Fanfic: His Personal Assistant (Uckerroni) | Tema: RBD,Maite Perroni, Christopher Uckermann
Maite POV
Por volta das sete e cinquenta da noite, eu já estava na minha cozinha – sob ordens expressas de sentar no vestido o mínimo possível – enquanto matava uma dose de tequila com as meninas.
Anahi , Dulce e eu fizemos caras de nojinho simultaneamente enquanto tomávamos a bebida, já que nenhuma de nós era especialmente chegada no álcool.
“Ewww, eu tenho esmalte de unha que tem um sabor melhor que isso.” Anahi tossiu, botando a língua para fora como se ventilando a boca faria o gosto ruim ir embora mais rápido.
“Vocês não precisavam ter tomando uma dose também. Sou eu quem precisa de um pouco de incentivo para poder encarar Christopher .” Eu não havia falado o nome de Christopher em voz alta desde que vim para casa ontem e contei para Dulce e Anahi tudo o que havia acontecido.
As duas ficaram incrivelmente chocadas, e como eu, ficaram putas por Victor se importar mais com a reputação de Christopher ser arruinada do que com o fato de eu ser uma pessoa com sentimentos e emoções de verdade. Meu envolvimento na situação não parecia fazer a mínima diferença para ele.
Pelo modo como eu havia falado de Christopher desde o início, como um homem que sempre trata as pessoas de forma justa, alguém generoso e atencioso, alguém que me olhava como se eu fosse o único ser no planeta quando nos tocávamos, as meninas praticamente tiveram um aneurisma com a idéia de ele estar apenas me usando para satisfazer algumas fantasias sexuais.
Anahi sugeriu que eu conversasse com ele sobre o assunto, uma idéia que foi automaticamente descartada por mim e por Dulce. Eu não daria àquele babaca o prazer de saber que eu me importava. Não fazia diferença o quanto eu achava que o amava, ou o quanto eu sabia que o desejava, meu orgulho dizia que eu colocasse ordem no galinheiro e determinasse meu território.
“May...” – Anahi começou enquanto ela e Dulce trocavam olhares preocupados por eu articular o nome de Christopher como se fosse uma maldição.
Anahi achava que eu devia estar me entupindo de chocolate em meio às lágrimas.
Dulce achava que eu devia estar jogando pelo ar objetos de decoração caros aos gritos num ataque de fúria.
As duas chegaram perto disso quando nossa conversa chegou em Alfonso e Christian. Nós não sabíamos se os dois estavam cientes do caso de Angelique com o bebê, e eu os defendi rapidamente. Tanto um quanto o outro haviam sido tão bons amigos para mim por todos esses meses, e eu não podia ver de que modo eles fariam algo assim de propósito. Além do mais, pelo que o babaca-filho e o babaca-pai falaram, soava como se tudo fosse um grande segredo.
Eu não chorei nem gritei. Fui direto do meu estado de dormência absoluta para uma onda de raiva incontrolável. Eu queria vingança. Eu queria que Christopher sofresse por ser um pervertido que não consegue se segurar dentro das calças. Já era péssimo me fazer passar por isso, mas o pior foi que eu realmente me senti mal por Angelique e pelo bebê. Imagine ter um bebê com um homem que não te assume publicamente, e que, além de tudo, está disposto a aparecer num evento super badalado com sua substituta.
“Eu não acho que foi uma boa idéia te arrumar toda para o trabalho hoje, e não acho que seja uma boa idéia você fazer nada para Christopher hoje à noite.” Anahi admitiu para mim, olhando para Dulce em busca de apoio.
Dulce a encarou impassivelmente, sem lhe dar qualquer sinal de encorajamento. Dul já havia tido seu coração partido numa grande desilusão antes e agora apenas Anahi , entre nós três, que tinha a sorte de jamais ter experimentado uma decepção.
“Por que diabos não, Annie? Você estava de acordo com isso hoje de manhã.”
