Fanfic: His Personal Assistant (Uckerroni) | Tema: RBD,Maite Perroni, Christopher Uckermann
Ok, então... que os jogos comecem.
Só espero que Christopher não se importe em ter os olhos vendados.
CHRISTOPHER POV
Eu estava de ressaca. Parecia que havia um exército dentro da minha cabeça, marchando e brandindo espadas e me enlouquecendo.
Antes mesmo que eu tentasse abrir meus olhos inchados, passei uns bons dez minutos analisando por que o exército na minha cabeça tinha espadas ao invés de armas. Finalmente cheguei à conclusão de que eles eram um tipo antiquado de guerreiros Espartanos, então não tinham descoberto ainda o poder das armas de fogo e essas coisas.
Os dez minutos depois disso eu gastei defendendo minha sexualidade, quando uma parte do meu cérebro se perguntou por que a primeira coisa que eu pensei quando acordei foi em um bando de caras usando saias... Meu argumento inicial foi de que além dos últimos dez minutos, eu havia dormido e sonhado com os seios de Maite. Ou os lábios. Ou suas regiões inferiores. E meu argumento final foi de que eu havia passado toda a noite pensando nela, também.
Uma vez que eu tinha dado a causa ganha para mim mesmo, me levantei do chão (eu tinha plena certeza de que havia apagado no sofá, mas aparentemente rolei de lá em algum momento) e marchei até o chuveiro, todo o tempo contemplando como eu iria manter minha Maite como... bem, como minha.
A clareza nos pensamentos provocada pelo tempo, pela generosa dose de licor e pela raiva da Maite no telefone noite passada, me fez perceber que talvez eu tenha exagerado um pouquinho ontem. Ou tenha sido passivo demais; depende do ponto de vista.
O que eu deveria ter feito era ter dado a Maite um falso sorriso animado, felicitando-a pela viagem, e então abraçá-la daquela forma bem clichê, tipo levantá-la-do-chão-e-girar-sem-parar. E só então eu poderia passar os 28 dias seguintes convencendo-a de que ela não conseguiria viver sem mim.
Mas ao invés de ter feito isso, eu a deixei toda quente e fogosa (só a lembrança já me deixava quente e fogoso também) e simplesmente a abandonei no meu escritório como um verdadeiro menino mau. Tudo o que estava faltando era o bigode cômico de vilão e aquela maldita gargalhada nefasta.
Saí do meu banho quente e dei uma boa olhada em mim mesmo através do espelho embaçado. O homem que me encarava de volta parecia que tinha ido ao Inferno e retornado. Havia uma sombra em meu maxilar trincado, minha pele estava pálida e pegajosa, isso sem falar nas olheiras roxas sob meus olhos, que estavam injetados.
Aquilo era loucura. Eu tinha amado Maite por muito tempo, por meses, mas sempre me mantive distante para não me magoar. Agora eu finalmente compreendia o que Christian queria dizer quando falava sobre a minha "epicamente dramática reação exagerada" às coisas. Quando cheguei em casa ontem depois que a Maite deixou o escritório sem mim, rumei diretamente para a biblioteca (meu porto seguro) com uma garrafa de uísque de malte e um beicinho tremendo.
É sério. Um homem com seus vinte e quatro anos, valendo bilhões de dólares, sentado em seu apartamento chique com vista para o Central Park, entornando um uísque de 600 pratas e com a merda do lábio tremendo. Eu não chorava desde que tinha sete anos, quando minha mãe e Victor saíram de viagem um final de semana e Christian me convenceu de que eles não voltariam mais pra casa. Imbecil.
Apenas o pensamento de Maite partindo dentro de um mês me fez cair em um estupor miserável. Então, quando ela me ligou, foi como se alguém tivesse me dado uma sobrevida na última hora. Até aquele momento eu estava tão desesperado para ouvir a sua voz, para me desculpar e implorar, que parecia que ela estava respondendo à minha prece silenciosa.
Enquanto me barbeava – me cortando pela primeira vez em anos, culpa dos pensamentos que me distraíam e da mente atrofiada pelo álcool –, tracei um plano de ação. Nas últimas semanas eu havia feito tantas resoluções em relação à Maite que elas estavam começando a ficar redundantes; mas desta vez eu iria englobar todas elas no meu futuro comportamento.
