Fanfic: Finalmente faculdade! | Tema: Temas maduros, insinuações, suspense e críticas sociais.

O dia nasceu radiante. O sol entra pela janela do dormitório direto no rosto de Yara. Quando ela acorda, pula desesperada no chão e corre em direção ao banheiro.

- Estou atrasada! Não acredito que vou me atrasar no primeiro dia!

Yara é uma garota do interior realizando o sonho de estudar em uma prestigiada universidade da capital. De família simples e muito religiosa, ela deixou o campo e é a primeira de toda uma geração a ingressar em uma faculdade. Ela conseguiu uma bolsa com alguns privilégios, como a estada em um dos dormitórios próximos. Yara decidiu fazer veterinária. Algumas aulas são específicas, mas em outras ela precisa participar com outras turmas. Quando chega na porta da sala de sua primeira aula percebe que todos os alunos já se sentaram. Enquanto caminhava com o rosto baixo sentia o peso dos olhares da turma sobre si. 

A partir do momento em que Yara entrou na sala de aula foi logo percebendo o choque de culturas. Os garotos seguiam um certo padrão. Calças jeans, camisetas e tênis. Com as garotas já era bem diferente. Todas apresentavam uma aparência bem heterogênea, variando entre saias curtas, tops, calças legging e decotes. Sem falar nos penteados coloridos e de todos os tipos. Sendo criada praticamente dentro da igreja, Yara não abandonou certos costumes, mantém seus cabelos longos e se vestia de forma bem social, com uma camisa branca de mangas longas abotoada até o pescoço, saia longa que ultrapassava os joelhos, meia calça bege e uma sandália preta discreta. Sem maquiagem e nenhum adorno.

- Atenção alunos! - disse o professor acabando com o burburinho da turma. Parece que temos uma atrasadinha, por que não se apresenta para a turma, querida?

Yara hesita e fica congelada sem saber o que dizer. Suas bochechas com sardas ficam rosadas e até as lentes de seus grandes óculos começam a embaçar. 

- Vamos querida, não é difícil. Basta dizer seu nome e algo sobre você, sobre sua família, algo do tipo. Respire fundo e comece.

- Acho bom ela não respirar muito fundo ou os botões de sua camisa podem sair voando e machucar alguém. - disse uma das alunas arrancando gargalhadas dos alunos.

Até o momento Yara nunca se preocupou com a estética social. Ela está um pouco acima do peso, o que é normal para uma garota da fazenda. Por possuir seios fartos, realmente a camisa ficou um pouco apertada, mas ela não esperava que isso poderia ser um problema. Seus pais sempre a trataram com muito amor e carinho e nunca fizeram exigências sobre seu corpo ou sua beleza.

- Bom… bom dia… - iniciou. Eu sou Yara e tenho dezoito anos… eu sou…

- Todos nós temos dezoito anos aqui, isso nós já sabemos, mas você meu amor, parece que já passou dos trinta! - disse a mesma aluna do comentário anterior, interrompendo Yara e arrancando novamente gargalhadas da turma.

- Tá bom! Já chega! Se quer tanto falar você pode ser a próxima mocinha, pode se levantar e se apresentar para seus colegas. - disse o professor na tentativa de desviar a atenção da sala.

Yara se sentindo envergonhada percebeu que um dos alunos olhava diretamente para ela. 

- Meu Deus ele é lindo! - ela não conseguiu disfarçar seu espanto com aquele garoto loiro de olhos azuis olhando diretamente para ela.  Yara nem prestou atenção na apresentação dos demais alunos, tudo que ela queria era descobrir o nome daquele rapaz.

Quando chegou o momento dele falar ela ficou vidrada, como se o mundo todo desaparecesse ao seu redor.

- Bom dia a todos, meu nome é Augusto e eu venho de…

A partir daí Yara não prestou atenção em mais nada, sua mente viajou para longe onde podia viver um conto de fadas com Augusto. Ela sabia que em algum momento gostaria de alguém, só não imaginou que seria tão rápido. Os dois trocaram olhares discretos por toda a aula.

No intervalo Yara se sentou sozinha na cantina, depois foi para um dos bancos externos de onde podia continuar admirando Augusto enquanto ele conversava com alguns amigos. 

- O que está acontecendo comigo? - pensava ela. Estou aqui para estudar e me formar. Para encher de orgulho a minha família, não posso me distrair com essas coisas bobas.

Quando voltou de seus pensamentos percebeu que Augusto se aproximava. Yara não teve nem tempo de disfarçar. 

- Oi, você é a Yara, né? 

