Fanfics Brasil - BASTIDORES E DRAMA DO BUMP DAY Karina Andréia - Uma heroína das pistas

Fanfic: Karina Andréia - Uma heroína das pistas | Tema: Automobilismo; Mulheres nas pistas; Histórias


Capítulo: BASTIDORES E DRAMA DO BUMP DAY

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Dias depois, de volta ao Gasoline Alley do Indianápolis Motor Speedway. Os nossos heróis chegam nos boxes, com o carro preparado para Karina. Com a folga no calendário da Fórmula 1, eles teriam uma semana inteirinha para treinar e tentar a classificação para disputar a corrida. Dentro do carro 20T, Karina vai para a pista e inicia suas voltas.

Ela anda rápido, mas o carro está com problemas de estabilidade e ela, tentando contornar esse problema, vai guiando como pode. O tempo também não ajuda, ventando muito e ameaçando chover. Na pista, ela tenta o seu melhor, mas o carro não anda mais do que 221 milhas por hora, muito pouco para tentar uma classificação.

    Algumas voltas depois, um susto: Karina roda na entrada da curva três e acerta a parte traseira e parte da lateral direita do carro no muro de leve. Felizmente, foi só um susto. A piloto sai andando do carro, mas por precaução, é levada ao Centro Médico do autódromo, sendo logo depois, liberada.

    Nos boxes, ao rever o carro danificado, Vander pensa, já querendo jogar a toalha:

    – O carro já não anda direito, e ainda mais essa panca... TNC, Pôrra... ô, droga!!!!!

    A chuva cai no circuito de Indianápolis e as atividades do dia são suspensas. No dia seguinte, a chuva continua, mas na quinta-feira, o sol volta a brilhar e os pilotos retornam as suas atividades.

    Andando pelo Paddock do circuito, eles encontram alguns pilotos velhos conhecidos de Vander, pilotos que ele conheceu vendo a corrida pela TV. Vander e Karina são rookies por aqui e vão observando as atividades das outras equipes.

    Chegando até a garagem da Rahal Lettermann, os seus dois pilotos, já classificados para a corrida, estão conversando com Danica Stenhousen, treinando com os carros reservas. Danica revê nossos heróis e conversa com eles:

    – E então, estrelinha, vocês vão correr mesmo aqui???

    – Bom, estamos tentando, mas está muito difícil para nós...

    O Vander olha para a estrutura da equipe e lembrou de algo que Danica disse na semana anterior, no rookie test.:

(...)

    – Se você quiser, nós temos um carro sobrando. Vocês não querem correr para nossa equipe???

(...)

    – Cês ainda têm aquele carro sobrando aí???

    – É, nós estávamos usando ele para testar situação de corrida. Não sei se nossos pilotos vão querer liberá-lo...

    Eis que Vander dá o pulo do gato e abre o jogo para ela:

    – Bom, se você quiser, eu compro o carro. E você coloca o patrocinador nos carros titulares de sua equipe para a corrida... me passa o número da sua conta...

    Danica arregala o olho quando vê Vander sacar o seu micro celular e ela vê o dinheiro já na sua conta. Logo, o discurso dela muda:

    – Bom, é esse carro aqui (apontando para ele). Está ótimo, os pilotos rodaram muito com ele, mas podemos ajustá-los para a classificação.

    Vander olha para o carro. É um Darland Handa, usado pela equipe para situação de corrida.

    – É... ele me parece um pouco gasto, mas dá para aguentar... Ótimo!!!! Cês me entregam nos boxes ainda hoje???

    Com um sorriso até a orelha, olhando para a tela do seu micro celular, ela responde:

    – Ele já é seu...

    Os nossos heróis se despedem da Danica e continuam sua caminhada:

    – Pai, o que o senhor fez agora???

    – Aumentando as suas chances de correr. Depois, com o prêmio que vamos conquistar, a gente cobre o cheque e paga a Danica. Agora é torcer para dar tudo certo na classificação...

    Nos últimos dias, eles viram que a atitude de comprar um carro de Danica Stenhousen foi acertada. Nos treinos livres, Karina passou a girar com facilidade 227 mph, aumentando a confiança dela e de seu manager. Ela deixa o carro supersatisfeita, fazendo um sinal de positivo para os engenheiros. Agora é aguardar o grande dia.

    – Ok, Andréia. Você foi muito bem. Agora é focar na classificação!!!

(...)


