Fanfic: O que saber para deixar um peixe vivo | Tema: Boku no Hero Academia

— Puta merda, ele vai me matar! — Repeti, sei lá quantas vezes, dando a vigésima volta no pequeno apartamento para ver se conseguia ter uma ideia super boa. Foi muito bom viver 21 anos, mas agora Shouto iria me matar por ter matado o seu peixinho dourado. Irônico, não?!

Jurei para ele que iria conseguir tomar conta, pelo amor, né? Era um peixe! Não deveria ser difícil! Mesmo quando deixou uma lista detalhada sobre as coisas que eu deveria fazer, admito que nem prestei atenção. Deveria, pois somente lembrei da existência de Gold no terceiro dia. Em minha defesa, o animal não fazia barulho, ok?! 

Claro que não, não estava mais vivo! Eu matei o animalzinho de estimação do meu colega de quarto! 

Tudo bem, sem pânico! Quais seriam as saídas? Comprar outro? Falar a verdade? Meu raciocínio foi brutalmente cortado pelo o barulho do meu celular, me notificando que Shouto iria estar de volta em duas horas. 

— Foda-se! — Peguei o primeiro casaco que vi, antes de fechar o apartamento e ir direto para a loja de animais mais próxima que eu conhecia. 

Cheguei cinquenta minutos depois. Com uma peneira, peguei Gold e coloquei o novo peixe no lugar. Quando eu já estava no banheiro, para dar descarga no peixe velho, a porta foi aberta e meu amigo entrou. 

Corri — como se minha vida dependesse daquilo — para a sala. Nem deu tempo de dar descarga, uma vez que eu precisava confirmar que ele não iria sentir falta de Gold. 

— Sentiu falta do papai? Não se preocupe, não vou sair novamente por um longo tempo — disse, abaixando-se e falando com uma voz fina, como se estivesse dialogando com um cachorro ou algo do tipo. Quando eu disse que ele amava seu peixe, não era zueira. 

Consegui respirar normalmente quando percebi que ele não notou nenhuma diferença e foi direito para o banheiro lavar as mãos. 

— DEKU, VOCÊ MATOU O GOLD E JOGOU NO VASO? — Então, pessoal, foi aqui que a morte apareceu atrás de mim. 

— Lembra o que eu disse quando saí? Se você o matasse, o que iria acontecer? — Assim, nunca tive medo dele na vida, mas o jeito que exibiu um sorriso tão diabólico, foi o suficiente para eu ir para trás, tentando achar a saída mais rápida. 

— Deixa meu cabelo em paz! — gritei, saindo correndo, quando Todoroki apareceu com um enorme pote de gel de cabelo. 

E assim acabou o dia, comigo gritando e ele fazendo o possível, e o impossível, para tentar me alcançar. 

Por último: Como deixar um peixe vivo? Não seja eu.