Fanfic: Karina Andréia - Uma heroína das pistas | Tema: Automobilismo; Mulheres nas pistas; Histórias

Vallellunga, Malta. Os nossos heróis chegam à Itália para o Grande Prêmio de Malta de Fórmula 1. Sim, a corrida é na Itália, mas o Grande Prêmio é de Malta. Isso foi porque o governo do pequeno país europeu bancou a corrida.

Eles agora têm que se preocupar com os resultados na Melanesian, onde precisam pontuar para seguirem sua guerra particular contra outras equipes.

Nos treinos, as dificuldades foram muitas. Ventava muito forte na pista e a ameaça era de chuva para a corrida. Carlo Chitti V rodou depois de seu carro ter desprendido o bico dianteiro numa das curvas. Chegou a vez de Karina ir para a pista. No que ela começou a andar forte, o seu aerofólio traseiro se soltou e por muito pouco, o carro não decolou. Ela perdeu o controle de seu carro, rodando e acertando a barreira de pneus. Felizmente, ela saiu andando do carro.

A preocupação dentro da equipe era presente. Vander observa a equipe tentando algo para solucionar os problemas. Chegam os treinos oficiais e a Melanesian tenta novamente ir para a pista.

Karina tenta abrir sua classificação, mas outro aerofólio se solta no meio da reta. Por muito pouco ela não roda novamente. Ela vai se arrastando na pista, sem aerofólio e recebe ordens para recolher o carro. Carlo Chitti V ainda vai para a pista e também perde aerofólio e parte da asa dianteira.

Fim da qualificação é mais cedo para os dois carros da Melanesian. Eles registraram os últimos tempos e o chefe da equipe, ao ver a quantidade de peças avariadas, resolve tomar uma decisão radical:

– Não dá para continuar assim. Vamos ter que abrir mão da corrida., disse David Stoddart.

Incomodado, Vander ainda tenta insistir:

– Não tem outro jeito de rever essa decisão???

Mas David Stoddart dá o veredicto final:

– Nós iríamos sofrer com os mesmos problemas na corrida, amigo. Vamos preservar a integridade dos nossos pilotos e verificar na sede da equipe o que aconteceu para que esses problemas tivessem ocorrido. É o que vamos fazer. Vamos comunicar a desistência aos organizadores.

Vander observa o carro avariado, balança negativamente a cabeça e resolve andar um pouco para desanuviar a cabeça, pensando:

– Droga!!!! Uma corrida a menos para divulgar minha marca!!!! Ninguém vai ver o meu patrocínio na corrida...

Ele anda pelos boxes e de repente para nos boxes da equipe Euro Team, vendo aqueles carros brancos, com poucos patrocinadores, resolve entrar para conversar com alguns integrantes. Ele aborda os pilotos da equipe: Eduardo Branquello e Christopher Fisichella.

– Vocês não querem ganhar uma graninha extra para essa corrida???

– O que o senhor sugere?

– Eu estou pensando em patrocinar vocês para essa corrida. O que acham???

Branquello se assusta com essa proposta, mas a descarta:

– Olha, amigo. Me desculpe, mas não posso aceitar. Eu tenho um contrato que me impede de fazer isso. É uma pena não poder ajudá-lo nessa hora...

O Eduardo sai e de repente, Vander fica ao lado do Christopher:

– Bom, o que o senhor sugere??? Talvez eu possa ajudá-lo...

Vander pega no bolso uns papéis e sua carteira, junto com uma caneta e abre o jogo:

– É só usar o boné nas entrevistas desta corrida e decalcar o adesivo no seu carro. Coloque nas laterais. Me dá o número da sua conta para eu fazer a transferência para cê por esse serviço...

Christopher aceita a sugestão, os dois olham seus micro celulares e o piloto ítalo-germânico confere:

– Muito obrigado. Já está na minha conta. Estou às ordens para o que for preciso. Esse dinheiro ajuda e muito a cobrir as contas da equipe. Valeu mesmo!!!!

– O prazer foi meu. Você não vai se arrepender!!!!

Eles se despedem e quando está voltando para os boxes da Melanesian, Vander encontra sua filha, olhando o retão, atrás da cerca. Ela está lá, sozinha, o cabelo voando contra o forte vento, cobrindo os seus olhos. Vander chega mais perto e diz para sua pupila:

– Você está triste, Andréia...

– É... estou triste por não poder participar da corrida, pai. O final de semana não foi muito bom mesmo, né, pai???

Vander abraça sua filha e apenas diz:

– Ô, minha filha... você ainda é tão novinha... muitas outras corridas você vai disputar ainda, terá todas as chances do mundo de vencê-las... hoje foi só um aprendizado a mais na sua carreira... grandes campeões também ficaram fora de corridas importantes...

Karina ouve atentamente enquanto tenta se confortar e confortar seu manager nos braços de seu pai e diz:

– O senhor acha que eu tenho chances, pai???? Sempre quis ser uma boa piloto e o senhor sabe disso...

Olhando para a pista, ele conclui:

– E eu sempre te apoiarei, não importa o que aconteça... você tem um monte de amigos que te apoiam, nossos familiares e também os fãs que você conquistou... você mesmo disse no kart que teríamos muita coisa boa pela frente...

Ela se vira para ele e diz:

– Tem razão, pai... isso foi só um revés, mas outras corridas ainda virão... brigada, pai...

Olhando para a pista, Vander então chama a sua pupila:

– Vem!!!! Vamos embora que não temos mais nada a fazer hoje. Cê ainda tem as 500 milhas para tentar essa semana. Vamos pegar nossas coisas e ir para Indianápolis. Tomara que não tenha chuva por lá...

– As 500 milhas... eu tinha me esquecido delas... então vamos...

... e assim eles deixam o autódromo de Vallellunga. A Melanesian não disputou a corrida, ficando de fora para avaliar os danos de seu carro. Para variar, na corrida, mais uma vitória de Mikhail Schumacher com a Ferrare. Mas nossos heróis ainda teriam uma grande missão do outro lado do Atlântico Norte...

(...)