Maite e eu ainda tínhamos que pôr em pratos limpos o que estava se passando entre nós dois; digo, além da casual definição de namorados. Na minha cabeça, eu já estava planejando onde iríamos passar nossa lua-de-mel (em uma cabaninha distante na neve, onde nós seríamos forçados a passar o tempo conservando o calor corporal), mas na realidade o nosso status era muito menos oficial que isso. Este era mais um tópico com o qual eu deveria lidar assim que estivesse um pouco mais controlado.
Em primeiro lugar – como eu já resolvi na noite de sábado, quando ouvi aquelas palavras doces e inebriantes escaparem dos lábios dela – eu teria de dizer que a amo. Na época eu estava mais preocupado em ter certeza de que ela sentia o mesmo antes de expor meus sentimentos, mas agora eu sabia que não tinha tempo a perder.
As horas estavam passando, o prazo estava se aproximando e meu tempo com Maite iria se esgotar, a menos que eu me expusesse à possibilidade de quebrar a cara e esquecesse a minha própria insegurança para apenas dizer a ela; Maite, eu te amo. E, se você me permitir, eu irei adorar você pelo resto da minha vida.
Em segundo lugar, eu teria de suportar o delicioso castigo que ela havia planejado para mim esta noite com boa vontade e paciência. Eu merecia o que quer que ela tenha tencionado para mim; e para ser honesto, qualquer coisa que ela decidisse fazer comigo seria a mais doce combinação de êxtase e agonia.
Então, hoje seria a noite de Maite. De Maite para ela fazer o que quisesse comigo, para me penalizar, me fazer ajoelhar, gemer, grunhir, me deixar aceso e...
Merda.
Não havia a mínima chance, mesmo se eu fosse acorrentado em uma parede, de eu ser capaz de manter minhas mãos longe dela.
Maite havia me mandado uma mensagem antes de eu sair para sua casa, avisando que Alice iria levá-la para o trabalho e que as duas iriam passar em um lugar no caminho. Não havia nenhum emoticon ou "beijos" no final, e minha mente patética passou todo o trajeto de casa até o escritório analisando a falta deles. Com qualquer outra mulher eu estaria contente com a mensagem amigável e distante. Com Maite, isto estava me levando à loucura.
Quando saí do meu elevador, Christian , Alfonso e Maite estavam ao redor da mesa dela, meus dois irmãos um de cada lado seu. Alfonso tinha uma mão esfregando calmamente o ombro de Maite, e Christian estava batendo em suas costas com tanto vigor que eu tenho certeza de que ela teria caído se não tivesse os saltos (dos escarpãs pretos que eu esperava que ela ainda estivesse usando mais tarde) firmemente plantados no carpete.
Eu estava acostumado com o calor que explodiu em minha virilha com a visão dela, e com o ciúme automático e desmedido ao ver qualquer outra pessoa que não fosse eu a tocando. Mas não estava acostumado com o novo aperto doloroso em meu peito, que veio para lembrar que meu tempo era limitado. Se isto continuasse, eu estaria me afogando em Pepto Bismol lá pelo fim da semana.
Os três se viraram quando eu casualmente pigarreei, todos me dando sorrisos distraídos de boas vindas. Foi então que percebi que eu havia chegado em um momento de... conforto, onde meus irmãos estavam dando uma força e Maite estava sendo a consolada.
"Aí está o pequeno Ucker!" Christian falou alto, erguendo suas sobrancelhas para mim como um maldito personagem de desenho animado. "Um passarinho me contou que você estava bêbado noite passada, irmão!"
Ok, o caso não era tão extraordinário assim. Aparentemente Maite só confidenciou aos meus irmãos sobre mim. Me perguntei há quanto tempo isto vinha acontecendo, e decidi que descobrir isto iria para a minha listinha de afazeres.
Em resposta a Christian , ergui minhas sobrancelhas tão alto que elas provavelmente estavam alcançando o meu cabelo bagunçado. Maite teve a decência de parecer ligeiramente envergonhada de si mesma, embora houvesse um pequeno sorriso em seus lábios rosados. Alfonso olhava para mim daquele seu jeito calmo e sério, e eu sabia que ele entendeu – embora não houvesse sido dito – o que havia me deixado naquele estado.
"Aw, não fique bravinho, Amendoim!" Christian sorriu perversamente, adorando o fato de estar conseguindo me aborrecer. Para evitar dar àquele orangotango o que ele queria, simplesmente lhe lancei um breve olhar e avancei para Maite.
