Fanfic: His Personal Assistant (Uckerroni) | Tema: RBD,Maite Perroni, Christopher Uckermann
Maite POV
Assim como em todas as outras manhãs, eu tive que promover um debate interno comigo mesma antes do trabalho. Um tipo de incentivo, ou auto-afirmação.
Eu estava sentada na cabine do meu New civic, com um copo de café fervendo em uma mão, já estacionada na minha vaga do estacionamento na Corporação Internacional Uckermann, murmurando para mim mesma como uma verdadeira louca.
“Maite Perroni, você é sortuda de ter este emprego. Então, grandes coisas se seu chefe é sensual como o diabo em pessoa e não faz ideia que você existe. Contente-se com o fato de poder ao menos pagar o aluguel.”
Este era um argumento válido. Minhas amigas de infância, Dulce Maria Savinon e Anahí Portilla haviam escolhido um apartamento particularmente caro para nós todas dividirmos. Eu teria ficado feliz em morar sozinha, mas Anahi havia feito um pacto – aos cinco anos de idade – de morarmos juntas, um pacto muito sério. E quando Anahi levava algo a sério, ceder às vontades dela era a melhor opção.
Nós três tínhamos vinte anos, e enquanto as duas estavam em seus últimos anos de estudos, meu curso de administração exigia um ano de experiência – como um estágio – entre o segundo e o ultimo ano de faculdade. Minhas notas eram altas o suficiente para que eu conseguisse uma posição medíocre de secretária na Corporação Uckermann. Eu passei os dois primeiros meses de experiência lá como a terceira secretária de Christopher Uckermann, correndo de um lado para o outro, para pegar café para ele, buscar as roupas dele na lavanderia, e sem qualquer contato direto com os chefes, além de olhares ocasionais no corredor.
Enquanto isso podia ser suficiente para algumas pessoas, especialmente se considerar o generoso contracheque, me deixava frustrada saber que nada do que eu havia estudado era realmente colocado em uso. A empresa Uckermann estava passando por um período de transição do comando; o CEO, Victor Uckermann, estava deixando o cargo, dividindo as responsabilidades entre seus três filhos, Christopher,Christian e Alfonso. Com cada filho implementando novas estratégias de negócios, alterando equipes de alguns setores, e de uma forma geral trazendo a companhia para a idade moderna, eu sabia que podia ter um impacto maior do que fazer o café expresso duplo do Sr. Uckermann toda manhã.
Entretanto, qualquer idéia que eu dava para Natália Tellez , a segunda secretária de Christopher, era ignorada, então eu escolhi ignorá-la também. Instalei um programa para filtrar e-mails, contatos e cronogramas com extrema eficiência sem a permissão dela.
Não é preciso dizer que Natalia levou todo o crédito por isso, mas quando houve um problema com os computadores, e a primeira secretária, Angelique, pediu auxílio para Natalia reinstalar o programa, a verdade apareceu. Não demorou muito até que Natália fosse despachada para o décimo andar, e Angelique e eu nos tornamos um time.
Ela fazia todo contato pessoal com Christopher, e eu passava meu tempo mexendo nos sistemas e organizando as informações. Ao fim de mais um mês, eu havia aumentado a produtividade do escritório em 45% e Angelique estava em seu terceiro trimestre de gravidez, pronta para tirar sua licença maternidade.
Quando descobri que ela não somente havia dado a sugestão para Christopher de que eu ficasse no seu lugar, como a secretária principal dele sem me avisar antes, e que ele havia “concordado prontamente”, eu cuspi café por cima de toda a minha mesa.
E agora, sentada dentro do meu civic depois de 4 meses trabalhando para os Uckermann's, um mês depois de ter me tornado a secretária de Christopher Uckermann, e duas horas depois de ter um sonho vívido do meu chefe me imobilizando sobre a cama onde ele planejava tirar minha virgindade, eu sabia que estava encrencada.
Eu passava o dia todo como uma sombra dele, não apenas pelo fato de que ele era lindo, mas também muito inteligente – o homem tinha vinte e quatro anos, se formou três anos antes do normal e já era mais do que capaz de comandar uma companhia de um bilhão de dólares – e até onde eu podia dizer, era extremamente justo e educado.
