Fanfics Brasil - Princessa His Personal Assistant (Uckerroni)

Fanfic: His Personal Assistant (Uckerroni) | Tema: RBD,Maite Perroni, Christopher Uckermann


Capítulo: Princessa

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MAITE POV 


Quando eu tinha 12 anos, eu tinha uma queda pelo Joshua Stevens.


Ele era dois anos mais velho do que eu, tinha o sorriso mais fofo de todo o mundo, e era um dos caras mais populares da escola.


Eu falava sem parar sobre ele com Anahi e Dulce, passando bilhetes sobre como eu tinha certeza de que ele havia casualmente acenado para mim durante uma palestra, e me afogando em biscoitos e potes e mais potes de sorvete quando descobri que ele tinha na verdade acenado para a vaca da Sally Mitchells.


Então, quando eu tinha 13 anos e desenvolvi um belo par de seios, um milagre aconteceu – Joshua Stevens pediu ao seu melhor amigo Paul Jackson para passar um bilhete para Anahi na aula de Inglês, assim ela poderia entregá-lo a Dulce em História e ela poderia me dar em Biologia. No tal bilhete ele perguntava se eu queria ir à festa do seu irmão com ele (com direito a "assinale 'sim' ou 'não'"). É óbvio que eu fiquei estática e marquei 'sim' sem pensar uma segunda vez, mesmo o irmão dele sendo um veterano e tendo a reputação de dar as festas mais loucas.


Mas só quando devolvi o meu "sim (x), com amor, Maite" através dos canais apropriados (via Dulce, Anahi e Paul), é que lembrei que minha mãe teria a inauguração de sua exposição aquela noite. Uma de suas pinturas tinha feito muito sucesso e ela estava orgulhosíssima. Mas eu tinha 13 anos e a minha paquera tinha me convidado para sair, então, nem preciso dizer, fui à tal festa com Josh – dizendo à mamãe que Anahi estava doente e que ela precisava da minha companhia durante a noite.


Mas uma vez que a polícia havia desmantelado a festa e eu voltei para casa bêbada feito um gambá, ficou ridiculamente óbvio que eu havia mentido. Eu nem precisei de todo o sermão que recebi mais tarde para me sentir culpada. Eu já estava em conflito durante a noite inteira, sabendo como meus pais ficariam decepcionados comigo.


E agora, com esta viagem de um ano brilhando bem na minha frente, eu estava experimentando o mesmo nível de culpa, de confusão.


Por um lado, se a notícia tivesse sido dada há cinco meses atrás, eu teria avançado na oportunidade, sabendo que coisas como estas eram raras de acontecer. Caramba, era um milagre eu ter conseguido o negócio só com aquele vídeo totalmente ébrio que william e eu tínhamos feito. Eu também tinha meus pais, meus amigos e professores na escola – todos eles estavam esperando que eu me desse bem na vida, que aproveitasse essa bolsa e seguisse em frente. Eles ficariam todos muito desapontados se eu recusasse.


Mas por outro lado, havia uma sensação nauseante e dolorosa no meu estômago cada vez que eu considerava não ver mais Christopher. É claro que ele faria viagens para me visitar, mas elas seriam poucas e esporádicas; e isso se ele estivesse livre para tanto. Christopher estava liderando uma grande companhia de sucesso, pelo amor de Deus! Já era um milagre que ele estivesse sendo capaz de devotar tanto tempo para mim agora. Mesmo assim, uma parte egoísta de mim desejava pedir que ele viesse comigo; eu sabia que havia uma filial londrina das Indústrias Uckermann. Mas ele seria o vice-presidente junto com seus irmãos; não havia nenhuma maneira de ele deixar o cargo de CIC por um período prolongado de tempo.


Então era isso – Christopher estava preso na CDMX e Londres era muito longe. A ideia de não vê-lo por 24 horas já me deixava doente... 365 dias, então, era inconcebível.


Este era o caso Josh Stevens todo de novo. Exceto que com a festa do Josh foi fácil identificar qual decisão era a certa e qual era a errada. Esta situação era pior, porque não havia respostas certas ou decisões satisfatórias. Qualquer caminho que eu tomasse, qualquer conclusão tinha suas consequências.


Eu deveria destruir a minha melhor chance de uma futura carreira, ou quebrar o coração de Christopher e o meu? Eu tinha visto a expressão em seus olhos na noite passada enquanto fazíamos amor. Seus olhos verdes estavam receosos, como se ele esperasse que eu desaparecesse igual a uma miragem a qualquer momento. Como seria justo deixá-lo quando nós acabamos de admitir que nos amamos?


