Fanfic: Jiyuuni | Tema: Free!
Makoto e Haruka olharam um para o outro quando desceram na estação de trem, chegando à Iwatobi. Makoto tentou sorrir como sempre fazia, mas seu sorriso não saiu com a naturalidade que lhe era sempre presente, e ele sabia que Haruka perceberia que o sentimento que deveria estar contido naquele curvar de lábios não chegaria até seus olhos.
Não era a primeira vez que voltavam à sua cidade natal desde que foram morar em Tokyo, mas era difícil não ficarem preocupados com o que aconteceria depois dessa visita. Nada seria como antes.
Makoto queria segurar a mão de Haruka. Sentir os dedos dele nos seus o deixaria mais calmo.
— Vamos, Haru? — Makoto disse em vez de segurar a mão dele.
Haruka apenas fez um gesto com a cabeça, assentindo, e eles se colocaram a caminho da casa de seus pais. A estação não ficava longe e eles poderiam ir caminhando, passando pela orla, como já haviam feito tantas vezes juntos, Haruka sempre ficando entre Makoto e o mar.
Haruka olhava para a espuma que as ondas espalhavam sobre a areia e Makoto seguiu seu olhar.
— Você sente falta do mar, não é, Haru?
Haruka olhou para Makoto por um breve momento e desviou o olhar.
— Eu estou nadando bastante agora.
Makoto não pôde deixar de sorrir, com um pouco mais de leveza dessa vez.
— Eu sinto falta, principalmente, do cheiro. E do som, também. Sempre quando estávamos a caminho da escola era esse cheiro e esse som que nos acompanhava.
Haruka ficou surpreso a princípio, mas depois sorriu discretamente.
— É verdade.
Era esse cheiro e esse som que os cercavam durante muitos momentos que passaram juntos.
Atravessaram o primeiro torii ao pé da escada que subia a encosta até o templo, as casas de seus pais ficavam no meio desse caminho. Os pés demoravam em cada degrau de pedra, prolongando o tempo que passariam juntos, mas assim que se aproximaram da casa dos pais de Makoto, seus irmãos surgiram aos pulos, abraçando os dois, cheios de saudades. Deviam estar esperando na entrada, sabendo que hoje era o dia da chegada deles.
— Você vem para casa com a gente, Haru-chan? — perguntou Ran, abraçada a Makoto.
— Vamos? A mamãe e o papai também estão com saudades! — disse Ren, segurando a barra da blusa de Haruka.
Haruka sorriu para os gêmeos. Eles haviam crescido nesses últimos meses.
— Obrigado, mas agora tenho que ir para casa. Meus pais já devem ter chegado.
A expressão de Makoto estava séria quando Haruka olhou para ele. Haruka voltou sua atenção para os gêmeos novamente.
— Talvez mais tarde.
Apenas os pequenos estavam animados quando se despediram, e Makoto ficou olhando enquanto Haruka continuava subindo os degraus de pedra, até desaparecer, virando à esquerda, antes do segundo torii.
* * *
Haruka ficou parado por uns instantes diante da porta antes de abri-la. As luzes estavam apagadas, então ele pescou seu chaveiro de metal em forma de golfinho de dentro de sua mochila e destrancou a porta.
— ...Tadaima. — ele disse baixinho para a casa vazia.
O ar lá dentro parecia estagnado, o cheiro do tatame e do papel das portas internas trouxeram memórias dos dias que viveu naquela casa. Haruka morou praticamente sozinho por anos, talvez há tanto tempo quanto namorava Makoto. Os pais só voltavam para Iwatobi nos feriados prolongados.
Ele abriu a porta que dava para o jardim dos fundos, para que o ar da tarde entrasse. Era um pouco triste ver o jardim que ele havia cuidado por tanto tempo, agora, sendo tomado pelas ervas daninhas.
