas corridas nada animadoras, ainda vem notícias nada agradáveis para nossos heróis. A FIA resolveu tomar uma atitude e anunciou punições aos envolvidos da batida do GP da Nova Zelândia:

Foram anunciadas: multa de US$ 50 mil para Karina Andréia López por direção perigosa, multa de US$ 100 mil para Eduardo Branquello, Christopher Fisichella, Ryan Morsa e Lewis Herrington, todos eles por terem provocado o acidente. Além disso, todos ficarão sob observação por três corridas.

Quem não gostou nada disso foi o Vander, que soltou poucas e boas contra a FIA:

– PQP!!!! A Andréia foi a maior prejudicada nessa história e ainda socam essa porra de multa nas costas dela. A multa eu pago direitinho, mas a FIA precisa parar de querer achar pelo em ovo aonde não deve!!!! Bando de FIA´s da ****!!!!!!

É claro que a FIA não gostou nada dessas declarações assim que ficaram sabendo e um fiscal de pista conversou com o Vander:

– Eles te querem lá dentro da torre de observação...

O Vander resolve subir então para a torre e ouvir o que eles têm a dizer:

– Eu já to aqui... fala logo o que querem de mim que eu tenho muita coisa para fazer...

O Diretor da FIA já vocifera contra o Vander:

– É sobre essas últimas declarações tuas e nos chamar de FIA´s da ****...

– Falei sim, e qual é o problema??? Essas punições ridículas é que irritam... se tivessem visto que a Andréia foi prejudicada, não teriam nada que fazer essa multa para ela...

– A gente está agindo como foi orientado!!! Se não gosta de certas coisas, vai fazer outra coisa na vida!!! Cuida da carreira da tua filha porque até agora ela não mostrou nada a que veio!!!! Isso é tudo!!!! Próxima gracinha, você é que vai ser multado!!!!

Ele, depois de ouvir essa dura, simplesmente disse, pegando o boné e o microfone:

– Vou encarar isso como um elogio!!!! Mas eu estou de olho em vocês!!!!!

E ele desce da torre de direção. Numa entrevista, ele não quis gravar, mas soltou para um repórter:

– Eles pensam que pode ser assim, é??? Isso nós veremos daqui para a frente. Qualquer coisinha que aprontarem contra a Andréia, eles vão ver só...

Para quê, né???? Logo depois a FIA anunciou uma multa de US$ 100 mil para o Vander pagar por ter desafiado as ordens da entidade. Isso o Vander tirou de letra logo depois, indo até o caixa da Federação:

– Táqui ó!!!! E eu quero um recibo depois desta multa para prestar contas!!!! Depois eu pego!!!! Fui!!!!!

No Paddock, muita gente já fala deste polêmico manager que já chama a atenção pelo jeito expansivo de ser. Dentre os funcionários de outras equipes, ele já ganhou a alcunha de “Exterminador”, justamente pelo seu temperamento e o fato de usar o tapa-olho de pirata.

– E aí, “Exterminador” Vander??? Como é que está indo???

O Vander para e pensa consigo mesmo:

– Então já ganhei um apelido aqui dentro??? Parece historinha de colégio ginasial, Pôrra... Bom... só não ligar, que eles esquecem rapidinho essa história.

Mas ao contrário do que ele pensou, o apelido acabou pegando, e o Vander resolveu então acompanhar esse raciocínio e adotar a alcunha.

Enquanto o Vander se distrai com o Paddock da Fórmula 1, voltemos as atenções à sua filha, a espanhola Karina Andréia López, que vai fazer a sua terceira corrida. Ela foi até os boxes da equipe Euro Team e fez questão de procurar o brasileiro Eduardo Branquello, para tirar a limpo a história das declarações na etapa anterior. Eles ficam conversando durante meia hora:

– Por mim está tudo bem, Karina. Eu não tenho nada contra a sua presença na categoria...

– Então está ótimo, Eduardo... a gente esquece o que passou e volta às atenções à pista... um beijo...

– Outro... tchau...

E assim, eles voltam às boas na categoria.

Bom, no dia seguinte, é hora de entrarem na pista. Os treinos oficiais vão começar e a expectativa é de ver uma melhor exibição de nossos heróis na pista. Karina curte cada momento bom no circo, tirando algumas fotos e olhando o circuito de Kuala Lampur.

Mais ambientada com o circo da Fórmula 1, ela vai andando pelo Paddock, chamando a atenção à medida que o pessoal a reconhece. Também aproveita e ao ver um carro montado, chega até perto dele e resolve dar um toque mais feminino no seu rosto, sem perder a sua vaidade. Ajeita um pouquinho o cabelo, passa um batom leve nos lábios e olha seus cílios, ela consegue manter sua ternura mesmo num ambiente masculinizado como é a Fórmula 1.

Logo depois, Karina López retorna aos boxes da Melanesian, onde se prepara para entrar em ação: últimos conselhos ouvidos, ela coloca o capacete e entra no carro. Agora, é hora de acelerar e dar tudo de si na classificação.

Durante os treinos, ela vai andando muito bem, e ao final dos treinos, consegue finalmente uma posição no grid que não seja o último lugar: ela vai largar em penúltimo, mas demonstra muita confiança:

– Mostramos evolução com relação às últimas duas provas e neste final de semana, podemos andar bem. Estou muito bem comigo mesma e com a equipe...