Christopher interrompeu meus pensamentos ao balançar uma taça de vinho tinto diante do meu nariz. O senti sentar atrás de mim no chão, se aconchegando de modo que fiquei entre suas pernas. Peguei minha taça com um suspiro e brindei com a dele, feliz por não ter de me virar e encarar a tristeza em seus olhos na sua tentativa falha de um sorriso corajoso. Uma coisa era partir meu coração ao ir embora... Agora, quebrar o coração dele também, era uma questão totalmente diferente.


"Então," Christopher me perguntou baixinho, seu queixo em meu ombro e seu rosto nos meus cabelos, "o que nós estamos fazendo aqui?"


"Empacotando meus livros para guardá-los, embora eu não saiba como vou viver sem eles." Espero que Christopher tenha ouvido o duplo sentido em minhas palavras.


Como eu poderia viver sem ele?


Christopher e eu estávamos sentados no chão do meu quarto; a música alta que Anahi tinha posto para tocar vindo da sala pela porta aberta. Nós estávamos aproveitando o domingo para encaixotar todas as nossas coisas, já que Anahi e Dulce decidiram se mudar quando eu viajasse. Não havia como elas conseguirem pagar o aluguel entre duas pessoas, e nenhuma queria procurar outra colega de quarto.


Christian e Alfonso – quem eu podia ouvir discutindo em voz alta sobre como desmontar o armário de bebidas de Anahi no corredor – tinham praticamente atacado as meninas com sugestões de arranjos para as suas novas moradias. Eu tinha ficado chocada quando os dois se ofereceram para deixar as suas respectivas namoradas morarem com eles depois de um tempo tão curto de namoro – e bastava apenas uma olhada nos dois para ver que a doença do amor-à-primeira-vista tinha atacado todos os meus amigos.


Egoísta, eu tinha que lutar contra o ciúme pelas minhas duas melhores amigas estarem tendo os seus finais felizes com seus rapazes Uckermann. Eles estavam começando a vida juntos, e eu estava me afastando do meu próprio Uckermann.


Christopher apanhou a minha cópia surrada do "Fantasma da Ópera", folheando as páginas amareladas com um cotovelo apoiado no meu joelho.


"Tenho certeza de que seus livros irão sentir saudades suas." A voz dele falhou e ele teve de pigarrear antes de continuar, "Eles parecem ser muito bem amados."


Eu também te amo, querido.


Me virei nos braços de Christopher, odiando o fato de ele ainda ter o mesmo olhar de quando acordamos esta manhã. Era uma máscara vazia, escondendo as emoções que eu tinha visto em seus olhos na noite anterior, escondendo tudo. Fiquei feliz por ele não ter tentado sorrir; cada tentativa sua me fazia estremecer.


"Eu tive uma ótima ideia!" Falei, depositando meu vinho no chão e abraçando seus ombros largos. "Por que nós não guardamos meus livros na sua biblioteca ao invés de em um armazém? Então eu saberei que eles estarão sendo amados até que eu volte para eles."


Até que eu volte para você.


Uma mistura de esperança e raiva iluminou o olhar de Christopher antes de ele dar aquele sorriso dolorosamente falso e beijar a ponta do meu nariz.


"Seus livros serão bem acolhidos nas prateleiras, misturados com os meus." Assim que ele terminou de falar o falso sorriso desapareceu, e ele pareceu miserável mais uma vez.


Eu compreendi o seu desejo desesperado de apenas sentir na noite passada. Se isto significava que a miséria pudesse sumir nem que fosse por um minuto, então evitar conversar sobre o assunto por um momento valia a pena. Me inclinei e pressionei meus lábios sobre os de Christopher, sentindo o gosto de vinho neles. Christopher ficou congelado por alguns segundos, apenas seu peito se movimentando com a sua respiração estável. Meu coração se contraiu dolorosamente e pensei que ele iria me afastar.


Mas eu não precisava ter me preocupado. Christopher deixou escapar um som de aflição do fundo de sua garganta e me puxou com firmeza contra ele. Correndo insistentemente sua língua por meus lábios, ele exigiu sua passagem pela minha boca.


"Mmm... Você está usando as cerejas de novo." Ele grunhiu de maneira apreciativa contra meus lábios. Eu realmente estava com meu gloss de cereja hoje – como eu não poderia estar, quando ele sempre despertava tal reação de Christopher?


"E é todo seu," prometi para ele. Pude jurar que ouvi Christopher ronronar igual a um gato grande e contente às minhas palavras, e um segundo depois me encontrei jogada – não muito delicadamente – em minha cama.


