Fanfic: C.I.F.D (+16, +18) Criminal Holmes III Parte I | Tema: Drama, Suspense, Romance, Policial

Kalel - Componente de Resolução de Crime

Eu não compreendi muito bem a última palavra do Paschoal no rádio comunicador, a viagem na viatura me deu uma experiência passageira num carrossel, a chuva da madrugada ainda demorava a evaporar e os pneus já se mostravam suplicantes no caminho de mais barro que terra. A nova tentativa das elocuções destemidas do Paschoal em objeções a vista nítida da casa circundada por uma cercania de vigas, obrigatoriamente me restituiu a ordenar o meu colete novamente. Nada eu pude imaginar para o senhor de botas enlameadas, a começar pela investigação errante da casa, a primeira esquadrinhada animante do Paschoal seguiu a direção do armazém tão próximo. Desde já que a conversa não mostrou alguma propriedade e para a inspeção não recorreu nenhuma negação. 

Eu já senti dúvidas muito antes da entrada, o ângulo distante e tão imediato no teto foi a origem principal dos meus breves calafrios. As vigas envelhecidas para um sustento inútil de um telhado teimoso em desabar, nenhuma vantagem a cratera do teto me beneficiou a vistoriar a identificação dos caixotes desprezados e espalhados, a lanterna favoreceu até mesmo o descobrimento de uma lona ressecada e a sua sacudida ativou os meus tiques de rinite. Bem visível no chão as formas do bolor seco me confirmaram sobre os exclusivos moradores muito antes de capturar a cauda balançante dentro de um caixote. A simplicidade foi o suficiente para encerrar com a vistoria na residência da fêmea roedora.

Eu já tinha certeza de que o sol não esquentaria o meu braço descansado na janela, a légua de terra liberou novamente a voz do Paschoal. Exatamente, em frente aos cultivadores, ele resolveu descer, eu consegui visualizar a outra viatura desalinhando um pouco e o meu trabalho se tornou suficiente nas elevações de terra que eu enxerguei mais a frente. A horizontal herbívora e muitas nuvens de espumas no céu, não identificar nenhuma sombra vivente enalteceu as minhas dúvidas em secreto, o retorno ao aglomerado de civis, somente serviu para adiantar a elevação das mangas da minha camisa e a minha ansiedade.

- Me lembrei que tem um campo aqui perto. Eu te chamo se precisar.

Eu agilizei com a dispersão, o retorno em direção do caminho de gramas não afetou a minha consciência do esmagamento dos brotos, a direção que eu reconheci se apresentou primeiro como o cercado grande da quadra. Mediante a sorte, o alcance do descanso do tronco no banco, agasalhado por um casaco grosso, me preparou ao meu apalpamento na arma e a ordem da revista. Nada similar a envólucros, a decisão para a entrada na quadra foi mais necessária por indefinição de uma sacola plástica descartada na arquibancada. Pouco fez diferença alargar a abertura, a minha grande autonomia foi descer a elevação de barro do outro lado e deparar com a agricultura até mais movimentada. Eu não atrapalhei tanto a aragem, a passagem cuidadosa na colheita de repolhos não passou de uma necessidade para as centenas de anos de cultivo, minha prioridade para a revisão no armazém foi o suficiente na entrada, ao menos o estoque de alguma feira era aprontada.

A minha disposição em sair não me trouxe temor, a curiosidade do gado foi a prévia do dejavú, a inteligência não facilitou em mim nenhuma estratégia imediatamente, com o alcance da varanda, eu já tive a intenção de desembarcar ainda no caminho da estrada de barro, reajustar o revólver mais ainda da cintura tornou-se o meu primeiro método seguro antes de infiltrar no terreno. Eu já me preparei para o incomodo de batidas na porta, a apresentação básica do cívil colaborou com a coragem da mulher em estender totalmente a porta. Foi mantida a vistoria minuciosa no celeiro e eu não perdi tempo com a minha ansiedade de atravessar as elevações de terra sendo tão próximo de encontrar um arvoredo na entrada da propriedade. Eu sabia que se tratava do galpão ilegal até mais esquecido e desprezado demais.