Antes de subir para seu antigo quarto e deixar suas coisas, Haruka abriu as portas do butsudan que ficava na sala, dentro dele estava a foto de sua falecida avó. Com cuidado, ele tirou a poeira que se acomulou com os meses, e com o pequeno templo já limpo, ele tocou o sino duas vezes e acendeu o incenso. Com as mãos unidas, era como se estivesse dizendo à avó que ele havia voltado para casa.
Depois que deixou suas coisas no quarto, mandou uma mensagem para sua mãe.
Cheguei em Iwatobi.
Ficou tanto tempo pensando na conversa que teria com os pais que agora se sentia um pouco perdido ao chegar e não encontrá-los ainda. Então, começou a retirar os lençóis que cobriam os móveis e limpar a poeira, para a casa ficar habitável para o feriado, mas também para ter uma ocupação.
Próximo ao crepúsculo, Haruka estava guardando o aspirador de pó quando sentiu o celular vibrar no bolso.
Não vamos poder voltar para o Obon. Sinto muito, Haruka. Dizia a mensagem que recebeu da mãe.
Haruka ficou olhando para a tela do celular, era a primeira vez que ouvia algo sobre isso. Havia, sim, confirmado com os pais que se encontrariam em Iwatobi no Obon, nenhuma palavra havia sido dita sobre não irem. Haruka não os via desde o natal do ano anterior, isso oito meses atrás. Haruka franziu o cenho, e por impulso, discou o número da mãe. O telefone tocou quatro vezes, e quando Haruka achou que a chamada cairia sem ser atendida, ouviu a voz dela.
— Haruka? Aconteceu alguma coisa?
— Precisava conversar com você e o pai.
— É urgente, querido?
Ela estava pensando em dizer a ele para deixar a conversa para a próxima vez? Para quando? Para o Natal? Ou apenas para que ficasse para um telefonema em outra hora?
— Eu vou morar com o Makoto — ele disse de uma vez.
— …Ok? — ela respondeu depois de um breve silêncio.
— Estamos namorando.
— Oh. Certo.
— Era isso. Até mais.
Foi uma sensação estranha desligar o telefone, sentiu alívio, mas também um certo vazio. Haruka não sabia que tipo de reação esperaria dos pais, mas dar a notícia assim por telefone, sem ver o rosto deles, era realmente estranho. Não achava que eles seriam de fato contra, mas não conseguia imaginar como seria essa conversa, e agora ela havia acabado tão rápido como tinha começado.
Haruka se sentou na porta que dava para o engawa, a parte externa entre a porta da sala e o jardim, e ficou observando as ervas daninhas que ali cresciam. Não havia mais o que fazer além de ficar no silêncio da casa vazia enquanto a noite caía do lado de fora.
Um tempo depois, Haruka se levantou.
O sol já havia se posto e o ar estava fresco. Haruka percebeu que não havia pensado para onde iria, apenas teve vontade de sair. Caminhou até o torii que ficava perto da sua casa e observou os vestígios esmorecidos da luz do sol que tingiam o horizonte. Sentiu uma inquietação, algo que começava a se mover dentro dele, lentamente, se embolando em seu estômago e deixando-o aflito. Aquela sensação ruim parecia se intensificar com as cores escuras que se espalhavam pelo céu.
Do alto da escada de pedra onde estava, ele podia ver as luzes acesas na casa dos Tachibana.
Ele queria ver Makoto. Mas Makoto devia estar falando com seus pais ainda e Haruka não quis ir bater na porta deles e interromper. Como ele estaria se saindo?
Haruka se sentou no primeiro degrau onde costumava esperar Makoto quando eram mais novos, mas seu desconforto não passava. Olhou para a casa que já havia sido seu lar, as luzes apagadas, depois voltou a olhar para a casa dos pais de Makoto. Sentado ali, ele estava no escuro.
Subitamente sentiu que precisava se levantar, precisava se mover de algum modo. Então seus pés começaram a descer os degraus, primeiro lentamente, depois ganhando velocidade a cada passo. Passou à frente da casa dos Tachibana e continuou descendo. Quando percebeu, Haruka estava correndo até o pé da escada, mas não parou ali e continuou correndo, passando os degraus e chegando à orla, até seus pés afundarem na areia, o coração acelerado.