    E finalmente chega esse grande dia. A última chance dos pilotos de se classificarem para a corrida. O chamado Bump Day. O tempo está muito quente, diferente de alguns dias anteriores e os pilotos que não conseguiram ainda a vaga no grid tem esse dia como última chance para obterem a classificação. No pit Lane, o Vander olha para o carro e depois para os céus, pensando consigo mesmo:

    – É hoje e não podemos falhar.

    Alguns vão tentando, mas a briga pelas últimas três vagas do grid está ferrenha. Neste momento, 32 vagas estão provisoriamente preenchidas. Chega então a vez de Karina Andréia López tentar sua vaga. Antes de entrar no carro, ela ouve os conselhos de Vander.

    – Bom, filha. Agora é com você. É só colocar em prática o que cê aprendeu nos dias que você esteve aqui e pisar fundo. Faça o melhor que puder.

    – Fique tranquilo, pai. Vai dar tudo certo.

    E ela entra no carro, um Darland Handa de número 56, o carro comprado da Rahal Patrick, pintado de amarelo e preto, com detalhes em azul. Ela aquece os pneus do carro e a bandeira verde é acionada para ela, que pisa fundo na classificação. Primeira volta, ela gira 226 milhas por hora. Na segunda, ela cai para 224 milhas por hora. Ela teve uma pequena balançada que ela consertou bem na pista. Terceira volta, 225,5 milhas por hora. Vander resolve seguir, esperando a última volta:

    – Vamos lá, Andréia, estamos com você...

    Ele balança o braço, repetindo um gesto eternizado por uma esposa de um famoso piloto brasileiro que venceu aqui, “empurrando” a Karina para acelerar forte.

    E ela vai acelerando, cruza a última volta e recebe a quadriculada, encerrando sua classificação com 225,345 mph. Um tempo razoável, mas que a coloca no grid provisoriamente. Descendo do carro, ela vê o Vander avaliar o tempo:

    – Se não fosse sua segunda volta, você teria um tempo melhor no grid. Mas pelos cálculos, tem cinco carros que estão com tempos piores que o seu e ainda vão entrar na pista. Vamos aguardar. Se seu tempo for superado e você for expulsa do grid, nós voltaremos na pista e tentaremos de novo.

    Bom, faltam alguns pilotos tentarem vaga no grid, tendo alguns veteranos, outros já com quilometragem boa em Indy. Alguns sucumbem na classificação, outros são expulsos do grid. Mas no final, não houve a necessidade de Karina entrar novamente na pista, pois quem entrou no grid depois teve tempos piores que o dela.

    A sirene toca. É o fim do Bump Day. Vander solta um sopro de alivio e comemora bastante mesmo, erguendo os braços de felicidade. Karina Andréia López conseguiu um lugar no grid na 31ª posição entre 33 carros. É a última fila, mas que deixa a piloto muito feliz e pulando muito de alegria.

    Depois de tirarem a foto da Karina junto com o carro classificado, ela não esconde a felicidade, acenando nas fotos e logo depois com suas declarações na entrevista:

    – Só de estar aqui já valeu muito a pena todo o trabalho. Meu pai sempre gostou da corrida e hoje me classifiquei para correr a prova e dar essa felicidade para ele. O importante é que vamos correr e estou muito feliz por isso...

    Seu pai avalia esse momento de felicidade:

    – É muito bom entrar aqui e disputar a corrida. Agora é se focar na corrida. Ela vai andar bem nela, eu garanto isso.

    No final do dia, ainda tem tempo para verem algumas entrevistas pela TV. Neste momento, está falando um dos pilotos que ficou fora do grid. Ele era multi-campeão da Indy e correu aqui por muitos anos. Vamos ouvi-lo:

    – Nós tentamos fazer de tudo para conseguir um lugar no grid de largada, mas infelizmente não foi possível. A equipe está toda de parabéns por ter dado tudo de si para que pudéssemos realizar a classificação. Foi uma honra muito grande trabalhar com um grupo de amigos que se esforçaram e não desistiram até o fim. Deixo a Indy 500 consciente de que lutamos e batalhamos por esse lugar. Agora é ver o futuro.

    Uma lágrima desce em silêncio dos olhos do piloto, que é aplaudido pelos repórteres locais. O piloto tenta enxugá-las e recebe um abraço de seu team manager. Ao ver essas imagens, Karina avalia o que esse piloto está sentindo:

    – Deve ser muito triste batalhar muito e não conseguir um lugar no grid, pai...

