Fanfics Brasil - Tweedles His Personal Assistant (Uckerroni)

Fanfic: His Personal Assistant (Uckerroni) | Tema: RBD,Maite Perroni, Christopher Uckermann


Capítulo: Tweedles

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Maite POV


Me agarrei ao homem parado próximo a mim, minhas unhas cor de rosa se afundando nas mangas caras de sua camiseta. Ele me segurou com igual vigor, seus braços ao redor dos meus ombros trêmulos, me prendendo em um abraço protetor.


"O que nós vamos fazer?" Perguntei com uma voz tímida, encarando o lindo rosto dele com olhos arregalados e temerosos. O homem esfregou meu ombro de maneira tranqüilizadora, enquanto devolvia meu olhar com uma expressão similar estampada no lugar de sua fisionomia geralmente serena.


"Eu não sei, Maite," ele me disse com a voz pesada, "Eu simplesmente não sei."


Antes que eu pudesse formular um plano, uma voz alta e retumbante invadiu nosso esconderijo, me fazendo pular nos braços dele.


"VOCÊS, SEUS FUJÕES, ESTÃO FERRADOS!"


Ao som da fúria de Christian, o braço de Alfonso caiu do meu ombro, nós dois rindo tanto que ficou difícil manter a nossa pose assustada.


"Continuamos escondidos, ou você acha que devemos correr dele?" Alfonso me perguntou, enxugando uma lágrima de seus olhos. Eu mal pude ver este gesto com a pouca luz que entrava pelas frestas da porta do closet.


"Pfft. Qual é a pior coisa que o Christian pode fazer?" Zombei, toda indiferente.


"Ele poderia sentar na gente, Maite bobinha." Alfonso falou completamente sério, reprimindo a vontade de rir. "Aquele Mamute já pulou em cima de mim, e eu juro por deus, me senti um anão sendo violentado por um lutador de sumô."


Limpei minha garganta pomposamente e o censurei, "Na verdade, eu acho que o termo politicamente correto seria "pessoa pequena", Poncho."


"EU VOU ENCONTRAR VOCÊS, SEUS SAFADOS!" Christian parecia estar muito mais perto agora. Alfonso e eu estávamos escondidos no pequeno closet dos muitos banheiros de Christopher, provavelmente deixando Christian maluco por ter de procurar em cada cantinho da enorme cobertura até nos achar.


Faltavam cinco dias para a minha viagem a Londres, e Anahi e Dulce haviam convencido Christopher a deixá-las fazerem uma "festa de despedida" na casa dele. Nem Christopher e nem eu estávamos muito entusiasmados em celebrar a minha partida, mas Dulce e Anahi argumentaram que eu tinha a responsabilidade de me despedir corretamente dos meus amigos da CDMX


Responsabilidade. De novo.


Responsável ou não, eu tinha decidido que a minha festa seria a oportunidade perfeita para uma pequena vingança do Judas a.k.a. Christian Uckermann.


Desde que descobriu na última segunda-feira que eu tinha feito planos mirabolantes para conquistá-lo, Christopher estava sendo ainda mais convencido que o habitual, sugerindo perversões sexuais insanas para nós fazermos (a maioria delas envolvendo ele tendo completo e absoluto controle sobre o meu corpo). Então, quando e disse a ele repetidas vezes que eu preferia transar com um pato a ceder às suas exigências machistas, ele, usando a sua voz mais sedutora, acrescentou algo como, "mas você tinha me desejado por tanto tempo, querida."


Apesar do fato de eu tê-lo deixado fazer todas aquelas coisas depravadas comigo (basicamente porque eu queria mesmo aquele gostoso), eu estava pronta para uma pequena revanche contra ele e o seu estúpido irmão por ter aberto aquela bocona.


Alfonso esteve mais do que disposto a me ajudar no plano de vingança, e nós tínhamos confabulado durante as últimas semanas de forma que tudo estava preparado para a festa desta noite.


Sendo assim, quando Christian finalmente encontrou o closet onde nós estávamos escondidos, nós estávamos completamente prontos para ele, parados lado a lado e sorrindo feito dois anjinhos.