Mas, minha paixonite era ainda pior porque, claramente, não era requisitada por ele. Christopher nunca havia me tratado com nada além de formalidades profissionais. Ele era um chefe justo, porém, exigente, e apesar de jogar um pouco de conversa fora, sempre mantinha o assunto dentro dos parâmetros profissionais.
Minha conversa íntima de como eu era sortuda por ter um emprego já havia escapado da mente, e eu bati minha testa contra o volante do civic em desespero. Isso não ajudava em nada, claro, exceto agora eu tinha quase certeza de que teria uma bela dor de cabeça. Aparentemente, nem de ficar brava de modo apropriado, eu era capaz.
“Patética”, eu repetia para mim mesma, acomodando minha testa dolorida entre as mãos. E como que para provar meus argumentos, ouvi uma batida na janela do carro.
“Srta. Perroni?” A voz aveludada de Christopher parecia preocupada, possivelmente se perguntando por que eu estava curvada feito uma idiota com as mãos na cabeça.
Mais um dia perfeito começando perfeitamente.
Endireitei minha postura e pude vê-lo usado um terno marinho, um camisa imaculadamente branca sob a gravata vermelho-sangue, enquanto ele franzia a testa, ainda que polidamente, numa expressão confusa.
E sensual como o diabo, não esqueça disso, Maite.– lembrei a mim mesma sarcasticamente. Como se fosse possível esquecer. Ele estava apoiado em seu Volvo, na sua vaga do estacionamento, exatamente ao lado da minha, com uma pasta muito elegante em uma das mãos.
Só mais uma demonstração de como Christopher era o chefe perfeito – ele havia distribuído as vagas do estacionamento ao lado da dele assim como o uso de seu elevador privativo, para mim e minha assistente – a segunda secretária -, baseado na lógica de que nós passamos a maior parte do tempo organizando o escritório dele.
Eu rapidamente peguei meu café e minha pasta em uma mão, movendo a outra para abrir a porta. Christopher já estava nisso antes que eu pudesse pensar, abrindo a porta para mim. Eu me contorci internamente pelo ranger da lataria, mas sorri timidamente para ele.
“Obrigada, Sr. Uckermann.”
Ele sorriu abertamente em resposta, embora de que jeito ele conseguia ser tão alegre às 6:45h da manhã – não apenas hoje, mas em todas as manhãs – era algo além da minha compreensão; em seguida, ele esperou que eu o acompanhasse até o elevador. Christopher caminhou mantendo um metro de distância entre nós, e o único som que havia era dos meus saltos sobre o concreto até que chegamos ao elevador.
“Há algo de errado com... a sua cabeça?” Ele perguntou educadamente, enquanto apertava o botão que nos levaria ao último andar do edifício, olhando-me sorrateiramente pelo reflexo das portas do elevador.
Esse era o modo como ele sempre olhava para mim – educadamente, sorrateiramente, suavemente e indiferente. Não era à toa que meu subconsciente conjeturava um Christopher possessivo e dominador nos meus sonhos – porque a idéia dele me olhar com algo mais do que esse tom distante e profissional nos seus olhos verdes seria um verdadeiro milagre.
Eu corei ao pensar no meu sonho, grata por ele presumir que era uma reação à pergunta dele, e rapidamente formulei uma resposta. “Não, não, é só assim que eu fico mesmo antes de tomar minha dose diária de cafeína.”
“Hmm, bom, eu imagino que haja substâncias mais fortes para se viciar do que cafeína,” ele respondeu, num tom tão contemplativo que eu não pude evitar soltar um gracejo.
“Claro,” concordei, enquanto entrávamos no escritório, “isso é o que o meu fornecedor me diz.”
A estupidez da minha piada me fez contorcer por dentro, mas eu podia jurar que o vi resfolegar atrás de mim.
Autor(a): Hemsworth45
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Maite POV “srta. Perroni, poderia dar uma chegadinha aqui, por favor?” A voz suave de Christopher percorreu o interfone e eu podia ouvir a braveza em seu tom, normalmente brando. Quando eu entrei no seu escritório, tive que apertar os olhos contra a luminosidade que invadia a sala através de grandes janelas de vidro, atrás d ...
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