Me aproximei por trás dela e afundei meu rosto nos seus cabelos encaracolados, inalando o seu perfume de morangos igual a um viciado em cocaína e suspirando em contentamento. Tê-la em meus braços, com a sua cabeça encaixando perfeitamente sobre meu queixo, me dava um lembrete tangível e físico de pelo quê eu estava lutando.
Eu não estou pedindo muito, amor. Só esteja ao alcance dos meus braços pelo resto da minha vida.
“Bom dia, Anjo.” Eu sussurrei, passando de leve minha boca pelo seu pescoço, mal e mal registrando os sons de ânsia que Christian estava fazendo. “Dormiu bem?”
Maite se virou em meus braços, se inclinando para esfregar o seu doce narizinho no meu. “Eu tive que dormir,” ela me disse em um tom inocente, “já que certamente não vou descansar esta noite.”
“Obrigado.” Respondi em uma voz sarcástica, descendo minha cabeça para poder falar próximo aos seus lábios umedecidos. “Agora eu estarei duro feito pedra pelo resto do dia.”
“Eu gosto da ideia,” Maite cantarolou de volta, “...o que me leva à pergunta mais importante de todas: você tem medo do escuro?”
Eu não fazia ideia de que linha de pensamento ela estava seguindo, então sacudi minha cabeça enquanto beijava a ponta do seu nariz, franzindo a testa em confusão.
“Não.” Respondi, coçando levemente seu couro cabeludo onde minhas mãos estavam enterradas, amando constatar como ela praticamente ronronava sob meu toque. “Por que a pergunta?”
“Hmm. É bom saber disso.” Maite murmurou para si mesma antes de passar a língua sobre meu lábio, enviando uma corrente elétrica diretamente para o meio de minhas pernas. “Então eu não irei me sentir tão mal quando vendar você mais tarde.”
Eu gemi, e instintivamente soube que iria fazer aquele som patético muitas vezes antes do final da nossa noite juntos.
“PESSOAL!” A voz alta de Alfonso invadiu de repente a nossa bolha, e eu pude ver pelo rubor das bochechas de Maite e pela maneira que ela se afastou às pressas, que ela havia se esquecido da presença dos meus irmãos, também.
“Jeesus.” Christian disse, a boca aberta em desgosto. “Arranjem. Um. Quarto! Ou ao menos vão dar conta dessa tensão sexual toda em um dos cubículos do banheiro, caramba!”
Maite se encaminhou até a porta, seus quadris rebolando sob o vestido branco curtinho que ela estava vestindo. Quando ela estava a meio caminho para fora da sala, olhou para nós e sorriu como se nós fôssemos três escravos postulando aos seus pés.
“Querem saber?” Maite ronronou enquanto corria sua língua sobre seus lábios. “Talvez eu faça isso mesmo.”
Nós três ficamos parados depois que ela saiu, com nossas bocas abertas, e Christian se virou para mim com aquela expressão fixa em seu rosto.
“Cara.” Ele disse seriamente, balançando sua cabeça. “Você criou um monstro.”
E eu não poderia concordar mais.
“Isso sem mencionar,” Alfonso riu, batendo em minhas costas solidariamente (solidariamente uma ova! Porque honestamente, quem iria se queixar dessa deusa do sexo?), “que esta noite você terá de se segurar ao máximo pra não atacar a garota.”
Eu realmente, realmente não poderia concordar mais.
“Chrisss-topheerr.” A voz alegre de Maite ecoou pelo meu apartamento.
“Na cozinha, querida.” A chamei, tentando arrumar meus cabelos para disfarçar meu nervosismo. Minha cozinheira havia deixado um assado no forno para nós, e eu disse à Maite para esperar na biblioteca enquanto eu o aquecia. Felizmente Robin tinha deixado instruções detalhadas de como fazer isso, já que ela sabia que eu não tinha a mais vaga ideia sobre como mexer no forno – um fato que a minha encantadora vovó frequentemente esfregava na minha cara.
Passei os últimos dez minutos zanzando pela cozinha, tão nervoso e impaciente quanto estava na última vez que tive Maite esperando por mim na biblioteca. Naquela época eu tive a desculpa de que era a nossa primeira vez juntos; mas agora eu estava surtando por não ser capaz de seguir as ordens de Maite sem morrer com falta de sangue no meu corpo – com exceção de no meio das pernas.