"Será que vocês dois poderiam me explicar por que metade da Cidade do México está pensando que eu sou alguma espécie de GIGOLÔ?" Christian esbravejou quando colocamos os pés para fora do armário, sacudindo o seu telefone na nossa cara como se ele fosse alguma evidência irrefutável.


Alfonso e eu nos olhamos, paramos por um momento e então caímos na risada. Nós tínhamos entrado em contato com todas as mulheres solteiras que conhecíamos e sugerimos a elas para ligar para o Christian. Aquele era o Estágio Um da Campanha da Vingança, como Alfonso tinha nomeado. Pela maneira com que Poncho estava montando a estratégia da nossa pequena missão, eu poderia jurar que ele havia sido algum ditador militar numa vida passada.


"Seria porque nós dissemos a todas elas que você estava solteiro, era podre de rico e estava procurando por um pouco de diversão?" Eu perguntei, sorrindo conforme o choque tomava conta de seu rosto. "Oh, e por acaso eu mencionei que TOODAS essas garotas foram convidadas para a fessta de hoje à noite?"


"A Dul me fez dormir no sofá depois da DÉCIMA QUINTA ligação! Ela me chutou da minha própria cama depois de estar morando na minha casa por DOIS DIAS!" Christian falou indignado.


"Uh... Mas você não tem, tipo, uns seis quartos de hóspedes?" Alfonso perguntou solicitamente, mordendo seu lábio para não rir.


Christian agitou os braços enquanto respondia ao irmão. "Sim, mas a Dul disse que eu tinha que dormir no maldito sofá, algo sobre o simbolismo da punição ou qualquer outra merda!" Então ele apontou aquele dedo enorme na minha cara. "Não pense que eu não sei o porquê de tudo isso! Você está me fazendo pagar por ter contado ao Christopher que você estava atrás dele! Mas deixe eu dizer uma coisinha, Tweedle Dum e Tweedle Dee... Vocês vão chamar TODAS aquelas mulheres e livrar o meu traseiro do maldito sofá!"


Christopher escolheu aquele momento para chegar, parecendo exausto. A sua carranca se desfez quando ele pôs seus olhos em mim, deixando claro que ele havia estado me procurando desde que Poncho e eu desaparecemos depois da chegada de Christian. Então ele percebeu a agitação toda de Christian, assim como os sorrisos maquiavélicos idênticos meu e de Alfonso.


"O que aconteceu?" Ele sorriu, como se fosse participar de qualquer pegadinha que estivesse sendo armada pra cima de Christian.


Oh, Christopher.


Nós armamos pra você, também...


"Nada demais, irmãozinho." Alfonso deu de ombros casualmente. "Eu e a Tweedle Dee aqui estamos prestes a dar o troco no Christian por ele ter aberto a sua bocona pra você."


"O QUE DIABOS VOCÊ QUER DIZER COM "PRESTES"? Vocês já me fizeram pagar!" Christian rugiu, andando de lá pra cá feito um maníaco.


"Oh, nãão..." Eu o corrigi, dando para ele e para Christopher um amplo sorriso, "Isso foi só pra chamar a sua atenção. Agora é que vem a verdadeira vingança."


Christopher parecia distraidamente divertido com a coisa toda, mais preocupado em me tirar de perto de Alfonso para assim poder ficar agarrado em mim. "E por que tudo isso mesmo?" ele perguntou enquanto sua mão acariciava meus cabelos lisos.


Acho que eu devo ter babado um pouco com o seu toque tão educado, mas o olhar presunçoso e satisfeito de Christopher me trouxe rapidinho à realidade. Era por isso que eu estava me vingando.


"Porque ele contou a você que eu, uh..." Deixei a frase pela metade, sem saber como explicar tudo de forma amena. Mas Christian não tinha nenhum escrúpulo em se tratando de delicadeza. "Que ela queria fazer a festa com a sua virilha!" ele soltou, ainda parecendo estar a ponto de partir pra cima de Alfonso e mim igual a um lutador de sumô.


A expressão de Christopher murchou quando Poncho e eu o encaramos. Sua mão saiu dos meus cabelos enquanto ele dava um passo para trás, parecendo um homem acuado por dois animais selvagens.


