Fanfics Brasil - distraídos His Personal Assistant (Uckerroni)

Fanfic: His Personal Assistant (Uckerroni) | Tema: RBD,Maite Perroni, Christopher Uckermann


Capítulo: distraídos

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CHRISTOPHER POV


O elevador me fez sentir como se estivesse preso em um caixão.


Parecia que o ar tinha parado de circular e agora estava apenas fazendo pressão em mim, pesado e opressivo, enquanto eu lutava para respirar apesar dos pulmões comprimidos.


Minha visão estava turva, borrada, como se eu estivesse debaixo d'água e tentando olhar para a superfície.


Embora eu soubesse que estava quente, minha pele estava fria e pegajosa, como se eu fosse um homem à beira da morte.


A única coisa que me mantinha ancorado à sanidade era a mão que eu tinha pressionada na base das costas de Maite. Apesar de ela ser a razão para o meu – agora constante – estado de agitação, ela era também a única que podia manter meus joelhos batendo juntos como um verdadeiro potro assustado.


O que minha mãe disse que ela havia sentido, quando descobriu sobre Angelique e Victor?


O único capaz de me fazer para de chorar é aquele que me fez começar.


Maite e eu mal tínhamos conversado desde que ela havia resignadamente aceitado meu pedido de casamento na noite passada. Para ser honesto, eu tinha me esforçado bastante para manter nós dois distraídos com uma série de orgasmos sublimes e alucinantes – então, digamos que muita conversa não era esperada.


Mas o que havia dado em mim para propor ao meu Anjo de tal maneira?


Eu tinha planejado há muito tempo como eu supostamente deveria fazer a pergunta. Seria nas nossas primeiras férias juntos no exterior, nós estaríamos andando em alguma praia à luz do luar, e eu iria ficar de joelhos em frente a ela e declarar, "Maite Perronj, eu fico perdido sem você... por favor, case comigo."


Oh, mas ao invés disso, eu estava coberto de sangue e vinho, deitado em cacos de vidro, e oferecendo a ela sexo oral como um encorajamento.


Não foi o meu melhor momento.


Nem de longe.


Mas o mais surpreendente foi o fato de Maite ter aceitado. Eu nunca quis tanto ler a mente dela quanto naquele instante. Eu queria saber se ela realmente falou sério, se ela acreditou que eu estava falando sério, se a sua concordância em se tornar a minha esposa significava que ela não iria me deixar mais.


O jantar da noite passada me provou que eu já estava no caminho da auto-destruição. Eu senti que meu mundo iria terminar quando Maite partisse, que não existiria mais nada com o que me importar. Embora Maite e eu tivéssemos ficado juntos por um curto período de tempo, ela já havia se tornado o centro do meu universo no momento em que a vi, meses atrás. Sendo privado dos seus sorrisos doces, do seu perfume de morango, dos seus beijos apaixonados; como alguém conseguiria ficar lúcido?


Então aqui estamos, em nosso caminho para o almoço, apertados em meu elevador, uma carga de silêncio misturada com a carga de excitação que sempre corria por mim quando ela estava próxima.


De um jeito ou de outro, eu estava determinado a falar tudo assim que nos sentássemos para comer. Eu não conseguia continuar fazendo isso – levando a mim mesmo à loucura com especulações e meias respostas. Maite e eu iríamos conversar, porque se nós não fizéssemos isso agora, enquanto ainda podíamos, então nós nunca iríamos.


Usei a mão nas costas da Maite– minha corrente à sanidade – para conduzi-la para fora do elevador e até o restaurante dos funcionários. Eu teria gostado de fazer isso em um lugar mais particular, mas havia tanto trabalho para fazer, que nós estávamos com um prazo muito limitado, então quanto mais cedo nos resolvêssemos, melhor.


