Fanfics Brasil - sincronização His Personal Assistant (Uckerroni)

Fanfic: His Personal Assistant (Uckerroni) | Tema: RBD,Maite Perroni, Christopher Uckermann


Capítulo: sincronização

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MAITE POV


Teria sido engraçado se não fosse tão completa e absolutamente humilhante.


Na verdade, se eu fosse bem honesta, ainda era um pouco divertido.


O tipo de divertido igual a quando alguém tropeça e cai de bunda e você não consegue controlar aquela partezinha sua que te faz rir internamente.


O tipo de comédia que Krusty, o Palhaço, sugeriria que Sideshow Bob apresentasse. Tipo quando alguém que parece respeitável e digno é atingido na cara por uma torta de creme. As pessoas gostavam de ver os outros caindo do cavalo.


E nós todos tínhamos caído dos nossos próprios cavalos esta noite.


O jantar com a família Uckermann , incluindo Anahi, Dulce e eu, aconteceu em um restaurante Francês caro na parte nobre da cidade. Era um daqueles estabelecimentos que existiam desde sempre. Daqueles com um garfo especial para cada tipo de peixe, antigas toalhas brancas de mesa, candelabros e pilares de mármore. O cenário e as roupas extravagantes que Anahi nos fez vestir, tudo isso fazia parte da insanidade.


Todos do nosso grupo estavam de pé e gritando alguma coisa. A pequena banqueta de vinhos que tinha sido colocada próximo à nossa grande mesa redonda tinha sido derrubada, respingando em Christopher, Christian, Victor e Alfonso e em alguns infelizes transeuntes vinho tinto e champanhe.


Próximos a nós, um grupo de garçons estava segurando um bolo de três andares, iluminado com 50 velinhas. Eles estavam congelados com o choque, parados a meio caminho de cantar o “Parabéns a Você” para uma mesa distante da nossa. Todos na mesa em questão tinham suas bocas escancaradas em horror; chapeuzinhos coloridos de aniversário precariamente empoleirados em suas cabeças. Um garotinho gorducho, que parecia estar sufocando com o aperto da sua gravata-borboleta vermelho-berrante, tinha uma língua-de-sogra pendendo de sua boca aberta. Cada pessoa no restaurante estava olhando fixamente para nós, alguns de pé para terem uma vista melhor.


E o mais importante de tudo isso – Victor , Christopher, Christian e Alfonso estavam rolando no chão, atropelando cadeiras e passando por cima de garrafas de vinho quebradas e gelo. Eles estavam gritando várias coisas, de “Para!” até “Desgraçado!”, “Ungh!”, “Ai, merda!” e muitas outras profanações fascinantes.


Alexandra, Dulce, Anahi e eu também estávamos berrando, embora nós estivéssemos basicamente discutindo entre a gente sobre a estupidez dos homens e gritando para os nossos próprios homens.


Para encurtar a história, a noite inteira tinha se tornado Umsp.


Uma.


Merda.


Sem.


Precedentes.


E tudo por culpa estritamente de Christopher.


O humor de Christopher deu uma guinada dramática para o pior depois que ele interrompeu a minha pequena sessão-desabafo com Anahi. A combinação de me encontrar no que era obviamente um estado pós-lágrimas, mais o prospecto de ir jantar com seu pai, o tinham deixado melancólico e rabugento enquanto Anahi o arrumava em seu terno. Depois de vestidos e prontos, nós decidimos com unanimidade que seria impossível sobrevivermos ao jantar sem uma ajudazinha do álcool. Concluindo isso, nós todos aceitamos a oferta de Christian para levar todo mundo em seu **** gigante – mas devíamos ter adivinhado.


Bebida + Christopher & Maite = desastre.


Christian e Alfonso estavam, a princípio, indiferentes à tensão que rolava entre o resto do grupo. Mas não demorou muito para que isso mudasse. Christian estava dirigindo, Alfonso no passageiro, Dulce, Anahi e eu estávamos no assento do meio, e Christopher estava esparramado no banco de trás, puxando melancolicamente os cachos que Anahi tinha feito em meus cabelos.


“Vocês três parecem três cupcakes gigantes.” Christian zombou do banco do motorista, seus olhos enrugados pelo seu sorriso enquanto ele nos olhava pelo espelho retrovisor.