Maite e eu passamos o dia inteiro flertando e nos tocando e provocando, tanto que Christian e Alfonso nos abandonaram no almoço com olhares nauseantes nos rostos, resmungando consigo mesmos sobre a nossa excessiva demonstração de carinho em público.
As dicas veladas sobre como ela iria me controlar esta noite haviam me deixado no limite durante todo o expediente, praticamente me prendendo em cada palavra e gesto dela. E como se os meus nervos não estivessem abalados o suficiente, Maite entrou na cozinha parecendo muito presunçosa e segurando um livro.
E o pior era o fato que, enquanto eu preparava o jantar, ela tinha aparentemente vasculhado meu closet e agora usava a minha camiseta de basquete e nada mais. Eu podia ver seus seios aparecendo pelo decote lateral, ter uma boa visão de suas pernas, e eu sabia que se ela virasse, teria um “C” de Capitão e “UCKERMANN” estampados em suas costas.
E Santa Mãe de Deus, aquilo era mais excitante do que a mais fina peça de lingerie. Ela estava usando a minha roupa, com o meu nome estampado em suas costas, e o tamanho da camiseta nela apenas enfatizava o meu tamanho comparado ao seu corpo pequeno e delicado.
“E-ei,” Gaguejei feito um babaca, o que essencialmente eu era. “Que livro você está lendo?”
A capa estava debaixo do seu braço, e eu realmente quis que ela permanecesse desse jeito, porque um segundo mais tarde ela jogou o livro no balcão entre nós dois e sorriu, enquanto soltava um muxoxo.
Olhei para o livro; já sabendo qual seria só pela frenética elevação dos meus batimentos cardíacos. E é claro, descansando lá bem lindo e bem belo, estava “O Seqüestro da Bela Adormecida”, de A. Q. Roquelaure.
Por que, oh, por que eu tive que guardar todos os meus livros antigos da faculdade? Quando Maite me contou que estava lendo este há algumas semanas, eu não pude evitar e fingi que não o conhecia, só porque queria ouvir coisas sujas saindo daquela boquinha angelical.
Mas agora, eu tinha o leve pressentimento de que iria pagar por esse erro.
Com juros.
Lutando para evitar o que estava por vir, eu rapidamente menti através dos meus dentes cerrados. “Eu comprei este livro depois que você despertou a minha curiosidade umas semanas atrás... Sabe, para ver o porquê de todo o alvoroço. Eu nem mesmo comecei a ler, mas parece ser bastante interessante.”
Maite sorriu amplamente e, sem dizer uma palavra, abriu o livro em uma página qualquer, coberta com sublinhes e anotações nas margens. Até mesmo eu podia reconhecer a minha caligrafia, e eu estava rezando pra que ela não tivesse se dado conta disso enquanto me defendia, “Isto veio de um brechó...” E porque eu estava realmente desesperado; “Nós iremos até lá no final de semana. Será lindo. Nós podemos reservar algumas prateleiras aqui da biblioteca e você pode começar a sua própria coleção.”
Aparentemente aquilo soou ainda mais descabido, porque Maite deixou escapar uma risada perversa e pegou o livro mais uma vez. Então ela abriu a contracapa, onde estava escrito “Christopher Uckermann” juntamente com um carimbo de identificação da livraria da faculdade.
“Er... Certo.” Eu disse simplesmente, derrotado. E então porque eu não apenas soava como um idiota – eu era um –, acrescentei, “Eu queria ouvir você me contar essas coisas sujas.”
Fica frio, Uckermann. Frio como a porra de um gelo.
“Christopher , Christopher , Christopher .” Maite arrulhou, subindo em uma banquetinha e se apoiando sobre o balcão, me dando uma excelente vista dos seus seios. “Eu tinha um ótimo plano para esta noite, comigo torturando você por um tempo e então te liberando para que você pudesse transar comigo até não poder mais.”
Me inclinei sobre o balcão até ela também, fazendo minha melhor cara de cachorro-que-foi-chutado-do-caminhão-da-mudança. Esperando que meus grandes olhos pidões estivessem transmitindo um recado tipo “por favor, Maite, eu já desejo você quando você não está tentando... se você me torturar será uma agonia”. Ela me me dizendo que iria "me liberar" estava fazendo algo assustador com meus hormônios, e eu tinha sorte por ela estar do outro lado do balcão.
