Fanfics Brasil - Pré-Sessão Should I Stay Or Should I Go ♫ Eddie Munson ♫

Fanfic: Should I Stay Or Should I Go ♫ Eddie Munson ♫ | Tema: Stranger Things


Capítulo: Pré-Sessão

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Sarah achou estranho, o fato de Lucy ter acordado mais cedo naquele dia.


Além de ter se levantado antes do horário costumeiro, a garota ainda preparou a sua bicicleta para ir até o colégio, sendo que todos os dias ela ganhava carona dos Davis até o local de estudos.


Ao abordar a filha, a respeito daquele comportamento incomum, a jovem explicou o que tinha acontecido no dia anterior, quando descobriu que o vizinho havia criado uma situação desrespeitosa com o seu amigo Eddie.


-Mas por que ele fez isso? – Questionou a mulher, confusa.


-Ele acha que o Eddie é perigoso e que jogou algum tipo de feitiço, para que eu fosse amiga dele. – Explicou, fazendo com que a mãe risse do comentário.


-Você está brincando, né? – Perguntou e a filha balançou a cabeça horizontalmente, em sinal de negativo – Mas de onde ele tirou isso?


-Eu não tenho ideia, de onde ele tirou isso. – Respondeu Lucy.


-É uma pena que ele julgue o Eddie dessa forma. – Lamentou Sarah.


-Pois é. – Concordou a jovem, descontente – Mas deixa eu me apressar para sair mais cedo, porque eu não quero nem olhar para a cara do Jason, hoje.


-Sorte sua, que hoje não tem treino das líderes de torcida. – Mencionou a matriarca – Assim você não é obrigada a ficar perto dele e o risco dele de apanhar é menor.


-Você tem toda a razão. – Concordou a filha – Inclusive, hoje eu vou participar do clube de D&D, então vou chegar mais tarde.


-Falando nisso, por que você não convida os meninos para jantarem aqui, algum dia? – Questionou a mãe – Eu e o seu pai precisamos conhecer as pessoas que nos tiraram a obrigação de jogar Dungeons e Dragons com você.


-Eu pensei que vocês gostassem de jogar. – Retrucou, de braços cruzados.


-A gente gosta de jogar. – Respondeu, calmamente – Mas não com você.


-Só por que eu sou um pouco competitiva? – Questionou, incrédula.


-Um pouco? – Zombou, antes de rir da filha – Mas vai logo para a escola, antes que você cruze com o Jason e eu tenha que chamar a polícia, por causa da briga de vocês.


-Que briga? Eu sou super paz e amor. – Se defendeu Wagner, ajeitando a mochila em suas costas.


-Claro que é, ogra. – Rebateu na mãe.


 


 


(...)


 


 


Lucy decidiu não contar a Eddie, o que Dustin havia confidenciado a ela no dia anterior, pois se ela fizesse isso, Munson poderia perder a confiança que tinha em Henderson.


Então a jovem optou por agir naturalmente, como se nada tivesse acontecido, com exceção de que agora, ela não manteria mais a amizade com Jason Davis, apenas com a sua irmã Sophia que havia pedido desculpas pelo comportamento lunático do irmão, referente a Eddie.


Para Wagner, a pior parte de todo aquele contratempo, era imaginar o quão chateado o roqueiro deve ter ficado após ser enganado pelo capitão, mas se dependesse dela, toda aquela mentira seria desvalidada e sem a necessidade de Munson saber da conversa, que ela teve com Dustin.


Durante uma das trocas de aulas, a estudante conseguiu perceber de longe, Eddie conversando com alguns integrantes do clube de D&D e nisso decidiu se aproximar para confirmar a sua presença na sessão daquele dia.


-E aí, meninos. – Disse a garota, ao se aproximar dos estudantes – Tudo certo, para mais tarde?


-Lucy! – Mencionou Eddie, surpreso – Você por aqui?


-Eu mesma. – Disse, sorridente – E aí, vai ter a sessão, né?


-É claro que vai ter. – Respondeu eufórico, antes de se recordar do que Jason havia dito e seu semblante mudar completamente – Olha, você não precisa participar se não quiser. – Disse, calmamente – Sério mesmo.


-Tô achando, que você está com medo da minha Ogra. – Provocou Wagner, sendo capaz de mudar o humor do roqueiro, completamente – Mas pode ficar tranquilo, que eu vou somente para analisar o jogo, Mestre.


-Então quer dizer, que eu estou diante de uma covarde? – Zombou, cruzando os braços em frente de seu corpo.


-Covarde não. – Retrucou, o encarando com atenção – Cautelosa.


-Lucy. – Chamou Max, antes de se aproximar completamente do grupo – Será que a gente pode conversar, rapidinho?


-Claro. – Respondeu Wagner, antes de se afastar dos garotos – Aconteceu alguma coisa?


-Não... – Respondeu, oscilante – ...quero dizer, aconteceu algo estranho ontem à noite e eu queria compartilhar com você. – Afirmou, com um olhar cansado – Tudo bem se a gente almoçar, juntas?


-Sim. – Respondeu, de prontidão – A gente se encontra na entrada do refeitório.


-Valeu. – Disse Max, ao sorrir timidamente e se afastar de Wagner, que reiniciou o seu trajeto até a sala de aula.


Ao longo daquela aula e das posteriores, Lucy não conseguiu tirar o olhar cansado de Mayfield de sua mente, pois aquele olhar abatido era semelhante ao dela, após a perda de seu irmão mais velho, em um acidente de carro.


A líder de torcida ainda não sabia nada a respeito da perda de Max, além de quem ela havia perdido, mas a sensação que teve, desde a primeira vez em que conversou com a menina, fora a de precisar ajudá-la com àquele estágio do luto.


