Fanfics Brasil - manhã seguinte His Personal Assistant (Uckerroni)

Fanfic: His Personal Assistant (Uckerroni) | Tema: RBD,Maite Perroni, Christopher Uckermann


Capítulo: manhã seguinte

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Christopher POV


 


Repeti as palavras dela na minha cabeça sem parar, o epítome de um disco arranhado. Eu dificilmente me arrependeria de ter ficado de joelhos para fazê-la sentir prazer – e me satisfazendo também por tabela – mas, sempre me arrependeria de não ver o rosto dela enquanto murmurava aquela frase maravilhosa para mim.


Senti cada músculo do meu corpo ficar tenso quando aquelas palavras escaparam dos lábios de Maite. A alegria foi tão demasiada que por um segundo eu não consegui respirar, não consegui pensar, não pude fazer nada a não ser sentir o coração tremulando sob o meu peito.


Uma vez que me tornei capaz de colocar aquela alegria exultante sob controle, eu tinha toda a intenção do mundo de ficar de pé e confessar que não apenas a desejava – ao extremo – desde o primeiro momento em que a vi, mas também queria contar como havia me apaixonado por ela com a mesma rapidez, e que soube, irrevogavelmente, que jamais seria feliz amando outra pessoa que não fosse ela, ou casando com outra mulher, ou tendo qualquer outra carregando os meus filhos na barriga.


Maite soltou um riso nervoso, trêmulo, e deslizou o corpo pela parede na frente da minha figura imóvel. Ela correu uma mão vacilante pelos próprios cabelos enquanto eu me ajoelhava numa posição de pura súplica à sua frente. Eu nunca havia sido tão dela quanto naquele momento, e ela nem sabia disso.


A expressão de Maite era provavelmente tão inebriada quanto a minha, devido à quantidade copiosa de álcool que ambos consumimos nas últimas horas. Sem mencionar o orgasmo que eu havia acabado de proporcionar a ela, pensei orgulhosamente.


Estendi as mãos para pressionar meus dedos em torno da clavícula delicada dela, pronto para confessar meu amor eterno, imortal, fodamente épico por aquela mulher, quando o mundo real caiu abruptamente sobre os meus ombros.


“Ah, eu estou tãão bêbada.” Maite riu, num tom que beirava o nervosismo, sem me encarar nos olhos enquanto mexia nos cabelos. “A culpa é inteirinha de Poncho, ele foi o causador disso tudo.”


Minha cabeça despencou sobre o ombro dela, me aproximando daquele aroma vicioso, enquanto senti um espasmo apertado e doloroso no peito. Era uma martelada forte sobre a minha esperança.


Claro que ela estava bêbada. Eu sentei lá ao lado dela, vendo Alfonso servir um drinque após o outro no copo de Maite, assim como todos nós estivemos bebendo durante a noite toda. E, além disso, como é que eu poderia levar a sério uma declaração de amor feita durante um orgasmo? Quantas vezes eu mesmo tinha gargalhado de histórias de amigos no colegial ou na faculdade que disseram algo sem intenção no calor do momento? Eu não mais me sentia orgulhoso, isso era certo.


“Estou nas mesmas condições.” Admiti ainda incapaz de tirar meus olhos da linha do pescoço dela. Envolvi meus braços em torno dos ombros de Maite, puxando-a para o meu peito, como uma forma de me assegurar de, no mínimo, ter a presença física dela. Ela derreteu sob meu toque, sem demonstrar qualquer resistência, se encaixando perfeitamente como eu sempre soube que ela ficaria ao meu lado.


A perfeição e certeza disso tudo me aniquilava por dentro. Será que eu deveria simplesmente admitir que a amava, e que se danassem as consequências que viriam com a manhã? Será que ela levaria minha declaração a sério quando ela própria tinha acabado de dizer que me amava, porém completamente bêbada?


Maite involuntariamente respondeu minhas perguntas silenciosas para mim.


“Não vou me lembrar de absolutamente nada pela manhã,” ela riu, com a voz abafada contra a minha camisa, “então, você vai ter que me lembrar que te devo por essa coisa fodástica que acabou de fazer comigo.”


“Vou abrir uma conta,” prometi mantendo um tom leve, enquanto tomava um resfolego cheio do aroma dela enquanto me inclinava para trás.