Decidimos por acordo mútuo nos sentar em lados opostos da mesa; rompendo o meu hábito de deslizar para o seu lado, para poder enterrar meu rosto em seu pescoço. Agora eu precisava fazer algumas perguntas difíceis, e sem dúvida receberia respostas difíceis, então era melhor que eu não fosse distraído pela sua pele quente e convidativa.


O que eu não estava preparado, porém, era para o... apelo visual da Maite. Ela tinha usado um cardigan o dia inteiro, mas ela o desabotoou (tão lenta e sensualmente que eu juro que ela estava fazendo de propósito) quando se sentou, revelando um vestido de seda azul marinho muito justo com um decote avantajado, expondo o seu glorioso pescoço para mim.


Do ângulo em que eu estava, de frente para ela, eu conseguia ver o topo dos seus seios, a curva deles logo acima do decote. Aquela pequena visão, em conjunto com as memórias que eu tinha de mim mesmo idolatrando seus seios nus, foram o suficiente para me deixar mudo por tanto tempo que Maite teve de iniciar a nossa conversa.


"Se eu pedir uma salada, você vai comer os meus tomatinhos?" Ela perguntou, falando pela primeira vez desde que concordou em me acompanhar para o almoço à meia hora atrás.


"Claro," Eu respondi, limpando a garganta e mantendo meus olhos fixos no cardápio. Talvez seja o fato de que eu tinha fantasiado com a imagem dela por meses, ou o fato de que nós estávamos fazendo sexo selvagem quantas vezes possíveis nos últimos meses, mas eu nunca parecia capaz de controlar meus desejos primários quando estava ao seu lado.


Depois que uma garçonete tomou nossos pedidos (me dando um olhar de surpresa por causa dos hematomas em meu rosto), eu pigarreei, resistindo à vontade de pegar a mão de Maite, e falei com seriedade, "Maite, amor... Eu acho que nós precisamos conversar."


"Você acha que os seios dela eram reais?" Maite respondeu, olhando nossa garçonete se retirar com uma expressão de curiosidade dissimulada. Eu teria acreditado que ela estava realmente desinteressada, mas eu conhecia o suficiente da personalidade de Maite para saber que ela se refugiava no humor quando estava nervosa.


"Eu preciso te pedir desculpas, mais uma vez," falei, ignorando suas tentativas de distração, "eu tenho me comportado igual a uma criança birrenta ultimamente, ao invés de conversar com você como um adulto. Talvez a gente possa discutir as coisas entre nós de forma apropriada?"


Maite suspirou enquanto seus olhos dançavam pelo meu rosto, e então se reclinou, tirando seus sapatos e descansando seus pés em meu colo. Ela torceu seus dedos contra minha coxa – e olá, Sra. Ereção – antes de concordar, "Tudo bem, vamos falar sobre isso. Mas eu quero começar." Considerando que ela estava de acordo comigo, eu achei que seria insensível da minha parte pedir para que ela tirasse seus pés da área de perigo, já que eles estavam ressuscitando memórias vívidas do que aconteceu na última vez em que nós estávamos na mesma posição, mas em um restaurante diferente.


"Manda." Eu disse, minha voz saindo pateticamente excitada até para os meus próprios ouvidos. Eu já tinha me divertido três vezes na noite passada, e ela ainda conseguia fazer isso comigo com o mais simples dos gestos.


Eu sou um caso perdido.


"Tudo bem, então." Maite começou determinadamente, espiando os seios da garçonete com suave interesse enquanto ela depositava nossa comida e bebidas à nossa frente. "Primeiramente, a noite passada foi um verdadeiro desastre – necessário, mas ainda assim um desastre –, então vamos esquecer tudo, ok?"


Cortei seus tomates e estremeci internamente. Embora estivesse contente por ela não estar me culpando pela briga ridícula que eu instiguei na noite passada, eu me perguntava se a sua política de "vamos esquecer tudo" se aplicava ao meu pedido de casamento, também. Ela acreditou que eu estava tão bêbado para não me lembrar, ou ela só preferiu ignorar? Aquelas eram as perguntas que eu precisava fazer assim que ela terminasse de falar.


