Fanfics Brasil - Assunto Confidencial Should I Stay Or Should I Go ♫ Eddie Munson ♫

Fanfic: Should I Stay Or Should I Go ♫ Eddie Munson ♫ | Tema: Stranger Things


Capítulo: Assunto Confidencial

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Apesar do pesadelo com o seu irmão, não ter se repetido, Lucy decidiu manter o horário com a conselheira da escola, a Sra. Kelly, pois sabia o quão importante eram aqueles encontros para a sua saúde mental.


É claro que, não seria possível expor todo o seu problema em uma única tarde, porém, o importante era dar aquele primeiro passo em busca de ajuda.


-Então Lucy, o que está te incomodando? – Questionou a conselheira, encarando a aluna com atenção.


-Bom, eu tive um pesadelo semana passada com o meu irmão falecido, e isso me fez ter uma crise emocional. – Explicou Wagner, custosamente – E essas crises não aconteciam, desde a minha mudança para Hawkins.


-E como foi esse pesadelo? – Perguntou a mulher, interessada.


-Eu estava andando em uma floresta assustadora, quando de repente, algo me fez ficar paralisada. – Explicou, se esforçando o máximo que podia, para se lembrar do que ocorreu em seu sonho – Depois disso, eu consegui ouvir a voz do meu irmão repetir a palavra “culpada” inúmeras vezes, e quanto mais essa palavra era repetida, mais eu sentia a presença daquilo, que havia me deixado sem movimentos.  


-Em algum momento você conseguiu ver, o que te deixou imóvel? – Perguntou a funcionária, compenetrada na reposta que a estudante daria.


-Não, eu só consegui sentir a presença dessa coisa, se aproximando. – Explicou a jovem.


-Lucy, você está confortável para me contar, o que aconteceu com o seu irmão? – Perguntou a mulher.


-Ele sofreu um acidente de carro, quando foi me buscar em uma festa. – Informou cabisbaixa, fechando e abrindo as mãos com força, na tentativa de reprimir qualquer princípio de choro que pudesse surgir, ao entrar naquele tema.


-E você se sente culpada, por esse acidente ter ocorrido?


-Sim. – Respondeu, agora encarando a Sra. Kelly – Se eu não tivesse ido àquela festa, ele não teria ido me buscar. – Disse a garota, nervosa – Eu sei que parece burrice da minha parte, me culpar pelo que aconteceu, afinal foi um bêbado que bateu no veículo dele, mas não era para eu estar nessa festa.


-E por qual motivo? – Questionou, antes de perceber o quanto a estudante havia ficado desconfortável com a pergunta – Se você não quiser entrar nesse assunto, não tem problema. – Disse calmamente.


-É que eu não estou pronta para falar, a respeito disso, ainda. – Informou Lucy.


-Então, eu quero que você pense em uma resposta, para a minha próxima pergunta. – Pediu a conselheira – Se fosse possível falar com o seu irmão agora, o que ele te diria, sabendo que você se culpa pela morte dele?


-Provavelmente ele iria me xingar dos piores nomes, possíveis. – Afirmou, com um riso abafado – E depois pediria para eu seguir com a minha vida. – Wagner respirou fundo, antes de prosseguir – Ele sempre dizia que, era burrice ficar remoendo algo de errado que a gente fez, porque seria impossível voltar no tempo para consertar o que aconteceu.


-E o que você acha dessa declaração dele?


-Eu concordo com ele, mas ainda não consigo colocar isso em prática. – Lucy fez uma pausa – E às vezes, eu acho que nunca vou conseguir.


-Lucy, quando tudo aconteceu, você se consultou com algum profissional? – Perguntou a mulher, atenta à resposta da aluna.


-Sim, eu fiz terapia e também tomava um remédio, para as minhas crises de ansiedade. – Respondeu.


-E você ainda toma esse remédio?


-Não, o médico me liberou duas semanas antes, de eu me mudar. – Explicou Wagner – Segundo ele, não seria mais necessário o uso do remédio, porque as minhas crises não eram mais frequentes e sim esporádicas.


-Entendo. – Comentou a profissional, pensativa – E como os seus pais se comportam com você, referente a esse assunto? Em algum momento, algum deles te culpou pela morte do seu irmão?


-Não. – Respondeu, prontamente – Eles sempre reafirmam, que eu não tive qualquer parcela de culpa, com o que aconteceu.


-Que bom. – Disse a conselheira, balançando a cabeça verticalmente, em sinal de positivo – Olha Lucy, eu vou passar uma espécie de lição de casa para você. Eu vou pedir para que, todas as vezes que você se culpar pela morte do seu irmão, você se concentre em criar a imagem dele, te pedindo para seguir em frente. – Pediu, encarando a aluna com atenção – Estamos combinadas?


-Sim. – Respondeu Wagner.


-E tem mais alguma coisa que você gostaria de compartilhar comigo? – Questionou a mulher.


-Acho que por hoje, já chega. – Respondeu, sucintamente.


-Então, tenha uma ótima tarde e precisando de mim, é só me procurar. – Informou a Sra. Kelly, antes que Wagner pudesse sair de sua sala.


Assim que Lucy fechou a porta do local, ela pôde perceber Eddie Munson do outro lado do corredor.


-Você estava me esperando? – Questionou a líder de torcida, ao se aproximar do roqueiro.