Maite curvou-se para frente antes que eu pudesse pegar ao menos um relance de seus olhos naquele corredor escurecido, e esperou até que meu lábio superior estivesse entre os seus para murmurar, “e eu vou me certificar de acertar essa dívida... com juros.”


Ela sugou meu lábio com sua boca, roçando a língua em mim num movimento muito sensual que fazia minha mente dar rodopios. Eu me senti – mal – pelos pensamentos pecaminosos que varreram automaticamente minha cabeça, considerando que eu sentia muito mais por ela do que essa simples necessidade carnal. Mas quando os dentes de Maite morderam meu lábio superior ainda capturado na sua boca, eu não pude evitar um gemido baixo que reverberou pelo meu peito, ou o modo como me espremi contra o corpo dela, ou ainda a maneira suave que inclinei a cabeça de Maite para invadi-la com a minha língua.


Ela me deixou dominar o beijo por alguns segundos até que finalmente atacou os meus cabelos, fechando seus punhos na minha nuca, puxando firmemente, enquanto sua língua empurrava a minha, explorando minha boca de forma devastadora.


Gemi ainda preso naquela boca, querendo-a, amando-a com tanto fervor, enquanto simultaneamente percebi a fúria de seu beijo. Ainda era a coisa mais passional e incrível, como sempre, mas eu podia sentir a mudança no comportamento dela em relação aos nossos beijos anteriores.


“Maite,” arfei, enquanto me afastava para poder respirar. Rocei o queixo dela com a ponta do meu nariz, tencionando focar minhas atenções na curva do seu pescoço, gracioso como o de um cisne, enquanto ela também ofegava, mas fui impedido. Senti as mãos de Maite tomando conta de tufos do meu cabelo de novo, meus olhos reviraram automaticamente, e ela começou a beijar meu pescoço.


Não, ok, certo, pra ser honesto, ela estava atacando minha jugular, sugando e mordendo minha pele como se quisesse beber meu sangue. Minha virilha se contorcia de modo doloroso agora e eu estava surpreso por minha ereção não ter rasgado a barreira formada pelo meu jeans a essa altura. Tentei raciocinar, tentei ligar a raiva dela com suas motivações, mas então a boca de Maite violava a minha mais uma vez e eu me perdi totalmente.


Nós teríamos ficado lá, ajoelhados de frente um para o outro eternamente, se meu celular não tivesse vibrado no bolso da calça. E eu realmente não precisava de nada vibrando nesse momento...


Interrompi nosso beijo ao atender o telefone. A música alta indicava que era alguém do nosso grupo, antes mesmo de eu poder ouvir a voz retumbante de Christian pelo fone.


“Sai de cima da Maite, maninho! Belinda irritou todos nós então, estamos indo para casa!”


Christian deu uma carona em suas costas para Maite até o carro, e Anahi se aninhou ao lado dela no banco de trás durante o trajeto até em casa. Àquela altura, eu já estava recuperando quase completamente minha sobriedade e fiquei grato pela distância física de Maite – ou tão feliz quanto eu poderia ficar por não tocá-la – já que isso me permitia alguns momentos de lucidez.


Maite obviamente não fazia idéia da profundidade dos meus sentimentos por ela.


Como ela podia pensar, em momento algum, que eu preferiria Belinda ao invés dela?


Qualquer uma ao invés dela? Passei os últimos meses disposto a vender minha alma se tivesse a chance de superar minha fixação por ela, e nada do que fiz funcionou, nenhuma distancia que eu lutei para manter, nenhum tom de hostilidade que eu apresentava com relação a ela. Quando a beijei pela primeira vez, eu estava cedendo, desistindo, admitindo que minha alma não me pertencia mais; era dela.


Quando sentamos juntos hoje à noite, fiquei tão contente simplesmente porque estava com Maite, aquecido em seus braços frágeis. Quem se importava se Belinda, uma garota de quem eu não lembrava há anos, estava conversando comigo; eu podia estar ouvindo Stuart Little se queixando nas minhas orelhas que ainda assim estaria perfeitamente feliz no abraço da minha Maite.