"Ah," ele disse todo nervoso, lançando um olhar para a porta aberta como se considerasse correr até ela, "por que eu tenho a sensação de que serei incluído nisso também?"


"Talvez porque você tem sido um convencido miserável nestas últimas semanas, e realmente merecesse tudo isso?" Perguntei a ele perigosamente, avançando conforme ele se afastava.


As costas de Christopher atingiram a parede enquanto ele olhava em pânico para os seus dois irmãos. "Bem... Eu odeio decepcionar vocês, mas vocês dois não estão muito melhores do que eu nessa história."


Alfonso bufou e jogou um braço sobre os ombros largos de Christian.


"É... nós meio que discutimos isso," Alfonso riu, tentando manter sua voz a mais doce possível. Ele e Christopher haviam conversado sobre toda a história de Victor mais cedo naquela semana, mas eles ainda se tratavam um pouco diferente por causa da briga. "E concordamos que todos precisamos de um pequeno incentivo negativo."


"Incentivo negativo?" Christopher perguntou nervosamente, olhando rápido para mim como se eu fosse tacar uma granada armada dentro de suas calças.


"Bem, veja só... nós tivemos a ajuda do incentivo positivo para que Christian faça o que nós queremos." Eu esclareci no meu melhor ronronado-perigoso. "Tudo o que temos que fazer é explicar para ele que nós contaremos a todas aquelas garotas que ele está fora do mercado, e então ele concordará com tudo o que quisermos."


"E o que vocês querem, seus merdinhas?" Christian perguntou sacudindo seu ombro para que Alfonso retirasse seu braço de cima dele.


"Ehem." Alfonso pigarreou para anunciar formalmente a tortura que tínhamos planejado para esta noite. "Maite e eu criamos uma lista de desafios que você deve cumprir antes que nós concertemos o seu pequeno... problema de gigolô. Incentivo positivo."


"E qual é o meu incentivo negativo?" Christopher repetiu, se encolhendo quando Alfonso e eu nos viramos para ele, como se se arrependesse de atrair a atenção para si.


Abafei uma gargalhada. Contar com a participação de Christopher seria muito menos trabalhoso do que se a brincadeira fosse apenas com Christian. Pisquei algumas vezes para afastar as lágrimas de riso e andei até Christopher até estarmos frente a frente, e então agarrei sua camiseta em meus punhos.


"Por favor, Christopher?" Implorei na minha melhor voz-sedução. "Por favor, brinque com a gente? Eu tenho feito tudo o que você quer ultimamente," (é claro que deixei de lado a parte em que ele não precisou torcer meu braço em minhas costas para me fazer participar das suas fantasias sexuais lascivas). "Você não quer me fazer feliz também? Por favor?"


"Isso. Não. É. Justo." Christopher gemeu para mim, embora parecesse que ele não quisesse nada além de me puxar em seus braços e me confortar de todas as formas possíveis, e ao mesmo tempo parecesse querer me estrangular.


Oh, mas eu era diabólica. "Por favor?" Perguntei novamente em um tom baixo, afundando meu rosto no seu pescoço. "Por favor, brinque comigo? Por favor?"


Embora isso parecia estar surtindo efeito, eu sabia que precisava usar todas as minhas armas para fechar o negócio. "Além do mais, não pense que vai me ter em sua cama novamente até eu ter visto um pouco de humilhação pública. Você merece isso, Sr. Uckermann."


"Merda." Christopher gemeu, mas foi um gemido de rendição desta vez, enquanto seus braços fortes me prendiam de encontro ao seu peito. "Sua trapaceirinha."


Ha. Greve de sexo, a melhor negociação do mundo. Rapidamente lancei a ele um sorriso triunfante e me virei para cumprimentar Alfonso com um toquezinho de mão.


"Vamos ver quem é que manda agora!" Alfonso cantarolou pulando sem parar, entusiasmado, enquanto Christopher e Christian o olhavam com desgosto.


Até o momento em que Christopher e Christian foram informados sobre a sua série de desafios, cerca de vinte pessoas – uma combinação dos nossos colegas de trabalho, amigos da faculdade e outros conhecidos – já haviam chegado para a festa. Anahi tinha convidado pessoalmente cada pessoa com quem eu me dava bem, além de um monte de gente aleatória que nem ela, Dulce, ou os meninos conheciam.


