Fanfics Brasil - 2. Hipoteticamente Remember me - AyD Portiñón

Fanfic: Remember me - AyD Portiñón | Tema: RBD


Capítulo: 2. Hipoteticamente

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-Já acordada? - entrei na cozinha e Bia estava sentada tomando um copo de água. -Aconteceu algo minha querida? - ele negou com a cabeça.


-Denis me acordou mais cedo do que eu gostaria, ficamos conversando um pouco pelo celular e estavam limpando um dos acessos dele. - dei um beijo em sua testa e fui para o balcão agilizar o café da manha, era quase 7h. - Comentei sobre sua historia a ele, disse que na próxima gostaria de ouvir.  - sorri enquanto ligava a chaleira e a cafeteira. 


-Será um prazer falar um, em especial para ele, agora aproveitando que estamos só nós duas, você vai me ajudar a preparar o café enquanto conto mais um episodio de mim e Dulce. - ele concordou e se colocou ao meu lado. 


2010 - Rio de janeiro


'Você precisa se acalmar, daqui a pouco estão comentando que a delegada é surtada!' - Christian falava baixo e olhava ao redor, estávamos numa cena de crime, encontramos um carro com um corpo carbonizado. A perícia tirava fotos em todos as partes, alguns investigadores verificavam sobre alguma denuncia de desaparecimento de alguém. Respirei fundo, passei a mão no rosto tentando me acalmar.


'Eu juro que se ouvir mais uma piadinha dela, a próxima ser carbonizada será ela!' - Christian concordou rindo. - 'Verifica lá se tem alguma noticia de desaparecimento da vítima..'- eles apenas sinalizou, retornei minha atenção a cena que estava ali. Era no meio do mato, no Grajaú, ficava atenta ao que a pericia fazia, mas ficava de longe. Marcelo, que era mais um investigador com Christian, chamou minha atenção sinalizando para que fosse ao seu encontro. 


'Uma mulher informou o desparecimento do seu namorado, mora aqui a 10 quarteirões.' 


'Ótimo, vamos até lá, chama a Dulce e o Castro só caso necessite de pericia ou eles notarem algo importante. Christian fica aqui e com o restante e termine o relatório do caso.'


Seguimos para casa da mulher, e logo que chegamos estava os familiares na porta, informamos do ocorrido e foi aquela comoção. Entramos na casa, para dar um pouco de privacidade e fazer algumas perguntas sobre a vítima e se tinha alguém que teria o motivo para cometer tá crime. Entre as perguntas que eu fazia para a ela, Dulce me interrompeu, pedindo para falar comigo. 


' Tem uma gota de sangue no sofá e na calça dela.' - Por mais que ela me irritava, em relação ao trabalho era bem séria e a melhor no que fazia, e naquele momento não tinha espaço para piada ou provocação, era uma brecha de que ali tinha a pessoa que cometeu o crime. - 'Posso falar com ela?


'Por favor, tem toda liberdade.'


Dulce foi certeira, pediu para que os restante dos familiares saíssem, pois a mulher foi a ultima que viu a vítima. Ela foi falando calmamente com a mulher, que se atrapalhava entre as palavra, mas em meia hora ela confessou o crime. A equipe se entreolhou e podia ver que tinha uma felicidade e satisfação em ter escutado aquilo, mandei mensagem para Christian informando que sobre a confissão, o mesmo disse que estava a caminho até nosso local. Foi dada os detalhes do crime e o local onde a vitima foi morta, ela tirou a manta que cobria o sofá e estava banhado em sangue. Passamos do dia inteiro nesse caso, chegamos era 11h da manha e saímos quase 21 da noite. Finalizando tudo, fomos para uma padaria que era próximo, pois depois que meu corpo relaxou sobre aquilo tudo, a fome despertou em mim. Café e um pão na chapa já era o necessário para aquele momento. Chamei Dulce, tinha que parabenizar pelo que tinha feito. 