Vê-la dançando com um estranho, ver as mãos de outro homem nos quadris dela, em volta da sua cintura fina me fez perceber que eu jamais seria capaz de abrir mão dela. Eu já tinha brincado comigo mesmo sobre isso antes, mas a realidade realmente tomou forma ali, naquele instante. Era quase libertador.


Eu jamais deixaria Maite escapar. Era definitivo para mim.


Observei enquanto ela fechava seus olhos e corria suas mãos pelo cabelo de Anahi no banco de trás do Jeep, como se fosse uma mãe confortando sua filha.


De agora em diante, eu faria as coisas do jeito correto. Chega de erros. Eu tocaria no assunto amanhã para ver se ela se sentia confortável em ser oficialmente a minha namorada. Eu já sabia que Maite gostava de mim, que ela confiava em mim agora que superamos aqueles últimos dias, e que se sentia atraída por mim. Eu usaria tudo que me favorecesse. Endeusaria o corpo dela até que ela suplicasse a porra do meu nome em lamúrias.


Quando chegamos em casa, Anahi, Maite e Alfonso – que bebeu mais que todos nós juntos – estavam adormecidos. Christian e eu tivemos que levar Alfonso pra cima, enquanto Dulce ria de como estávamos ridículos com nosso irmão esparramado entre nós dois. Anahi foi facilmente carregada por Chris, e logo restou apenas Maite, piscando sonolenta enquanto eu a acomodava em meus braços.


"Eu devo pagar aquele favor agora?" Maite perguntou, sorrindo para mim enquanto eu abria a porta do meu quarto com o ombro. Revirei os olhos, porque sério, ela estava tão bêbada que não conseguia nem ficar sobre os dois pés e queria me pagar o tal favor que na verdade não me devia? Havia sido tão prazeroso pra mim quanto para ela.


"Vamos apenas te colocar pra dormir, am..." me interrompi aí, incapaz de chamá-la assim até que ela percebesse que era de verdade, e não somente algum apelido bobo. Liguei a luminária ao lado da cabeceira e me virei para a cama com Maite ainda em meus braços; um sorriso torto brincava nos meus lábios ao perceber que era a segunda noite seguida que eu colocava Maite na minha cama sem realmente dormir ao lado dela.


Os seus braços envolveram meu pescoço enquanto eu tentava faze-la se deitar, e ela começou a me beijar suavemente com pequenos selinhos por todo meu rosto e pescoço – ainda com certa medida de mordidas provocantes – que me envergonho de dizer que me excitavam ferozmente.


"Vai se juntar a mim, Sr. Uckermann?" Fodeu. Não me chame assim. Meu autocontrole perto dela era tênue na melhor das hipóteses, imagine agora, quando meu anjo tentava me puxar pra cima dela sobre a cama.


"Anjo, eu não acho que seja uma boa idéia." Não havia jeito de eu subir naquela cama com ela agora. Se eu fizesse isso, Maite permaneceria pura por outros dois, talvez três minutos.


Ela soltou seus braços do meu pescoço, fazendo um biquinho adorável enquanto revirava os olhos para minha recusa. "Você não é nada divertido..." provocou.


Desci pelo corpo dela e removi seus sapatos; em seguida puxei a manta e os lençóis cobrindo-a até o pescoço. Eu teria tirado o vestido também, mas não havia autocontrole suficiente no momento para isso. Tocar a pele nua de Maite agora seria demais.


"Já volto, Maite." Falei, embora ela mordia um de seus lábios por estar obviamente perdida em seus próprios devaneios.


Peguei duas aspirinas e um copo de água do meu banheiro como uma medida preventiva da ressaca intensa que ela teria pela manhã.


Quando voltei para o quarto, apesar de não ter se passado muito tempo, Maite tinha dado um jeito de chutar os lençóis e a manta para os pés, e arrancou o vestido do corpo; agora, ela estava deitada de costas com nada cobrindo sua pele além de uma calcinha minúscula. Estaquei na porta do banheiro, segurando o copo firmemente em uma mão, enquanto o tesão corria por mim com forças renovadas.


"O vestido estava incomodando," Maite murmurou, percebendo minha presença. "Agora, você vai ficar aí parado olhando para mim?"


Limpei a garganta com um pigarro, e me forcei a ficar calmo até estar sentado na ponta do colchão. Maite virou de lado para me contemplar, fazendo seus seios se espremerem deliciosamente, lembrando-me de como haviam ficado com meu membro aninhado entre eles.