"E o que mais?" A apressei, impaciente para chegar a minha vez.


"Em segundo lugar, eu sei que você não quer que eu vá para Londres." Maite encarava seu prato, parecendo culpada e miserável, fazendo-me sentir as mesmas emoções. O meu comportamento egoísta estava fazendo Maite sentir culpa sem ter motivo, e isto era inaceitável da minha parte. "E eu imagino que você está pensando assim porque você acha que eu vou deixar o William... como é mesmo? 'Me inseminar com o seu esperma do mal'?"


Acho que eu realmente corei nessa parte, mas tive a decência de tentar parecer culpado. Isto era verdade, apesar de tudo. William Levy olhava para Maite da mesma maneira que eu a olho; como se ele estivesse alucinadamente apaixonado por ela.


Maite se inclinou na minha direção e pegou a mão que não estava segurando meu garfo. Infelizmente, o movimento fez com que o seu pé escorregasse pelo interior das minhas coxas até que ele estivesse dolorosamente perto do meu... problema. Isto, combinado com o seu pequeno polegar fazendo círculos na minha palma e com o taradinho de 17 anos dentro de mim, me deixou sorrindo igual àquele gato roxo listrado de Alice no País das Maravilhas.


"Mas," ela enfatizou apertando minha mão, completamente inconsciente da minha vontade de roçar em sua perna, "eu não quero ele. Eu mal o quis quando acreditava que gostava dele, imagine agora que tenho você. Eu já andei me informando, e não estarei de maneira alguma perto dele durante a viagem. Eu fiz uma solicitação para ficar em um apartamento só para mulheres, próximo à escola. Deixei claro para os organizadores da bolsa de estudos que eu não quero trabalhar com o William. Vou ignorá-lo lá tanto quanto o faço aqui. Ok?"


Meu coração estava se comprimindo dolorosamente em meu peito, e a sensação de estar sendo sepultado estava retornando com força total. Embora eu estivesse aliviado com o esforço que May feito para organizar sua vida e ficar longe do Levy, ela ainda estava planejando viajar.


E isto também significava que ela estava ignorando a minha proposta. Eu não podia culpá-la, considerando a maneira como eu fiz o pedido, mas isso ainda me fazia querer me curvar em uma miserável bola e chorar igual a uma menininha.


"Ok," finalmente resmunguei, largando meu garfo, já que havia perdido todo o apetite. Então pus minhas mãos sob a mesa e massageei a sola dos pés dela, me concentrando na seda de suas meias para evitar pensar em mais nada.


Entorpecimento – a última defesa de um homem desesperado.


"Em terceiro lugar," Maite pressionou, enquanto contorcia seus dedos para me avisar que eu estava fazendo um ótimo trabalho, "eu quero que você saiba que não tenho nenhuma expectativa. Se você não quiser esperar por mim, eu entendo. Um ano é tempo demais para você esperar por alguém com quem está saindo há apenas algumas semanas. E é, acho que é isso o que eu tinha pra dizer."


Permanecemos em silêncio depois que ela terminou aquela declaração ridícula, até que Maite começou a choramingar. Por um segundo pensei que ela estivesse chorando, mas logo percebi que minhas mãos tinham apertado seu tornozelo com a minha raiva, e que o som havia sido um ganido de dor. Eu rapidamente a soltei, acariciando a pele com a ponta dos meus dedos.


"Desculpa," sussurrei, me inclinando em sua direção. Havia apenas alguns centímetros entre nós agora.


"Est..." Maite começou, mas eu estava interrompendo antes que ela conseguisse pronunciar mais alguma palavra.