Guinchei quando meu corpo fez contato com o colchão, e ganhei um sorriso genuíno e afetuoso de Christopher antes de ele pular em cima de mim. Meu gatão contente parecia positivamente letal quando pousou lentamente seu corpo sobre o meu.


"Eu amo estes pequenos sons de surpresa que você faz." Christopher sorriu pra mim, montando em cima de mim e forçando seus quadris contra os meus. "Me faz sentir como se eu estivesse fazendo alguma coisa safada com o meu Anjinho inocente."


"Oh, você e o seu pequeno amiguinho preguiçoso..." Rolei meus olhos para ele, rindo. Esperei que ele não pudesse perceber o quanto a risada era nervosa, considerando o quão ardentemente eu estava tentando iluminar nossos humores. "Eu vou me certificar de arrancar alguns desses sons de você hoje à noite."


Christopher, graças a Deus, estava disposto a fingir que tudo estava ok para mim. Ou talvez ele precisasse disso, também; um conto de fadas onde o Príncipe Christopher e a Princesa Maite tinham todo o tempo do mundo para ficarem juntos. De qualquer forma, ele cooperou.


"Só um momento," ele grunhiu em uma falsa voz indignada, agarrando minhas mãos e as erguendo acima da minha cabeça. "você acabou de me chamar de "pequeno"?"


Sorri presunçosamente para ele, erguendo uma sobrancelha e lhe dando minha melhor cara à la Jessica Rabbit. "Me prove o contrário, Sr. Uckermann. Prove o contrário."


Venha e me pegue, Christopher.


Ouvi aquele rugido vindo do peito de Christopher e soube que aquilo representava perigo, e então ele soltou todo o peso do seu corpo sobre o meu, pressionando sua boca contra o meu ouvido.


"Um." Ele falou no seu tom você-não-deveria-ter-dito-isso, "Eu já te avisei sobre o que acontece comigo quando você me chama de Sr. Uckermann." Ele forçou seus quadris até separar minhas pernas, tocando nossas virilhas. Como sempre que eu sentia a sua protuberância sob suas calças, o prazer de saber que era eu quem arrancava tamanha resposta física dele me excitou ainda mais. "Dois. Eu vou fazer você arruinar esse seu lindo fio-dental azul só com a sensação de me ter por perto."


Eu sabia por experiências passadas que isto era algo que ele não teria problemas em cumprir. O que eu não sabia era como Christopher conhecia a cor da minha calcinha, considerando que nós dois estávamos vestidos, e considerando que nós tínhamos entrado no acordo de não tomarmos banho juntos já que estávamos atrasados para voltar para a minha casa esta manhã.


"Como você sa..." Arquejei quando Christopher começou a investir contra mim, alinhando a cabeça do seu membro de forma que ele estava tocando a parte onde eu mais necessitava dele. Eu juro que esse homem tinha um mapa da anatomia feminina gravado na cabeça e sabia exatamente onde aplicar pressão.


"Eu espiei enquanto você se vestia hoje pela manhã," ele ronronou, sorrindo sem parar para mim, apertando suas mãos ao redor dos meus pulsos enquanto se movia contra mim. "Me processe."


Eu estava prestes a repreendê-lo, mas Christopher, aquele trapaceiro, percebeu isso e me silenciou com a sua boca.


Sem deixar essa passar em branco, me afastei dos seus lábios possessivos e rosnei; "pervertido."


Christopher investiu com seus quadris particularmente forte, fazendo minha cabeça girar com uma espécie de súbita vertigem, e ele respondeu com rispidez, "Você acha que isso é perversão? Então espere só para ver o que eu tenho planejado pra você amanhã no trabalho."


"Algo para corromper o seu Anjinho inocente, suponho." Zombei dele, adorando constatar que a minha reação impertinente o fazia agir de forma ainda mais animalesca. Meu animal perigoso.


Christopher pressionou sua testa na minha enquanto seus lábios raspavam de leve meu lábio superior. A expressão triste e torturada estava de volta ao seu rosto e ele sussurrou precariamente, "Posso também fazer uso do tempo que ainda tenho."


Eu gostaria de dizer que ele poderia me ter para sempre, o tempo que ele estivesse disposto a esperar por mim, mas ele parecia estar evitando a realidade assim como eu estava, pois me beijou urgentemente mais uma vez.


Christopher começou a mexer sua língua em movimentos de vai-e-vem assim como fazia com seus quadris ondulantes, e justo quando nós dois estávamos no estágio de mais abandono do procedimento todo, a maldita da Anahi entrou pela porta aberta.


"Ai meu Deus, cara! Arranjem um quarto!" Ela riu, caminhando até a cama e se empoleirando na beirada dela.


