Fanfics Brasil - O garoto em cima da mesa Should I Stay Or Should I Go ♫ Eddie Munson ♫

Fanfic: Should I Stay Or Should I Go ♫ Eddie Munson ♫ | Tema: Stranger Things


Capítulo: O garoto em cima da mesa

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Lucy acordou mais cedo naquela manhã, para separar o uniforme de líder de torcida daquele, que seria o primeiro dia de treinos do ano letivo.


Apesar de ter prometido a ela mesma que se dedicaria a outras atividades, como aprender um instrumento musical, a garota não conseguiu se desvencilhar da função de animadora, pois àquela atividade a auxiliava com a tensão do dia a dia, comparável a uma válvula de escape.


-Não fica bravo comigo, Bruce Dickinson. – Pediu a jovem, agora encarando o pôster do roqueiro que havia colado em uma das paredes – Eu sei que prometi para você e para o meu tio, que esse ano eu ia começar a aprender a tocar guitarra, mas isso... – Disse, apontando para o uniforme – ...é mais forte do que eu.


-Com quem você está falando? – Questionou a mãe Sarah, ao entrar no quarto da filha.


-Com o Bruce. – Respondeu, apontando para o pôster.


-Se você continuar a conversa com ele, vai se atrasar para a escola. – Avisou Sarah, que já estava acostumada com aquele comportamento da garota.


-Eu já estou pronta. – Avisou, antes de se aproximar da cama e acariciar a sua gata, que permanecia dormindo – Tchau Marie Curie, durma por mim.


-Não esqueça das tarântulas. – Comunicou a mulher.


-Eu nunca me esqueço de dar tchau para o Shurastay e para a Shuragou. – Reclamou, se aproximando do enorme aquário, que preenchia boa parte de uma das paredes do cômodo – Tchau, meus queridos, mais tarde eu volto para brincar com vocês.


-Vamos, que o café da manhã já está pronto. – Afirmou a mãe, que posicionou as mãos nos ombros da jovem e a empurrou gentilmente para fora do quarto.


-Eu sei que você quer se livrar da minha presença, mas vai com calma. – Disse Lucy, ajeitando a mochila nas costas.


-Eu me livrar de você? – Questionou a mulher, fingindo estar ofendida – Isso nem deveria passar pela sua cabeça, afinal, o nosso maior desejo é que você fique sempre conosco.


-Sério, mesmo? – Perguntou, encarando a mãe – E o que é aquele calendário pendurado no quarto de vocês, que faz uma contagem regressiva para a minha ida à faculdade?


-Isso é somente um detalhe, Lucy. – Respondeu a mulher, dando de ombros – Agora vamos logo, antes que os irmãos Davis cheguem para te dar carona.


Após finalizar o café da manhã e se despedir da mãe, Lucy percebeu um som de buzina do lado de fora da residência e ao abrir a porta, fora perceptível a presença dos vizinhos que a aguardavam dentro do carro de Jason.


-Bom dia. – Disse Lucy, ao entrar no veículo e receber o cumprimento dos irmãos.


-Por que você não está com o uniforme? – Perguntou Sophia, confusa.


-Eu pensei de trocar somente na escola. – Respondeu Wagner.


-Lucy, se você não desfilar com o nosso uniforme, vai demorar mais tempo para as pessoas se tocarem, que você é uma líder de torcida. – Comunicou Sophia, a encarando com atenção.


-É verdade, quanto mais cedo eles souberem que você é uma de nós, melhor. – Completou Jason, antes de ligar o carro e iniciarem a trajetória até a escola.


-Não se preocupem, eu não vou esquecer da próxima vez. – Informou.


“Onde é que eu fui me meter? ” Pensou Wagner, antes de rir do próprio pensamento.


-Aconteceu alguma coisa? – Questionou Sophia, confusa.


-Eu só me lembrei de uma situação engraçado, com o meu tio. – Respondeu, voltando a atenção para a janela do automóvel.


 


 


(...)


 


 


Durante o almoço daquele mesmo dia, uma situação, no mínimo excêntrica, aconteceu aos olhos de todos os estudantes que realizavam suas refeições. Um aluno havia subido na mesa em que almoçava, e começado a proferir julgamentos a alguns grupos específicos da escola: como os festeiros, os nerds e os jogadores.


Lucy não conseguiu ouvir o que aquele rapaz estava falando, pois a sua mesa se localizava longe dele, mas mesmo não conseguindo saber, do que se tratava aquele discurso, a garota achou graça da situação.


-Que é isso, um filme? – Perguntou Wagner, apontando para o rapaz, ainda em cima da mesa.


-É o esquisito do Eddie Munson. – Respondeu uma das líderes de torcida, que se sentara ao lado da novata.


-Ah, é o cara do clube Hellfire, né? – Perguntou, Lucy.


-Ele mesmo. – Respondeu a jovem, de prontidão – E se quer uma dica, fique longe dele.


Segundos após Munson ofender o time de basquete da escola, Jason se prontificou em se aproximar do “encrenqueiro” para tentar acabar com aquele show.


-O que você quer, aberração? – Perguntou Davis encarando Eddie, que ao invés de responder o jogador, posicionou os dois dedos indicadores na cabeça em forma de chifres e mostrou a língua.


A novata, ao ver aquela cena, começou a rir, chamando a atenção dos estudantes que estavam por perto.


-Desculpa gente, mas isso é muito bizarro. – Explicou, voltando a rir – Pareceu que estou participando de um filme adolescente.


-Só se for um filme de terror. – Afirmou Sophia – E tente não rir das coisas que ele faz, senão ele vai achar que tem o direito de falar com você.


-Disso eu não tenho dúvidas. – Concordou um jogador, que estava na mesa.


-Eu não suporto esse cara. – Reclamou Jason, que acabara de chegar – Eu espero que ele seja preso logo, pelas porcarias que faz, por aí.


As ofensas, destinadas a Eddie Munson, não pararam com Davis, pois aqueles estudantes que estavam ao seu lado, continuaram a falar mal do rapaz. Lucy, ao invés de absorver toda aquela negatividade, focou a sua atenção à mesa do “encrenqueiro”, que conversava com os seus colegas, como se nada tivesse acontecido.


Em um determinado momento, houve um cruzamento de olhares entre os dois, e por mais estranho que parecesse, um sentimento de conexão fez com que Lucy desejasse estar naquela mesa com aquelas pessoas.


Como se aquele, fosse o seu verdadeiro lugar.


-Lucy. – Chamou Sophia, sem receber a atenção da garota – Lucy, você está me ouvindo?


-Me desculpe, eu estava distraída. – Respondeu Wagner, agora encarando a capitã.


-Vamos, temos que iniciar o nosso primeiro treino. – Avisou, se levantando da mesa.


-E você já bolou alguma parte da coreografia? – Questionou Wagner, se levantando em seguida.


-Eu tenho algumas coisas em mente, mas lá eu mostro para vocês. – Respondeu animada, antes de puxar a novata para fora daquele espaço.


 


 



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Autor(a): Beatrice do Prado

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