"Erm... Bem, eu odiaria arruinar um plano tão bom quanto este. Seguiremos ele à risca, então." Sugeri fracamente, sabendo de antemão que este era um esforço desperdiçado.
"Ha." Maite bufou, confirmando minhas suspeitas. "Sem chance. Nós teremos que esquecer a recompensa e nos concentrar apenas na tortura. Que começa com você não podendo me tocar." Então ela me olhou de cima a baixo, espiando, e fazendo minha ereção renascer das cinzas tão rápido que eu titubeei com falta de sangue no cérebro. "E eu acho que você deveria ficar só com as suas boxers durante o jantar."
Rosnei enquanto a obedeci, me ajustando em minhas boxers listradas em azul-marinho depois de tirar minhas calças e meias. Eu estava em um estado tão alto de antecipação, que quase tive um piripaque quando senti Maite beliscar meu traseiro enquanto ela se encaminhava para a biblioteca.
"E fique de gravata, garanhão." Ela falou lentamente por sobre o ombro.
E foi assim que eu me encontrei, uma hora mais tarde, deitado de costas em minha cama e com meu coração batendo tão rápido que eu suspeitei estar à beira de um ataque cardíaco. Minha gravata ainda estava em meu pescoço, minha ereção já estava armando uma tenda em minhas boxers, e eu estava numa batalha olhos-nos-olhos com Maite – que estava parada aos pés da cama com o mesmo sorriso que ela exibiu durante todo o jantar.
"Você quer que eu o quê?" Sussurrei sem fôlego, como uma vadiazinha.
Maite rolou seus olhos como se eu fosse mentalmente retardado – e não duvido nada no momento – e repetiu lentamente, "Eu quero que você erga as mãos sobre a cabeça para eu poderei te amarrar junto à cabeceira. Deus, Christopher , isso não é muito difícil."
Meu cérebro parou enquanto me arrastei até a cabeceira, minha cabeça deitando no travesseiro, mas sem manter contato visual com ela. Mostrando para Maite que eu seria um bom menino, humildemente ergui meus braços acima da minha cabeça, prendendo-os em torno das barras de metal da cama.
"Eu sou todo seu," rosnei sob minha respiração, esperando que a minha melhor voz-de-orgasmo-espontâneo a fizesse esquecer o plano e ao invés disso pulasse em cima de mim igual num pula-pula.
Não tão rápido, garotão. Maite veio para o lado da cama, cuidadosamente sem tocar nada além dos meus pulsos enquanto usava duas outras gravatas minhas para me manter atado no lugar. Mesmo o menor contato fez minha respiração falhar, e Maite riu baixinho, vendo a vitória fácil despontando no horizonte.
"Você não vai acabar com a minha diversão cedo demais, não é, meu querido?" Maite sorriu, enrolando uma terceira gravata em seus dedos. Tive uma sensação gostosa e estranhamente romântica em meu coração quando ela adicionou o "meu" antes de "querido". Eu sabia que ela poderia colocar "meu" antes de qualquer coisa – até mesmo antes de "bundão idiota" ou "maníaco obsessivo" e eu teria amado o sentido de posse que aquilo implicava.
"Nem sonharia com isso." Respondi com minha voz grossa e profunda, sem qualquer propósito desta vez. Meus olhos estavam fitando intensamente os dela, tentando transmitir "Eu te amo" sem as palavras reais. Deus sabe que eu não conseguiria dizê-las neste momento sem que ela pensasse que eu só estava incrivelmente excitado. E tudo bem, eu estava. Incrivelmente excitado, quero dizer.
Em retaliação ao meu olhar, Maite levantou a terceira gravata e a segurou em volta dos meus olhos, mergulhando-me na escuridão e imediatamente aumentando todos os meus outros sentidos.
"Mmm. Você fica ótimo assim." A ouvi dizer, enquanto eu respirava o seu shampoo. "Nós teremos que inverter as posições um dia desses. Você gostaria?"
"Sim, Anjo." Concordei, porque isso era verdade. A completa verdade e nada além da verdade.