"Como você pode dizer uma coisa dessas, Anjo? Eu já te falei mil vezes. Excluindo o fato de que EU TE AMO, eu nem posso imaginar sair com outra pessoa." Eu estava deixando escapar muita intensidade em minhas palavras, minha voz decaindo para um sussurro abafado enquanto eu revelava minhas verdades mais profundas a ela. "Às vezes eu desejo tanto você, que nem consigo raciocinar direito. Quando eu estou dentro de você, o Armageddon poderia estar irrompendo à minha volta, e tudo o que eu seria capaz de registrar seria todo o seu calor e a maneira que eu te completo, como se eu tivesse nascido para fazer aquilo. Até mesmo agora – quando nós estamos decidindo como o nosso relacionamento vai progredir, tudo o que eu consigo pensar é em me arrastar para debaixo dessa mesa e vê-la ali, à minha disposição."


Pude sentir a respiração acelerada de Maite se misturando com a minha enquanto eu falava, e sendo bem honesto, soube que este não era o melhor curso para os acontecimentos. Eu deveria ter apenas dito, "valeu pela oferta, mas não, obrigado." Agora parecia que, se eu tivesse mesmo começado a roçar na perna dela, ela teria gostado.


"Christopher, eu..." Maite murmurou, deixando a frase no ar enquanto seus olhos vagavam até meus lábios da mesma forma que os meus fitavam os lábios dela.


Eu me recostei no banco, desesperadamente tentando quebrar a química que tinha surgido entre nós, mas isto pouco ajudou.


"De qualquer maneira," eu concluí em tom neutro, "o que eu quis dizer foi: você significa tudo pra mim."


"Certo." O pé de Maite estava em meu colo mais uma vez, e parecia que ela não fazia ideia do que nós estávamos conversando um segundo antes. O sentimento era mútuo.


"Imagino que seja minha vez agora?"


Maite umedeceu seus lábios e assentiu, sucintamente garantindo uma confusão estonteante em minha mente. Voltei a massagear seus pés enquanto tentava pensar no que eu queria dizer.


Mais importante, eu precisava me desculpar por qualquer sofrimento que minhas atitudes recentes tivessem lhe causado. Não era, e nunca havia sido, minha intenção fazê-la sentir como se tivesse culpa por algo, mas a minha aflição pela sua partida era tão grande que eu não consegui falar nada.


Então eu precisava perguntar o que ela pensou sobre o meu pedido de casamento, e eu precisava garantir a ela que eu não estava brincando ou bêbado. Bem, na verdade eu estava um pouco embriagado, mas tudo o que a bebida fez foi diminuir minhas inibições e impulsionar minha confiança o suficiente para eu conseguir expressar meu desejo em torná-la minha esposa.


Quando eu estava prestes a abrir minha boca, Christian escorregou para o assento ao lado de Maite, parecendo acanhado e desconfortável com um pequeno corte acima da ponte do nariz. Me senti culpado ao ver o corte, mas tentei deixar a sensação de lado. Já havia culpa suficiente para eu lidar no momento, e, além disso, tenho certeza de que os cotovelos ridiculamente ásperos de Alfonso eram os culpados.


"Christian ", cumprimentei, percebendo que meu irmão mais velho estava passando por um dia realmente ruim.


"Oi?" Ele falou como uma pergunta, olhando de mim para Maite, como se esperando por uma aprovação para ficar ali. Sem dúvidas ele estava lembrando do meu discurso da noite passada, e sobre como eu não queria lidar com nenhum deles até que Maite viajasse. "Tudo bem, Chris. E aí?" eu suspirei, chamando-o de “Chris" para mostrar que tudo estava tranquilo. Quando eu falei aquilo ontem, eu apenas quis dizer que não queria lidar com nenhum problema da minha família, e não que eu não quisesse vê-los.


Christian me lançou um sorriso de alívio e tomou um grande gole da Coca de Maite. Então ele começou a falar em um jato, nada acostumado a se desculpar. "Eu só queria pedir desculpas pela noite passada, mano. Eu não deveria ter me virado contra você daquela forma, a mamãe meio que me explicou toda a situação, e como você tem estado cuidando do nosso irmãozinho e da Angelique durante todo esse tempo... e eu me senti um pouco idiota pelo que eu fiz."