Esta foi uma descrição precisa. Anahi tinha nos arrumado em três vestidos Versace, um empréstimo do seu trabalho – o dela era rosa-chiclete, o da Dulce azul-céu e o meu verde-jade. Os três eram sem alças e com a cintura bem marcada, com uma saia balão que abrigava grandes quantidades de tule por baixo.


“Isso mesmo,” Alfonso riu com o irmão, se virando em seu banco para nos provocar, “A nossa mãe já ama vocês todas, então vocês estão tentando impressionar o nosso pai? Ele já é comprometido, suas destruidoras de lares.”


Dulce, Anahi e eu rimos nervosamente, porque é sério, se Alfonso soubesse sobre a noite louca e bêbada de Victor com Angelique, ele não estaria fazendo piadinhas. Se nós três estávamos tentando neutralizar a situação rindo, Christopher estava tentando tornar isso pior.


Enquanto ríamos, ele deu uma bufada alta e resmungou um, “É. Certo.”


Todos nós nos viramos em nossos lugares para encará-lo (eu tive um pouco de dificuldade, já que ele estava brincando com meus cabelos àquela hora). Christopher nos deu um olhar malicioso e amargo, mas quando ele olhou para mim ele também ergueu a mão, indicando claramente que gostaria de continuar brincando com meus cabelos. Me virei um pouco; o suficiente para conseguir continuar olhando pra ele, e os longos dedos de Christopher imediatamente se enfiaram em meus cachos.


“Como assim, ucker?” Christian perguntou em sua voz retumbante, intercalando sua atenção entre a estrada e seu irmãozinho, confuso.


“Eu estou dizendo,” Christopher falou lentamente, saboreando cada palavra amarga, “que tenho certeza que as garotas não teriam problema em seduzir alguém, estando tão adoráveis como estão, muito menos Victor .”


“O que está acontecendo com você e o nosso pai ultimamente?” Alfonso perguntou sem paciência, ao mesmo tempo em que nós garotas o encarávamos em um horror mudo. Se Alfonso e Christian tinham estado desconfiados sobre o seu pai, teria sido fácil entender as implicações óbvias por trás do suposto elogio de Christopher para nós.


O que, em nome de tudo o que é mais sagrado, o meu menino estava fazendo?


“O há com Victor e eu?” Christopher respondeu a Alfonso, suas palavras soando calculadas, “Só apenas nove meses de...”


“QUEM QUER BRINCAR DE ‘EU VEJO**’?”


Eu adoraria dizer que tinha sido Anahi quem gritou aquela sugestão ridícula a plenos pulmões.


Mas infelizmente, fui eu que gritei. Cada um no carro se virou para me olhar ao invés de olhar para Christopher, com uma sincronização assustadora que eu juro que eles praticaram quando eu não estava por perto.


“Você quer brincar de ‘Eu Vejo’?” Alfonso perguntou, como se eu tivesse escapado de um manicômio e estivesse sugerindo que o fim do mundo estava próximo.


“Isso!” Anahi finalmente entrou no jogo, vindo em auxílio ao meu olhar desesperado e batendo palmas. “Eu vejo com meu olhinho...”


Soltei um suspiro aliviado quando Anahi e Dulce começaram a brincar muito alto de “Eu vejo”. Eu sabia exatamente o que Christopher estava fazendo, e isto me fez querer romper em lágrimas, pois a única comparação que eu tinha para o seu comportamento era o modelo Kübler-Ross de luto.


Kübler-Ross tinha traçado os cinco estágios do luto, e pelo que eu podia ver, Christopher tinha passado pelos três primeiros. Ele tinha estado em negação, tinha estado com raiva, tinha barganhado por mais tempo. Pensei que ele havia alcançado a aceitação, o quinto estágio, mas aparentemente ele estava preso em uma grande depressão.


E quando Christopher estava deprimido, ele atacava – e evidentemente Victor era a vítima desta vez. Enquanto eu considerava tudo isso, senti sua respiração quente em minha nuca e ele sussurrou, baixo o bastante para não ser ouvido por Anahi; "Meu pequeno Anjo... eu estou tão apaixonado por você."