Senti um movimento ao meu lado na cama e o quadril de Maite deslizando ao longo do meu, e eu estava fazendo exercícios mentais de respiração, dizendo ao Eddiezinho que ele teria de aguentar mais tempo do que isso – e que era melhor ele parar de se contorcer.
Então Maite estava sentada em meu peito e seus lábios se juntaram aos meus, e eu ergui cegamente minha cabeça de encontro ao beijo, grunhindo quando senti o gosto do brilho labial de cereja que eu adorava. A provocadora não o estava usando antes, e eu sabia que ela tinha passado apenas para me atormentar ainda mais.
"Que gosto... bom..." Arfei no intervalo dos seus beijos violentos.
Eu não deveria ter falado, pois no segundo seguinte Maite estava afastando sua cabeça da minha, ignorando os lábios que a estavam procurando. Em minha defesa havia o fato de que fazia apenas algumas semanas desde o nosso primeiro beijo – então era perfeitamente compreensível que eu não quisesse nada mais do que colar meu rosto junto ao dela. Porém, até mesmo uma pequena e honesta parte de mim sabia que eu não teria fim ao meu desejo desesperado em nenhum futuro próximo.
Maite estava deslizando seu corpo pelo meu peito, parando quando estava confortavelmente acomodada sobre a minha virilha. A sensação dos seus cabelos e mãos serpenteando por mim enquanto ela se mexia era insuportavelmente erótica sem a minha visão como guia.
Ouvi o som de tecido e soube que ela estava tirando minha camiseta de basquete. E isso significava que Maite estava sentada em cima de mim completamente nua.
"Ungh." Um som não identificável escapou do fundo de minha garganta, e cerrei meus dentes para impedir que qualquer outro saísse.
Senti a respiração quente de Maite em meu mamilo direito, e antes que eu pudesse fazer qualquer coisa ela estava chupando e mordendo ele, me fazendo jogar a cabeça para trás e esticar o pescoço de prazer.
Depois que deu ao outro mamilo o mesmo tratamento, ela pressionou seu corpo no meu, seu pequeno queixo se apoiando em meu peito e seus seios em meu estômago.
"Entããão," Maite falou lentamente, como se ela não estivesse esparramada sobre um homem vendado e totalmente fora de si, "Eu aposto que você estava se perguntando por que peguei carona com Annie para o trabalho hoje."
Felizmente a minha resposta não estava sendo esperada, e eu a ouvi pegar algo e o som de uma tampa sendo tirada de uma garrafa. A expectativa de não saber o que ela tinha planejado me deixou inquieto.
"Nós tivemos que parar em uma loja... especial que Annie conhecia..." Maite estava descendo pelo meu corpo novamente. "Depois que eu expliquei a ela que queria lamber cada parte do seu corpo..." As suas pernas estavam em volta das minhas coxas, puxando minhas boxers e criando uma dolorosa barreira sobre minha ereção. "Al sugeriu que eu comprasse um óleo quente, para massagem..."
Ok.
Aí estava o ataque cardíaco.
Senti uma coisa morna e pegajosa cair sobre meu peito, abdômen, clavícula e bíceps. Então as suas mãos estavam esfregando o óleo por cada centímetro da minha pele, colocando apenas pressão suficiente para me fazer contorcer em êxtase.
Uma vez que eu estava completamente revestido com o óleo quente (e sem dúvida alguma parecendo um dançarino da Chippendales), Maite disse, "Agora eu tenho a tarefa de te limpar... com a minha língua." Eu estava prendendo todo e qualquer ruído antes disso, mas quando senti a sua língua nos contornos do meu bíceps, comecei a arfar ruidosamente. Ela foi implacável – mordiscando e chupando cada centímetro do meu braço. Eu sabia que estaria coberto de marcas amanhã... e nada nunca me deixou mais feliz e mais enlouquecido do que isso. Quando Maite terminou com um, deu o mesmo tratamento ao outro braço, e depois começou um delicioso passeio em toda a minha clavícula e pescoço, parando propositalmente em alguns lugares para me dar chupões.
"Porra..." Gemi quando senti a dor deliciosa da sucção bem em cima do meu coração, "Isso... me marque..."
A ideia de ter uma prova física da atenção de Maite sobre meu coração me fez erguer meus quadris descontroladamente, tanto que ela teve de afastar sua boca e levantar suas pernas ao redor das minhas coxas, de forma que não estava mais montada, e sim ajoelhada em cima de mim.