'Você foi certeira hoje.' - Ela sorriu. 


'Obrigada pela liberdade de ter falando com ela, talvez ainda estaríamos quebrando a cabeça com esse caso. ' - concordei com ela. - 'Olha, Castro falou comigo e já faz 6 meses que estamos trabalhando juntas e ficar nessa briga de gato e rato não favorece ninguém, acredito que atrapalha mais nossa convivência..'


'Você cedendo?! Estou impressionada.. ' - ri brevemente, ela acabou rindo junto pois sabia que nunca era ela que cedia, eu já tinha escutado varias historias de bate-boca de Dulce com outras pessoas. -' Mas concordo contigo, Christian pediu pra me acalmar em relação a você.. ' - ela arqueou a sobrancelha, aquilo me irritava, não tinha nem 10 minutos e ela fazia isso para me irritar. Aquela cara dela me tirava do sério. -'Odeio quando você faz essa cara.' -  ela riu e eu estava séria, depois relaxou o rosto e deu tapinhas no meu braço. 


'Prometo que não vou mais te provocar, a não ser que eu ache necessário...' -  fiz um cara de porque faria isso. -'E parabéns.'


'Pelo o que?' - olhei com duvida.


'Oficialmente você aguentou mais de 6 meses ser delegada da 19°, quase nenhum delegado parou ali.' -  ela foi se afastando e se juntou aos outros. - ' Galera, um brinde aos 8 meses da delegada na 19°!' - o pessoal fez um sonoro ' aee'. 


'Então não sou mais recruta?' - falei em tom de deboche.


'Não doutora, é um prazer poder trabalhar com você.' - Dulce disse aquilo, que me deixou um pouco envergonhada, os rapazes olharam para ela com surpresa, parecia que nunca tinha escutado isso da boca dela.


'Ih, sabia que essas provocações tinha um porque...' - Castro acabou falando um pouco alto, chamando minha atenção de todos. Depois disso e Dulce nos olhamos, será que tinha algum porque?


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-Esse caso foi bem marcante, pois conseguimos a confissão horas depois. - todos estavam na mesa escutando a historia. - Tem vários casos em que trabalhei com Dulce que tudo se tornava mais fácil pelo olhar dela junto coma perícia. Por isso eu lembro bem com detalhes esse caso. - finalizei minha xicara de café.


-Já fazia mais de 6 meses que vocês estavam trabalhando juntas vó, aonde que você percebeu que estava apaixonada por ela? - Bia me olhava atentamente. 


-Demorei para perceber, pois nós conversávamos muito sobre casos e também de series de crimes, por mais que tínhamos contato de celular, não trocávamos mensagem direto, só o necessário em relação a pericia do local de crime. - peguei uma torrada e passei um pouco de geleia de damasco. -Nem eu e ela tocávamos em assuntos pessoais, acredito que o trabalho vinha primeiro e despois da paz estabelecida, casos de homicídio caia no meu colo pela qualidade da investigação. - mordi um pedaço da torrada. 


2011 - Rio de Janeiro


'Filha, eu sei que é chato o trabalho da mamãe e eu gostaria de estar com você e a vovó... '- Lucia chorava no telefone, era virada do ano e eu estava presa na delegacia olhando umas papeladas. Não ouvi as batidas na porta, e vi Dulce parada ali na minha frente, fiz sinal para ela sentar e botei o celular no viva voz para ela ver o porque da minha cara de cansaço.


- Todo mundo tá aqui com as mães menos eu... - ela soluçava. Eu olhava para Dulce que sorria e entendia isso tudo, ela sussurrou perguntado o nome dela e respondi dizendo Lucia.