Anahi hesitou, escondeu suas mãos debaixo do bumbum enquanto se remexia sobre o banquinho da cozinha. Ela parecia uma criança e eu quase pedi desculpas por ter sido meio estúpida com ela.
“Não é que eu pense que Christopher não merece. De acordo com o que você contou, ele merece, sim. Apesar de que eu ainda gostaria que vocês me escutassem e simplesmente conversasse com ele de uma vez... ele te ligou umas cinquenta vezes ontem à noite, afinal de contas. É que eu sei como você se sente muito atraída por ele, e eu sei que ele sabe disso, só não quero que você se envolva emocionalmente.”
Era exatamente por isso que eu precisava da tequila. Quando eu falei para Anahi me vestir como uma das personagens dos filmes adultos preferidos de Christopher , meu plano era ir para o trabalho de manhã, olhar para ele e dizer que eu não queria aquele corpinho para depois provoca-lo até que ele tivesse passado do estágio de bolas azuis ou roxas.
Christopher derrubou as minhas defesas, fez meu plano desmoronar, assim que pisou pra fora daquele elevador. Seus olhos verdes me encaravam com tanto clamor, tão cheios de paixão, nervosismo e determinação; eu vi um remorso e preocupação no seu rosto que me fizeram momentaneamente esquecer o motivo do meu ódio. Referir-se a mim como “amor” não ajudava também.
Quando me levantei da cadeira e ele olhou bem para a roupa que eu vestia, a paixão tomou conta, como um eclipse, abafando qualquer outra emoção no rosto de Christopher , e o corpo dele parecia automaticamente se inclinar na minha direção, se aproximar de mim, como se houvesse algum tipo de campo magnético gerando aquele impulso entre nós. Ver a preocupação nos olhos dele desaparecer trouxe de volta a minha determinação, e eu fui direto para o escritório dele, me ajeitei sobre a mesa para que Christopher tivesse o peepshow1 mais secreto de CDMX..
Eu esperava que ele entrasse na sala e me olhasse com anseio, talvez com uma careta por eu ser tão provocadora. Eu não esperava que ele praticamente corresse pelo espaço que nos separava para agarrar meu corpo junto do dele, movendo-se contra mim como um animal irracional. E eu certamente não esperava gostar da intensidade com a qual ele me desejava a ponto de me fazer mover o corpo involuntariamente com o dele. Cada vez que eu dizia “não te quero mais”, eu tentava soar cruel e fria, mas não conseguia, em absoluto, colocar freios no meu quadril. Eu o queria demais, há muito tempo.
Acabei concordando em ir para esse baile ridículo, sendo que antes de entrar na sala dele, eu não tinha a menor intenção de comparecer ao tal evento. Tentei despistar, flertando, e fazendo de conta que essa seria mais uma oportunidade de fazê-lo sofrer, e eu iria torturá-lo, mas na realidade, o que aconteceu foi que ouvi Christopher falando naquela voz calma, controlada, baixa, dizendo que eu fosse com ele no baile e eu não pude fazer outra coisa, senão concordar.
Então, pela primeira vez em todos esses anos de amizade, eu menti seriamente para as minhas melhores amigas.
“Eu não estou envolvida emocionalmente.” Blefei, lutando contra a vontade de cruzar meus dedos atrás das costas. “Eu só quero que ele sofra por ter me usado daquele jeito. Olho por olho e essa coisa toda. É a condição humana de vingança. Eu vou me manter nesse rumo, Annie.”
“Amém, Irmã Sufragista.” Dulce concordou, socando o ar com o punho fechado. Era em momentos assim que eu via como ela era perfeita para Christian.
Anahi mordeu o lábio, claramente discordando dos meus planos de vingança. Mas, novamente, Anahi nunca havia se apaixonado, ou sofrido uma desilusão, sendo deixada com a síndrome de Carrie-no-baile-do-colégio.