    – Este piloto foi um grande campeão da Indy e correu as 500 milhas durante muitos anos, filha. É natural o seu desapontamento por não ter conseguido seu lugar no grid. Mas a Indy 500 é assim mesmo. Vários lutam, alguns não conseguem. E infelizmente hoje ele ficou de fora.

    – Foi o que o senhor me falou em Malta e agora eu entendo: grandes campeões também ficaram de fora de corridas importantes...

    – Isso mesmo, filha. Mas por outro lado, estamos felizes de conseguir um lugar no grid. Agora teremos uma semana descansando até o dia da corrida...


(...)


Os dias seguintes são só de descontração para nossos heróis. Eles aproveitam para conhecer o autódromo em si e visitar as várias salas que atraem multidões fora das pistas. Mas o que a Karina mais se apega são os simuladores de corrida.

– Que barato!!! Aqui tem jogos. Vou arriscar um desses...

Vander deixa sua pupila se divertir com as corridas eletrônicas e aproveita mais um pouco para andar e conhecer pessoas entre os carros expostos no circuito. Eis que toca o celular e Vander atende:

– Ah, sim... nós estamos nos divertindo muito mesmo... é... uma ótima sim... bom, isso é uma surpresa...

Ainda dá tempo de verem de noite, uma matéria sobre as 500 milhas e na chamada, uma surpresa para eles:

– Olha, pai!!! Nós estamos na TV e uma matéria sobre nós...

A matéria é apresentada:

– Sob os olhares atentos, Andréia López vai disputar a tradicional prova neste Domingo. É a oportunidade que veremos a “Moça Maravilha”, como já é chamada por alguns fãs da Indy, de disputar freadas contra os nossos heróis...

– Moça Maravilha???? Mas já me apelidaram assim aqui dentro???

Seu pai vê a matéria e explica:

– Aqui nos Estados Unidos, há esse costume de apelidar os pilotos. Já tivemos Mulher Maravilha, Astro Boy, Homem Aranha, Canguru Jack, Espectro, e muitos outros... é... agora você tem dois apelidos, filha... na Europa, a Ravena, e aqui, Moça Maravilha...

– Não sabia dessa não... espero não ser muito marcada...

No dia do Carburetion Day, é a última oportunidade para os pilotos classificados testarem seus carros antes do dia da corrida. O público prestigia os carros dando suas voltas. Mas cadê nossos heróis que não testaram??? Vander e Karina ficam apenas observando os outros treinarem.

– Por que nós não vamos treinar, pai???

– Nós só temos esse carro e o risco de batê-lo é enorme. Vamos nos preservar para a corrida.

– Ah, pai... não tem graça...

E eles ficaram apenas aguardando os outros terminarem de testar. Mas isso não seria tão importante. No dia seguinte, no hotel onde estão hospedados, Vander aparece com uma surpresa:

– Bom, filha... temos uma surpresa para a gente!!!!

Eis que surge a Estela González, esposa de Vander e mãe de Karina Andréia, que deixa a piloto num misto de surpresa e felicidade.

– Mamãe!!! Que surpresa!!! Você veio me ver...

As duas se abraçam e depois o Vander se junta a elas, dizendo:

– Pois é. Eu conversei com sua mãe no telefone e ela ficou com um tempo livre dos ensaios dela e dos compromissos na Espanha e achei que era melhor trazê-la junto para descontrair e botarem a conversa em dia.

Bom, o time estava novamente formado e a presença de Estela ajudou muito eles a aliviarem a tensão antes da corrida.

No desfile, na véspera da corrida, todo esse mundaréu de gente vendo os 33 pilotos que vão correr junto com suas famílias em carros abertos. A espanhola só se diverte, entre um aceno e outro. Seus pais avaliam essa posição:

– Olha como a Karina está feliz, querido... está muito radiante de felicidades mesmo...

– É... deu para perceber mesmo... ela gosta mesmo do que faz. Isso a deixa muito feliz... que bom seria se todos fossem assim...

O desfile continua até o fim e amanhã seria o grande dia...


(...)



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Autor(a): vanderson5808

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

Prévia do próximo capítulo

Chega finalmente o dia da corrida. Tempo bom, ensolarado. São 500 milhas num total de 200 voltas. Toda a festa que contagia o público presente no autódromo e também os pilotos apresentados um a um sendo ovacionados. E a jovem Karina é um deles. Assim que seu nome é anunciado, ela acena para o público, que responde com uma sara ...


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