'Lucia, aqui é a colega da sua mãe, me chamo Dulce.. '- ainda dava para ouvir o choro. - 'Eu também fazia essa pergunta para meu pai quando tinha sua idade e sabe o que fazia?'- ouvimos um não bem baixinho e ela sorriu, eu apenas olhava aquilo tudo. - 'Eu pedia todos os brinquedos que eu queria, todos! E quando ele reclamava, eu falava do dia que ele não estava comigo, então como sua mãe tá aqui, procura o brinquedo que você mais quer e pede pra sua mãe..' - eu cruzei os braços, pois agora tinha que gastar dinheiro. Dulce segurou o riso, sabia que minha cara não estava muito boa, mas era o suficiente para ser engraçado para ela.


'Eu gosto de uns que minha mãe sempre diz que vai comprar e não compra...' - tirei do vivavoz antes que Dulce falasse mais alguma coisa.


'Filha amanha quando eu chegar vamos ver esses brinquedos para comprarmos tá? - ela concordou, pelo menos parou de chorar. ' Fica bem, te amo e deixa eu falar com a vovó.... Oi mãe, amanha devo chegar no horário do almoço.... mando mensagem quando virar o ano tá?.... te amo. ' - desliguei o celular.- ' Você subornava teu pai?' -  Dulce riu e afirmou.


'Meu pai era da policia e nestas festas de final de ano ele não ficava em casa, então aprendi a pedir a coisas e funcionava, consegui até um vídeo game na época.' - Larguei os papeis de lado.


'E você veio fazer o que aqui?' - ela respirou fundo.


'Então, primeiramente feliz ano novo né, pois tanto você quanto eu estamos de plantão.' - concordei, sorrimos. -'E vim te chamar para comer, pois tem algumas coisas ali na cozinha e tá todo mundo lá menos você..'


'Eu já belisquei algumas coisas... e estou olhando umas papeladas aqui..' - olhei para minha mesa, estava um bagunça.


'Ok, ahn.. beleza.. ' - ela levantou e foi em direção a porta, mas hesitou em sair. - 'Posso te fazer um pergunta?' - me olhou, afirmei com a cabeça. - 'Você se relacionaria com alguém do trabalho?'


'Depende de vários fatores...  porque a pergunta? - levantei e fiquei encostada na minha mesa olhando ela, será que tinha alguém afim de mim e não estava reparando ou ela estava afim de alguém e não sabia se era uma boa. 


'Que fatores?' -  dei de ombros.


' Sei lá, primeiro seria hierarquia, segundo convivência.... você tá afim de alguém do DP?' 


'Não não não não...' - estranhei o nervosismo. - 'Alguém me pediu para perguntar...' -  interrompi ela.


'Você sabe que mente muito mal e tá na sua cara que está afim de alguém, não vou perguntar quem é, pois isso não é algo que vem ser do meu interesse e nunca conversamos sobre isso, só de casos, pra você vir falar comigo.. de ser algo muito grande..' 


'Ok, vamos falar hipoteticamente tá? -  concordei. -' Se eu chegasse em você falando que faz um tempo que não paro de pensar em você, que tem sido difícil tirar meu olhos de você... que eu gostaria de te levar para comer ou beber algo em algum canto.. você aceitaria? -  olhei meio duvidosa das palavras dela. - '... Hipoteticamente...


'Bom, fica lisonjeada em sair, mas deixaria claro que gosto de homens ..' - ela revirou os olhos, acabei rindo da cara dela.- ' Se fosse um cara, não acharia má ideia, a não ser que pra mim a visão de amizade estaria mais clara e não gostaria de mudar isso...'


'Então a amizade fica acima de tudo?' - ela cruzou os braços.


' Dependendo de quem seja sim, se fosse você eu não gostaria de mudar nossa relação, pois perderia a pessoa a amizade num pack só.' -  ela mordeu o lábio, reparei rapidamente, o assunto estava meio esquisito. -' Consegui te ajudar?'


'Sim e vou deixar vou terminando suas coisas, obrigada. ' - ela saiu rapidamente da minha sala, fiquei sem entender. Papo estranho. 


