Fanfics Brasil - 02 - Sonho e pesadelo Finalmente faculdade!

Fanfic: Finalmente faculdade! | Tema: Temas maduros, insinuações, suspense e críticas sociais.


Capítulo: 02 - Sonho e pesadelo

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Augusto é um jovem de classe alta e nunca precisou aprender algo que a maioria das pessoas possuía, o sentimento de empatia. Esbelto de cabelos loiros e lisos, olhos azuis e filho único, foi criado como um verdadeiro príncipe. Para ele as pessoas só existem para servi-lo ou admirá-lo, aquelas que não fazem isso não os interessa. 


Na sala de aula, enquanto alguns de seus amigos olhavam o vídeo, uns espantados e outros eufóricos, Augusto se sentia realizado.  Humilhar aquela garota para ele soava como uma vitória. Ele não tinha noção do estrago que poderia causar na vida de Yara, só o que importava era inflar ainda mais o seu ego.


- Isso não vale! - disse um dos alunos. Era pra você comer ela. Você não ganhou a aposta.


- Eu disse que faria sexo com ela ontem e sexo oral é sexo. - retrucou com um ar arrogante.


Quando Yara chegou na aula, viu todos os alunos reunidos nos fundos da sala e alguns seguravam seus celulares e compartilhavam algo na tela. Logo que viu Augusto abriu um sorriso e caminhou em sua direção.


- Vejam só, nossa estrela finalmente chegou! - disse um dos alunos com ar de deboche. 


Yara se aproximou de Augusto e perguntou o que estava acontecendo. Quando olhou para a tela do celular, engoliu seco.


- Meus amigos e eu fizemos uma aposta e parece que eu ganhei. - disse Augusto enquanto mostrava o celular para Yara. 


- Você mandou muito bem! - disse outro aluno. Poderia até abandonar a faculdade e ser uma atriz… pornô é claro! - todos riram, menos Augusto que olhava para Yara.


- Aposto que ela treinava nos animais lá da fazenda! - comentou outro em meio a gargalhadas.


Yara saiu correndo porta afora aos prantos enquanto os garotos terminavam de assistir ao vídeo. Ela entrou na biblioteca e ficou agachada em um canto escuro tentando colocar seus pensamentos em ordem. Augusto a seguiu e se agachou em frente a ela enquanto acariciava seus cabelos.


- Por que fez isso comigo, Augusto? Eu não entendo! - disse Yara soluçando de tanto chorar.


- Você sabe que não pode me entregar, né? Não pode contar pra ninguém sobre isso. - disse Augusto ignorando totalmente a indagação de Yara.


- Como assim? O que está dizendo? O que você fez comigo é muito sério! Eu nem tenho mais coragem de entrar naquela sala! 


- Se você contar pra alguém, devido a gravidade da situação, seus pais serão chamados aqui. - Augusto fez uma pausa, respirou fundo e continuou. Você sabe melhor que ninguém que esse tipo de fofoca se espalha muito rápido em uma cidade do interior. Você ficaria mal falada não só aqui, mas em sua casa também. Meu Deus! E o que seus pais pensariam?! 


Yara estava incrédula. Augusto passou de um sonho para seu pior pesadelo em apenas um dia. Realmente ele tinha razão. A família ficaria arrasada com a situação e se isso vazasse, ela jamais poderia sequer voltar para sua cidade nem para visita. 


- Vamos voltar para aula agora, mas não se preocupe, pois ainda não acabou. - disse Augusto em tom de ameaça.


Augusto foi na frente enquanto Yara tentava se recompor. 


- Yara boquete! - alguém disse enquanto entravam na sala.


- Quietos! Chega de conversa! Vamos dar início a aula. - o professor interrompe o murmúrio da sala. 


No intervalo Augusto caminha para sair da cantina enquanto uma garota o aborda.


- É verdade o que estão dizendo? - pergunta a garota.


- O que estão dizendo? - devolve Augusto fingindo não saber do que se trata.


- Digamos que você fez aquela roceira cair de joelhos por você. - disse a garota com um ar de sarcasmo.


- Eu não sei seu nome. - Augusto desviou do assunto.


- Sou Sophia. Muito prazer. Sou sua mais nova admiradora. 


Augusto olhou Sophia de cima a baixo. Ao contrário de Yara, ela possuía um corpo esbelto, seios discretos, era alta e magra. Padrão academia. Sophia tinha olhos verdes que combinavam com seus cabelos levemente ondulados e loiros. Toda maquiada ela trajava um short jeans curto e um top preto com rendas que mais parecia um sutiã. 