Perguntaram para a Karina Andréia López o que ela acha de Mikhail Schumacher. E ela responde:

– Bom, ele é um excelente piloto, multi-campeão da Fórmula 1, mas também é um ser humano. E como tal, ele também pode ser batido.

Os repórteres sorriem ao ouvir a resposta da Karina. Ela parece que vai ganhando a simpatia e confiança da mídia especializada do mundo inteiro. Mesmo entre os mais críticos, ela demonstra ter personalidade e procura sempre atender com um sorriso ou um gracejo. Sem dúvida, vai fazendo a sua parte...

Bom, o dia seguinte é a corrida da Malásia. Os pilotos se posicionam no grid e a Karina entra no seu Melanesian, indo buscar sua posição para o grid de largada. Todos os pilotos se ajeitam para mais uma largada. Essa seria a terceira corrida da temporada. Karina Andréia López se concentra dentro do carro.

Chega a hora, os pilotos partem para a volta de apresentação. Nos boxes, Vander apenas observa pelo telão a movimentação de todos. Depois de uma volta, carros alinhados, o procedimento de largada acontece. E eles partem para a corrida.

Logo na primeira curva, Freddy Montoya e Mikhail Schumacher disputam a ponta e se enroscam. Mikhail leva a pior e acaba rodando. Mas Freddy também teve o bico do carro avariado e vai se arrastando para os boxes. Mikhail acaba depois que todo mundo passar, voltando à pista e também tendo que iniciar uma longa corrida de recuperação.

Enquanto isso, Thomas Dixon assume a ponta da corrida. E a Karina conseguiu sobreviver bem, pulando para o décimo primeiro lugar da prova, disputando muito bem freadas contra os concorrentes. Ela vai ditando um bom ritmo de prova enquanto as voltas passam...

Lá atrás, Freddy Montoya, depois de ter trocado o bico avariado, e o Mikhail Schumacher vão disputando posições para querer recuperar o tempo perdido. Alheia a tudo isso, a Karina só quer saber de terminar bem esta corrida. As instruções são passadas pelo rádio e ela vai controlando muito bem seu ritmo.

O tempo passa e por uns instantes, Freddy Montoya chega na Karina e a ultrapassa fácil. Chega a vez de Mikhail Schumacher tentar passá-la. É disputa de posições, mas os pilotos têm que fazer suas paradas nos boxes para troca de pneus e reabastecimento. Mikhail é chamado para a troca de pneus e reabastecimento. A Ferrare bate recorde de parada de boxes e entrega o multi-campeão de volta à pista.

Depois de algumas voltas, a equipe Melanesian finalmente chama a piloto espanhola para fazer seu pit stop. A Karina entra nos boxes na volta 34. Calmamente ela vai até seus boxes.

A troca de pneus e reabastecimento acontece quando a piloto espanhola encosta nos boxes da Melanesian. A equipe trabalha razoavelmente bem, mas na volta à pista, ela perde umas duas posições, mas fica brigando nas posições intermediárias.

O tempo vai passando e a definição da corrida já vai acontecendo. Vander, nos boxes, apreensivo, querendo que a corrida termine logo. A Karina está em nono lugar e pode marcar seus primeiros pontos.

Porém, uma decepção acontece faltando nove voltas para terminar a corrida. O motor da Melanesian de Karina López não aguenta e abre o bico numa das curvas do circuito. A fumaça vai exalando para fora do carro, na parte traseira, justo quando ela se aproximava da zona de pontuação. Desolação total na equipe Melanesian.

Finalmente numa área de escape ela encosta seu carro e abandona a corrida. Ela coloca calmamente o volante no cockpit depois de descer do carro e vai em direção à mureta de proteção. Uma pena mesmo, mas deu para ela mostrar bastante serviço, disputando freadas e curvas contra outros pilotos. Os fiscais vão lá apagar o motor do carro

Enquanto ela olha para o carro e para a pista depois de ter tirado o capacete e a balaclava, nos boxes da Melanesian, os mecânicos e integrantes da equipe ficam lamentando a quebra com caras desoladas e tristes. O Vander, simplesmente tira os fones do seu ouvido e joga-os na banquetinha e solta essa pérola:

– Estourou o motor??? Então vá pra PQP essa corrida!!!!!

Ele se recolhe logo depois e todo mundo para perplexo ao ouvir esta declaração. Os mecânicos e engenheiros ficam se olhando entre si, com os olhos arregalados por causa do que o Vander soltou. O David Stoddart prometeu então falar com o Vander depois da corrida.

As últimas voltas da corrida seguem e nada mais vai acontecendo, com Thomas Dixon vencendo pela primeira vez na sua carreira. Muita festa dentro da equipe Marcedes Bemz por essa vitória. Alexandre Picos Junior consegue terminar em segundo lugar com Brendan Kowalsky em terceiro. Depois de uma corrida de recuperação, Mikhail Schumacher é o quarto colocado e Freddy Montoya o quinto.

Trocas de acusações ainda viriam enquanto Dixon faz a festa pela sua primeira vitória. Montoya acusou Schumacher de culpa sobre a manobra na largada e ainda falou:

– Ele fez isso sob a mais absoluta má-fé!!!!

A resposta do alemão para a imprensa foi esta:

– Ele é estúpido, igual ao pai!!!!

Isso ainda iria dar muito pano pela manga. Mas o que importava é que a Fórmula 1 já deixaria a Ásia e Oceania e iria para o Oriente Médio, no Bahrein. Mas antes disto, ainda veríamos uma manifestação nesse intervalo de uma corrida para a próxima.

(...)