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-Vó, pelo amor de Deus, ela falou praticamente na sua cara! - acabei rindo, só estava eu, Lucia e Bia na mesa ainda. Filipe foi no centro da cidade e Ricardo foi trabalhar.


-Eu só fui perceber meses depois, eu não tinha maldade nela. Percebi quando a vi com outra pessoa, era uma mulher lindíssima!  - Comecei a recolher as coisas na mesa, as duas começaram a me ajudar. - Aquilo mexeu demais comigo, pois ficamos próximas demais quando houve um tiroteio numa favela quando fomos fazer a perícia de um assassinato de 3 jovens, que por mais que Dulce era perita, ela sabia atirar muito bem. Ficamos presas num beco e bala comendo...


 


2011 - Abril - Rio de Janeiro


'Precisamos sair daqui agora!' - sussurrei para Dulce, que concordou com a cabeça. Estávamos com as armas em mão. Ela deu dois tiros e voltou para posição, ficar naquele beco era perigoso, a chance de sermos atingidas ou pegas de surpresa era grande. -' Vai que eu te dou cobertura....' - fiquei em posição- ' AGORA!' - dei 8 tiros, o suficiente para ela chegar ao encontro de outros policiais. Olhei para onde estava o restante dos policiais, olhei para esquerda e mais dois investigadores da civil saíram dali, só faltava eu agora, olhei para esquerda, o bandido olhou para mim, nos olhamos por 5 segundo, estava em câmera lenta, e pensei que tinha chegado meu momento. Mas ele caiu no chão, olhei pra cima era Dulce.


'Vamos doutora!' - ela e mais dois policias estavam ali para me tirar dali, era tanto tiro que meu ouvido estava com um zumbido. Ela me puxou e meu botou atrás dela, com os outros do lado dela. Conseguimos sair dali, que alivio! Não tinha uma alma viva na rua, nem carro passava, os repórteres estavam distantes dali. Ela me levou até um carro na policia civil, distante dos tiros, me encostou na parte traseira do carro e segurou meu rosto, eu estava ofegante. -'Olha pra mim e respira devagar, junto comigo...' - Fui acompanhando sua respiração e me acalmando. Apoiei minha cabeça no centro de seu peito, minha mãos estavam apoiada na sua cintura.


'Se você não aparece... ' - Ela beijou minha cabeça.-' Salvou minha vida.' - Permaneci desse jeito, sentia o movimento da sua respiração, que foi me acalmando ainda mais. 


'Tinha que fazer isso, se não ia ter mais um delegado novo.'- dei um tapa na coxa dela que a fez rir, levantei minha cabeça e olhei para ela. 'Já me acostumei com você, não iria ter paciência para aturar uma pessoa nova.' -  aqueles olhos, com o pôr do sol, não saberia se seria loucura beijar ela ali. Ela me olhava com atenção, parecia torturante para ela e para mim ficar desse jeito, em que ponto disso tudo me via tão atraída por Dulce, ou foi adrenalina no momento ou ela era linda desse jeito mesmo e eu era tão cega em ver isso. Estava na cara dela que gostava de mim. Mas e eu? Gostava desse jeito? A boca dela era bem atrativa. 


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-Depois desse dia, a gente se pegava se olhando. -  eu sorria lembrando das vezes. - Foi quando eu assumi que estava gostando dela realmente, só não sabia chegar até ela e falar isso. Christian ria da situação, pois era cômicos duas mulheres feita agindo com adolescentes com olhares e sorrisos. 


-Parece eu com Denis, quando me peguei apaixonada por ele. 


-A sua historia e a minha são parecidas, não pela doença, mas de como foi desenrolando. - novamente senti o o perfume de Dulce. Depois de todos esses anos, ficava em minha memória o cheiro dela. Estava falando tanto que o almoço já estava pronto. - Agora tá na hora de você ir pra sua faculdade e eu tenho médico de noite contarei mais. 


 



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Autor(a): besamesm

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