- Agora me lembro de você. - prosseguiu Augusto. Você foi a primeira a implicar com Yara. Mal deixou ela se apresentar ontem, não foi?


- Foi sim, mas parece que isso não funcionou muito bem para mim, pois eu queria chamar sua atenção e acabou que foi ela quem te ganhou. 


- Se não esperar compromisso da minha parte, posso te dar atenção de vez em quando.  - disse Augusto sem pestanejar.


- Se prometer que não vai me filmar pode me dar atenção quando quiser.  


Tudo na vida de Augusto sempre foi fácil. Nunca faltou dinheiro, nunca faltou garotas. Sempre teve um prestígio elevado por onde passou. Seus pais, ambos empresários e sócios de uma grande corporação, nunca tiveram tempo para acompanhar o crescimento do filho, assim Augusto se moldou de uma forma que mais lhe convinha. Ele nunca aprendeu a tratar as pessoas com respeito, sempre rodeado de empregados, cresceu achando que o mundo devia se curvar a ele e garotas como Sophia só alimentavam ainda mais o seu ego.


Depois de “matarem” uma aula, Augusto e Sophia saem do banheiro masculino de forma discreta, conferindo se havia alguém no corredor. 


- Eu pretendo terminar o que comecei com a Yara. - disse Augusto, não como se pedisse permissão, parecia mais com um aviso. 


- Posso filmar?


Augusto olhou admirado para Sophia depois de sua pergunta. Foi como se encontrasse sua parceira perfeita de crime. Ambos estavam dispostos a arruinar a vida de Yara sem motivo aparente.


Mais tarde, quando Yara saia de sua última aula, Augusto a abordou.


- Vamos para a biblioteca, a essa hora não fica ninguém lá. Nós podemos usar uma das salas de estudo. 


- O que está dizendo, Augusto? Não estou te entendendo.  - Yara estava confusa com o convite.


- Eu disse que não tinha acabado. Você vai até lá comigo ou prefere que aquele vídeo chegue até seus pais? - devolveu Augusto com um tom de ameaça.


- Por que está insistindo nisso, Augusto? Você já não me humilhou o suficiente?


- Ainda não terminei com você. Se tivéssemos feito tudo que eu queria ontem você estaria livre, não gosto de nada pela metade. Eu posso fazer com que nosso vídeo chegue até sua família, você vai arriscar?


Yara se viu sem saída. A única pergunta era até quando aquela tortura duraria. Quando chegaram a uma das salas de estudo da biblioteca ela teve uma nova surpresa. 


- Oi Yara, pronta para atuar? - Sophia estava sentada em cima da mesa com as pernas cruzadas e o celular em mãos.


Havia esperanças de que sua humilhação não fosse piorar. Doce ilusão. A proposta agora era que Yara fizesse sexo com Augusto enquanto Sophia filmava. Além de absurdo essa situação se tornaria mais uma prova irrefutável da desgraça de Yara. A ideia de tirar a própria vida passava pela cabeça de Yara enquanto transava com Augusto e parecia a única saída para aquela situação. Sophia comandava a relação dos dois como se fosse a diretora de um filme. Depois de terminado, Augusto e Sophia se beijaram na frente de Yara que ainda se vestia. 


- Temos um material muito bom! - gargalhava Sophia enquanto saía da sala abraçada com Augusto que apenas olhava para Yara sem dizer nada. 


 






Augusto chegou na mansão que morava dirigindo seu Porsche Cayenne vermelho. Jogou as chaves sobre a mesa e seguiu para a sala de jantar. Em companhia de seus pais, jantaram e conversaram sobre variados assuntos. Ele agia normalmente e não demonstrava nenhum tipo de alteração emocional. Vez ou outra lembrava com orgulho do que fez a Yara, sem parecer se preocupar com as consequências. 


Augusto não teria aula com Yara nos próximos dias. Sua preocupação não era se Yara contaria para alguém, ou o entregaria para a diretoria. Ele não queria que ela fosse embora.  Não queria perder seu “brinquedo”, pois em toda sua vida nunca perdeu nada, estava acostumado a abandonar as pessoas e não o contrário. Enquanto quisesse, Yara continuaria sendo sua posse. 


No terceiro dia lá estava Yara, sentada no fundo da sala. Alguns alunos ainda teciam comentários maldosos e zombeteiros sobre ela. Augusto olhava para Yara enquanto caminhava para sua carteira, mas ela olhava pela janela, com seus pensamentos longe, como se o mundo a sua volta não existisse. 


