Fanfics Brasil - Lembranças Um Amor Improvável - Itachi Uchiha

Fanfic: Um Amor Improvável - Itachi Uchiha | Tema: Naruto


Capítulo: Lembranças

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Depois de passar alguns dias desde a luta com Kisame, a médica percebeu que não faria mal treinar um pouco. Ela se distanciou um pouco de sua casa e decidiu treinar Taijutsu lutando contra um clone das sombras e também golpeando árvores. Após formar o clone, começou a trocar golpes com o mesmo e intercalava golpes nas árvores, de modo que ela se defendia do clone e atacava as árvores, tudo em uma velocidade impressionante! Depois de alguns minutos de treino, ela pôde sentir um Chakra se aproximando, era uma presença muito sombria. Ela arregalou os olhos ao senti-lo, rapidamente desfez o clone e se escondeu atrás de uma árvore. Por ser uma presença tão sombria, ela ficou preocupada, já fazia tempo que não sentia um Chakra tão perverso como aquele. Depois de alguns minutos, ela notou que a presença desapareceu de repente. Ela saiu de trás da árvore observando ao seu redor cuidadosamente e ao se certificar de que não havia ninguém por perto, fez novamente um clone das sombras e recomeçou seu treino. Depois de mais alguns minutos de treino, ela sentiu aquele Chakra novamente, só que dessa vez, ainda mais perto, como se estivesse atrás dela. Ela se assusta e vira rapidamente…​


- Que Chakra Maligno! -- Ela disse enquanto observava ao seu redor.


Depois disso, ela decidiu ir para casa e deixar o treino para outro dia.


Dois dias depois, depois de um longo dia de trabalho, estava chovendo e, como a médica adorava banhos de chuva, decidiu sair para caminhar na floresta. Já era noite, estava escuro e tudo se iluminava apenas com os relâmpagos, mas como ela sentia qualquer Chakra a uma certa distância, podia caminhar tranquilamente desde que não se aproximasse daquela tal Caverna.


Enquanto caminhava, lembranças de sua família vieram à sua mente.... as brincadeiras com suas irmãs, os abraços calorosos de seus pais, sua casa, as refeições que sua mãe preparava, os passeios na floresta com suas irmãs, elas eram inseparáveis! Lembranças de quando seu pai a ensinou seus primeiros golpes de Taijutsu, de sua mãe a ensinando a Personificação de Chakra e algumas técnicas de selamento, sua irmã que também era ótima em Taijutsu a treinando para quando fosse participar das provas Genin. Vieram lembranças de quando brincava na chuva com suas irmãs, lembrou daquela certeza de ter pessoas esperando-a em casa, certeza essa que foi despedaçada naquele dia. Ela imaginou como seria voltar para sua casa e ver todos sentados à mesa esperando por ela… ao pensar nisso, ela apertou os lábios tentando se conter, mas foi impossível segurar as lágrimas. Sendo levada pela emoção de relembrar o passado que não poderia se repetir, ela se descuidou e não sentiu que alguém estava vindo na sua direção. Ela levantou o olhar e quando veio um relâmpago, notou alguém que estava parado. Ao perceber de quem era aquele Chakra, deu dois passos para trás se afastando…


- Você? O que faz aqui? -- Ela perguntou com a voz tremula.


Ele não respondeu à pergunta dela, mas notou que ela olhava à sua volta preocupada tentando ter certeza de onde estava…


- Não se preocupe, dessa vez você não está onde não deveria. -- Ele disse.


Ela olhou em direção a ele e se irritou…


- EU NÃO ESTOU PREOCUPADA! VOCÊ ACHA MESMO QUE PODE ME DIZER ONDE DEVO ANDAR OU NÃO? EU MORO NESSA FLORESTA A ANOS E NINGUÉM VEM ME DÁ ORDENS, UCHIHA!


- Hum. Há maneiras diferentes de encarar um pedido. 


- Pedido? Você atirou uma Kunai para me matar!


- E você só está preocupada em não chegar perto depois disso. Isso significa que palavras não funcionam com você.