Pare de ficar pensando nisso, Christopher , eu dizia para mim mesmo pela centésima vez desde a tarde de hoje. Já havia sido difícil o bastante ter passado a noite com a minha língua grudada naquela pele de sabor incrível; ela provavelmente me achava um Neandertal.


"May, tome esses comprimidos, por favor, querida? Vai te ajudar com a dor de cabeça amanhã." Estendi minha mão para ela com o remédio enquanto Maite observava meu rosto sob o foco da luz da cabeceira da cama.


Enfim, ela se aproximou e passou a língua achatada sobre a minha palma, engolindo os comprimidos. Eu estremeci com a sensação da língua quente e molhada dela, me amaldiçoando por ser tão bruto. Maite tomou um gole da água enquanto eu segurei o copo nos lábios dela.


"Hmm, você tem um sabor gostoso." Ela murmurou para mim, e essa foi minha deixa para ficar de pé antes que eu pulasse em cima dela.


Puxei as cobertas de volta, enquanto me torturei roubando uma olhadela no tecido entre as pernas de Maite, sentindo um ciúme irracional pelo simples fato de que aquela peca ínfima de roupa a apalpava de modo tão pessoal.


"... Noite, Christopher ," ela pronunciou docemente, enquanto eu caminhava até a porta.


"Boa noite, anjo."


Eu te amo.


 


MAITE POV


No minuto em que rolei na cama e abri meus olhos, senti como se houvesse um filho da mãe em miniatura martelando meu cérebro. Fechei os olhos novamente contra aquelas pontadas doloridas, e depois de alguns instantes o tormento pareceu cessar gradativamente e eu fui capaz de abrir minhas pálpebras mais uma vez. Eu estava deitada de lado na cama de Christopher , de frente para o criado-mudo onde havia um relógio digital iluminando as horas para mim: 11:45 da manhã. Merda. Nosso vôo para casa partiria em três horas.


Mesmo enquanto eu sentia a chegada abrupta do pânico por estar atrasada para o avião e o constrangimento de ter dormido até tão tarde, uma memória muito pior e mais assustadora invadia meus pensamentos. Era uma daquelas lembranças tão embaraçosas, tão mortificantes que chegava a ter um efeito físico no presente.


Meu coração acelerou de forma desigual, minha cabeça martelava agora sob um novo prisma, e eu podia sentir todo meu corpo rapidamente ser entornado por um rubor de humilhação.


Céus, eu te amo, Christopher .


Eu realmente tinha falado aquilo. Enquanto ele lambia as minhas coxas, depois de ter me feito gozar num corredor escuro e úmido. O que eu tinha na cabeça?


Christopher tinha me beijado tipo ontem e eu já estava declarando a porra do meu amor pro cara? Por que eu não simplesmente apareço na casa dele com uma muda de samambaia e uma foto manipulada de como nossos filhos vão se parecer um dia?!


Graças a Deus que consegui salvar de alguma forma a noite de ontem usando a desculpa do estou tão bêbada que não faço idéia do que estou falando, e lançando a cartada extra, provavelmente não vou lembrar de nada disso pela manhã.


Mas, sério, eu tinha que superar essa merda. Tinha que me manter numa boa, me manter calma e rezar na esperança de não ter assustado Christopher com as minhas palavras. Nós dois ficamos muito bêbados, eu presumo. Pessoas de porre falam coisas estúpidas uma vez ou outra, não é mesmo? Eu esperava que ele não pensasse que eu fosse tão extremista assim, que eu era uma dessas garotas que usam, sem qualquer cuidado, frases como "eu te amo", sem ter um verdadeiro significado por trás delas. Mas entre Christopher me achar uma perseguidora doida, e uma bêbada idiota, eu escolhia a opção dois, sem pestanejar.


Contemplei essa idéia enquanto tomava banho, incapaz de sequer considerar a possibilidade de encarar as pessoas enquanto ainda cheirava igual ao fundo de uma lixeira e parecia o traseiro de um cavalo. Eu estava confiante de conseguir manter minha postura frente a essa situação de ontem à noite, ou no mínimo acrescentar esse assunto à pilha de conversas que nós estávamos aparentemente evitando.


