Fanfics Brasil - Capítulo 5 Bilhetes de Ódio - Vondy (Adaptada)

Fanfic: Bilhetes de Ódio - Vondy (Adaptada) | Tema: Vondy


Capítulo: Capítulo 5

16 visualizações Denunciar


comentem que eu volto :)


 


Dulce


 


Esse lugar fazia o meu antigo escritório parecer uma lata de lixo.
Eu sabia, pelas roupas que usava e o cartão de visitas cor de creme com caligrafia de acabamento dourado, que Iris Locklear era dona de um negócio bem-sucedido. Eu só não fazia ideia de que era tão bem- sucedido assim.
Olhei em volta da área da recepção, maravilhada. Um lustre gigante e brilhante, janelas que iam do piso ao teto com vista para a Park Avenue, e espaço ― muito espaço aberto. O saguão era maior do que o meu apartamento inteiro. Uma mulher morena bonita chamou meu nome enquanto eu olhava embasbacada pela janela. Tentei esconder o tremor das minhas mãos ao andar em direção a ela.
— Olá, Dulce. Meu nome é Liz Talbot. Sou encarregada do departamento de Recursos Humanos. A sra. Locklear me disse que você viria esta manhã. Ela está em uma reunião, mas deve voltar dentro de mais ou menos uma hora. Que tal eu levá-la para conhecer o escritório enquanto você preenche os papéis da sua contratação?
— Isso seria ótimo. Obrigada.
A Locklear Propriedades ocupava o andar inteiro e empregava mais de cem pessoas, incluindo quarenta gestores de propriedades, trinta corretores, um departamento de marketing com dez pessoas e uma equipe de suporte com outras dezenas. Iris não estava brincando quando disse que trabalhou muito para subir de cargo. Depois que Liz me mostrou tudo, fomos até seu escritório e ela me deu uma pilha de papéis em uma pasta que tinha meu nome escrito nela.
— Vou levá-la até seu escritório e você poderá começar a preencher esses papéis. O seu contrato de trabalho está aí, junto com as informações sobre a sua escolha de plano de saúde, informações sobre as nossas opções de planos de aposentadoria, formas de depósito direto, e os formulários de informações tributárias e de verificação de elegibilidade para o emprego, que precisaremos que sejam preenchidos e devolvidos até quarta-feira. Os dias de pagamento são o primeiro e décimo quinto do mês. — Ela tocou os lábios com o dedo. — Acho que estou esquecendo de alguma coisa. Mas é segunda-feira, e eu só tomei uma xícara de café até agora, então devo estar esquecendo mesmo.