Eu estava eternamente grata também por Anahi não ter convidado William;estou bem certa de que não daria em boa coisa se ele e Christopher ficassem próximos um do outro por um longo período de tempo. William e eu tínhamos conversado apenas algumas vezes desde o jantar com Christopher, e em todas elas ele havia tentado flertar descaradamente comigo, enquanto eu lhe aplicava um gelo no nível de Miranda Priestly, de O Diabo Veste Prada.


"Já podem começar" Alfonso sussurrou para Christopher e Christian enquanto nós quatro voltávamos à área principal do apartamento. Havia uma música conhecida tocando baixinho, mas eu sabia que o volume aumentaria conforme a noite transcorresse.


Anahi e Dulce lançaram para nós quatro olhares assassinos por termos desaparecido enquanto elas ficavam recepcionando as pessoas, e Christopher e Christian lançaram olhares assassinos para mim e para Alfonso enquanto eles se encaminhavam aos nossos convidados.


"Vá pegá-los, Tigrão," sorri para Christopher e dei um leve tapa em seu traseiro, arrancando um sorriso involuntário dele. Alfonso e eu aguardamos, parcialmente escondidos na cozinha, enquanto ele e Christian começavam a cumprir seus desafios ridículos.


Os desafios de Christopher eram:


Ignorar as primeiras cinco pessoas que o cumprimentar.


Terminar cada frase com as palavras, "de acordo com a profecia".


Perguntar para no mínimo seis pessoas qual é o gênero delas, e quando elas responderem, rir histericamente.


Os desafios de Christian eram:


Se referir a todo mundo como "Dave", mesmo quando as pessoas o corrigirem.


Após cada frase, dizer "Mew" em um sotaque Jamaicano ruim.


Deixar a braguilha aberta, e quando as pessoas lhe apontarem, dizer a elas "desculpe, mas eu realmente prefiro ela assim."


Alfonso e eu passamos horas difíceis vasculhando a internet pelos melhores desafios que pudéssemos encontrar, e nos decidimos por estas três humilhações para cada irmão.


Mas valeria a pena todo o esforço. Lauren, uma vaca que morava no vigésimo andar e que costumava ser uma das secretárias de Christopher, e Mike Newton, o paquerador oficial do escritório, foram as duas primeiras vítimas da dupla de comediantes E&E.


"Hey, gente!" Mike disse em voz alta assim que Dulce pegou seu casaco. Christopher era quem estava mais próximo a ele, embora ele não tivesse a permissão de retribuir o cumprimento e tivesse que ficar lá parado, parecendo um imbecil.


"Olá, Sr. Uckermann," Lauren ronronou para ele, tornando ainda mais hilário quando Christopher não fez nada além de ficar a encarando com cara de tacho.


Antes que a tensãoficasse ainda maior, (e antes que Alfonso e eu partíssemos algumas costelas tentando não rir), Christian chegou, com um sorrisão no rosto e dando tapinhas nas costas de Mike.


"Dave!" ele disse com sua voz retumbante, piscando para nós por sobre o ombro. "Que bom que você veio, Mew! E olha..." ele se virou para Lauren, que lançava para Christopher olhares raivosos, "...você trouxe Dave com você. Que gracinha, Mew." O sotaque Jamaicano dele era tão ruim que parecia levemente com Alemão.


Mike e Lauren estavam parados entre os irmãos Uckermann, parecendo estar considerando seriamente se havia sido uma decisão sábia terem vindo à festa.


"Hum, Christian... O meu nome é Mike, e essa é a Lauren." Mike disse a ele delicadamente, se aproximando e tentando ser discreto. "E a sua braguilha está aberta, cara."


Christian olhou para baixo, deu para Alfonso e para mim outra olhadela e disse a Mike em uma voz descontraída, "Desculpe, Dave, mas eu realmente prefiro ela assim."


Então ele simplesmente saiu, deixando um Mike atônito e uma Lauren boquiaberta. Antes que qualquer um dos dois conseguisse se recuperar, e agora que ele já tinha ignorado os sentimentos dos dois o suficiente, Christopher limpou a garganta polidamente e foi ao encontro de Lauren.