Coisas do tipo, oh, hey, eu meio que falei para as minhas duas amigas que você é o pai do bebê de Angelique, e agora tenho que dar uma explicação para as duas do porque não te odeio mais com todas as minhas forças. Mas, espera, elas acontecem de estar namorando os seus irmãos, que não fazem idéia que o verdadeiro pai da criança é o Papai V.


Só umas coisinhas triviais desse nível.


Eu joguei por cima do corpo um robe preto de seda – que trouxe comigo na mala – logo que saí do banheiro enquanto secava meu cabelo com uma toalha em movimentos bruscos.


Choquei-me instantaneamente à forma rígida do corpo de Christopher , contente pelo meu cabelo e toalha bloquearem a imagem do meu rosto. Um rubor imediato tomou conta da minha face, porque aparentemente a confiança que eu estava sentindo com relação ao que houve ontem à noite não reagia apropriadamente nas minhas bochechas rebeldes.


"Calma aí," a boca dele pronunciou sob meu ouvido, enquanto seus braços automaticamente me envolviam para nos equilibrar, "não queremos que você fique sem algum pedaço."


Christopher tomou a toalha das minhas mãos e a substituiu por uma sacola marrom do McDonalds. Ele parou por um instante com o nariz sufocado entre os fios do meu cabelo úmido, antes de se afastar.


"Sério mesmo?" – perguntei incrédula, virando-me para observá-lo enquanto Christopher pegava os travesseiros da cama e os jogava no chão em frente ao sofá. "Eu não teria imaginado que a família Uckermann era chegada num fast food."


Christopher sentou no sofá, e apontou para os travesseiros aos seus pés, indicando para que eu sentasse. "O que você tem nessa sua mão pequeninha e quente, senhorita," ele me falou, em sua melhor voz austera, "é a cura para ressaca, aprovada pelos Uckermann. Coca com muito gelo do McDonalds e fritas grandes. Acredite em mim; eu já fiz a entrega de outros desse aqui para o casal em sofrimento logo ao lado, e para minha mãe arrependida. Agora, sente-se, por favor."


Obedientemente sentei no chão com as costas para Christopher , ouvindo-o gemer quando meu robe se abriu na frente do meu corpo, expondo minhas pernas completamente. Eu as esfreguei uma conta outra ligeiramente para o proveito dele.


"O casal em sofrimento?" – indaguei, enquanto Christopher começou a secar meu cabelo gentilmente com a toalha. Aparentemente nós iríamos evitar qualquer conversa sobre ontem à noite, pelo que eu estava eternamente grata.


"Anahi e Alfonso. Poncho tomou o equivalente à sua massa corpórea em Vodka e eu me arrisco a dizer que Anahi está de ressaca pelo simples fato de ser tão absurdamente pequena." Ele pegava punhados específicos de um lado do cabelo e passava a toalha, de forma tão suave e com tanto carinho que eu engoli seco algumas vezes, sentindo um caroço se formando na minha garganta.


"Você presumiu certo," eu falei enfim, depois de um gole de Coca. Minha mão livre distraidamente começou a acariciar o tornozelo de Christopher , mesmo por cima do jeans, e eu o senti suspirar e beijar o topo da minha cabeça antes de voltar suas atenções ao meu cabelo.


"Então, eu falei com a minha mãe hoje de manhã." Ele falou abruptamente, depois um silencio confortável. "Ela provavelmente não vai descer do quarto para se despedir, já que reage à bebida tão bem quanto Anahi e Poncho juntos."


"É justo." Eu concordei, perguntando-me onde essa conversa ia, enquanto apreciava os efeitos da geniosa cura para ressaca.


"Você provavelmente viu as erguidas de sobrancelha que ela ficou me dando ontem." Ele falou, muito casualmente. Eu teria que estar cega para não enxergar os olhares significativos que Christopher recebia cada vez que me tocava, então assenti contra os movimentos da toalha no meu cabelo. "Ela ficou chocada porque eu nunca trouxe uma namorada para casa para conhecê-la, apesar da circunstancia fora do comum."


Eu sabia que ele podia me sentir ficando tensa, e sob meu toque em seu tornozelo eu também senti Christopher se contrair, provavelmente esperando pela minha reação. Namorada. Ele não pensa em mim como uma doida varrida e perseguidora. Ele me quer. Eu me acalmei, relaxando meus ombros tensos enquanto as mãos de Christopher cautelosamente voltaram a massagear meus cabelos.