"Você foi um idiota, seu idiota." Maite resmungou para ele, partindo em minha defesa.


Christian rolou seus olhos para ela, mas ele pareceu aliviado quando eu sorri para ele, demonstrando que eu havia entendido. Afinal das contas, quando eu descobri sobre Victor, eu também havia batido nele.


"E onde está o pedido de desculpas do Poncho?" Maite perguntou a Christian , uma questão cuja resposta eu já sabia. Alfonso levaria mais tempo do que Christian para aceitar as minhas mentiras, mesmo se elas fossem em nome dos nossos pais.


"Ele está em uma reunião," Christian mentiu para nós, amavelmente. Então ele viu que eu não estava comendo meu sanduíche, e prontamente puxou meu prato para perto dele. "A propósito, me fale sobre o menininho! Qual o nome dele, etc.?"


Assisti com desgosto quando um pedaço de alface desapareceu naquele buraco sem fundo que Christian chamava de boca, enquanto movia minhas mãos para as pernas de Maite. Ao fazer isso abri suas pernas ao redor dos meus joelhos, e usando isto como distração, tentei lembrar de alguns detalhes que eu sabia sobre o meu meio-irmão.


"Ele só tem alguns meses, é tão miudinho quanto mamãe disse que o Alfonso era, o nome dele é Bem Boyer, e Angelique está com ele na casa dos pais dela por algumas semanas, para eles poderem conhecê-lo."


"E a Angelique...?" Christian deixou a pergunta no ar, mas eu entendi perfeitamente o que ele queria saber.


"Angelique é uma mulher de muita classe, Chris." Eu o avisei, a ponta dos meus dedos tocando a parte de trás dos joelhos de Maite. "Ela não quer nada do que é nosso; embora, é claro, Victor esteja providenciando o melhor apoio financeiro para os dois. Na verdade, ela prefere que Ben não tenha o sobrenome Uckermann, para que ele possa evitar qualquer estigma ou publicidade que isso com certeza acarretaria. Tudo o que ela quer é que seu filho tenha uma família amorosa."


"Bem, e ele terá uma família," Christian disse com a mesma convicção e boa vontade que eu havia demonstrado quando descobri. "Nossa mãe e nosso pai simplesmente terão que engolir isso e se acostumar com a ideia. Mas honestamente, Angelique parece ser uma garota legal, eu vou ter que conhecê-la melhor em breve."


Lembrei a maneira como Angelique havia entrado em meu escritório para anunciar que ela iria tirar sua licença maternidade, e como ela havia sugerido o nome de Maite para sua substituta com uma piscadela conspiratória. Enquanto eu refletia sobre as previsões de Angelique, minhas mãos alcançaram as coxas de Maite. Ela estava escorregando no assento para chegar mais perto de mim, assim como eu estava me inclinando na sua direção.


"Ela passou por muita coisa, e nunca nem uma vez atacou ninguém." Eu expliquei para Christian , "além do mais – e isso a torna praticamente perfeita no meu conceito -, Angelique sabia como eu me sentia a respeito da Maite, e ela encorajou o nosso relacionamento."


"É, mas ela não foi a única cupido nessa história." Christian riu baixinho, sorrindo para Maite. Maite, quem parecia que tinha uma arma sendo apontada para ela. Ela estava sacudindo a cabeça freneticamente para Christian , obviamente dizendo para ele calar a boca.


"MINHA NOSSA SENHORA, MAITEZINHA!" A voz de Christian ressoou, fazendo algumas cabeças se virarem em nossa direção. "Você ainda não contou pra ele?"