Liz abriu uma gaveta em sua mesa e retirou de lá um molho de chaves enorme antes de me conduzir até o lugar onde eu ia trabalhar. Ela destrancou a porta de um escritório e acendeu as luzes.
— Aqui está. Vou encomendar uma placa de identificação com o seu nome para colocar na porta e mandar fazer cópias extras das chaves esta tarde.
— Hã, eu acho que você está me confundindo com outra pessoa.
Ela franziu as sobrancelhas.
— Você é Dulce Maria, não é?
— Sim. Mas eu não deveria ficar em algum cubículo? Isso parece um escritório executivo. Tem até um sofá!
Um olhar compreensivo surgiu em sua expressão.
— Oh! — Ela riu. — Eu trabalho aqui há tanto tempo que me esqueço do quão incomuns algumas coisas podem parecer nesse lugar. A assistente cuida de todas as necessidades pessoais da família Locklear. Você terá acesso a muitas informações pessoais e confidenciais, e a família é muito reservada. Eles não gostariam de manter essas informações em um cubículo, onde todo mundo poderia ver.
— Ah. Ok. Faz sentido.
No entanto, ainda me parecia um espaço muito grande para uma assistente. Mas quem era eu para contestar um escritório privativo e elegante na Park Avenue? Tudo parecia quase bom demais para ser verdade: um emprego em que eu poderia aprender com uma mulher como Iris, um contracheque estável com benefícios, e nada de família Alvarez para lidar. Embora eu gostasse do meu emprego enquanto trabalhava para a família de Paco, sempre senti que algumas pessoas me olhavam como se eu o tivesse conseguido por causa do homem com quem eu dormia. Iris me deu muito mais do que um emprego quando nos conhecemos, e eu estava determinada a provar para ela que não havia sido um erro.
— Vou deixá-la começar. Você sabe onde fica o meu escritório, se precisar de alguma coisa. Meu ramal é o 109, caso queira ligar para tirar alguma dúvida.
— Um zero nove. Entendi. Obrigada.
Liz sorriu e caminhou até a porta. Ela parou quando ficou diante do sofá e deu tapinhas ao longo do encosto.
— A propósito, deixe-me te dar um toque, de mulher para mulher. Poncho tende a flertar um pouco. Ele estará deitado nesse sofá tentando bater papo com você antes mesmo do dia acabar. Mas ele é inofensivo. Não deixe que isso te assuste.
— Poncho?
— O neto da sra. Locklear. Ele não vem aqui com muita frequência. Somente às segundas-feiras, na maioria das semanas. Parece que o fim de semana dele começa na terça-feira e vai até o domingo. Ele e o irmão cuidam da parte dos negócios encarregada das vendas das propriedades. Bem, é mais o irmão dele que cuida disso. A sra. Locklear cuida da parte dos negócios responsável pela gestão de propriedades. São empresas separadas, com nomes diferentes, mas muitos funcionários, como você e eu, trabalham para as duas.
— Ah. Ok. E obrigada pela dica sobre o Poncho.
Minha cabeça ficou girando depois que Liz me deixou sozinha. Dei- me um minuto para respirar fundo algumas vezes e, então, comecei a cuidar da minha papelada. Iris e eu não havíamos discutido um salário. Então, admito que estava curiosa sobre quanto a minha posição pagava. Ainda bem que eu estava sentada quando descobri. Setenta e cinco mil dólares! Era muito mais do que eu ganhava na Alvarez's. Tudo isso parecia um sonho.
Quase uma hora depois, a mulher responsável por dar início a uma nova fase da minha vida bateu na porta do meu escritório. Fiquei de pé.
— Iris. Hã... Sra. Locklear. — Percebi que era assim que Liz a chamava.
— Me chame de Iris, querida. Como você está esta manhã?
Pensei que talvez ela estivesse com medo de que eu fosse emocionalmente instável.
— Estou bem. Não vou ter um colapso aqui, prometo. Normalmente, eu sou bem equilibrada.
Seu sorriso tinha uma pontinha de diversão.
— Fico feliz em ouvir isso. Liz te mostrou tudo? — Mostrou. Aqui é tudo muito lindo.
— Obrigada.
— Ela também me deu essa papelada. Ainda não terminei, mas posso terminar até hoje à noite.
— Pode fazer tudo com calma e ir até o meu escritório quando terminar. Eu preciso fazer algumas ligações, de qualquer jeito. Poderemos falar sobre algumas das suas responsabilidades. Você já conheceu os meus netos?
— Ainda não. As portas dos escritórios estavam fechadas quando passei por elas. Liz disse que eles ainda não haviam chegado, mas chegariam em breve.
— Tudo bem, então. Vou apresentá-la a eles quando começarmos. Vejo você em breve.
Ela já estava na porta quando lembrei de algo.
— Iris!
— Sim? — Ela girou.
Abri a gaveta da mesa onde eu havia enfiado a minha bolsa estilo sacola da Michael Kors e peguei de lá um pacote feito com jornal.
— Eu fiz isso para você no fim de semana. Lembra que você me disse para te trazer uma escultura de cerâmica?
Iris voltou à minha mesa enquanto eu desembrulhava o vaso que havia feito. Como eu estava sem prática com a roda de olaria, tive que passar por umas doze tentativas até conseguir acertar o formato. Mas, no fim, acabou ficando ainda melhor do que eu esperava. Passei o fim de semana inteiro no estúdio Painted Pot, onde coloquei o vaso no forno uma vez e o pintei, mas ainda faltava esmaltá-lo e colocá-lo novamente no forno.
— Ainda não está pronto. Precisa de mais acabamentos e ficar mais tempo no forno, mas eu queria que você o visse e soubesse que fiz para você.
Iris pegou o vaso da minha mão. Eu o havia pintado com flores de íris em uma cor roxa vibrante. Embora feliz com o resultado, fiquei nervosa ao entregar a ela. Ainda mais depois de dar uma olhada nas obras de arte chiques espalhadas pela empresa.
— Isso é magnífico. Você realmente o fez? — Ela girou o vaso nas mãos para dar uma boa olhada na peça inteira.
— Sim. Não é o meu melhor trabalho. Estou um pouco enferrujada. Ela olhou para mim.
— Então estou louca para ver o seu melhor trabalho, Dulce. Esse vaso é deslumbrante. Olhe só os detalhes e o sombreamento nas flores, e o formato delicado da peça. Você não faz somente esculturas de cerâmica, você faz arte.
— Obrigada. Como eu disse, ainda não está finalizado. Mas eu queria que você soubesse que eu cumpri com a minha palavra e o fiz.
Ela me entregou o vaso de volta.
— Isso significa muito para mim. Eu sempre ajo de acordo com o meu instinto, e não estava errada sobre você. Estou com a sensação de que hoje é o primeiro dia de uma série de coisas incríveis na sua vida.
Depois que ela saiu do meu escritório, eu me senti nas nuvens. Terminei de preencher os formulários que Liz havia me dado e decidi, em seguida, ir buscar alguns lenços para embrulhar o vaso antes de cobri-lo com o jornal. Como o vaso ainda não estava esmaltado, o fundo estava com uma pequena mancha de tinta que devia ser resultante da fricção com o jornal. Eu não queria que ficasse com mais manchas. Então, peguei o vaso e o levei comigo para ver se conseguiria limpá-lo antes de voltar a embrulhá-lo.
Saí do meu escritório e virei à esquerda para ir à cozinha, antes de perceber que fui pela direção errada. Parei e comecei a andar na direção oposta. O problema foi que eu não olhei direito para onde estava indo. Ao dar o segundo passo, esbarrei com tudo em alguém.
Atrapalhei-me toda com o vaso nas mãos ao recuar do meu trombo contra um peito forte. Eu quase consegui, quase me reequilibrei para continuar de pé e evitar que o produto de um trabalho que levou meu fim de semana todo caísse no chão. Mas, então, cometi o erro de olhar para a pessoa com a qual colidi. O vaso escorregou das minhas mãos, logo antes de eu cair de bunda no chão.
Mas que...
O homem se abaixou diante de mim.
— Você está bem?
Consegui apenas piscar em resposta, muda e atordoada em meio a estilhaços de cerâmica.
Ele estava tão diferente sem a carranca no rosto que cheguei a me perguntar se estava enganada ― talvez fosse apenas um homem assustadoramente parecido. Até que ele deu uma boa olhada em mim. Um sorriso lento e perverso surgiu em seu lindo rosto.