Então, quando o primeiro período de estudos fora finalizado, Wagner esperou pela estudante na entrada do refeitório para que pudessem almoçar juntas e assim auxiliá-la com o que havia acontecido.


Após contar, sem muitos detalhes, como Billy havia morrido, Mayfield tentou confidenciar a sensação que tinha ao pensar naquela perda, mas para ela, era difícil expressar o quão perdida ela se sentia por dentro e de como toda a sua vida havia virado pelo avesso.


Além de tentar compartilhar os seus sentimentos, a jovem também, com muito pesar, ainda apresentou o panorama caótico que se encontrava a sua casa. Mas o que, de fato, a fez procurar Lucy, fora um pesadelo que tivera na noite anterior, onde o seu irmão aparecia diante dela e a culpava pelo ocorrido.


Ao ouvir àquilo, Wagner se assustou com as similaridades do sonho de Max, com o que ela tivera há algumas semanas.


-Eu tive um pesadelo com o meu irmão, há algumas semanas. – Informou a líder de torcida, impressionada – E era exatamente assim.


-E como você lidou com isso? – Perguntou a ruiva – Porque desde que o Billy morreu eu vivo tendo pesadelos, mas dessa vez foi tão...


-Real e amedrontador? – Questionou, recebendo um positivo de Mayfield com a cabeça – Eu também vivia tendo pesadelos com o meu irmão Clark, mas esse em específico me fez sentir um medo inexplicável. – Explicou, agora abatida – E eu consegui me recuperar disso com a ajuda dos meus pais e também ao pensar que ele não iria gostar de me ver remoendo algo, que não pode ser desfeito.


-Sorte sua, de ter o apoio dos seus pais. – Apontou Max, desanimada.


-E os seus amigos? – Perguntou Lucy – Às vezes os nossos amigos se tornam a nossa família.


-Eu não consigo dividir isso com nenhum deles. – Explicou – A verdade é que eu só estou conseguindo te falar tudo isso, porque você entende a minha dor e isso faz com que eu me sinta confortável. – Disse, a ruiva – Quando eles dizem que sentem muito, tudo parece muito superficial, porque eles não entendem o que eu estou sentindo.


-E aí, você acaba se isolando. – Mencionou a líder de torcida.


-Sim. – Afirmou Max – Me isolando e me culpando por estar me isolando.


-Sabe que a minha antiga terapeuta me explicou que o luto possui cinco estágios. – Informou Wagner – Negação e isolamento, raiva, barganha, depressão e a aceitação. – Apresentou – Então você sentir a necessidade de se afastar é só uma fase que precisa ser vivida. – Afirmou, encarando a ruiva com atenção – Não se sinta culpada.


-Eu vou tentar.


 


 


(...)


 


Finalmente Wagner estava diante do Clube HellFire e de parte dos seus integrantes.


Conseguir perceber que Eddie já não aparentava estar triste, com o que havia acontecido, deixava Lucy aliviada.


-A covarde chegou. – Anunciou Munson animado, ao encarar a estudante.


-Eu já te disse que sou cautelosa e não covarde. – Se defendeu.


-Aham... – Disse Eddie, se levantando de seu trono temático – Pelo que eu sei, Dungeons e Dragons não é feito para pessoas cautelosas e sim pessoas corajosas. – Provocou, se aproximando da líder de torcida.


-Na verdade, Dungeons e Dragons é feito para pessoas corajosas que sabem a hora certa de agir. – Devolveu a provocação – Ou seja, pessoas cautelosas. – Disse, e o restante dos jogadores riram, até que o olhar intimidador de Eddie os alcançasse.


-Eu quero ver o quanto você é corajosa, quando resolver jogar de verdade. – Afirmou, antes de voltar para a sua posição de mestre – Mas por agora, nós precisamos esperar as ovelhinhas chegarem com um novo jogador ou jogadora.


Não demorou muito para que Dustin e Mike chegassem ao local na companhia de Erica Sinclair, que recebeu o olhar confuso de Munson e dos demais integrantes do clube de D&D.


-Este é o Clube Hellfire e não o Clube de Babás. – Afirmou Eddie, seriamente.


-Eu tenho 11 anos, seu esquisitão cabeludo. – Rebateu a aluna, sem paciência.


-Oras, oras... – Retrucou o mestre – ...a criança fala. – Provocou, fazendo os amigos rirem – Mas então, qual é o seu nome, criança? – Perguntou, ao se levantar espalhafatosamente de seu trono e se aproximar da garota.


-Erica Sinclair. – Respondeu, sem desviar o olhar do roqueiro.


-Então essa é a famigerada irmã do Sinclair, né? – Disse, rindo.


-Esperto ele, né? – Provocou, olhando para Mike e Dustin.


-Nossa Munson, podia ter ido dormir sem essa. –Afirmou Lucy, rindo da cena.


-Você fica na sua, Lucy, a covarde. – Rebateu Eddie ao encarar a líder de torcida e posteriormente voltar a sua atenção à irmã de Lucas – E qual é a sua classe e nível? Anã, nível 1? – Questionou, fazendo os parceiros de jogo rirem.


-O meu nome é Lady Applejack, uma ladina meio-Elfa, caótica, boa, de nível 14 e eu pego de surpresa qualquer monstro que você mandar, direto pelas costas com a minha kukri envenenada. – Afirmou firmemente – E eu vou sorrir, enquanto vejo eles sofrendo uma morte lenta e agonizante. – Disse – E aí, vamos começar ou você vai continuar nesse papo furado, como se fosse o clube do livro da mamãe? – Perguntou de maneira afrontosa, e todos a sua volta encaram a reação de Eddie, seriamente.


-Seja bem-vinda ao clube Hellfire. – Disse Munson, estendendo a mão para cumprimentar a garota.



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Autor(a): Beatrice do Prado

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