- Oi… é… sim, sou eu sim… - disse toda atrapalhada enquanto se levantava. 

- Hoje vou me encontrar com alguns amigos da turma depois da aula na arquibancada da quadra de basquete para conversar, pra gente se conhecer melhor, tá afim de ir?

Nesse momento Yara sentiu suas pernas bambearem e não sabia o que dizer.

- Para tudo! Ele está me convidando para sair junto com seus amigos! - pensava Yara sem conseguir disfarçar sua cara de espanto. Claro que não é sair, é só uma reunião depois da aula, mas mesmo assim!

- Eu vou sim, claro que eu vou. É bom mesmo pra gente se conhecer melhor, né? Pra turma se conhecer melhor…

- As oito então? Te vejo lá… - disse Augusto dando uma piscadela enquanto se distanciava.

No dormitório Yara rodopiava enquanto escolhia algo para vestir, apesar de não ter muitas opções. Colocou uma blusinha plus size preta com mangas transparentes e uma saia jeans um pouco mais ousada que chegava no limite dos joelhos. Fez tranças no cabelo e saiu confiante que seria uma boa noite, mas sua confiança aos poucos diminuía e dava lugar a um frio na barriga quando se aproximava do local do encontro.

- Ninguém?! - se deparou com uma arquibancada totalmente vazia. Será que ainda não chegaram? Ou estão em outro lugar, ou… foi quando se deu conta que talvez tivesse passado por um trote. Yara se sentou, levou as mãos ao rosto e começou a se lamentar. 

- O que estava pensando? Achou mesmo que teria chances com um rapaz lindo como aquele? Achou que uma garota do interior chegaria na cidade grande e de repente seria o centro das atenções? Você é muito besta mesmo.

Devido aos seus lamentos, Yara não percebeu que alguém se aproximava.

- Oi Yara, algum problema? - Augusto estava ali de pé, em frente a ela.

Com os olhos rasos d’água Yara tentou se explicar, mas estava claro que ela estava chorando. Como um legítimo cavalheiro, Augusto fingiu não perceber e tentou ser o mais discreto possível.

- Onde estão os outros? Ainda vão chegar ou mudaram de ideia, mudaram o lugar do encontro, sei lá, já estou falando demais. - disse Yara com um sorriso tímido no rosto. 

- Na verdade eles não vão vir. Somos só você e eu.

Aquela frase caiu como uma tonelada em Yara. Nesse momento ela passava por uma enxurrada de emoções. Sem graça por estar sozinha com Augusto, confusa por estarem sozinhos e eufórica sem ainda acreditar no que estava acontecendo. - Talvez esteja sonhando? - questionou em seus pensamentos. Mas tudo aquilo era real. Ela sabia que acabaria gostando de alguém, mas não imaginou que tudo aconteceria tão rápido.

Depois de um tempo Yara estava mais calma, seu coração ainda pulsava acelerado, porém menos que antes. Os dois conversaram por horas e entre troca de olhares e sorrisos Augusto pegou as mãos de Yara que ainda estavam bastante suadas. 

- Na verdade… prosseguiu. Eu quis te encontrar aqui porque estou muito afim de você, desde o momento que te vi hoje sabia que queria ficar com você. 

Ouvindo aquelas palavras ela deu graças a Deus por estar sentada. Se estivessem em pé com toda certeza suas pernas não suportariam de tão trêmulas. Quando ficaram de pé, Augusto a olhou de cima a baixo. Yara podia estar acima do peso, mas era do tipo que tinha um corpão. Além de pernas grossas e torneadas, seu quadril largo e seios fartos faziam com que sua cintura criasse uma silhueta elegante. Apesar de um corpo um pouco avantajado, suas curvas eram bem definidas. 

Após olhar Yara por inteiro, Augusto sabia exatamente o que dizer para agradá-la. Tratou de despejar inúmeros elogios sobre sua aparência e percebeu que ela estava entregue a ele. Ele a puxou pela cintura, a abraçou forte e a beijou.  Ainda sem acreditar no que estava acontecendo Yara apenas se deixou levar. Ela se sentia como se estivesse flutuando. 

No entanto, aquele sonho começou a ter proporções inesperadas. Augusto começou a passar a mão onde não devia e apertar lugares que deixavam Yara muito desconfortável.

- Espera, por favor… sussurrou Yara enquanto Augusto beijava seu pescoço. 

- Quer que eu pare? - perguntou enquanto ainda a abraçava forte.