"Com licença, mas de acordo com a profecia," ele falou de maneira cortês, "qual é o seu gênero?"


Parecia que Lauren iria correr a qualquer momento atrás de Dulce para pegar seu casaco de volta. "Uh... feminino?" ela respondeu, como se aquela fosse uma pergunta capciosa.


Christopher parou, olhou de volta para nós, encarou Lauren e então caiu na risada.


Agora Mike e Lauren o fitavam como se ele estivesse usando uma camisa-de-forças. Era brilhante; ainda mais quando Christopher nos mostrou o seu dedo do meio durante o ataque de risos.


"Tweedle Dum," sussurrei para Poncho, "nós somos fodásticos."


"Tweedle Dee," ele respondeu com um sorriso pretensioso, "nós somos mesmo."


Em algum ponto próximo ao final da noite eu tive que dar uma escapada para apanhar alguns pratos adicionais para o pessoal que estava servindo a comida. Eu pessoalmente achei a necessidade de uma equipe só para servir comida ridícula, mas Anahi tinha insistido nisso e Christopher tinha, é claro, insistido em pagar.


Tinha sido difícil bancar corretamente a anfitriã com Christopher e Christian como as atrações da noite. Na verdade havia sido um choque Christopher ter concordado com a brincadeira dos desafios, especialmente considerando que ele certamente sabia que eu nunca negaria mesmo sexo a ele. E eu sabia também que ele estava se divertindo com as reações que provocava nas pessoas, se aquele sorriso inconsciente era indicação de alguma coisa.


Mesmo secretamente satisfeito consigo mesmo, eu deveria prever que Christopher nunca deixaria a ameaça de abstinência passar batida.


Eu estava parada na despensa escura próxima à lavanderia, usando a luz que se infiltrava do corredor para tentar encontrar os pratos, quando a porta de repente se fechou às minhas costas. Os barulhos da festa e a pouca luz de que eu dispunha foram abruptamente cortados.


Achando que a porta tinha simplesmente se fechado sozinha, resmunguei e me virei para abri-la, mas congelei no lugar quando ouvi o som da chave sendo girada.


Por favor, que seja o Christopher... Por favor, que seja o Christopher... Por favor, que seja o Christopher...


"Você está me devendo uma, Anjo. Me devendo mesmo." A sua voz suave chegou até mim, e eu fiquei tão agradecida por ser ele – e não algum serial killer – que nem me importei em forçá-lo a acrescentar "de acordo com a profecia".


"Nem mesmo pense nisso, Christopher," o alertei, embora a minha voz trêmula traísse o meu desejo. "Nós temos convidados nos esperando."


"Convidados esses que acham que eu sou um maluco." Christopher argumentou em um tom doce visivelmente falso. "Então eu acho que nenhum deles daria a nossa falta por alguns minutos. Além do mais, a sensação de perigo ao transar com a minha garota em uma despensa enquanto sessenta pessoas vagueiam pelo meu apartamento é uma coisa que não pode ser desperdiçada."


Embora eu realmente quisesse testar a teoria do "ninguém-sentirá-a-nossa-falta", Anahi ficaria totalmente enfurecida se eu rasgasse o meu mini vestido da Vera Wang. Então eu rapidamente tentei contornar Christopher na escuridão, uma parte de mim esperando alcançar a maçaneta da porta a tempo, e outra parte querendo que Christopher me pegasse no meio do caminho.


E ele pegou. As suas mãos vieram rápidas sobre meus ombros, me puxando de volta de maneira que nossas testas estavam encostadas uma na outra e ele estava me pressionando com seu peso contra as prateleiras.


"Tentando fugir de mim, cordeirinho?" ele rosnou, mordendo meu pescoço em uma ameaça. "Vou ter que ensinar alguma obediência a você."


Mas. Que. Porra.


Ninguém iria sentir a nossa falta por alguns minutos.


Bênção. Vão com Deus.


Pressionei seu nariz no meu, então eu estava respirando contra sua boca, "Vamos lá então, me dê o seu melhor."