Ela se irritou mais ainda, apertou os punhos e movida por aquela raiva, tenta dar um soco em Itachi que se desviou. Ela se virou e tentou dar outro golpe, mas ele segurou a mão dela. Ela se soltou da mão dele rapidamente e Itachi a encarou por alguns instantes enquanto os relâmpagos os iluminavam…


- Tenho que admitir que você é corajosa, é uma qualidade importante em um ninja. -- Disse ele depois de uns segundos.


Em seguida, ele saiu andando.


- Itachi… -- A médica o chamou.


Ele parou.


Por que me salvou naqueles dias? -- Ela perguntou.


- Porque percebi desde o primeiro dia que você não era uma ameaça. Não havia motivos para matá-la, apesar de depois você ter confessado nos espionar.  -- Ele responde ainda de costas.


- E por que não me matou quando soube?


- Sua coragem me fez querer poupá-la. Mas parece que você queria mesmo que um de nós a matasse.


-  Naqueles dias, não. Hoje…talvez.


Itachi se assustou com a resposta dela.


-  Não importa quais sejam seus objetivos, as lembranças sempre estarão lá para tentar te desviar deles e sinceramente, há dias difíceis de suportar… -- As lágrimas voltaram a cair dos olhos dela. 


Aquela dor agoniante fez com que ela agisse sem pensar. Ela tentou atacar Itachi pelas costas, ele a olhou de canto e rapidamente se desviou…


- Sei que em uma luta contra você eu não teria chance alguma. -- Disse ela se preparando para atacá-lo novamente.


Ela foi em direção a ele e atacou com vários golpes, Itachi se defendeu de todos.


-  Qual é o seu problema? Se o que você precisa é de motivos para me matar, você já tem vários! O que está esperando, Uchiha?


Ela continuou tentando acertar Itachi até que ele segurou os braços dela e a olhou nos olhos…


- Se o que você precisa é descarregar a sua dor através desses golpes, vá em frente. Mas não conte comigo para ajudá-la a fracassar.


Ela olhou Itachi com espanto enquanto as lágrimas continuavam a cair do seu olhar sendo disfarçadas pela chuva. Em meio ao desespero daquela dor que apertava seu coração, ela voltou a atacar Itachi repetidas vezes. Em meio aos golpes, ela gritava ao usar força extrema, deixando sair aquela tristeza, raiva, desespero, e Itachi se defendia de todos os golpes sem revidar, até que ela se esgotou e caiu de joelhos…


Por que me poupar agora? POR QUÊ? -- Ela perguntou ofegante e com a voz tremula.


Ela olhava para o chão enquanto chorava copiosamente, Itachi a observava com frieza…


- Se você não descobriu a importância de estar viva mesmo depois de tanta dor, reveja seus objetivos. -- Ele disse.


Ela continuou olhando para o chão ainda estando ofegante e depois de alguns minutos, se levantou. Itachi começou a caminhar se afastando, até que parou olhando-a pelo canto do olho...


- Lamento por sua dor.


Em seguida, ele voltou a caminhar e a médica ficou parada olhando o escuro na direção que ele estava indo. Conforme os relâmpagos iluminavam, ele foi se distanciando até sumir de vez. Ela então, voltou para casa.  


Três dias depois, a médica teve que ir até ao hospital de Konoha. A Hokage, Tsunade, solicitou que ela fosse verificar a dosagem de um dos remédios receitados para um paciente que estava tendo reações contrárias ao que era esperado. Ela se vestiu com roupas brancas, roupas que deixavam apenas as mãos e parte do pescoço à mostra, colocou uma máscara que tampava seu rosto e deixava à mostra apenas seus olhos e foi até lá. Dentro dos hospitais, já estavam acostumados com o jeito que ela se vestia e a reconheciam como Akira, sim, pensavam que ela era um homem. Ela não falava com os pacientes e nem com os colegas de profissão, ela se comunicava por escrito com todos usando um bloco de notas que ficava pendurado em seu pescoço por uma cordinha. Tsunade era uma das três pessoas que sabiam da sua verdadeira identidade.