"Mas, ela não me odeia por eu ter pensado coisas tão ruins a respeito do seu filho mais novo quando chegamos aqui? Ou talvez ela pense que eu seja um babuíno, depois da nossa discussão sobre o Titanic ontem à noite?" – perguntei, usando o mesmo tom casual de Christopher .


"De jeito nenhum, aliás, você saber da situação com a Angelique acabou levando-a a tomar alguns passos. Ela e Victor vão ter que abrir o jogo para Chris e Poncho logo. E, além disso, ela quer jantar conosco e Victor quando estiver na cidade, para se entender com ele e sondar a posição dele sobre essa situação toda." Ele terminou de secar meu cabelo e corria seus dedos pelas ondas sedosas, como se fosse uma escova.


Eu ignorei as implicações do quão horrível uma noite assim seria; e me foquei no fato de que a mãe de Christopher não queria meu fígado frito. O que era uma idéia realmente nojenta, pensando bem.


"Agora, ela está só esperando você se mudar para o meu apartamento para poder começar a redecorar o lugar." Christopher falou, em sua voz casual demais.


Eu ri automaticamente e ignorei o arrepio que minha imaginação produziu à idéia dele me insinuar na sua vida daquela forma. À idéia de acordar todas as manhãs com Christopher , adormecer em seus braços.


Ok.


Tudo bem.


Que se foda.


Eu estava imaginando a bunda dele pelada no chuveiro toda manhã.


"Céus," falei enfim, "ela está indo rápido."


Em resposta, Christopher deslizou do sofá de tal forma que agora eu estava entre as suas pernas; uma de suas mãos voltou a brincar com o meu cabelo, enquanto a outra massageava minha coxa de modo possessivo.


"Talvez." Ele concordou, depois de se fazer confortável atrás de mim. "Mas, eu avisei para ela que nós tínhamos que fazer alguns testes, sabe, para manter as coisas em ordem e tudo o mais."


"Você falou, é?" – eu suspirei, me inclinando para trás, agora mais confortável contra o peito de Christopher , enquanto levava à sua boca algumas batatas fritas por cima do meu ombro. E, fala sério, um homem mordendo um punhado de batatas deveria ser uma visão assim erótica? "E no que consistiriam esses testes?"


A mão dele começou a percorrer o lado de dentro da minha coxa, mal tocando nas minhas pernas a cada passada. Fazendo-me ter certeza de que eu desejaria abolir o uso de calcinhas pelo resto da minha vida.


"Oh, você sabe. Ficar nua na minha jacuzzi enquanto eu violo seu corpo até você ficar sem os sentidos; ficar nua no meu chuveiro enquanto eu arrebato seu corpo até ficar sem sentidos; ficar nua no tapete em frente à minha lareira enquanto eu possuo seu corpo até você não ter mais sentidos..."


"Então, o que eu estou compreendendo é que possivelmente vai haver algum tipo de nudez envolvida?" – perguntei loquaz, porque era escolher entre falar bonito ou gritar histericamente de felicidade, por finalmente ter esse homem por inteiro.


Christopher riu gravemente e virou sua cabeça para que pudesse me dar aquele beijo na ponta do nariz, sua marca registrada. Meu coração falhou uma batida; assim como das outras vezes que ele fez esse gesto carinhoso.


"Querida," ele respondeu, articulando as palavras tão bem quanto eu, "acho que talvez eu coloque em prática uma política de deixe suas calcinhas na entrada no que diz respeito a você."


"Quando começamos?" – questionei, fitando-o em tom de desafio por cima do ombro.


"O que você vai fazer amanhã à noite?" – Christopher replicou de imediato.


Eu me aproximei, até que minha boca estivesse encostada em seu ouvido, e sussurrei na voz mais rouca que consegui, "pelo jeito, vou estar nua enquanto você possui meu corpo até eu não sentir mais nada..."


Se o gemido de Christopher era qualquer indicador do que iria acontecer, amanhã à noite nós finalmente marcaríamos um gol de placa.


Oh, yes.


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 



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Autor(a): Hemsworth45

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