-Sim. – Respondeu, sorrindo – É que eu vi você entrando aí e fiquei te esperando, porque... – Explicava, antes de se arrepender do que havia mencionado e segurar os ombros de Wagner – ...não, não que eu estivesse te perseguindo ou algo assim, sabe. – Afirmou nervoso, antes de desencostar da estudante – É que eu precisava te falar, que você tinha razão em dizer que “Wasted Years” é a melhor música daquele álbum.


-Eddie, aprenda uma coisa, eu sempre tenho razão. – Afirmou, presunçosamente – Mas você está cuidando bem da fita?


-Claro que sim.  – Respondeu, prontamente – Eu estou cuidando, como se fosse o nosso filho. – Eddie arregalou os olhos e bateu na testa com a palma de uma das mãos, duas vezes – Não, não foi isso, o que eu quis dizer... – Disse, afobado – ...eu estou cuidando, como se fosse um filho. – Afirmou, balançando a cabeça verticalmente em sinal de positivo – Um filho, não o nosso filho. – Finalizou as desculpas e Lucy gargalhou da cena por alguns segundos.


-Eu imaginei você ninando a fita e cobrindo ela para dormir. – Disse, antes de gargalhar mais um pouco e agora na companhia de Eddie – Cara, eu sou muito idiota – Lucy acabou gargalhando um pouco mais, ao ponto de lágrimas saírem de seus olhos, pois todas as vezes em que ela ria por muito tempo, o seu corpo tinha àquela reação incomum.


-Lucy! – Chamou uma voz masculina, que se aproximou totalmente dos dois estudantes – Finalmente eu te achei.


-Olha só quem está aqui. – Disse Munson, cruzando os braços – Lucas, o desertor – Disse com desdém, antes de olhar para Wagner – Você conhece, essezinho?


-Claro que eu conheço. – Respondeu, de supetão – Você se esqueceu, que eu sou líder de torcida e conheço todos os jogadores?


-Você está bem? – Perguntou Sinclair preocupado, ao perceber as lágrimas que ainda se encontravam no rosto da garota.


-Sim, é que quando eu dou muito risada, acabam saindo lágrimas dos meus olhos. – Explicou, limpando os resquícios de lágrimas da face – Mas aconteceu alguma coisa, para você estar me procurando?


-Não, é que o pessoal estava preocupado por você não ter aparecido no refeitório, e alguns de nós saíram para te encontrar. – Esclareceu.


-Nossa, como vocês são proativos. – Zombou Munson.


-Lucy! Onde você estava? – Questionou Sophia, que também se aproximou daquele ponto.


-A gente pode ir ao banheiro? – Perguntou Wagner, antes de segurar no braço da amiga e receber uma resposta positiva da capitã – Tchau meninos, depois a gente se vê.


-O que aconteceu para você sumir, sem avisar? – Perguntou Davis, antes que elas pudessem entrar no banheiro.


-Eu só esqueci de avisar que tinha um encontro com a Sra. Kelly. – Respondeu Lucy, ao entrar no local.


-Mas você está bem? – Questionou Sophia, preocupada.


-Agora sim. – Respondeu, dando de ombros – Quer dizer, eu acho que estou bem. – Rebateu a própria afirmação – É que eu tive um pesadelo semana passada e isso me abalou um pouco.


-Foi um sonho com o seu irmão que faleceu? – Perguntou a capitã, ao segurar as mãos da amiga.


-Isso mesmo. – Confirmou Wagner, agora cabisbaixa – Mas eu não quero entrar nesse assunto, agora – A líder de torcida fez uma pausa, antes de encarar Davis – Será que eu posso ficar um pouquinho sozinha? Daqui a pouco, eu encontro com vocês no refeitório.


-Não precisa nem pedir, Lucy – Afirmou a amiga, antes de abraçar Wagner e se retirar do local.


Lucy tentou segurar o choro o máximo que pôde, pois não queria se afundar naquele estado de tristeza por mais uma vez, mas a sua tentativa de inibir seus sentimentos de pesar falhou, e logo uma lágrima escorreu pelo seu rosto.


Naquele mesmo instante, a estudante se lembrou da lição de casa que a conselheira havia passado, e com os olhos fechados, ela tentou visualizar o irmão a pedindo para seguir em frente. Porém, aquele esforço fora interrompido pelo barulho da porta de um dos sanitários, que havia sido aberta.


-Desculpa, eu não queria te constranger. – Justificou-se uma aluna ruiva, que olhava Lucy com compaixão.


-Não precisa se desculpar. – Disse Wagner, se virando para encarar a garota – Sou eu quem está chorando no meio do banheiro, você não tem culpa de nada.


-Eu sei que vou parecer uma intrometida, mas eu ouvi, o que a sua amiga disse. – Informou a jovem – E se serve de consolo, eu queria que você soubesse que eu entendo a sua dor. – Mencionou, melancolicamente – Eu também perdi o meu irmão, recentemente.


-Nossa, eu sinto muito. – Disse a líder de torcida, comovida.


-Olha, eu preciso ir agora, mas se você quiser conversar algum dia desses, é só me chamar. – Informou a ruiva.


-E qual é o seu nome? – Perguntou Lucy.


-Você pode me chamar de Max.


 



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Autor(a): Beatrice do Prado

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