Fanfics Brasil - Sem rumo His Personal Assistant (Uckerroni)

Fanfic: His Personal Assistant (Uckerroni) | Tema: RBD,Maite Perroni, Christopher Uckermann


Capítulo: Sem rumo

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Assim que meu cérebro confuso registrou o que Christopher havia acabado de dizer eu soltei um gritinho surpreso, anunciando minha presença.


“CHRISTOPHER UCKERMANM, VOCÊ SE LEMBRA DISSO?”


CHRISTOPHER POV


Maite Perroni ia me matar.


Eu estivera abusando da sorte por algumas semanas, provocando-a incessantemente sobre ter pedido ajuda aos meus irmãos para me seduzir (coisa que ainda me deixava vertiginosamente satisfeito cada vez que eu pensava sobre isso).


Mas agora eu estava certo de que ela ia realmente me matar.


Dulce, Anahi, Alfonso , Christian e eu estávamos ali, parados em um canto da “festa de despedida” da Maite, e eu estava me sentindo ousado e livre após nossa rapidinha na dispensa. Assim, eu tinha pedido a eles alguns desafios adicionais, amando a reação que eu causava nas pessoas ao rir histericamente das respostas “masculinas” ou “femininas” que elas me davam. Estava tudo indo bem, até que eu, como um idiota, abri minha grande boca, e mencionei que havia pedido Maite em casamento.


Alfonso e Christian não pareceram muito surpresos com aquela informação. Dulce e Anahi, entretanto, eram um caso à parte. Dulce parecia estar a ponto de saltar sobre a minha jugular e Anahi como se eu a tivesse golpeado na cabeça com uma bigorna.


E para piorar ainda mais a situação, Maite escolheu aquele momento para gritar em alto e bom som, me perguntando se eu me lembrava daquilo. Cristo, eu não sei o quão bêbado ela achava que eu estava, mas eu nunca poderia me esquecer de ter pedido que ela fosse minha para o resto da vida.


Tudo o que eu fui capaz de gaguejar na hora foi “Um... sim?”


Minha resposta eloqüente enfureceu Maite ainda mais e ela soltou um “nós conversaremos depois da festa”, em minha direção, e marchou, como o diabo, para fora.


A raiva dela era totalmente compreensível. Nós estávamos vivendo em uma bolha só nossa por duas semanas, bloqueando todas as coisas ruins que faziam parte do nosso futuro próximo. Como um covarde, eu estava hesitante em quebrar aquela aura de felicidade e, estupidamente, não voltei a mencionar meu pedido.


Eram três horas da manhã, a festa já havia acabado, e eu estava esperando que Maite saísse do banheiro. Assim que o último convidado saiu (Anahi, que fora embora dando olhares descaradamente duros para Maite) eu tinha perguntado se ela queria conversar, mas ela me cortou bruscamente, “Vou tomar um banho primeiro.”


Eu tinha simplesmente tirado minha camisa e lançado minha calça jeans sobre a beirada da cama, o que me deixava aqui, sentado em minhas boxers, encarando a porta do banheiro.


Eu estava me sentindo particularmente nervoso, apertando minhas mãos em torno da oferta de paz que eu tinha comigo, perguntando se ela estaria lá dentro afiando uma faca e preparando as lonas de plástico onde iria embrulhar o meu corpo.


Apesar do meu possível (provável) assassinato, eu tinha decidido o que eu tinha que fazer a seguir, o que ela merecia, e parecia que meu estômago estava repleto de pequenas criaturas vibrantes, enquanto eu esperava a mulher irritada que estava prestes a me encarar.


Eventualmente Maite saiu do banheiro, vestindo uma de minhas camisas velhas da escola de Monterrey, que iam até seu joelho. Seu cabelo estava para cima, preso um coque feito às pressas e embora eu soubesse que ela iria rir de mim, por pensar isso, ela nunca me parecera mais bonita; usando minhas roupas, sem nenhum traço de maquiagem e como se estivesse prestes a chutar minhas bolas.


Sua beleza sobrenatural simplesmente solidificou meu próximo passo.


“Maite, amor.” Eu comecei depressa, meus olhos fixos em seus rosados e atraentes minúsculos dedos dos pés, de modo a não me perder. “Você, por favor, poderia se sentar?”


“Uh, eu me sinto melhor andando, obrigada.” Ela rosnou para mim e eu observei quando seus dedos começaram a se mexer para lá e para cá ao redor do quarto.


