Fanfic: Todo Garoto Tem - Adaptada (AyA) TERMINADA!
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Palmtop de Alfonso Herrera
Parece-me bastante óbvio que eu poderia ter lidado melhor com a situação.
Falando sério, o momento que a Grazi escolheu para chegar não podia ser pior. Acho que eu quase tinha conseguido fazer com que ela me perdoasse pelas minhas gafes anteriores e inoportunas.
No entanto, continuo insistindo que as minhas opiniões, principalmente a respeito do casamento, eram perfeitamente válidas. Não há como me convencer de que existe uma única pessoa viva que, examinando a situação em que o mundo se encontra hoje, pode imaginar que colocar crianças no mundo talvez não seja a coisa mais sábia a se fazer. Levando em conta a situação da economia global - sem falar no problemas ambientais -, as coisas como estão no momento, que tipo de pessoa poderia considerar a possibilidade de ter filhos, já que as crianças só poderão herdar um planeta desprovido de fontes de energia e (como conseqüência desta devastação dos nossos combustíveis fósseis) de camada de ozônio adequadas; previdência social e assistência à saúde falidas; e uma comunidade aterrorizada por fundamentalistas que acreditam ser seu direito inerente impor seus valores e crenças a outros, por meio da força física, se necessário?
Só um tonto.
E, no entanto, pela primeira vez na vida, vejo como ser tonto pode ter suas vantagens. Principalmente se você for tonto por amor.
Meu Deus. Não acredito que acabei de escrever isso.
É incrível, mas é verdade. Agora eu entendo por que o Ucker e Dulce achavam que tinham de se casar, apesar da oposição dos pais, apesar do que sabem sobre este mundo e os perigos que compreende. Agora entendo por que para eles era tão importante legalizar a união - por que ter uma rota de escape de acesso facilitado para sair de um relacionamento romântico não é sempre necessariamente a melhor coisa, quando se quer que a relação dure.
Agora eu vejo todas essas coisas.
Pena que não consigo convencê-la de tudo isso.
Não que eu tenha achado que seria fácil. Mas sinceramente nunca achei que faria isso do fundo de uma piscina.
Este é o ponto em que o Velho Poncho poderia começar a reclamar de como ELA tem coragem, achando que eu deveria ter me comportado como uma porcaria de um eunuco no passado, quando eu nem a conhecia. Este é o ponto em que o Velho Poncho poderia começar a pensar consigo mesmo: Por que estou me dando ao trabalho de me submeter a tudo isto? Tenho uma mulher italiana perfeitamente linda, elegante e sofisticada logo aqui ao lado, que ficaria mais do que feliz em fazer amor comigo a noite toda. Por que estou preocupado com o que uma cartunista americana está pensando?
Ah, eis a questão. É porque eu não quero esta mulher italiana perfeitamente linda, elegante e sofisticada. Eu quero a cartunista com a tatuagem de gato que parece não conseguir parar de tropeçar nos próprios sapatos.
Que Deus me ajude.
Ela, no entanto, deixou perfeitamente claro que não me quer. Pelo menos, não quer mais. Suponho que o fato de a Grazi ter chegado daquele jeito, como se fosse dona do lugar com aquele chapéu e aqueles saltos agulha, foi um golpe duro em demasia contra a minha pessoa.
A Grazi foi absolutamente compreensiva a respeito de tudo. Pediu desculpa por não ter olhado o e-mail e disse que só foi receber os recados que deixei no telefone dela quando já estava a caminho. Acho que eu me fiz de completo idiota ao tentar explicar o que estava acontecendo, quando a levei de volta à estação de trem (depois de me trocar e colocar roupas secas, é claro).
"Entendo", foi o que a Grazi tinha a dizer a respeito daquilo. "Você está apaixonado. Por uma mulher que desenha uma tirinha. Sobre um gato."
Ao ouvi-la colocar a coisa daquela forma, de um jeito tão seco - Você está apaixonado - eu realmente me senti fisicamente enjoado por um instante.
E, no entanto - eis aqui a coisa mais estranha de todas - eu me senti enjoado de um jeito bom.
"Não é nada disso", eu me senti compelido a confessar. "Ela acha que eu sou um imbecil cheio de pompa, incapaz de sentir qualquer coisa além do meu complexo de superioridade."
Pareceu que a Grazi achou isso divertido.
"Você sabe ser cheio de pompa", ela disse. O que devo dizer, não considerei especialmente reconfortante. "Parece que você acha que sabe tudo que existe para saber."
"Ela se desinteressa categoricamente pela dinâmica geopolítica", prossegui, "ou assuntos externos de qualquer tipo."
"É", a Grazi respondeu. "Mas essas coisas não são importantes para a maior parte das pessoas."
"Hoje de manhã", prossegui, sentindo-me desesperado para que alguém, qualquer pessoa, tentasse me dissuadir daquilo que, eu já sabia, era uma decisão tomada, "eu a vi colocando ketchup nos ovos. E ela gosta de Nutella. E aquele programa de televisão, E.R."