"Nós já temos um quarto. O meu." Retruquei, frustrada, vendo a cabeça de Christopher tombar em meu ombro acompanhada de um muxoxo. Ele murmurou alguma coisa sobre "anãzinhas imprestáveis" e "hora inconveniente" contra a minha clavícula, fazendo com que eu e Anahi – que não estava dando sinais de ir a lugar algum – ríssemos.


"Foi mal, Romeu" Dei um tapa em seu traseiro, arrancando meu próprio som satisfatório de surpresa dele e fazendo ele afastar a sua grande ereção de mim mais uma vez. "Parece que você terá que provar que eu estou errada só mais tarde."


"Eww." Anahi encrespou seu nariz enquanto cruzava as pernas e ficava mais a vontade, encarando Christopher e eu como se nós fizéssemos parte de um showzinho de TV meramente interessante. "Eu nem vou perguntar sobre o que vocês estão falando."


"Christopher estava tentando provar uma coisinha," O provoquei enquanto ele saía de cima de mim, aprotuberância em suas calças muito óbvia, "e até então ele ainda não o fez."


"Eww... francamente!" Anahi rolou seus olhos, indicando a porta para Christopher ao mesmo tempo em que ele amarrava a cara pra mim. Quando Christopher não fez menção de querer sair, ao invés disso continuando a me secar de cima a baixo como se estivesse avaliando onde ele poderia me tocar para me fazer gemer mais alto, Anahi foi direto ao ponto, "Poncho e Chris precisam da sua ajuda pra arrastar alguma coisa, só vai levar um minuto. Então vai lá, escravinho."


Nós duas rimos mais uma vez e Christopher me lançou um olhar tipo "o que é seu está guardado", balbuciando algo sobre "as mulheres serem de uma raça alienígena" enquanto se recompunha.


Mesmo se nós dois estivéssemos brincando, era bom estar de volta à fase das provocações e as palpáveis insinuações sexuais. Na verdade, achei que nós tínhamos parecido felizes o suficiente para enganar Anahi, mas assim que Christopher desapareceu ela se virou para mim com um olhar preocupado em seu rosto.


"Esta foi a coisa mais deprimente que eu já vi. Você está bem?" Ela perguntou, segurando minhas mãos e agindo como se eu recém tivesse descoberto que tinha câncer ou algo do gênero.


"Eu vou dizer o que é deprimente," falei, tentando neutralizar a intensidade do que quer que Anahi estivesse pensando. Eu não acho que conseguiria lidar com mais uma pessoa me olhando com tanta tristeza. "Eu deveria ter pendurado uma gravata na porta, igual na faculdade!"


"Não isso." Anahi disse em um tom grave, claramente imune às minhas tentativas de distração. "A maneira que vocês dois estavam se beijando. Vocês estavam agarrados um ao outro como duas criancinhas amedrontadas no meio de uma tempestade, e eu juro que um – ou os dois – estava a um passo de romper em lágrimas."


Merda. Lá me fui. No segundo seguinte eu estava soluçando igual a uma menininha de dois anos de idade no ombro de Anahi, perguntando em arfadas entrecortadas, "Vo-você acha que... que eu estou fazendo a coisa certa? Eu a-amo ele."


"Eu não quero soar como um biscoito da sorte, aqui," Anahi disse, escolhendo cuidadosamente suas palavras enquanto afagava minhas costas, "mas o que o seu coração está dizendo?"


Como uma idiota, eu comecei a gaguejar e soluçar ainda mais.


"Você está certa!" Chorei desesperadamente, "Você realm-mente soa como um estúpido b-biscoito da sorte!"


"Olha, Maite," Anahi falou, ignorando meus gemidos e afastando meus cabelos do meu rosto. Deixando um pouco Christopher de lado (como se eu pudesse), como eu poderia viver sem o conforto dos meus melhores amigos por um ano? "Eu te conheço. Apesar de todas as suas façanhas – como flertar com um cara debaixo da mesa, por exemplo – você é insegura. Você quer agradar a todos, e neste momento você está fazendo uma escolha onde, inevitavelmente, uma parte acabará desapontada."


Esta era a mesma conclusão a que eu tinha chegado, mas ouvi-la de Anahi a tornava mais real. Timidamente, a encarando com olhos que eu sabia estarem grandes pela necessidade de afirmação, eu perguntei, "E se ele não quiser esperar por mim? E se eu me mudar pra Londres e ele partir pra outra? Eu não posso pedir para ele nunca mais ter nenhum outro relacionamento. Isto seria injusto. Mas eu não quero perdê-lo!"