“Ok-aay.” Eu disse lentamente, decidido a seguir em frente, mesmo que provavelmente, ela me estripasse depois, com uma faca de caça quando eu terminasse. “Eu tenho algo que gostaria de falar a você e espero que você me escute antes de tomar qualquer decisão definitiva.”


Tradução: Eu esperava que ela escutasse antes de fazer picadinho das minhas partes baixas.


“Fale.” Maite declarou imperiosamente enquanto continuava a andar como se estivesse dando uma ordem a um cachorro. O que me fez pensar, é claro, que maravilha seria a vida como animal de estimação dela.


Contanto que eu pudesse rolar e deixá-la esfregar minha barriga.


Comer em sua mão.


Me enroscar em seus pés.


Ter ela coçando minhas orelhas quando nos sentássemos em frente ao fogo.


Eu poderia saltar e tentar lamber seu rosto.


O sétimo céu!


“Certo”, eu joguei aqueles pensamentos para escanteio, enquanto começava a me confessar a seus pés. “Eu sei que eu me comportei como um covarde não admitindo que me lembrava do pedido de casamento. Eu me encontro fazendo um monte de coisas estúpidas ao seu redor devido a uma combinação de urgência e de sentimentos de inadequação. Meu pedido aquela noite foi um desses momentos. Eu não deveria ter te pedido que fosse minha esposa daquela maneira e eu certamente não deveria ter tomado o caminho mais fácil e evitado falar sobre isso depois. Por favor me perdoe.”


Os pés de Maite pararam, de frente para mim na cama. Eu respirei fundo, enquanto esperava por sua resposta, resistindo ao desejo de cobrir a área entre minhas pernas, em uma posição protetora.


“Droga, Christopher”, ela disse, com a voz tremendo, “Justo quando eu tento ficar brava com você, você tem que dizer coisas como essas para mim. Eu te perdôo – e espero que vocês possa me perdoar por não falar sobre isso também. Era o meu próprio sentimento de inadequação falando mais alto.”


Eu quase zombei dela por isso. Ela não tinha nenhum motivo pelo qual se sentir inadequada. Mas se era assim, então eu podia ter esperanças de que minhas próximas ações nos deixariam as boas de novo.


Eu respirei o mais fundo do que alguma vez havia feito e caí sobre meus joelhos. Eu tentei me apoiar em apenas um deles, mas eu tremia tanto, que a posição não pareceu funcionar. Talvez assim fosse melhor, ajoelhado aos seus pés, em um ato de súplica miserável.


Um símbolo físico de minha devoção eterna.


Quando eu tomei coragem para encarar seu rosto, Maite me olhava com uma mistura de confusão e preocupação. Eu respirei fundo mais uma vez e fiz a pergunta mais difícil de fazer uma segunda vez.


"Maite Perroni Beorlegui", eu comecei com a voz trêmula, meus olhos fixos nos seus, "eu te amei desde a primeira vez que te vi. Não como um adolescente bobo que cai de amores por uma estrela de cinemas que ele nunca viu, mas como um homem feito que perde a cabeça diante de uma mulher. Sabendo que ele nunca será feliz com qualquer outra. Eu sei que isto não é muito romântico, não é como eu tinha planejado em minha cabeça, mas por favor, por favor, por favor diga que você aceitará ser minha esposa."


Merda. Ela estava chorando. Lágrimas não era a reação pela que eu esperava. Esperando influenciar as coisas ao meu favor, eu rapidamente estendi a mão direita, onde o anel de noivado da minha avó se equilibrava em minha palma.


"Este anel esteve na família de Alexandra por gerações." Eu expliquei rapidamente. "Antes da mãe de Alexandra - Elizabeth Cassilas - morrer, ela o deu para mim e me disse que o pusesse no dedo da menina com quem eu quisesse me casar, ter filhos, envelhecer junto. E esta é você, Anjo. Eu te amo. Por favor, case comigo."


Por favor.


Eu resisti à vontade de juntar minhas mãos e implorar fisicamente, ou ficar de quatro e beijar seus pés. Eu faria qualquer coisa se achasse que isto a influenciaria a aceitar. Entretanto, eu apenas permaneci ali, de joelhos, o anel de minha avó sobre minha mão trêmula.


As mãos de Maite estavam sobre sua boca e as lágrimas escorriam por seu queixo, caindo e deixando pequenos pontinhos molhados em minha camisa de malha azul desbotada. Diante de sua expressão eu senti meu coração se afundar.