Yara sabia que sua decisão poderia pôr a perder todo aquele sonho pelo qual ela viajou o dia todo pensando em Augusto. - Eu já sou maior de idade, afinal! - pensou. Moro sozinha, já posso fazer esse tipo de coisa! Mas…

- É que eu… eu nunca… e eu não queria que fosse assim…

- Você é virgem?! - perguntou Augusto com um largo sorriso no rosto. 

- Sim… - continuou Yara. E eu não queria que minha primeira vez fosse assim…

Por dentro Yara queria se entregar ali mesmo, era um sonho tudo que estava acontecendo, mas sabia que não era certo. Sua criação não permitia algo assim. 

- Eu não sei o que eu faço, Yara… - insistiu Augusto. Eu estou pegando fogo! Você tá me deixando louco! Eu tô muito afim de você!

Augusto a apertou forte novamente enquanto deslizava uma das mãos pela sua cintura subindo dentro da blusa, então agarrou um dos seios com muita força chegando a doer. 

- Por favor, não faz isso comigo! Você é gostosa demais! 

- Eu também quero, Augusto, mas não aqui. Por favor, aqui não. - refutou Yara com medo de que Augusto não parasse.

Estranhamente Augusto se colocou contra a ir para outro lugar e insistiu para que ficassem. 

- Podemos nos encontrar outro dia, então? - perguntou Yara, com medo de estar perdendo a oportunidade de sua vida. 

- Eu estou muito excitado Yara, você não pode fazer isso comigo, não pode me deixar desse jeito. 

Yara respirou fundo e tomou a decisão. - Não Augusto, eu não posso fazer isso, não aqui…

- Talvez tenha um jeito. - disse Augusto pegando seu celular e desbloqueando a tela.

Depois de passar o dedo por algumas vezes ele ergue seu celular e mostra um vídeo para Yara.

Ela sentiu suas têmporas esquentarem e ficou extremamente corada, pois nunca havia sentido tanta vergonha em sua vida! Augusto abriu um vídeo e a mostrou. Tratava-se de uma mulher praticando sexo oral em um homem. 

- Essa é a única forma de você me tirar dessa situação, Yara. Você me deixou com muito tesão, eu preciso disso. 

Do céu ao inferno em minutos. Assim como antes, Yara não acreditava na situação pela qual estava passando, porém, o que antes era um sonho acabou se tornando um pesadelo.

- Se fizer isso, amanhã poderá me chamar de seu namorado. Vou ficar com você pra sempre! - disse Augusto com um sorriso que deixou Yara completamente desarmada. 

- Estamos na faculdade. - continuou. Somos adultos agora, podemos fazer o que quiser, você não vai ser condenada por isso. O máximo que pode acontecer é você ganhar de vez meu coração. 

- Mas… mas eu também nunca fiz isso, eu… Yara parecia hipnotizada pelo sorriso radiante de Augusto, ela estava mesmo considerando fazer aquilo.

- É só fazer como no vídeo que eu vou te ajudar. Dessa forma você não precisa perder sua virgindade hoje, podemos fazer isso depois, de uma forma especial como você mesma disse que quer. Fique de joelhos, feche os olhos, abra a boca e deixe que eu te guie. Vai parecer estranho no começo e até meio nojento, mas você vai passar a gostar, confie em mim. 

Sem dizer mais nada Yara se entregou, ajoelhou-se, e mesmo sentindo que estava indo contra tudo em que acredita, ela fechou os olhos e praticou sexo oral em Augusto.

…

No outro dia, Yara acordou ainda sem acreditar no que havia ocorrido. Escovou os dentes por um tempo maior como se ainda sentisse aquele gosto estranho na boca. Ela não se sentia feliz, mas sim preocupada. Augusto prometeu a ela que seriam namorados, o que implicaria em ter que repetir aquilo outras vezes.

- Se outras fazem, talvez eu me acostume. - suspirou enquanto terminava de se vestir. 

Quando chegou na aula, viu todos os alunos reunidos nos fundos da sala e alguns seguravam seus celulares e compartilhavam algo na tela. Augusto estava junto a eles.

- Vejam só, nossa estrela finalmente chegou! - disse um dos alunos com ar de deboche. 

Yara se aproximou de Augusto e perguntou o que estava acontecendo. Quando olhou para a tela do celular, engoliu seco. Agora tudo fazia sentido. Por isso ele não quis sair das arquibancadas.

ALGUÉM ESTAVA FILMANDO! 

- Meus amigos e eu fizemos uma aposta e parece que eu ganhei. - disse Augusto enquanto mostrava o celular para Yara. 

Por um momento Yara perdeu o chão e ficou paralisada totalmente sem reação.

Continua…