A batida de Christopher na porta do apartamento fez todas nós darmos um pulo, mas Anahi calmamente deu uma última checada na minha roupa e no meu cabelo antes que o atendêssemos. Eu estava com um vestido azul-marinho, cujo decote na frente até que era bem fechado, mas as costas ficavam completamente descobertas. Havia uma fenda que corria dos pés até a metade da coxa, e meu cabelo estava preso num coque elegante, deixando meu pescoço exposto.
Anahi abriu a porta para Christopher , muito felizmente, porque vê-lo vestido naquela perfeição, num tradicional smoking preto, de gravata borboleta, num traje completo, fez minhas calcinhas entrarem em combustão espontânea, e eu certamente precisei de um segundo para me recompor dessa visão. Ele tentou até pentear aquele cabelo, dar uma impressão de ordem nos fios, mas eles pareciam já estar se rebelando.
“Olá, Christopher .” Anahi falou suavemente, e eu podia imaginar a cara confusa e ansiosa dela só pelo seu tom de voz.
Doida para escapar de lá, eu passei bruscamente pelos dois na porta, apressando-me até o corredor, sem esperar por Christopher para entrar no elevador. Eu o ouvi murmurar um ríspido "olá, até mais" para Anahi , e em seguida pude sentir seu olhar queimando minha pele, subindo e descendo pela pele despida das minhas costas.
Putamerda, o decote de trás está pegando ele de jeito.
Eu o ouvi soltar um pigarro. "Você está..."
Bufei dramaticamente dando o primeiro passo para dentro do elevador, virando-me para ele com uma expressão de tédio. Isso ficava muito difícil quando tudo o que eu sentia era uma vontade insana de arrancar aquelas roupas dele sem deixar um vestígio... ou melhor, deixando a gravata borboleta para contar a história.
Hormônios estúpidos e traidores.
"Deixe-me adivinhar. Eu estou cem tipos diferentes de comível? Uma tentação ambulante? Sexo sobre duas pernas? Uma foda gostosa? Uma descida fácil?" - sugeri num tom que acompanhava minha expressão.
Christopher me encarou com braveza, e sua mão rapidamente agarrou meu pescoço. Ele não aplicava nenhuma pressão onde me tocava; de fato, ele estava massageando minha pele fazendo círculos com o dedão. Mas, era apenas uma clara demonstração de poder, especialmente porque meu pescoço parecia muito frágil e quebrável sob o peso de suas mãos largas.
"Eu aceito inteiramente que você sinta que eu mereça seu desprezo. Mas, você não pode, não deve e não vai falar de si mesma nesse tom desrespeitoso. Fui claro?" ele perguntou, como se estivesse me dando um aviso.
Eu senti uma pontada de constrangimento e vergonha, odiando que ele me fazia sentir dessa forma. Christopher havia se formado antecipadamente, feito faculdade mais cedo, e começado a carreira muito jovem. Eu senti cada milímetro da diferença entre nossos níveis de maturidade enquanto ele segurava meu pescoço, esperando por uma resposta.
"Como cristal." Falei delicadamente, jogando o sentimento de culpa para debaixo do tapete. Os dedos de Christopher escaparam da minha pele com visível relutância, e a auto-repugnância começou quando senti falta da mão dele em mim.
Ficamos em silêncio durante toda a descida, mesmo enquanto Christopher me auxiliou para entrar na limusine que nos aguardava no térreo. Foi somente quando ele já estava devidamente acomodado ao meu lado no banco do carro, tocando minha coxa com a sua, enquanto me esmagava num canto, que ele falou.
"E, para deixar registrado, você está linda."
Não falamos pelo resto do percurso até o evento, embora Christopher tenha me mantido presa ao seu lado enquanto atravessamos o mar de fotógrafos na porta do Museu.
Uma mão de Christopher ficou nas minhas costas, me guiando, mas quando ele tentou esticar o outro braço para segurar minha mão, eu lhe dei o olhar mais indignado que pude. De jeito nenhum que eu seguraria a mão dele na frente de todos aqueles fotógrafos.
