Fanfics Brasil - Trapaça Should I Stay Or Should I Go ♫ Eddie Munson ♫

Fanfic: Should I Stay Or Should I Go ♫ Eddie Munson ♫ | Tema: Stranger Things


Capítulo: Trapaça

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Em questão de poucos dias, Lucy e Eddie haviam se tornado amigos íntimos, como se, de alguma forma, eles possuíssem uma conexão antiga que, com pouco esforço, tivesse sido reativada.


Munson, que não possuía qualquer dúvida de estar completamente apaixonado pela parceira de trabalho, se sentia sortudo por tê-la próxima dele, mesmo sabendo que aquele relacionamento não passaria de uma amizade genuína, afinal, a sua baixa estima nunca o permitiria cogitar na possibilidade dos dois começarem a namorar.


Até porque, como Eddie tinha certeza de que aquele sentimento não era recíproco, nunca arriscaria se declarar para a jovem e assim perder a sua amizade, pois provavelmente a moça se sentiria desconfortável por saber que ele a amava.


Para Lucy, a companhia do roqueiro havia se tornado essencial, já que com ele, a garota podia ser ela mesma, o que não acontecia com os irmãos Davis e a maioria dos jogadores e líderes de torcida.


Wagner ainda não havia refletido a respeito do sentimento afetuoso, que estava criando pelo parceiro, mas de uma coisa ela já tinha certeza: a presença dele sempre causava uma sensação de sossego nela, mesmo com todo o jeito excêntrico de Eddie se comportar.


Afinal, a garota não precisava pensar mil vezes antes de falar e/ou fazer algo, pois com ele, as coisas fluíam naturalmente.


Aquele entrosamento natural entre os dois, acabou por atrair a curiosidade de muitas pessoas que sempre julgaram Munson de forma negativa e também a inveja de alunos como Jason, que não aceitava presenciar as conversas animadas entre os estudantes, sempre que se encontravam.


Como poderia ser possível, Lucy se sentir mais à vontade com a aberração do Eddie Munson, do que com ele.


-Eu não estou gostando da amizade entre a Lucy e o Munson. – Desabafou o capitão, ao se sentar do lado da irmã na sala de estar da casa – Ele pode aproveitar que ela está sendo gentil e tirar vantagem da situação.


-Acho que você está exagerando com isso. – Rebateu Sophia, o encarando seriamente – Eles só estão próximos, por causa do trabalho de História.


-Como você pode estar tão tranquila, com esse assunto? – Perguntou o rapaz, cruzando os braços em sinal de frustração.  


-Relaxa Jason, depois que eles entregarem esse trabalho, vão acabar se afastando. – Disse, calmamente – Você vai ver.


-Eu não posso esperar tanto tempo. – Afirmou, frustrado – Ele pode fazer alguma coisa contra ela.


-O que ele poderia fazer contra a Lucy? Um ritual maligno para ela se apaixonar por ele? – Zombou, rindo em seguida.


-Nem brinca com uma coisa dessas. – Repreendeu, bravo – Mas eu já sei, o que eu vou fazer.


-O que? – Perguntou a irmã, curiosa.


-Eu vou fazer aquele esquisito acreditar, que a Lucy só está sendo amigável com ele, porque é educada. – Respondeu, encarando a jovem com atenção – E que as tentativas dele de sempre ficar por perto, só a deixam incomodada, mas que ela não fala nada para ele, para não magoá-lo.


-Coitado, Jason. – Disse Sophia, rindo.


-De coitado, aquele lá não tem nada. – Retrucou.


-Olha, se a Lucy descobrir que você falou isso para o Munson, ela vai ficar brava com você. – Afirmou a garota.


-Ela não vai descobrir. – Rebateu, tranquilo – Confia em mim.


 


 


(...)


 


 


Era de conhecimento para muitos alunos, que Eddie permanecia uma boa parte das suas tardes em uma floresta próxima ao colégio, então Jason aproveitou que o roqueiro nunca estava acompanhado naqueles momentos, para executar o seu plano de afastar o rapaz de Wagner.


-Davis? – Questionou Munson, ao perceber a aproximação do capitão, que logo se sentou em um banco na mesa em que estava – Muitos dos seus amiguinhos sempre veem me ver, mas eu nunca imaginei que você viria também.


-O assunto que eu vim tratar com você é outro. – Afirmou, olhando com desprezo para a lancheira de ferro, à qual Eddie guardava as mercadorias.


-Bom, dessa forma eu estou inteiramente ao seu dispor, capitão. – Debochou o roqueiro, com um sorriso largo.


-É o seguinte. – Começou Jason, apoiando os cotovelos na mesa – Você deve achar que a Lucy criou algum tipo de afinidade com você, mas a verdade é que ela está fingindo isso por causa do trabalho, e também porque tem pena de te ignorar ou pedir para que você não fique por perto, o tempo todo.


-Você realmente acha que eu vou acreditar nisso? – Perguntou Munson, sem dar espaço para que o outro estudante respondesse o seu questionamento – Deve ser muito difícil aceitar que uma garota legal como a Lucy goste de conversar com a aberração de Hawkins, não é mesmo?   


-Se você não quer acreditar em mim, paciência.  – Argumentou Davis, se levantando – Mas pense no bem-estar da Lucy e de como ela deve se sentir obrigada, a se dar bem com você. – O rapaz fez uma pausa antes de se virar – E se você quiser contar a ela o que conversamos, vai em frente, deixe-a ainda mais desconfortável com toda a situação.


-Vai se fuder, capitãozinho de merda. – Xingou Eddie, no momento em que Jason iniciou a sua trajetória para longe.


-A sua conduta miserável sempre me impressiona, Munson. – Retrucou Davis, o encarando novamente com desdém – Espero que esse trabalho de História seja logo entregue, para que a Lucy não seja mais obrigada a ouvir esse seu vocabulário de baixo calão.


Eddie permaneceu sentado naquela antiga mesa, remoendo tudo o que o jogador havia dito para ele, e mesmo que o roqueiro sentisse que a amizade com Wagner era genuína e não uma farsa como Jason havia exposto, um resquício de dúvida começou a invadir a sua mente até se tornar algo grande.


Algo que o fizesse cogitar na possibilidade de o jogador estar certo, mesmo que aquele discurso absurdo não fizesse qualquer sentido. Afinal, se Lucy realmente estivesse sendo apenas educada ao dar trela para ele, a garota não reagiria às suas conversar euforicamente, como sempre fazia.


Porém, toda aquela lógica de pensamentos entrou em ostracismo por causa de sua baixa autoestima, que ao se posicionar à frente de todo argumento real, o lembrou das “regras “de convívio do colégio que sempre separariam os estudantes em bolhas distintas, como ele mesmo havia gritado no refeitório há algumas semanas.


Uma garota popular e um excluído nunca poderiam andar juntos, mesmo que, apenas como amigos.



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Autor(a): Beatrice do Prado

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