Ao chegar no hospital de Konoha, ela foi dar uma olhada no paciente que estava sentindo fortes dores no estômago depois de usar um de seus medicamentos. Ela o examinou e deu a ele uma dose de outro remédio que cortava o efeito do que ele havia tomado. O paciente teve uma melhora rápida e adormeceu ao sentir alívio das dores. A médica, melhor dizendo… Akira, levou o medicamento a sala 2 do hospital, o laboratório de análises químicas, para compreender melhor sobre o que tinha dado errado naquele remédio. A análise revelou uma superdosagem de uma erva muito forte, mas ela não se lembrava de ter cometido tal erro, coisas assim nunca aconteciam! O remédio tinha sido preparado no dia anterior e ela pensou que por estar com suas emoções fragilizadas, talvez pudesse ter se descuidado desse detalhe. Após perceber o erro, enviou uma mensagem à Tsunade solicitando que todos os medicamentos iguais a aquele fossem recolhidos e jogados no lixo. Também deixou o recado para que alguém fosse buscar os novos remédios no fim do dia. Depois disso, ela saiu do laboratório para ir para a sua casa refazer seu trabalho, dessa vez com mais atenção. Ela passou em frente à sala onde ficavam os arquivos do hospital; lá tinha fichas de pacientes de anos atrás, atestados de óbito, receitas antigas, tudo relacionado aos pacientes. Ao passar em frente, ela parou e decidiu entrar para procurar um atestado de óbito de um paciente que havia morrido a 2 anos. Ela procurou por muito tempo, por quase uma hora, até que finalmente achou o atestado. Era um homem, seu nome era Seiji Hyuuga. Ela observava o atestado cuidadosamente, o nome, a causa da morte, a data... até que foi surpreendida por Shizune que entrou na sala sem bater na porta…


- Desculpe, Akira, não sabia que estava aqui.


Ela olhou para Shizune e rapidamente guardou o atestado de óbito saindo da sala em seguida. Ela saiu da Vila pensando em muitas coisas do passado, aqueles dias estavam sendo difíceis, as lembranças a estavam sufocando. Quando ela chegou em sua casa, tirou sua máscara e foi até o quarto. Ela se sentou em sua cama e pegou uma caixa que estava ao lado. Ao abrir a caixa, pegou uma foto, era de um homem de cabelos escuros, um belo rapaz com os olhos de um Hyuuga. Ao olhar aquela foto, seus olhos marejaram a ponto de cair algumas lágrimas na foto…


Por que eu não disse nada antes?... Por quê? -- Ela fala com a voz tremula enquanto enxuga os olhos.


Ela demonstrava sentir uma dor imensa, misturava tristeza e arrependimento. Depois de um tempo, ela guardou a foto, enxugou o rosto e decidiu começar a trabalhar. Se concentrou bem em tudo que estava fazendo e mesmo concentrada, em alguns momentos lágrimas caíam de seus olhos, mas ela se esforçava a manter sua concentração, enxugava os olhos e voltava ao trabalho.


Depois de algumas horas, ela terminou de refazer todos os remédios que saíram errados. Ela colocou todos em uma caixa e junto, deixou um bilhete escrito a dosagem certa para aquele paciente específico. Em seguida, foi até um ponto da floresta que não ficava muito distante da Vila. Ela subiu em uma árvore e ficou à espreita esperando, até que dois médicos chegaram e pegaram a caixa de remédios para levarem para o hospital.


 À noite, ela estava deitada em sua cama pensativa. Não conseguia dormir, o arrependimento, a culpa, a solidão, a dor era agoniante, era como estar vivendo aquela perda de novo. Ela estava acostumada com dias difíceis, mas aqueles, estavam insuportáveis! 