Quando entramos no Museu, levamos meia-hora para passar por todos os convidados que se misturavam no grande hall. Afinal de contas, todo mundo queria ter um minuto de conversa com um dos "100 Homens mais influentes", segundo a revista Times. Acabou sendo uma feliz coincidência de eu ter acompanhado Christopher neste baile, porque boa parte dessas pessoas faria contato com nosso escritório nos próximos dias, querendo falar com Christopher , e agora eu poderia ao menos ligar rostos aos nomes e aos assuntos que lhes interessava.
Não tinha sequer cinco minutos que havíamos entrado e Christopher sentiu meu ímpeto de fugir de sua companhia, então ele deslizou a mão que estava nas minhas costas até chegar ao outro lado do meu quadril, me apertando um pouco mais contra o seu corpo. Era exatamente como eu havia me habituado a tê-lo me segurando, mas desta vez, a mão de Christopher estava sob o tecido do vestido. Eu me sentia ficando nervosa e excitada em resposta àqueles dedos gelados acariciando a minha pele.
"Tire sua mão de mim." Eu resmunguei, olhando automaticamente em volta para ver se alguém tinha notado. Minha resposta: todo mundo percebeu.
"Por que eu deveria? 'Porque você não me quer mais'? Me explica direitinho o motivo disso, e então talvez eu tiro minha mão daí." Christopher sussurrou para mim, me desafiando, enquanto se inclinava para baixo, beijando minha bochecha ao mesmo tempo em que uma câmera disparava um flash.
"Vai pro inferno, seu babaca presunçoso."
Christopher riu da minha rispidez.
"Acho que esta é a minha resposta. Então, claramente, isso significa que você não se incomoda com a minha mão no seu corpo, o que me leva a crer que também não vai se importar de deixar todo mundo aqui ciente de que você é minha. Agora, sorria bastante, minha querida, tem pessoas importantes se aproximando para dar um alô."
Então, pelo resto da noite, cada vez que alguém perguntava quem era aquela coisa linda ao lado dele, o bobão me apresentava como "sua Maite".
Já estávamos quase no final da sobremesa, e todos estavam se levantando para conversar com outras pessoas ou se arriscar na pista de dança. Foi aí que senti a mão de Christopher subindo das minhas costas até meu ombro, tentando chamar minha atenção. Eu havia passado a noite conversando com um casal sentado ao meu lado, ignorando Christopher porque eu estava brava demais, emotiva demais para conseguir efetivamente provoca-lo – e provar para mim mesma que eu estava certa sobre suas intenções.
Exatamente como Anahi havia temido.
A mão de Christopher se acomodou nas minhas costas, ficando ali durante todo o jantar, e eu sabia que ele fazia aquilo apenas para me lembrar que a única razão pela qual eu era permitida ignorá-lo era porque ele deixava.
Mas, quando ele tomou minha atenção, com a mão no meu ombro, não havia nenhuma confiança em seus trejeitos.
Christopher aguardou até que eu estivesse de frente para ele e perguntou, "Você se importaria de me acompanhar em uma dança?" Ele largou as próximas palavras como se estivesse tentando vender a idéia. "Só uma."
Seus ombros estavam curvados e ele franzia a testa olhando para a mesa, como se pudesse ler minha mente. Ver Christopher assim desapontado, antecipadamente rejeitado, me fazia querer puxá-lo da cadeira e apertar o filho-da-mãe num abraço. Tipo, que porra estava acontecendo comigo? Como Christopher ousava me fazer sentir desse jeito? Por que ele não simplesmente agia possessivamente e todo dominante sempre? Claro, isso me fazia querer cravar os dentes na fivela do cinto dele, mas pelo menos assim eu não me sentiria tão... culpada.
"Não há sequer uma pequena parte de mim que se daria ao trabalho de acompanhar você numa dança." Eu menti, embora realmente não houvesse uma parte pequena de mim. Era uma porção gigante do tamanho do Texas mesmo que queria me jogar nos braços dele e esquecer de todo o resto.