Eu não tive outra opção a não ser desordenar a operação do Paschoal. Sempre era um problema, ele atender depressa o comunicador.

- Estou precisando de ajuda, só tem uma pessoa comigo.

Pouca consideração tive para a réplica de resposta. No quesito de adiantamento, eu preferi me garantir antes da perca e da aparição de movimentação. A experiência destemida me antecipou a movimentação lateral, no encalço de passos lentos, a chegada na entrada me favoreceu de tranquilidade quanto a calmaria e alcançar os espaços totalmente vazios não foi uma sorte negativa. Eu retornei sem muita conversa, apenas o lembrete do trajeto foi o necessário. 

- Está perto da casa de Julie. 

A necessidade pelo raciocínio por indução, completou as provas já nítidas sobre Marlon, mediante às denunciações de Vlasotince, a única determinação recorreu primeiro em seguir com o flagrante. Não era uma eternidade de trajeto, as deformações em transformação de poças de lamas desacelerou por mais tempo a viatura. Eu já estava com uma memória bastante positiva da cercania e a cadeira de balanço na varanda ampliou a clarividência do meu cérebro. O desembarque preparador me adiantou aos anúncios na porta, foi até seguro para o meu dejavú, a vagareza para o abrimento. Eu não vivenciei o susto com a senhora mais ajuizada e loira, o debate explicativo antes da entrada ressurgiu a faceta de Julie ainda mais desconfortável. No bom exercício da educação, me encaminhei até o corredor mais estreito, apalpar a arma se tornou mais preciso antes de distanciar a porta do quarto. Exatamente, por sobre os colchoados no exagero de um lactante, o acerto na luz foi fraco demais para despertá-lo do sonífero e o batuque na porta remexeu com impaciência a cabeça loira e com um par de chifres. 

Eu não acertei inicialmente a cor dos olhos dele, tanta compressão deixou a desejar. 

- Vim te buscar pra dormir em outro lugar. 

Foi uma tentativa inútil ele articular explicativas para Julie, o desconserto da colcha em revelações de um tronco desnudo e até rabiscado nas laterais do lombo, ressucitando um dragão furioso nas costas. 

- Eu nem sei o que está acontecendo? - O motivo para toda esfregação incansável dele nos olhos, recaiu para uma noite sem descanso.

- Crime de ameaça, entorpecente e homicídio, e se eu encontrar mais alguma coisa por aqui, você se fode ainda mais.

Nada impediu a minha revirada na cômoda pequena, a voz emblemática me revirou para a entrada e a senhora era mais insatisfeita. Não escapou do meu alcance a entrega de Julie com o casaco escuro antes de ele se levantar para o encargo das algemas. A conversa do Paschoal afastou a senhora do cômodo, mais liberdade eu tive de clarear a lanterna em baixo da cama, sem tanta pressa, a captura da mochila negra nos pés ao lado da cama, causou um disparo nas minhas intuições acerca do peso. Nem tanto as minhas mãos puderam se aprofundar, o recipiente metálico serviu para acrescentar hipoteticamente a pena.  

A condução determinada para o retorno a sala, aflorou os gênios descontrolados da senhora e a tranquilidade atuada de Julie me convenceu em primeiro instante.

- Tem certeza de que eu não irei me prejudicar com isso? Me arrependi por não ter entregado ele a muito tempo. 

- Teve sorte por ter tido um garoto esperto. 

Sobre as ordens do Paschoal, a senhora não se limitou para a busca das documentações, a condução para o departamento esteve próxima e nada ela aceitou deixar em secreto.

- Não vou seguir com ele, eu prefiro ficar longe disso. Tem ainda a sentença sobre a guarda da herança do Jens, falta somente isso para nós irmos embora.