Christopher fez um som gutural sexy antes de seus lábios cobrirem os meus, sua língua se enrolando dentro da minha boca e me fazendo engasgar. Ele começou a tocar minha língua com a sua e a chupar, as mãos presas na barra do meu vestido. Ele rapidamente me livrou de minhas calcinhas, puxando-as pelas minhas pernas para que eu pudesse pisar fora delas.


Quando a falta de oxigênio estava me dando vertigens, Christopher me virou e me forçou para a frente, de modo que agora eu estava com meus braços apoiados na parte mais baixa da prateleira à minha frente para manter o equilíbrio.


Ele empurrou seus joelhos de maneira brincalhona no interior de minhas pernas para me fazer abri-las mais, uma ação que foi recompensada por dois de seus dedos mergulhando em meu corpo ansioso, bombeando para dentro e para fora rapidamente. Seu corpo pressionado contra o meu, sua ereção forçando minhas costas, me informou que ele estava mais do que pronto para mim.


"Mmm..." Christopher grunhiu enquanto eu sentia sua boca molhada e ávida percorrer meus ombros e meu pescoço. "Eu amo o cheiro e a sensação de ter você toda molhada e impaciente por mim."


"Talvez eu esteja fantasiando com o Vin Diesel de novo." Provoquei o Sr. Convencido, mesmo enquanto afundava a cabeça em meus braços à minha frente.


Christopher riu, um som arrastado e meio sonolento que eu reconhecia como a sua risada quando ele estava excitado. É claro que ele sabia quem é que causava aquilo em mim. "Pra mim não importa, desde que seja eu quem colha todos os benefícios."


Então eu o ouvi lutar impacientemente com seu cinto e o ruído do zíper sendo aberto de forma brusca. Ele soltou um silvo quando libertou sua ereção, angulando meus quadris com sua outra mão. Nós dois gememos quando a sua carne tocou meu sexo, e em seguida, com um único impulso de seus quadris, Christopher estocou dentro de mim.


Christopher apertou minha cintura com força para me trazer de encontro ao seu corpo, rebolando seus quadris para se afastar. O ritmo furioso que ele criou me deixou arfando e me contorcendo por mais contato, minhas mãos agarrando fortemente a prateleira diante de mim enquanto ele me controlava. Os rosnados de Christopher se transformaram em grunhidos frenéticos e suas mãos abandonaram meus quadris para segurarem as barras da prateleira mais alta, usando isto como apoio para poder se impulsionar com mais força, cada estocada me fazendo ficar na ponta dos pés.


"Toque-se." Ele rosnou para mim em um tom desesperado. "Você vai gozar comigo agora."


Eu rapidamente levei uma mão para baixo, para onde nós estávamos conectados, formando um "V" com dois dedos e deixando Christopher senti-los escorregar por sua extensão. Precisei de apenas alguns estímulos até estar me contraindo, meu orgasmo fazendo eu gemer alto o nome de Christopher.


Ele desacelerou assim que eu me recuperei de meu orgasmo, obviamente tendo segurado o seu próprio por um tempo, e, mantendo-se enterrado profundamente em mim, eu senti seu líquido em meu corpo enquanto ele gemia meu nome.


Depois de uma pausa prolongada, Christopher me ajudou a voltar a ficar ereta, nos inclinando contra a prateleira até conseguirmos estabilizar nossa respiração. Seu braço estava em volta da minha cintura e seu corpo virado de frente para o meu, e eu sabia que se eu não fizesse nada naquele momento, nós acabaríamos caindo no torpor-pós-sexo.


"Certo," eu finalmente falei, me rebolando para baixar o vestido. "Você vai primeiro, e eu te encontro lá fora."


"Besteira, amor." Christopher balbuciou, puxando minha mão insistentemente. "Me dê alguns minutos, traga esse belo par de seios pra cá, e eu sou capaz de mais um round... e mais outro... e mais outro..."


Rolei meus olhos, mesmo sem Christopher poder ver o gesto. "Por mais tentadora que essa oferta seja," e ela era mesmo muito tentadora, "você precisa esperar até nós termos nos livrado de todo mundo. "Agora rapa fora."


Christopher soltou um suspiro desapontado e andou até a porta, "Eu irei cobrar – com juros – mais tarde. Venha me encontrar quando você parecer menos desgrenhada, minha coisinha gostosa."


E o bandido simplesmente saiu pela porta.