Parou ao ouvir o rugido do mar, ofegante, seus olhos se acostumaram à parca luz do começo da noite depois de deixar para trás as luzes das casas, aquelas luzes que não pertenciam a ele. Haruka não gostava do escuro, mas estava tão acostumado a ele que caminhou em sua direção.
O cheiro da maresia encheu seus pulmões, e o mar o convidou. Ele não estava particularmente agitado, mas veio impaciente lamber os pés de Haruka quando ele se aproximou. Haruka continuou andando, enquanto a água subia pelas suas pernas e quadril, chegando ao abdômen e atingindo seu peito com outra onda. Logo seus pés deixaram de tocar a areia, mas a sensação de leveza não veio.
A água sempre o libertou das cordas da vida mundana, dentro da água ele não podia ser tolhido, ele era livre.
Mas agora ele não se sentia livre.
Deixou que a água tomasse seu corpo. Esperava dela algo que sentia faltar nele. Queria que a água mais uma vez fosse seu abrigo. Dentro da água não havia lágrimas e nada a se esperar do silêncio.
Logo seu peito começou a arder e ele precisou de ar. Subiu para a superfície e o barulho das ondas fazia-o ouvir coisas. Parecia que estavam chamando seu nome, mas quem o chamaria?
Aos poucos o som foi se tornando mais distinto e urgente, agora inconfundível, mesmo entre as ondas do mar.
— Haru!!
Haruka se virou para a praia a tempo de ver Makoto descer correndo pela areia, quase tropeçando no terreno irregular. Então, era Makoto quem o chamava. Haruka começou a nadar de volta, mas Makoto entrou no mar para encontrá-lo. Por que não ficou na areia esperando? Haruka sabia que Makoto não gostava de entrar no mar à noite, estava indo até ele. Haruka não deixaria que Makoto chegasse à parte funda, mas ao se mover com os pés no chão, a água tentava detê-lo, atrasando seus movimentos.
Makoto conseguia se mover com mais facilidade com suas pernas longas e só parou quando pôde envolvê-lo em seus braços.
— Haru, o que estava fazendo?! — ele perguntou com a voz estridente. — Quando vi você no mar... Você não voltava à superfície...!
Haruka retribuiu o abraço, e só então percebeu como Makoto tremia.
— Me desculpe. Não queria tê-lo assustado. Eu só entrei na água — Haruka apertou os braços ao redor de Makoto —, mas não era da água que eu precisava. Me desculpe.
Não era da água que ele precisava. Era de Makoto.
— Não me assuste assim! — disse Makoto, enterrando o rosto nos cabelos molhados de Haruka.
— Perdão.
Haruka recordou novamente do dia em que conversaram sob a luz do farol. Naquele fim de tarde, Makoto não podia ser encontrado em lugar nenhum. Haruka estava procurando por ele por toda parte, então, na praia, o viu parado no alto de um penhasco, a luz do farol passando rapidamente sobre ele. A imagem solitária de Makoto sobre aquele limite tênue, como se estivesse prestes a mergulhar no vazio gelou Haruka até os ossos. Haruka correu até ele, com urgência e desespero, até o limite de suas forças, pois um segundo poderia ser tarde demais. Não queria que agora Makoto tivesse passado por aqueles mesmos momentos de terror.
— Perdão, perdão. — continuou sussurrando no ouvido dele.
Ficaram abraçados até sentir que o tremor Makoto diminuía.
— Vamos voltar, Makoto. Você precisa de um banho quente.
— Você também.
Eles se desprenderam dos braços um do outro, mas precisavam que suas mãos continuassem unidas.
— Como soube que eu estava aqui? — perguntou Haruka.
— Eu não sei, só senti que eu precisava ver você.
Um dia Haruka havia dito palavras muito parecidas, quando Makoto foi procurá-lo para contar sobre seu medo da água, no dia em que os peixinhos morreram. Haruka apenas sentiu que precisava esperar por ele, sentiu que de algum modo Makoto precisava dele.