"Nós realmente deveríamos voltar pro escritório, Christopher." Maite tirou suas pernas das minhas mãos e colocou os sapatos de volta. O seu único problema era que o meu irmão-grande-como-um-armário estava sentado entre ela e a saída, sorrindo feito um gato com penas de canário escapando de sua boca.


Agora sim, meu interesse foi realmente conquistado.


"Me contou o que?" Perguntei a Christian , ignorando os olhares de pânico que Maite lançava entre meu irmão e eu.


"Oh, mano!" Christian riu enquanto Maite se atirava de volta em seu assento e afundava até que apenas a sua testa estivesse pouco visível. "Mano, mano, mano... Você nunca se perguntou por que a inocente Maitezinha aqui um dia veio trabalhar parecendo uma personagem saída dos nossos velhos filmes pornôs?"


Na época eu havia pensado que tinha sido minha imaginação fértil, mas o rosto corado de Maite(ou ao menos a sua testa corada) estava me dizendo algo diferente. "E que tal como ela estava de repente lendo aquele livro estúpido da Bela Adormecida que você tinha lido? Isso tudo porque a nossa nem-tão-inocente Maitezinha veio até nós para pedir ajuda para seduzir o seu traseiro sem noção!"


Houve uma pausa tensa.


Então eu comecei a rir.


Não havia outra forma de descrever o que eu estava fazendo, além disso. Eu estava sentado lá, esfregando minhas mãos igual a um bandido malvado, dando risadinhas no maior estilo Dick Vigarista.


Maitezinha me torturado quando ela encontrou o livro da Bela Adormecida na minha biblioteca, e agora eu descubro que ela tinha estado tentando me seduzir todo esse tempo?


Isto vai ser brilhante.


Maite me deu um olhar frio enquanto eu continuei a rir e Christian começou a gargalhar, mas eu pude ver uma fagulha de excitação e aborrecimento e uma pontada de medo em seus olhos, que me diziam que ela sabia que eu não iria deixar barato.


Eu sabia que meus olhos estavam intensos apesar da minha risada, dizendo a ela está certo, querida; logo você vai estar implorando ao homem que tanto desejou. Maite captou minha mensagem alto e claro, porque ela me lançou um olhar desafiador e se levantou. Então ela deu um jeito de escalar o banco por trás de Christian , pulou para o chão e saiu do restaurante como um furacão.


"Merda," Christian riu da saída dramática de Maite. "Ela vai acabar comigo mais tarde, mas valeu totalmente a pena


“É verdade que ela já me queria há tempo, Chris?" Perguntei em choque, meus olhos ainda fixos na porta por onde Maite havia desaparecido. "Eu não consigo imaginar isso."


Me surpreendi quando, ao invés de brincar, Christian me deu uma batidinha camarada em meu ombro e falou, "Cara, a May não quer mais ninguém além de você. Você devia ver o quanto ela estava determinada a te conquistar."


Fiquei ali e conversei com Christian por um tempo, enquanto ele me presenteava com histórias sobre o plano que Maite, Alfonso, Anahi, Dulce e ele tinham bolado para me fazer cair nas graças do meu Anjo. Era incrível como eu havia sido tão cego, porque se eu tivesse sabido antes que Maite Perroni me queria, eu teria...


"Tchau, Chris." Acho que o interrompi no meio de uma frase, mas a sua risada divertida me acompanhou até a porta, me mostrando que ele havia entendido.


Tive que me recompor em meu elevador, enquanto pensava sobre encurralar uma Maite furiosa em seu escritório. Ela iria brigar comigo no início, mas no segundo em que nós nos tocássemos, seria como química pura.


Quando pedi a Ana Brenda para segurar minhas ligações e visitas, ela abafou uma risadinha que me mostrou que ela sabia exatamente o que eu estaria fazendo. Mas eu não dava a mínima pro fato de ela saber.


Deixe que o mundo saiba que Maite Perroni tinha me desejado todo esse tempo, também.