A angústia que parecia engolir o rosto de Christopher mudou rapidamente para raiva, e ele apertou meu ombro enquanto sussurrava.
"Diz pra mim o que aconteceu pra você ficar desse jeito... virar essa rainha do gelo... essa mulher amarga," Christopher replicou num impulso, "diga-me, por favor, e eu vou consertar o que quer que seja, Maite."
Minha mente travou tamanha era a indignação. Eu não ouvi nada depois do "mulher amarga", apesar de ver com bastante distinção os lábios de Christopher formando palavras depois disso. Fiquei mais aliviada ao ver que o casal sentado ao meu lado, muito desconfortável com a intensa bolha que eu e Christopher formamos, acabou se levantando para dançar. Só havia duas pessoas que permaneciam sentadas à nossa mesa, e eles estavam tão envolvidos em sua própria conversa que nem registravam a existência de Christopher e eu ali.
Ótimo. Porque isso significava que o suspiro de Christopher - quase um grito - que ele soltou quando eu deslizei minha mão pelas suas coxas passou completamente despercebido.
"Eu posso ser uma rainha gelada, mas isso não significa que eu não possa te fazer arder de calor."
Christopher POV
Oh, merda. Oh, merda. Oh, merda.
Por que eu não podia simplesmente ser educado? Eu já tinha tudo planejado antes de bater na porta do apartamento de Maite. Eu ia tratá-la como a princesa que ela é, enche-la de todo meu amor, carinho e afeição até que ela caísse de vez nos meus braços e me dissesse "oh, Christopher , eu te amo tanto, nunca vou querer ninguém além de você, faça amor comigo, seu absurdamente lindo homem."
Enquanto isso não era exatamente um plano realista, ainda assim, eu agiria de forma calma, e gentil, procuraria conversar a respeito de qualquer ressentimento que ela tivesse nutrido a meu respeito. Mas aquela aparência maravilhosa dela não fez nada para ajudar minha causa, a não ser colocar minhas partes baixas em estupor, o que acabava sendo sempre meu ponto fraco com essa mulher. Então, acabei agindo como um idiota controlador a noite toda.
No que eu estava aprendendo ser a típica moda de Maite Perroni, ela decidiu optar pela vingança mais deliciosa que um homem pode experimentar.
Elvis na fase pós-cheeseburgers.
Minha avó.
Christian correndo pelado no meu aniversário de dezoito anos.
A dívida internacional.
Tentei pensar em qualquer coisa, qualquer porra de coisa que me fizesse ficar flácido de novo e nenhuma merda dava certo. Eu já sentia minha virilha muito apertada dentro daquela calça formal demais enquanto Maite me estimulava.
Tudo o que meu corpo conseguia sentir era sua mão delicada esfregando o interior das minhas coxas, e tudo o que corria na minha mente era a imagem antecipada de como ela poderia simplesmente curvar seus dedos ao redor do que eu tanto queria. Eu ouvia minha respiração acelerar, e mesmo morrendo de vontade de olhar para ela, mantive meus olhos fechados, apertados, tentando afastar ou anular as sensações que ela criava em mim.
Ainda bem que a maioria das pessoas na nossa mesa tinha se levantado para dançar, porque se alguém tentasse puxar papo comigo agora, a única coisa que sairia dos meus lábios seria um soluço desesperado. O suor já se acumulava nas minhas têmporas, o meu coração batia de forma dolorosa no peito, e o aroma de Maite preenchia meu olfato, fazendo meu rosto corar.
O efeito do hálito quente dela sob meu ouvido foi um gemido quase reprimido meu, então Maite gargalhou baixinho, falando numa voz complacente, "bem, olha só isso... ele obedece ao comando. Bom garoto."