Apenas ele conseguia soar como se estivesse admitindo a mais terrível das fraquezas, como se ele estivesse revelando algum pedaço vital de informação ao pior inimigo. Soava como se ele desejasse que não estivesse apaixonado por mim.


Ferozmente, antes que a minha cabeça conseguisse acompanhar minhas ações, abri meu cinto e me arqueei para trás, caindo tão forte em cima de Christopher que ele bateu a sua cabeça contra a janela.


Pressionei minha testa na dele, mal me apercebendo da pausa na brincadeira de "Eu vejo" dos outros, e falando vigorosamente, "É o mesmo para mim, Christopher."


Pensei que o seu humor auto-destrutivo seria humilhado pela intensidade em minha voz, mas Christopher simplesmente bufou com descrença e resmungou, "Não vamos desperdiçar o tempo que poderia ser gasto com a minha língua na sua boca discutindo sobre tecnicalidades."


E então ele passou o resto do caminho me beijando, tão urgente e desesperadamente que eu jurei ter visto estrelas.


O pequeno rompante de Christopher deveria ter sido uma indicação das coisas que estavam por vir, mas já era tarde demais quando ele finalmente me libertou, assim que entregamos o carro ao manobrista do lado de fora do restaurante.


Victor e Alexandra não chegaram até Christopher estar na metade do seu quarto copo de uísque, e eu estava bebericando minha segunda taça de vinho. Apesar de que, para sermos honestos, nós estávamos bebendo com bastante rapidez. Durante todo o tempo o resto da mesa estava disparando olhares preocupados – e no caso de Christian, divertidos – em nossa direção.


"Cruzes, mãe." Christian riu enquanto cada um de nós se levantava para cumprimentar seus pais. "Será que alguma vez vocês conseguem chegar na hora?"


"É o Victor ," Christopher interrompeu com a voz alterada e com a sua perversidade dissimulada característica, um de seus braços me mantendo colada ao seu lado e o outro nos ombros de Alexandra, "Ele gosta de fazer grandes entradas."


Victor lançou a Christopher um olhar de esguelha enquanto apertava a mão de Alfonso, e foi impossível não perceber as semelhanças entre os dois. Assim como quando Christopher não queria que ninguém soubesse o que ele estava sentindo, o rosto de Victor tinha se fechado.


Todos nós rimos fracamente do comentário de Christopher enquanto Dulce e Anahi eram apresentadas a Victor , mas Christian e Alfonso claramente já sabiam que havia algo de errado naquela hora.


E Alexandra também, porque quando ela me puxou para um abraço, tendo que se enfiar por entre os braços de Christopher (que ainda estavam possessivamente em volta de mim), ela sussurrou em meu ouvido, "Ele tem estado assim desde que você decidiu ir?"


Dei a ela um ligeiro aceno de cabeça quando nos separamos, imaginando se ela pensava que eu estava abandonando Christopher. Felizmente, a expressão em seus olhos estava cheia de preocupação por ambos.


Por ironia do destino, Christopher e eu nos sentamos diretamente à frente de Alexandra e Victor em nossa mesa redonda, com Dulce e Christian a um lado e Alfonso e Anahi no outro. Depois que todos fizemos os nossos pedidos e que o casual "então, Alexandra, como foi o seu voo?" tipo de perguntas estavam fora do caminho, ouve um minuto embaraçoso em que todos nós só ficamos ali sentados.


Nós não podíamos conversar sobre a nossa mudança – das garotas –, porque nem Victor e nem Alexandra sabiam que Christian e Alfonso tinham se oferecido para irem morar com Dulce e Anahi.


Nós todos estávamos evitando qualquer tópico que tivesse a ver com Victor , porque embora ele não tenha dito uma palavra desde que nos sentamos (além de sussurrar no meu ouvido "beijar você no carro me deixou duro feito uma pedra"), Christopher certamente teria alguma coisa sarcástica para dizer caso déssemos chance.


Finalmente, na possivelmente ideia mais estúpida que um homem inteligente e consciencioso poderia ter, Victor quebrou o silêncio ao abrir a garrafa do champanhe que havíamos pedido.


"Nós deveríamos brindar à fantástica viagem da Maite." Ele disse alegremente, graciosamente inclinando a garrafa em direção a taça de Alexandra.