Para minha surpresa, Anahi riu diante de todas as minhas inseguranças e dos meus medos mais profundos. "Maite," ela sorriu gentilmente, se esticando até a mesinha de cabeceira e pegando uma caixa de lenços de lá. "Se há uma coisa com a qual você não tem que se preocupar, é perder o Christopher. A maneira que ele olha pra você é idêntica a de um devoto diante da Mecca. A única forma do relacionamento de vocês acabar será se você pôr um fim nele – ou, se os dois estiverem com medo demais para dizer ao outro o que quer."


Eu tinha visto aquele olhar em Christopher. Aquela devoção sincera.


O verde em seus olhos se escurecia; seus lábios tortos – uma imperfeição que o tornava perfeito – se torciam em um sorriso satisfeito; suas bochechas pálidas coravam com felicidade.


"O que você quer, Maite?" Anahi indagou, observando o leve sorriso em meus lábios enquanto eu lembrava do suave sorriso de Christopher. "Tudo se resume a isso. Eu organizei uma mudança em menos de 12 horas, posso muito bem nos instalar de volta em 6. Não é tarde demais para mudar de ideia antes que o avião decole. Apenas me diga. Diga. O. Que. Você. Quer."


Peguei o lenço que ela me ofereceu e assoei meu nariz, aproveitando a ação para dar um tempinho antes de responder a ela. Finalmente, olhei em seu adorável rosto e falei, "Eu quero envelhecer ao lado do Christopher. Eu quero que ele bata em mim um pouquinho mais. Eu realmente quero que ele me amarre na sua cama e seja todo malvado comigo. Eu quero me casar com ele em uma grande igreja e ver a minha mãe chorar. Eu quero ralhar com ele por contrabandear um pedaço de pizza para a nossa filha quando eu a mandar para o quarto sem jantar por ter desobedecido o horário de voltar pra casa. Eu quero brigar por ele ter esquecido de tomar o seu remédio depois do jantar quando nós dois tivermos oitenta anos e formos velhinhos e enrugados."


"É essa a sua resposta, Maite?" Anahi pegou o lencinho usado e prontamente ofereceu outro.


Ha. Como se fosse fácil assim. "Eu quero ficar com Christopher para sempre, mas eu tenho que ir para Londres. Meus pais trabalharam muito duro pra me mandar para a escola e eu acabar desperdiçando essa chance."


"Não parece muito que você quer ir. Parece mais uma obrigação."


Senti uma raiva impotente crescer dentro de mim. "Bem, isso não é um conto de fadas, Ali. Eu não sou a Princesa Maite, destinada à felicidade eterna. É assim que o mundo real funciona. As pessoas fazem as coisas por obrigação. As pessoas fazem coisas mesmo quando a escolha certa parece ser tão errada."


E lá estava. O mesmo olhar desesperado que Christopher vinha me dando desde o jantar com William na noite passada. O olhar que dizia; eu sei que não há outro caminho para você escolher. Anahi me apertou firmemente contra ela, da mesma maneira como ela me abraçou quando Josh tinha acenado para a outra garota.


"Oh, Maite." Ela suspirou tristemente, "minha Princesa."


Então nenhuma palavra foi necessária. Anahi apenas me embalou enquanto eu botava pra fora minhas lágrimas, me permitindo chorar como tinha tido vontade de fazer a noite inteira. Ela correu suas mãozinhas pelas minhas costas, da mesma forma que nossas mães costumavam fazer quando nós éramos novas a ponto de fazermos tortas de lama.


Só quando Christopher pigarreou da porta é que eu me afastei, meus olhos já secos e tão mortos quanto os do belo homem que nos observava.


"Anahi," ele murmurou, "Eu assumo daqui. Você provavelmente vai querer ir planejar o seu guarda-roupa para hoje à noite – e o guarda-roupa da Mai, sem dúvidas."


"Hoje a noite?" Nós duas perguntamos ao mesmo tempo. Apenas Anahi conseguiu incutir curiosidade em seu tom; eu apenas soei sem vida.


Os olhos de Christopher dançavam pelo meu rosto enquanto ele respondia, "Sim, hoje à noite. Minha mãe ligou... ela acabou de chegar à cidade e quer fazer um jantar de família."


Oh, Jesus.


Jantar com Christopher, Alexandra, Victor, Dulce Maria, Christian, Alfonso e Anahi.


Apenas quatro deles sabiam sobre o filho ilegítimo de Victor.


Dois deles não sabiam que dois dos seus filhos estavam planejando ir morar com as garotas que eles conheceram a menos de dois meses.


Um deles estava mais do que feliz em me ver terminar com Christopher.


Seria pior do que ir jantar com a família de Charles Manson.


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 



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Autor(a): Hemsworth45

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