"Você vai parar?" Ela me perguntou docemente, se referindo ao fato de eu ainda estar erguendo meus quadris freneticamente de novo e de novo, procurando por ela embora eu soubesse que não estava mais lá.
Eu sabia que ela estava prestes a pôr sua boca em mim novamente, então admiti em uma série de grunhidos, "Não posso... mas vou... tentar..."
"Hmm," Maite disse suavemente enquanto a sentia se inclinar sobre minhas pernas, "Eu acho que nós deveríamos nos certificar de que não há nada para você se esfregar, não é?"
Senti seus dedos tocarem a parte de baixo de minhas coxas, e eu obedientemente as levantei para que ela conseguisse tirar minhas boxers. Minha ereção bateu em minha barriga, e eu grunhi ao mesmo tempo em que ouvi um pequeno gemido vindo de Maite.
Um orgulho cruel tomou conta de mim com aquele pequeno som, e eu podia praticamente sentir o seu olhar queimando em minha extensão, sem dúvida coberta com um líquido que eu sabia já ter se formado ali, considerando o quanto eu estava desesperado por ela.
"Está vendo algo que gosta?" A provoquei, embora essa não fosse a ideia mais brilhante, levando em conta minha situação atual.
Maite riu e agarrou a base do meu membro, fazendo meus quadris ondular novamente. "Bem... aqui vai a recompensa por ter sido um menino tão bom."
Então ela me soltou e continuou a lamber meu peito. Quando sua boca chegou ao meu umbigo, pude sentir seus cabelos caindo em volta da minha ereção. Eu não estava mais lhe dando gemidos submissos... Agora eu estava silvando e rosnando para ela como um cão raivoso, como se a alertasse a não se aproximar e ao mesmo tempo exigisse que ela o fizesse.
E então, como se ela não me tivesse em um estado suficiente de agonia, quanto mais se aproximava de minha ereção, mais pausava entre os beijos e lambidas e mordidas para falar comigo.
"Ver você assim me deixa tão molhada..." e "Em um minuto eu vou montar em você e te cavalgar..." e a pior frase, "É uma vergonha você não poder me tocar, hmmm?"
Quando sua boca propositalmente circundou a área mais necessitada, comecei a empurrar meus quadris contra ela e a lutar brutalmente contra as amarras, fazendo a cama balançar com os meus movimentos agressivos e desesperados.
Graças a Deus ela teve a presença de espírito de me amarrar corretamente, porque se minhas mãos estivessem livres, elas estariam presas em seus quadris enquanto estocava dentro dela. Porra, eu não sabia quanto mais disto conseguiria aguentar, e fazia apenas meia hora que a massagem/tortura havia começado.
"Eu preciso de você... por favor... já chega..." Eu finalmente chorei quando suas mãos começaram a esfregar os músculos retesados das minhas coxas e ela chupou o osso do meu quadril.
"Se eu subir em cima de você, promete ficar parado?" Maite perguntou preguiçosamente enquanto rolava a língua pela minha pele, aliviando a dor de sua última mordida.
"Sim." Menti sob meus dentes cerrados mais uma vez. "O que você quiser... Só, por favor, chega."
A senti plantar um beijo na ponta da minha ereção, me fazendo choramingar mais uma vez, e então sussurrou, "Mentiroso."
Depois disso o peso e o calor e as curvas suaves de Maite se foram, e a ouvi se afastando da cama. O desejo insano e uma insegurança irracional explodiram em mim, e eu não pude conter as palavras febris que saíram da minha boca.
"Por favor, volte! Eu irei me comportar, porra, por favor, eu preciso de você agora."
"Shh, querido." Sua voz veio do pé da cama, e então eu senti a seda suave envolvendo meus tornozelos, e só quando eu estava firmemente preso é que percebi que ela tinha amarrado minhas pernas também.
E logo ela estava sobre mim. Pude sentir a umidade do seu sexo em contato com o meu, e até mesmo com todas as amarras eu consegui me virar e torcer o suficiente para criar uma mínima fricção contra ela. Tudo o que eu queria era me enterrar em seu calor, e acho que comecei a choramingar novamente, porque Maite me disse outro "Shh, querido."
Então senti seu sexo apertado me envolvendo, e percebi que ela tinha se abaixado até mim. As outras vezes em que tive dentro dela não haviam sido tão fundas como agora, e o movimento aconteceu rápido demais.