Christian, Dulce, Anahi, Alfonso e eu o encaramos como se ele fosse um débil mental.


Ele não percebia o olhar de ressentimento do seu filho mais novo? Digo, Victor estava repetidamente trazendo à baila o assunto que tinha causado aquele humor sombrio em Christopher.


"Um brinde. Que ideia excelente." Christopher disse em uma voz assustadoramente calma, se levantando ligeiramente para poder alcançar e arrancar a garrafa de champanhe das mãos de Victor . Neste momento Anahi já tinha sua mão sobre sua boca e olhava os dois como se eles fossem sacar as armas a qualquer momento e começar um tiroteio, e Dulce parecia tão divertida quanto Christian.


Ao invés de distribuir a bebida, Christopher ergueu a garrafa em sua mão e disse, "Aqui estamos todos juntos, como uma família." Seus olhos entraram em contato com os de Victor enquanto ele continuava, cada palavra precisa e maldosa. "Algo que nós deveríamos fazer mais vezes; porque não há nada pior do que negar a sua própria carne e o seu próprio sangue."


E então, ainda meio sentado e meio de pé, ele levou a garrafa até seus lábios e começou a beber do bico.


Ouvi alguém deixar escapar o começo de uma risada, e fiquei surpresa quando vi se tratar de Alexandra, embora ela logo tenha se recuperado ao tomar um gole de sua taça. Acho que isso explica de onde Christian herdou seu senso de humor meio distorcido. Quando Christopher tinha virado praticamente metade da garrafa, ele a largou na mesa de bebidas e sentou-se no seu lugar, estendendo a mão para os meus cachos mais uma vez.


"O seu cabelo está legal," ele cantarolou para mim na sua melhor voz sedutora, ignorando o resto dos olhares na mesa, que nunca o tinham abandonado. Corei uns dez graus de vermelho com Christopher usando a voz me-seduz-por-favor na frente do seu pai, mas antes que eu tentasse amenizar a situação, Alfonso interrompeu.


"É isto." Ele grunhiu audivelmente, olhando de Victor para Christopher com raiva, "Vocês dois têm agido estranho por meses. Christopher, não me leve a mal, você sempre foi calado e até um pouco sombrio, mas está ficando bem pior. Eu não me importo se nós vamos ter que ficar sentados aqui a noite toda, mas um de vocês vai nos contar o qu..."


"A COMIDA ESTÁ NA MESA!"


Metade do restaurante se virou para nos olhar quando eu berrei, me fazendo considerar a ideia de começar a cobrar os ingressos para o show de Christopher e Maite. Compre um bilhete, e veja a melhor disfunção familiar que existe.


"Sim! Eu, ah... Amo comida." Dulce falou, seu entusiasmo falso não tão ridículo quanto o meu – talvez porque ela não gritou para o prédio inteiro ouvir. Eu estava tão vermelha nessa hora, que juro que alguém poderia fritar um ovo na minha cara.


Christopher riu perto de mim; ignorando o olhar venenoso que lancei para ele.


"Você vai fazer isso toda vez que alguém fizer uma pergunta tensa, Anjo?" Ele sussurrou para mim, baixo o suficiente para que ninguém conseguisse escutar apesar do tilintar de talheres e do barulho dos outros fregueses.


Virei minha cabeça para longe dele, revirando meus olhos enquanto meu prato era posto a minha frente. Não aceitando ser ignorado, Christopher pressionou sua testa em minha têmpora e esperou.


"Não haveria nenhuma pergunta tensa se você parasse de agir como se não se importasse com nada." Sibilei, já dividindo nossos vegetais de modo que ele ficasse com meus brócolis e eu com todas as suas cenouras.


Percebi que Victor olhava para mim, seus olhos indo do rosto de Christopher colado ao meu para mim dividindo nossos pratos. Havia uma ruga de preocupação entre suas sobrancelhas, como se ele estivesse se arrependendo de alguma coisa. Espero que esteja se arrependendo da sua não-aprovação do nosso namoro.