Quando quase finalizava a aula o professor os pegou de surpresa.


- Estamos finalizando a matéria e quero uma apresentação sobre o assunto na próxima aula. O trabalho será em duplas e como não gosto de formação de “panelinhas” eu mesmo sortearei os nomes. 


Entre reclamações e burburinhos, o professor seguiu com os sorteios. De repente para o espanto de todos uma dupla foi escolhida inesperadamente. 


 


AUGUSTO E YARA!


 


Yara não teve sequer forças para recusar e Augusto era só sorrisos. Yara olhou ofegante para Augusto e ele olhou de volta com um semblante animado. 


No fim do dia, Augusto pareou com Yara na saída da sala.


- Para onde quer ir? Para uma sala de estudos na biblioteca? - perguntou Augusto em tom de ironia.


- Pode ser no meu dormitório? - perguntou Yara mais calma que o normal. 


- Claro, sem problemas. E não se preocupe, hoje será só nós dois. 


- Na verdade eu queria te pedir para que nos encontrássemos amanhã. Já que não temos aula no sábado, poderíamos ficar o dia todo por conta do trabalho. Pra ser sincera não estou me sentindo muito bem agora.


- Não pode me dispensar, Yara. Eu decido se vamos ficar juntos ou não. - disse Augusto de forma autoritária. 


- Você que sabe, mas estou um pouco enjoada. Pode ser que aconteça algum acidente. Eu odiaria vomitar em você. 


- E você melhora até amanhã? - perguntou Augusto desconfiado.


- Sim, claro. Isso já aconteceu antes, é normal com meninas. Amanhã estarei bem, pode acreditar em mim.


Augusto acompanhou Yara até a porta de seu dormitório e se despediu. Combinaram de se encontrar logo de manhã. Parece que Yara estava conformada com sua situação. Augusto então seguiu para casa confiante de que finalmente possuía Yara por completo. 


- Vou me divertir um pouco mais e depois procuro outra para brincar. 


No outro dia Augusto decidiu não esperar muito e foi ao encontro de Yara logo cedo. Quando Yara abriu a porta Augusto se espantou. Ela estava de pés descalços, com um short curto florido e um top branco justo formando um enorme decote. 


- Você chegou cedo, ainda estou de pijama. -  disse Yara com um sorriso tímido. Pode se sentar enquanto eu vou me trocar. 


- Pode se trocar na minha frente se quiser. Não precisamos mais dessas formalidades. 


Yara torceu o nariz, mas abriu um sorriso logo em seguida.


- Quer beber alguma coisa? Tenho suco se quiser.


- Pode ser. Olhando para você vestida assim me deu muita sede. 


Yara retornou com um copo de suco de laranja e entregou para Augusto. Ele tomou tudo em um gole só e puxou Yara para seus braços. Yara sentou em seu colo enquanto Augusto a esfregava de todas as formas. De repente Augusto sentiu seus olhos pesarem. O quarto começou a rodar e ele finalmente apagou.









Quando Augusto acordou percebeu que estava em cima de uma cama com lençóis brancos. Suas mãos e pés estavam amarrados nas cabeceiras. Ele também  percebeu que estava completamente nu. No batente da porta, Yara estava escorada calçando botas com barro nas solas. Ela também vestia camisa xadrez e bermuda jeans


- Finalmente acordou! Por um momento pensei que tinha exagerado no tranquilizando, pois até hoje só tinha administrado doses desse remédio em cavalos. 


- Você me dopou?! - perguntou Augusto ainda sonolento.


- Com Calm-new. Apesar de ser para animais de grande porte parece que eu acertei a dose, já que você não morreu.


- O que acha que está fazendo sua vagabunda?! - Augusto começou a questionar aos berros. 


- Por que está gritando, Augusto? Na esperança de que alguém escute? - aquela feição doce e tímida no rosto de Yara parecia ter desaparecido totalmente sem deixar um resquício sequer.


- Alguém vai me procurar e quando me acharem eu vou acabar com você! Todos vão virar essa faculdade do avesso atrás de mim!


Yara deu um sorriso discreto olhando pro chão e voltou sua atenção para Augusto.


- Eu fui sua por um tempo, mas agora você é todinho meu. Acha mesmo que ainda estamos na faculdade?


Augusto olhou pela janela e não conseguiu enxergar nada além de um milharal. Logo percebe que não está mais nas dependências da universidade. 


 


Continua...


 



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Autor(a): mature_theme

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