Contraí meus músculos do abdômen, tentando me impedir de ceder. Isso tudo era obviamente uma batalha de egos, e apesar de eu não compreender o que havia começado a guerra, eu sabia que não seria eu o primeiro a erguer a bandeira branca de rendição.
"Você não me controla a não ser que eu deixe, está lembrada?" – sibilei para ela, tentando soar determinado.
Mas, minha resolução oscilou ao escutá-la dizendo, "Isso é o que nós vamos ver."
A mão de Maite parou de me acariciar, indo sem cerimônias direto ao ponto matador. Ela ondulou os dedos ao redor de toda a minha extensão, facilmente encontrando o que procurava, sob o tecido das minhas calças, espremendo-se dentro do confinamento, e em seguida ela realmente começou a me empurrar, me estimular, esfregando a mão, forte e firme, deixando que suas unhas me arranhassem no ponto certo.
Comecei a erguer o quadril da cadeira, acelerando minha ereção muito rígida contra a mão firme de Maite, rezando até para o diabo para que eu estivesse sendo tão discreto quanto gostaria. O que essa guria tinha com esse lance de me fazer gozar em público?
E, mais importante ainda, o que eu tinha na cabeça para gostar tanto disso?
"Porra." Eu gemi sob o fôlego entrecortado, cedendo. Abri meus olhos e dei de cara com a expressão vitoriosa de Maite.
Eu podia ver o plano dela tilintando em seus olhos. O negócio era me deixar na beira do precipício, em desespero pelo tão esperado alívio. Eu sabia, sem sombra de dúvida, que ela me deixaria e iria embora então, talvez para sempre e todos os efeitos possíveis, se ela considerasse essa punição suficiente para qualquer que fosse o crime que ela pensava que eu tinha cometido.
"Vê isso?" Ela me perguntou numa voz doce, virando-se na cadeira para que sua outra mão – aquela que não estava na minha ereção – acariciasse minha coxa. "Isso bem aqui? Você me deixando eu te tocar aqui, agora? É porque você é egoísta," os dedos dela pressionaram a extremidade do meu membro, certamente sentindo o liquido que havia se formado ali, "mentiroso, pistoleiro, cafajeste sem moral, alguém que jamais vai me ter."
Eu entendia a guerra agora, mesmo estremecendo de desejo. Quanto mais perto eu chegava do clímax, mais perto ela chegava da vitória, provando qualquer má ação que na cabeça dela, eu tinha feito.
Se isso acontecesse, eu a perderia para sempre.
Apesar de ser a coisa mais difícil que fiz na vida, agarrei os pulsos de Maite bruscamente, afastando suas mãos de mim. Eu me sentia tão rígido e grosso e dolorosamente pronto para o ataque, que tive que morder a minha bochecha por dentro da boca, para que não gritasse de frustração.
Tirei minha camisa de dentro da calça cuidadosamente, praguejando cada vez que me toquei por distração, para que quando eu me levantasse, o tecido da camisa pudesse encobrir a evidência do meu tesão.
Maite me encarava, sem qualquer julgamento no olhar, apenas chocada por eu agir de forma indiferente às investidas dela. As suas mãos massageavam seus próprios punhos, vermelhos de quando a agarrei e eu prometi mentalmente a ela que quando estivéssemos sozinhos eu lhe cobriria de beijos e pedidos de desculpas.
Eu poderia – eu iria – derrubar qualquer animosidade que ela estivesse sentindo. Maite não descontaria sua raiva em mim usando as mãos para me deixar excitado se não estivesse atraída por mim. E se atração era o meio que eu tinha para ir em frente, então eu sabia aonde iríamos para a ter conversa que eu queria.
Eu precisava de um local que me desse algum tipo de vantagem.
Fiquei de pé, estremecendo da dor latejante na virilha e estendi minha mão para Maite. Ela me fitou com ódio e, acima de tudo, desejo, sem fazer qualquer esforço para se mover.
"Levante-se. Nós vamos para o meu apartamento."
Autor(a): Hemsworth45
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