Haruka apertou a mão de Makoto, não queria pensar em soltar sua mão.
— O que aconteceu, Haru?
— Não aconteceu nada.
— Você não estaria aqui se não tivesse acontecido nada.
Haruka abaixou o olhar e franziu o cenho, mas não respondeu. Nem ele sabia ao certo o que responder.
— Vamos, Haru. Vamos sair daqui.
Makoto tentou sorrir, mas ele ainda não conseguiu sorrir de verdade.
Enquanto faziam o caminho de volta, subindo os degraus de pedra, deixam pegadas feitas de água e areia. A roupa molhada estava colada ao corpo, e a água salgada deixava a pele pegajosa, mas ele se sentia mais tranquilo.
— Como foi com seus pais? — Haruka perguntou, quebrando o silêncio no qual caminhavam.
— Foi fácil — respondeu Makoto, pensativo —, eu acho que eles já sabiam.
Haruka o olhou interrogativamente.
— Minha mãe ficou feliz quando falei da gente. Ela parecia quase aliviada, na verdade. Meu pai também. Ele nos deu os parabéns. — ele disse com ternura, sua expressão ficando mais leve.
Ele não devolveu a pergunta a Haruka, mas ele sabia que Makoto estava esperando que dissesse alguma coisa quando estivesse pronto.
— Meus pais não estão em casa. Eles não vieram. — Makoto olhou para ele por um instante. — Então, eu liguei e falei com a minha mãe. Ela disse “ok”.
— Entendo.
Subiram os últimos degraus até a casa dos pais de Makoto em silêncio. Makoto abriu a porta e eles entraram de mãos dadas.
Os pais de Makoto estavam na sala e se levantaram ao vê-los entrando encharcados.
— Minha nossa, o que aconteceu? — perguntou a mãe de Makoto.
— Eu quis entrar no mar e o Makoto acabou entrando comigo.
Makoto abriu a boca para protestar, mas não teve oportunidade.
— Mesmo sendo verão não é bom ficar andando por aí molhados à noite. Agora, vão logo tomar um banho.
— Makoto, você primeiro. — disse Haru, virando-se para ele.
— Não, Haru, vai você primeiro. Você está todo molhado. — dizendo isso, Makoto afastou uma mecha de cabelo que estava grudada na testa de Haruka.
A mãe de Makoto suspirou e o pai conteve um risinho, talvez mais por causa da reação dela do que da cena dos dois.
— Por que não vão os dois juntos? O banheiro não é muito grande, mas é o suficiente. Eu vou pegar toalhas limpas para vocês. — disse o pai, já saindo da sala.
Os dois se entreolharam meio sem graça, enquanto a mãe de Makoto continuava parada diante deles como se eles fossem crianças que tivessem que juntar os brinquedos que tinham espalhado pela casa.
— Vamos, Makoto. — Foi Haruka que tomou a iniciativa de puxar o namorado, parados ali só ficariam molhando o chão.
Enquanto isso, Makoto corava até as orelhas, e foi só fechar a porta do banheiro para ele cobrir o rosto e resmungar, a voz abafada pelas mãos.
— Eu não acredito que estamos fazendo isso!
— Não é como se fossemos fazer sexo aqui no banheiro com seus pais na sala. — Haruka falou calmamente enquanto tirava a roupa.
— Haru!
— Nós já tomamos banho juntos aqui antes.
— Quando éramos crianças!
Haruka parou e olhou para ele. Sim, e qual o problema? Makoto esfregou as mãos no rosto em frustração e Haruka sorriu discretamente ao ver como o outro já parecia ter esquecido o susto de pouco antes.
Na verdade, ele mesmo havia esquecido a angústia que estava sentindo quando estava sozinho. Encontrar Makoto, ser recebido de forma tão casual pelos pais dele, e agora ele percebia que havia se esquecido de falar com eles sobre o relacionamento dele e de Makoto. Sentia uma sensação de familiaridade naquela casa que o surpreendia às vezes.