Como eu havia previsto, Maite estava zanzando toda mal-humorada pelo seu escritório quando eu entrei, sorrindo como se eu tivesse ganhado na loteria e sobrevivido a um raio no mesmo dia.


"Você também gostava de mim." Ela falou pra mim enquanto eu fazia um show ao trancar a porta do seu escritório atrás de mim.


"Anjo," sorri em resposta, imaginando se ela iria seguir as minhas ordens ou não. "Eu acho que você deveria se curvar sobre a sua mesa, por favor."


Para minha surpresa, lançou um olhar raivoso, mas andou até sua mesa e prontamente se inclinou sobre ela, seu traseiro em um ângulo perfeito para a minha observação. A ouvi resmungar alguma coisa sobre eu ser um "babaca convencido", o que era absolutamente uma descrição certeira de como eu estava me sentindo no momento.


"Entãão..." falei pausadamente, correndo minhas mãos preguiçosamente sobre seu traseiro, massageando sua pele através da barreira do vestido. "Você realmente me queria, uh?"


"Me come." Maite grunhiu por sobre seu ombro, uma pobre escolha de palavras da parte dela.


Me debrucei por seu corpo, correndo minhas mãos sob seu vestido e empurrando meu peito em suas costas. Quando minha boca estava em seu pescoço, dei uma longa lambida e prometi a ela sinceramente, "Oh, meu Anjo querido... Farei isso em breve."


Fiquei extremamente satisfeito quando um arrepio correu por todo o seu corpo e ela fez um pequeno som de engasgo, tão similar ao som que ela faz quando eu a penetro pela primeira vez, que minha ereção se contraiu.


"Agora," murmurei para ela, meus dedos encontrando a beira das suas meias e calcinhas e curvando-se ao redor dela. "Se você me disser exatamente o quanto você me queria, talvez eu não te faça implorar por mim até perder a voz."


Maite deu uma bufada charmosa em resposta, que se transformou em um guincho quando eu puxei suas meias e calcinha pernas abaixo.


"Afinal," eu lembrei, a penetrando com dois dedos e bombeando-os rapidamente. Ela já estava pronta, e a ideia de ser eu o causador despertou algo louco dentro de mim. "Você me amarrou em uma cama e me deixou maluco, então é apenas uma questão de justiça retribuir o favor."


"Tudo bem, Rei dos Babacas, eu vou te contar tudo o que você quiser saber."


Oh, cara.


Maite estava usando a sua voz de gatinha manhosa, o que sempre me alertava para o fato de que eu estava com problemas. Ela se abaixou um pouco para tirar seus sapatos, e enquanto estava se rebolando para sair de suas meias, ela começou a "me contar tudo o que eu queria saber".


"Você sabe como às vezes você costumava me pegar encarando o vazio?" Maite ronronou para mim, voltando a se inclinar sobre a mesa sobre seus antebraços. "Isto era porque eu estava pensando em você transando comigo na minha mesa – na sua mesa – ou em qualquer outro lugar, pra falar a verdade. Desde que eu comecei a trabalhar aqui, a única maneira de eu conseguir gozar quando me tocava, era imaginando você..." ela olhava por sobre seu ombro, piscando para mim, "...você, me tornando sua. Me controlando."


Acho que meu cérebro tinha pifado. Eu lembrava de Maite, sentada em sua sala, com um olhar vítreo em seu rosto enquanto ela encarava a parede. Eu podia até ver meu Anjo, deitada em sua cama, mãos sob os lençóis enquanto ela pensava em mim. Oh, mas agora tudo o que eu conseguia pensar era em transar sem parar com Maite, até ficarmos inconscientes.


"Um, yeah..." Resmunguei qualquer coisa, enquanto rapidamente me livrava de minhas calças. "Eu sei que eu disse que seria gentil se você cooperasse... mas acontece que isso não vai mais ser possível."


Então em um movimento rápido dos meus quadris a penetrei tão forte que ela chegou a ficar na ponta dos seus pés.