No dia seguinte, ela levantou cedo e como não tinha trabalho para aquele dia, decidiu sair pela floresta sem rumo. Ela andou cabisbaixa por um longo caminho, até que notou o barulho do mar bem próximo, o que a fez levantar a cabeça para olhar e decidir chegar até lá. Ela andou até uma rocha e se sentou de frente para o mar. Enquanto encarava as águas, se lembrou dos seus encontros com Itachi e sorriu sutilmente. Naquele momento, ela se deu conta da admiração que sentia por ele, mas além de compreender a admiração, percebeu que os breves momentos que esteve com ele, paralisaram aquele sentimento de desespero, culpa, solidão, que apertavam seu coração todos os dias. Já fazia tanto tempo que ninguém olhava em seus olhos daquela forma, só naquele momento ela pôde esquecer o olhar que lhe perturbava a tanto tempo, só naquele momento...  Ao perceber isso, começou a sentir vontade de encontrar Itachi novamente, mas mesmo que sentisse que ele era a calmaria em meio ao caos, tentou lutar contra essa vontade pois não queria se apegar a ele. Mas movida por sua impulsividade, se levantou e foi andando até onde não deveria, A Caverna Sombria. 


Ao ver a caverna de longe, percebeu que Itachi estava sentado em uma pedra do lado de fora. Enquanto se aproximava, viu que Kisame saiu de dentro da caverna e ficou ao lado de Itachi.  Mesmo sabendo que poderia ser morta por eles naquele momento, ela se aproximou…


- Uchiha, posso falar com você?


- Ora ora!  Parece que alguém aqui não tem amor a vida, não é mesmo? -- Kisame disse com deboche.


- Kisame, não vim para lutar, eu só preciso falar com ele, por favor. -- Ela responde com firmeza.


Kisame estava extremamente furioso por ela tê-lo atacado naquele dia e queria deixar as coisas de igual para igual...


- Qual é problema? Está com medo?


- Se fosse para ter medo, eu não teria demonstrado no primeiro dia? -- Ela responde com deboche.


Kisame se irrita e tenta atacá-la com Samehada em alta velocidade, mas ela parou o golpe da espada com uma kunai novamente …


- Por favor, eu só quero falar com o Itachi. -- Ela disse olhando nos olhos dele.


- Já chega! Eu vou falar com ela, Kisame. -- Itachi disse.


Kisame recuou enquanto a olhava com raiva…


- Eu e você ainda temos uma luta inacabada, garota! -- Ele disse depois de alguns segundos.


Kisame coloca Samehada sobre o ombro e se vira entrando para a Caverna.


- O que quer falar comigo? -- Itachi disse sem olhá-la diretamente.


Ela se aproximou dele…


- Eu precisava te ver mais uma vez. Depois da última vez que nos encontramos, estranhamente não me senti mais tão sozinha.


- Isso significa que você está se acostumando com sua dor.


- Não! Isso significa que eu… eu reencontrei minha paz… em você! 


Itachi ficou extremamente surpreso e olhou para ela.


- Me desculpe por tentar te golpear naquele dia, mas ao mesmo tempo, obrigada por estar ali mesmo sem ter motivos para estar. Eu sempre evito esses sentimentos a todo custo, mas quando eles insistem em aparecer, é sempre mais difícil me sentir aliviada. Em poucos instantes você foi tudo que me fez falta todo esse tempo…alguém que estivesse perto no momento que a solidão tentou me fazer desistir de tudo. Por isso, eu preciso dizer obrigada… obrigada por me trazer essa sensação mesmo que tenha sido por pouco tempo!


Itachi permaneceu em silêncio e ela caminhou indo embora, mas parou…


- Ah... - Ela se virou. - Eu prometo que essa será a última vez que vai me ver por aqui, irei respeitar o que me pediu sobre não me aproximar da Caverna. Adeus, Itachi Uchiha!


Ela então se virou para ir embora.


- Espere. -- Itachi disse.


Ela parou estando surpresa e logo se virou para olhá-lo...


- Posso saber seu nome? -- Perguntou ele.


Ela respirou fundo e pensou uns segundos antes de responder…


- Harumi Senju.


Em seguida, ela foi embora e estava determinada a não voltar mais ali. 



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Autor(a): akira_senju

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

Prévia do próximo capítulo

Se passaram dias, quase um mês desde o último encontro com Itachi e, Harumi, seguia sua vida normalmente. Ela sempre se lembrava de Itachi, ele não saiu de seus pensamentos desde o último encontro, a vontade de vê-lo novamente era enorme, mas ela cumpria suas promessas, disse que não voltaria na Caverna em respeito ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 1



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  • edu.23z Postado em 20/02/2023 - 23:00:25

    AMEI


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