"Caralho." Nós dois dissemos ao mesmo tempo, eu em um tom de lamento, e ela em um arquejo. Felizmente Maite teve que permanecer parada para que seu corpo se acostumasse com a intrusão – porque tudo foi tão intenso e perfeito, que se ela se movesse antes que eu recuperasse o mínimo de controle que seja, eu iria explodir cedo demais.
Depois de um minuto senti ela se mexendo, e então a ouvi se inclinar sobre mim, suas mãos na cabeceira da cama. As pontas dos seus seios estavam diante do meu rosto tentadoramente, e eu devo ter aberto minha boca e começado a procurar pelo seu mamilo com meu queixo, porque Maite deu uma risada sem fôlego e se abaixou até minha boca em aprovação.
Agora eu estava chupando tão forte a pele dela enquanto ela iniciou um ritmo calmo, erguendo-se e se abaixando sobre a minha grossa extensão.
A cama estava rangendo com o ritmo lento de Maite e porque eu estava puxando com força as ataduras em meus tornozelos, tentando encaixar meu quadril no dela e fazê-la ir mais rápido.
Tirei seu seio de minha boca e passei a atacar o outro, implorando contra seu mamilo "Por favor, Anjo. Mais forte," antes de tomar a sua pele suave com meus dentes.
Belisquei rudemente seu mamilo, e gritei aliviando ao redor de seu seio quando isto a fez embalar-se de forma mais agressiva em mim. Eu podia sentir seu calor apertado me envolvendo e a maneira que ela se contraía ao meu redor, o seu traseiro batendo em meus testículos, e pude ouvir a sua pele contra a minha e como ela recuperava o fôlego apenas para perdê-lo quando eu estava totalmente dentro do seu corpo.
Tive que libertar o seio de Maite por medo de acabar machucando sua pele, e então eu estava implorando o seu perdão, pois não aguentaria por muito mais tempo.
"Desculpa, desculpa," Grunhi, suplicante. "Por favor, não para."
Eu estava ficando impossivelmente grande dentro dela, meus testículos se contraindo, e não sabia como conseguiria me conter se Maite não estivesse preparada ainda para que eu gozasse.
Então senti os dedos de Maite no ponto onde estávamos conectados, estimulando sua carne e deslizando sobre meu membro a cada estocada. Eu estava me encolhendo de agonia sob ela, resistindo como um cavalo selvagem e rosnando pensamentos incoerentes enquanto investia em seu corpo.
"Tudo bem, querido." Ouvi a voz do meu Anjo acima da minha cabeça, e ela se atrapalhou enquanto tirava minha venda.
E a imagem mais perfeita me foi revelada no brilho da luz de cabeceira; Maite montando gloriosamente meus quadris, uma camada fina de suor cobrindo seu corpo, o seu rosto torcido em concentração, como se ela estivesse tentando resolver cálculos complicados de cabeça. Seus dedos ainda esfregavam seu clitóris, e seus seios balançavam a cada impulso que ela dava, reluzindo com minha saliva, e então seus grandes olhos castanhos fizeram contato com os meus e ela gemeu, "goza comigo, Christopher ."
Gritei seu nome enquanto me libertava dentro dela, tão forte que senti como se a estivesse partindo em duas – mas ela não pareceu se importar, enquanto sua boca se abriu e ela convulsionou em cima de mim, em volta de mim.
Acho que devo ter apagado por um minuto, porque a próxima coisa que percebi foi que Maite estava deitada ao meu lado e meus pulsos e tornozelos estavam livres.
Quando ela viu que eu estava em meu juízo perfeito – porque aparentemente aquela garota conseguia transar comigo estando em um estupor –, ela deu uma risada cansada e falou, "Quando eu puder sentir minhas extremidades novamente, e considerando que esta ainda é a minha noite, acho que nós poderíamos tentar uma coisa ou outra no balcão da cozinha... Não parece legal?"
Sim, senhora.
Autor(a): Hemsworth45
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Maite POV Christopher estava pressionado atrás de mim; suas mãos frias correndo lentamente pela pele nua de meu estômago. A maneira que ele estava me tocando lembrava um curador em um museu testando a superfície de uma escultura de mármore; reverente e gentil, como se ele soubesse que tinha pouco tempo para sua obra de arte, e quisesse mem ...
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