A respiração quente de Christopher, combinada com o cheiro de uísque (curiosamente tornando tudo mais apelativo) varreu meu rosto quando ele soltou uma risada sem diversão. "Querida, eu não estou agindo como se não fosse nada. Eu realmente não dou mais a mínima. Ou já não é o bastante eu ter de lidar com a sua partida, isso sem contar o fardo dos segredos do Victor sobre meus ombros? E não aja como se isso fosse fácil pra você também; eu vi as suas lágrimas hoje mais cedo."


A injustiça daquilo ardeu em mim. Ele realmente pensou alguma vez que aquilo estivesse sendo fácil pra mim?


Alexandra pigarreou, me poupando de respondê-lo, e eu me voltei agradecidamente ao seu sorriso caloroso. O rosto de Christopher caiu até a base do meu pescoço, enquanto ele ignorava completamente a sua bebida e trazia a garrafa de champanhe de volta para a sua boca.


"E então, Maite," Alexandra disse em voz alta, como se ela tivesse que erguer sua voz para abafar o intenso silêncio que caiu sobre todos nós, "como aconteceu essa sua bolsa de estudos?"


Minha nossa senhora.


Escolham outro assunto, pessoas.


"Oh, eu posso responder essa." Christopher disse alto (antes que eu pudesse até mesmo abrir a minha boca), sua cabeça ainda descansando em meu ombro. "Veja, a minha Maite aqui e o seu bom amigo William Levy – que por falar nisso não quer nada mais do que inseminá-la com o seu esperma do mal – decidiram que eles gostariam de passar um confortável ano juntos em Londres. Uma solicitação mais tarde e BHAM! Londres, aqui vão eles."


Graças a Deus todos tiveram o bom-senso de ignorar Christopher (embora Dulce, Christian, Alexandra e até mesmo Anahi engasgaram quando Christopher usou o termo "esperma do mal"), então eu poderia responder a Alexandra calmamente.


"Na verdade eu fiquei surpresa por ter conseguido. Meu mérito acadêmico era bom o bastante para ser considerado, mas eu não acreditava que realmente tivesse alguma chance, já que o meu vídeo de solicitação não foi muito bom."


"Mas, porque minha sorte é essa merda de tão boa, ela ganhou. Eu provavelmente vou ser atingido por um raio no caminho pra casa, também." Christopher riu, se auto-depreciando.


"Christopher, olha o linguajar." Victor e Alexandra o repreenderam ao mesmo tempo, apesar de nenhum deles ter dito nada quando ele usou a palavra "esperma" na conversa de antes.


"É," Christian finalmente entrou no diálogo desastroso, "Então, como vocês irão substituir a Maite no trabalho? Ana com certeza não é boa o suficiente para a tarefa. Quem sabe Angelique pode voltar a tempo?"


O coração de Christian tinha estado no lugar certo, já que ele estava obviamente tentando manter a paz com o que presumia ser uma conversa neutra, mas ele não poderia ter escolhido um assunto pior para trazer à tona.


"Oh, sim." Christopher riu, erguendo a cabeça e encarando malignamente a todos, "Eu duvido que ela vá querer se afastar do seu filho ilegítimo, especialmente considerando todos os problemas que ela está tendo com o pai do seu menino."


Alfonso, que sempre foi bom em captar o humor das pessoas, deu uma olhada para a expressão ressentida de Christopher, para o rosto pálido de Victor e para uma Alexandra divertida que sacudia a cabeça, e perguntou muito calmamente, "Que problemas?"


Christopher obviamente não estava tão indiferente quanto ele aparentava, pois apesar desta ser a oportunidade perfeita, ele manteve sua boca fechada e olhou incisivamente para Victor .


Victor , por sua vez, olhava dos seus filhos para sua esposa, claramente dividido sobre o que estava prestes a dizer. Foi o pequeno aceno de encorajamento de Alexandra e o seu sussurro de "Está na hora", combinado com o olhar duro e impiedoso de Alfonso, que fizeram Victor finalmente dizer, "Não é nenhuma desculpa, mas aconteceu quando sua mãe e eu estávamos separados..."


Acontece que Alfonso e Christian não precisaram ouvir mais nada depois disso.


Um segundo estávamos todos sentados ali calmamente, e no instante seguinte Christian estava rugindo "SEU FILHO DA MÃE!" e então tanto ele quanto Alfonso se lançaram contra Victor por cima da mesa.


Caos.