Assim que me ajeitei no banheiro o suficiente para ser vista em público (embora ainda estivesse com um sorriso débil que entregava o fato de recém ter sido pega de jeito por um cara delicado igual a um cavalo), todo mundo parecia um pouco mais relaxado que antes, e a festa estava claramente indo bem. Entreguei os pratos com quarenta minutos de atraso para a equipe da cozinha, que me deu sorrisos amarelos pela minha demora.


Enquanto procurava por Christopher, eu tive a estranha sensação que sempre tenho quando vejo diferentes partes da minha vida se misturando – neste caso meus amigos do trabalho despreocupadamente dançando e bebendo com as pessoas que Anahi, Dulce e eu tínhamos conhecido na faculdade. Minha mente estava evitando reconhecer que eu não veria nenhuma dessas pessoas por pelo menos um ano, mesmo enquanto eu memorizava seus rostos e palavras gentis durante a noite.


Não consegui localizar nenhum dos Uckermann ou as minhas amigas, apesar de ouvir algumas conversas escandalizadas sobre o comportamento "suspeito" de Christian e Christopher. Depois de me esgueirar pela multidão na sala de estar escura de Christopher (recebendo um sinal positivo de Jessica – que com certeza reparou nos meus cabelos desgrenhados), eu finalmente ouvi a risada estrondosa de Dulce se sobrepor à música, vinda do corredor que dava para a cozinha.


Ela, Anahi, Christian e Alfonso estavam todos rindo de Christopher, que estava de costas para mim e ainda também exibia uns cabelos medonhos.


"Eu não posso acreditar em como você está comprometido com esse castigo," Anahi sorriu para ele, dando uma batidinha em seu braço com o seu punho miúdo. Evidentemente Anahi e Dulce estavam sabendo da brincadeira, o que significava que os meninos já tinham cumprido todos os seus desafios agora.


"Eu acho que o amor pelo perigo dos desafios está crescendo dentro de mim, de acordo com a profecia." Christopher disse, e eu sabia que ele estava sorrindo só pela forma como sua voz saiu. Pelo menos aquele bundão estava usando a sua frase "de acordo" de novo. "Então, qual é o meu desafio, Al?"


"Você conhece aquela, uh... moça fofinha do seu departamento de RH?"


"Doreen, Mew?" Christian se intrometeu, seu sotaque Jamaicano nem um pouco melhor depois de usá-lo a noite inteira. Nenhum deles havia percebido a minha presença ainda, então aproveitei a chance para espioná-los enquanto podia. "Por que ela está aqui, falando nisso? Ela é a maior cretina desse planeta, Mew."


"Ela veio com a Michelle depois do trabalho," Anahi explicou impacientemente, gesticulando para Christian, "e eu quero que você ande até ela, Christopher, fique de joelhos, ponha suas mãos no estômago dela e pergunte para quando é o bebê."


Todos eles caíram na gargalhada enquanto Christopher enterrava a cabeça em suas mãos e a balançava, inconformado.


"Ela vai me chutar no meio das pernas, de acordo com a profecia" ele gemeu, abafado por suas mãos.


"Ha! Aposto que essa vai ser a pergunta mais difícil que você fará na vida, Mew." Christian, com a barra da camiseta saindo pelo zíper aberto, riu.


"Qual é," Christopher zombou, e assim como eu sabia que ele estava sorrindo antes, agora eu sabia que ele estava revirando seus olhos. "Isso vai ser como um passeio no parque depois de ter pedido a Maite em casamento, de acordo com a profecia."


Ele lembrava daquilo?


A súbita rigidez dos ombros de Christopher deixou claro que ele não teve a intenção de deixar aquilo escapar. Ele resfolegou assim que se deu conta do que havia feito.


Dulce foi a primeira a falar, perguntando a ele em um tom de voz perigoso, "E há quanto tempo foi isso?"


Eu fui a segunda a quebrar o silêncio.


Assim que meu cérebro confuso registrou o que Christopher havia acabado de dizer eu soltei um gritinho surpreso, anunciando minha presença.


"CHRISTOPHER UCKERMANN, VOCÊ SE LEMBRA DISSO?"


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 



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Autor(a): Hemsworth45

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