Eu não estava enganada. O homem que arrancou todo o fôlego do meu corpo pela segunda vez... era definitivamente Christopher Uckermann.



Compartilhe este capítulo:

Autor(a): carol vondy

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

- Links Patrocinados -



Loading...

Autor(a) ainda não publicou o próximo capítulo



Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 5



Para comentar, você deve estar logado no site.

  • amandaalbuqrq Postado em 19/04/2022 - 14:10:50

    Eu vou vir aqui todo dia atentar hahahaha

  • amandaalbuqrq Postado em 19/04/2022 - 14:10:10

    Vc tem q postar mais pra ela ficar evidente e a galera ver

  • amandaalbuqrq Postado em 19/04/2022 - 14:09:36

    Posta maisssss, eu reativei o perfil soh pra implorar

  • Srta Vondy ♥ Postado em 12/04/2022 - 23:37:30

    Só por que comentei você parou de postar ? Tô brincando kakaka mas sério, volta aqui, tô louca p acompanhar essa história

  • Srta Vondy ♥ Postado em 06/04/2022 - 21:15:20

    Tô amandooo! Amo a versão da Dulce desbocada e que bate de frente com o senhor arrogante, ainda vão trabalhar juntos? Amo. Totalmente presa nessa história. Vai ter pov do Christopher ? Queria muito saber o que se passa na cabeça dele após escutar isso tudo ? kakkaka Continuaa, por favor <3


ATENÇÃO

O ERRO DE NÃO ENVIAR EMAIL NA CONFIRMAÇÃO DO CADASTRO FOI SOLUCIONADO. QUEM NÃO RECEBEU O EMAIL, BASTA SOLICITAR NOVA SENHA NA ÁREA DE LOGIN.


- Links Patrocinados -

Nossas redes sociais