Depois de emergirem do banho, Haruka usando as roupas de Makoto, Ran e Ren também estavam na sala com seus pais.
— Haru-chan! — os dois gritaram em uníssono.
— Você veio mesmo! — disse Ren.
Haruka não havia planejado estar ali quando saiu de casa, mas ele ficou feliz por estar e sorriu para os dois pequenos, afagando os cabelos deles. Haruka olhou para Makoto e ele observava os três com uma expressão serena e um sorriso no rosto.
— Ran, Ren. Tem uma coisa que eu preciso contar para vocês — disse Haruka se abaixando de modo que seus olhos ficassem na mesma altura que os olhos dos dois —, Makoto e eu estamos namorando.
Os gêmeos se entreolharam por um instante.
— A gente já sabia. — disse Ran, dando de ombros. Haruka ergueu as sobrancelhas, surpreso, então Ran continuou: — O jeito como você olha para o onii-chan, e o jeito que o onii-chan olha para você...
— …É coisa de namorados, né? — completou Ren.
Haruka sabia que devia estar corando, porque sentiu seu rosto aquecer. Provavelmente sua expressão se assemelhava a de Makoto: surpreso, levemente constrangido, mas absolutamente feliz.
* * *
Ficaram conversando na sala e depois pediram pizza. Ran e Ren pareciam ter uma lista infinita de curiosidades sobre a vida em Tokyo e como era a universidade. Os pais de Makoto também participavam da conversa, mas a maior parte do tempo apenas ouviam. Só perceberam como estava ficando tarde quando os gêmeos começaram a bocejar, e logo eles foram dormir. Os pais de Makoto foram logo depois, então restou apenas Makoto e Haruka.
Não parecia que os anos haviam passado, era como os dias em que vinha à casa de Makoto, quando ainda eram crianças. Às vezes nem tinha a intenção de pernoitar, mas acabava ficando tarde antes que percebessem, então Makoto lhe emprestava um pijama e ele dormia em um futon ao lado da cama dele. Com o passar dos anos, os pijamas de Makoto pareciam cada vez maiores nele. Quando já eram adolescentes, muitas vezes Makoto entendia a mão e eles dormiam de mãos dadas, mesmo que depois ele acordasse no meio da noite com o braço dolorido.
Não precisava voltar para a casa vazia, para aquela casa onde não havia ninguém esperando por ele. Ela não era mais seu lar, e talvez nunca tenha sido. Na primavera teria um novo lugar para o qual voltar, desejou que fosse um lugar com janelas amplas, por onde a luz do sol pudesse entrar.
— Makoto, eu vou voltar.
Algo havia mudado dentro dele naquela noite, parecia que algo havia se quebrado ou talvez se rompido. Ele não era mais a criança que não queria voltar para o silêncio da casa vazia, já não importava se estivesse voltando para uma casa de luzes apagadas.
Na primavera ele teria um lugar para chamar de lar.
— Fica. — Makoto disse, interrompendo seus pensamentos. Ele estava preocupado e segurava a mão de Haruka.
— Acho que eu me esqueci de fechar a casa.
— Haru!
— Eu tenho que voltar para trancá-la.
— Eu vou com você, nós fechamos a casa e voltamos. Está bem?
Haruka assentiu.
Pela segunda vez naquele dia Haruka ficou parado diante daquela porta, mas agora ele não estava sozinho. Quando ele entrou, tudo que via parecia estar sob uma luz diferente. Seu coração estava se despedindo daquela casa, da criança que ele era quando morou nela, a criança que lutava para ser forte sozinha, que se fechava e acreditava que ele apenas tinha que aceitar.
Makoto notou o olhar perdido de Haruka e o abraçou.
Sentiu o calor do corpo de Makoto. Era uma ponte para outro lugar, um lugar mais feliz, que eles construiriam juntos. Estava deixando para trás o silêncio que o confinava entre quatro paredes e a escuridão da casa vazia. O amor o fazia mais forte, e finalmente ele se sentia livre.
Autor(a): hokutoritsuka
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