Ao que a Grazi respondeu, com uma calma que, tenho certeza, ela estava longe de sentir: "É, mas este programa faz muito sucesso."
"Não é algo que eu planejei para acontecer", eu expliquei a ela.
"Quem é que planeja se apaixonar?", a Grazi perguntou, com um dar de ombros. "Isto simplesmente acontece. Não dá para impedir, por mais que se tente."
Então, exalando uma nuvem de fumaça azulada de cigarro, ela completou: "Mas, imagino que, no seu caso, tentar só deve ter piorado a situação. É assim que acontece com homens como você. Quando acontece, não há nada que possa impedir. Nem mesmo ketchup nos ovos."
"Ela me odeia", admiti, tristonho.
"Não, não odeia", a Grazi foi bem gentil de dizer. "Se odiasse, não teria empurrado você para dentro da piscina quando me viu."
Espero que a Grazi esteja certa - mas não acredito nisso de verdade.
Mas, mesmo que esteja, o que eu posso fazer a respeito? Quando voltei para casa, depois de deixar a Grazi na estaçaõ de trem, para que ela pudesse voltar a Roma, a festa tinha acabado, e a casa estava bem fechada. Ela não estava em nenhum lugar à vista.
Eu sabia que não tinha ido embora... a mala dela continuava lá. Achando que ela tinha ido à cidade com o resto do pessoal para aterrorizar o casal nubente no hotel, peguei o carro e fui até lá, mas só vi o Peter e os amiguinhos dele destruindo o buquê de flores de alho em alguma espécie de cerimônia pubescente à la O Senhor das Moscas, e jogando as pétalas no mar. Agora tomei café demais e li todos os jornais em língua inglesa da cidade. O sol está começando a se pôr, e eu sei que devia voltar à casa para ver se ela estava lá. Mas parte de mim tem medo de sair desta cadeira. Afinal, o que vai acontecer se eu for até lá e ela me der uma gelada?
A resposta da Grazi, quando coloquei esta mesma questão quando ela estava embarcando no trem, não foi nada animadora.
"Ela não vai fazer isso", disse, "se você fizer o gesto grandioso."
"Que gesto grandioso?", perguntei. "Já fiz uma festa que me consumiu cinco mil, e isso só me rendeu uma visão do fundo da piscina."
"O que ela quer?", a Grazi perguntou, bem pontual, "além de um casamento para a amiga dela, coisa que você já deu? É isto que você tem que fazer, sabe. Dar a ela o que ela quer - o que ela nunca teve - e ela será sua."
Eu tive que reletir a respeito disso. O que a Anahi quer. Pensei sobre a questão durante muito tempo depois que o trem saiu da estação.
Acontece que não foi assim tão difícil. Quer dizer, até parece que não estava escrito em todas as páginas do diário dela.
Mesmo assim, como é que eu vou mostrar que é sério? Esta foi a parte difícil.
Claro que, se por acaso eu estiver errado...
Bom, seja o que Deus quiser.
Autor(a): thaythayna
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Diário de Viagem deDulce Maria e Christopher UckermanAnahiEu já deveia saber, é claro. Estava tudo bo demais para ser verdade.Sobre ele ter mudado, quer dizer.Ele não mudou. Eles nunca mudam.Não sei o que eu estava pensando. Quer dizer, só porque ele conseguiu fazer com que a Dulce e o Ucker se casassem, e depois organizou uma festa ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 353
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letiportilla Postado em 24/06/2010 - 21:43:17
ADOREI ESSA WEB DESDE O COMEÇO!!!!!!! estou até com um aperto no coração por saber que você já acabou e que nas próximas vezes que eu entrar aqui não vai mais ter capítulos engraçados pra eu ler!!!!!!!!!!!
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rss Postado em 24/06/2010 - 12:09:16
eu tb amei do cemeço ao fim a wb mostrou como um cara centrado só no trabalho pode mudar.
e amei que o cara foi junto pra itália *-*
linda de mais quero o garota da casa ao lado. -
rss Postado em 24/06/2010 - 12:09:16
eu tb amei do cemeço ao fim a wb mostrou como um cara centrado só no trabalho pode mudar.
e amei que o cara foi junto pra itália *-*
linda de mais quero o garota da casa ao lado. -
kikaherrera Postado em 23/06/2010 - 21:09:19
AMEIIIIIIIIIIIIIIIII Essa web do começo ao fim PARABÉNS estou esperando a próxima.Bjs
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kikaherrera Postado em 23/06/2010 - 21:09:14
AMEIIIIIIIIIIIIIIIII Essa web do começo ao fim PARABÉNS estou esperando a próxima.Bjs
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kikaherrera Postado em 23/06/2010 - 21:09:10
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kikaherrera Postado em 23/06/2010 - 21:09:06
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kikaherrera Postado em 23/06/2010 - 21:09:02
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kikaherrera Postado em 23/06/2010 - 21:08:40
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kikaherrera Postado em 23/06/2010 - 21:08:34
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