A toalha de mesa foi arrancada quando Victor foi derrubado de sua cadeira. Lentamente, dolorosamente, um de cada vez – os pratos, candelabros, nossas taças de vinho – tudo foi abaixo. Alexandra só conseguiu sair do caminho enquanto os três Uckermann rolavam pelo chão numa confusão de braços e pernas.


Christian estava dando a maioria dos socos, embora ele parecesse estar atingindo Alfonso tanto quanto ao seu pai. Victor , por outro lado, não estava nem mesmo tentando revidar; ele só queria se afastar do seu filho maior. Alfonso parecia ser o que mais xingava, pulando aqui e ali e tentando contornar Christian. Então eles rolaram até os pés de um homem acima do peso que tinha congelado em choque enquanto passava pela nossa mesa, mandando-o para a nossa mesa de vinho e cobrindo todos eles com a bebida tinta.


Como se não fosse ruim o suficiente, Anahi olhou para Christopher, que era o único de nós que ainda estava sentado, e disse a ele numa voz esganiçada, "Vá lá e faça alguma coisa!"


Provavelmente Anahi estava esperando que ele de repente se metesse na briga e separasse sua família, mas ela pareceu ter esquecido que tinha sido ele quem começou este fiasco inteiro. Christopher, quem ainda estava calmamente bebericando sua garrafa de champanhe, a largou, desabotoou o botão do seu paletó, decidiu pegar a garrafa mais uma vez, e então preguiçosamente entrou na luta, se jogando nas costas de Christian.


Christian, com Christopher agarrado às suas costas igual a um coala doido, soltou um "oomphff!" e andou em direção a Alfonso, que tinha seu pai preso em uma chave de pescoço.


O homem robusto tinha conseguido escapar do banho de vinho tinto, mas acabou escorregando no champanhe que Christopher recém tinha derramado, mandando-o para cima de Alfonso. Foi esta adição não-Uckermann à briga que fez todos eles congelarem de repente, finalmente notando que todos estavam olhando para eles, e que eles estavam cobertos de vinho, champanhe, vidro e sangue.


No terceiro momento de perfeita sincronização da noite, cada um dos rapazes Uckermann se curvou para ajudar o homem a se levantar, perguntando solicitamente, "Você está bem, Senhor?"


"Perfeitos cavalheiros." Alexandra resmungou para nós, sarcasticamente.


Dulce foi a primeira a reagir, além do comentário ainda em estado de choque de Alexandra. Ela abriu caminho pela confusão, encontrou Christian e torceu a orelha dele.


"Porra, Dul!" Christian grunhiu, deixando que ela o erguesse pela orelha torcida, possivelmente temendo a perda do ouvido caso não cooperasse.


"Seu idiota! Alguma vez te ocorreu que vocês estavam em um lugar público?" Dulce perguntou retoricamente, completamente sem se dar conta de que ela estava em um local público com todo mundo assistindo o seu sermão.


Enquanto Dulce repreendia Christian, Alexandra e Victor estavam tendo uma conversa apologética com o maître d, e eu vi distintamente Victor desembolsar seu cartão de crédito. Anahi estava agachada ao lado de Alfonso, que estava tentando conter um sangramento no nariz enquanto lançava olhares mortais ao seu pai.


E lá estava Christopher.


Ele estava deitado de costas em uma pilha de vidros e vinho, seus lábios ensanguentados e estendidos em um sorriso. O sorriso parecia indicar que a mudança nos acontecimentos foi exatamente o que ele precisava na suaprecisava na sua busca pela auto-destruição.


Marchei até ele até estar parada ao seu lado, mãos nos quadris, sem dúvida alguma parecendo com um grande e vingativo cupcake verde-jade.


"Espero que você esteja feliz." Disse a ele seriamente, na minha melhor voz severa.


Christopher se ergueu em seus cotovelos e vagarosamente olhou para as minhas pernas nuas. "Estou estático, amor."


"O que possuiu você para começar com tudo isso?"


"Quer saber?" ele perguntou, me ignorando completamente e agora encarando a fenda do meu vestido.


"O que?" devolvi, prestes a enfiar a força algum sentido naquela cabeça bêbada dele.


"Eu acho que nós deveríamos nos casar."


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 



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Autor(a): Hemsworth45

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