"Merda." Nós dois dissemos em uníssono. Maite era tão apertada nesta posição, que eu tive de cravar meus dedos em seus quadris para evitar acabar com a brincadeira cedo demais.


Uma vez que eu estava controlado, comecei estabelecendo um ritmo forte, saindo completamente antes de voltar com tudo, angulando cada investida, nossos quadris se chocando. Quando Maite começou a fazer aquele pequeno som ofegante – o acompanhamento perfeito para o meu grunhido áspero -, angulei meus quadris de forma a ficar sob ela, meu membro a estimulando tanto quanto possível.


Enquanto eu estocava, fazendo sons iguais a um animal ferido, Maite começou a rolar seus quadris e a encontrar meus movimentos, me fazendo jogar a cabeça para trás e rolar meus olhos.


"Mmm..." Grunhi, observando meu membro entrando e saindo do corpo dela, lustroso com sua excitação e meu pré-gozo. "Boa garota."


Vi uma das mãos de Maite desaparecer sob seu corpo. Então senti seus dedos deslizarem na direção de seu clitóris, e eu dei uma risada esbaforida – porém divertida – enquanto tirava sua mão dali.


"Não, você não pode." Ri novamente quando ela resmungou. "Não até eu dizer."


"Po-por favor, Christopher?" Maite gemeu, tentando afastar a mão – que ainda estava firmemente presa – da minha.


Porque May tinha sido boazinha e chamado meu nome, o que ela sabia que eu amava, e porque eu estava a ponto de explodir (literalmente), agarrei seus quadris para vira-la de costas na mesa. Maite me olhou feio, mas a raiva abandonou seu olhar quando dei a ela um sorriso perverso e joguei suas pernas por sobre meus ombros.


Me inclinei até estar quase a dobrando em duas, e pressionei minha testa contra a dela.


"Continue olhando pra mim," ordenei, prendendo seu olhar no meu. "Continue olhando pra mim, e você pode gozar comigo."


Então, deste novo ângulo, a penetrei novamente, sentindo como se eu estivesse voltando para casa. A intensidade de cada movimento foi amplificada tendo os seus olhos castanhos presos aos meus. Vi a chama em seu olhar cada vez que voltava para o seu calor; e vi o mesmo desejo quando saía de lá.


Quando soube que não conseguiria segurar meu orgasmo por nenhum segundo a mais, corri minha mão até sua entrada, meus dedos escorregando por meu membro enquanto estocava. Comecei a estimular seu clitóris no mesmo ritmo de minhas investidas, sendo recompensado com a incrível honra de ter Maite gemendo meu nome ao mesmo tempo em que se contraía ao meu redor, me mantendo dentro de seu corpo. Gozei junto com ela, nossos olhares conectados e nossa respiração no mesmo compasso à medida que sentíamos o prazer do outro.


Assim que fui capaz, baixei as pernas de Maite dos meus ombros, registrando sua flexibilidade para futuras referências. Em seguida a peguei em meus braços e a carreguei até os sofás que ficavam na outra extremidade do escritório.


"Acho que devemos tirar o resto do dia de folga." Maite falou assim que me sentei e a coloquei em cima de mim.


"E faremos o que, querida?" Perguntei, já concordando com o que ela propusesse. Uma palavra dessa mulher, e eu faria qualquer coisa.


"Podemos ficar enroladinhos naquele confortável tapete em frente à lareira na sua biblioteca." Maite explicou, se aproximando para afundar seu rosto em meu pescoço e ronronando em contentamento quando comecei a acariciar seus cabelos.


Eu particularmente não conseguia pensar em nada melhor, e quando disse isso a Maite, ela riu alegremente e perguntou, "Mas não havia algo que nós supostamente deveríamos discutir?"


"Nop." Suspirei.


Eu não conseguia me lembrar de nada.


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 



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Autor(a): Hemsworth45

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