Ela ia recusar.


Ela estava indo para Londres, mesmo depois de eu ter colocado meu coração diante de seus pés descalços.


Finalmente, depois que eu, mentalmente, já havia me matado umas nove vezes, Maite abaixou as mãos e soluçou, "oh, Christopher."


Eu quase não resisti ao impulso de saltar e sacudí-la pelos ombros, perguntando-lhe "Pelo amor de todas as coisas mulher, 'Oh, Christopher' o que?", mas graças a Deus eu esperei.


Graças, porque Maite caiu de joelhos de modo a podermos nos encarar cara a cara e abaixou a cabeça, beijando suavemente o anel em minha mão.


"Eu te amo tanto", ela disse, passando os braços pelo meu pescoço. "é claro que eu aceito me casar com você."


Eu soltei o que podia ser considerado um soluço de alívio enquanto a pegava, pulando na cama com ela em meus braços. Deitado ao seu lado, eu apanhei sua pequena e frágil mão, deslizando o anel em seu dedo. Lugar onde ficaria para sempre.


Vitória, "possessividade", amor, alegria, alívio - mil emoções – me tomando.


Ela ia ser a Sra. Christopher Uckermanm.


Ela iria ficar comigo.


MAITE POV


Eu ia ser a Sra. Christopher Uckermanm.


Maite Perroni Uckermanm.


Maite Uckermanm.


Deitada ao lado de meu futuro marido enquanto alegremente examinávamos o anel em minha mão, era realmente um momento estranho para pensar em minha mãe... Maite, provavelmente, me esfolaria viva quando soubesse que eu iria me casar. Mas não levaria muito tempo para convencê-la do quanto Christopher era perfeito para mim. Como ele me incentiva, cuida de mim, me ama.


Como eu o amo.


Christopher estava brincando com meus cabelos, algo que eu sabia que ele fazia quando estava agitado ou excitado. Eu estava do mesmo jeito, considerando que eu simplesmente acabara de concordar em me tornar sua esposa. Sua outra mão estava alternando entre torcer minha resplandecente nova aliança de noivado (ou tecnicamente, antiga) ao redor do meu dedo e tocar meu rosto.


"Isso vai ser ótimo", ele disse exuberante, enrolando meu cabelo em torno de seu dedo, soltando, e então voltando a repetir o movimento. "Nós teremos que pegar suas coisas no guarda-móveis o mais cedo possível. Eu quero que esta seja a sua casa, também. Quero dizer, tudo o que temos aqui são alguns dos seus livros e uma mala de roupas. Eu posso tirar o dia de folga se você quiser ir amanhã." Ele deu uma risada triste (mas ainda encantadora) e correu a ponta do dedo sobre o meu nariz carinhosamente. "E eu imagino que você vai querer muitos e muitos espaços no closet agora."


Eu não podia acreditar no quão rápido o meu sentimento alegre e feliz poderia desaparecer.


E eu tinha agora aquele sentimento de vazio em seu lugar.


Aquele de quando você percebe que algo fudidamente horrendo aconteceu.


Como um carro vindo em sua direção pela contramão.


Como a polícia batendo à sua porta as três da manhã.


Aquele frio na barriga, oh merda, agora o que eu faço com isso...


"Christopher", eu disse cautelosamente, não muito certa se aquele meu sentimento de naufrágio era realmente preciso. "Eu ainda vou para Londres, você sabe disso, não é?"


O dedo que ele estava enrolando em meu cabelo parou abruptamente, próximo ao meu couro cabeludo e sua outra mão apertou a minha, dolorosamente.


"Maite?" ele chamou duramente. "O que você está dizendo?"


Eu me apoiei em meus cotovelos, observando Christopher cautelosamente. "Eu estou indo para o curso em Londres."


Christopher sentou-se, espelhando a minha postura. Seu rosto continha aquela máscara calma que eu tinha visto ele e Victor usarem ao tentar esconder o que estavam pensando.


"Você concordou em se tornar minha esposa", ele disse lentamente, após alguns minutos de silêncio.


Eu senti um lapso de raiva, mas a ignorei. Era minha culpa ter presumido que Christopher sabia que eu ainda iria viajar. Eu devia ter percebido que, para ele, o fato de eu ter aceitado sua proposta significaria que eu iria ficar.


"E eu correrei alegremente toda a ilha como uma menina boba apaixonada. Eu me casarei amanhã se você quiser. Mas eu estou indo."


"Porque você está tão feliz em partir?" Christopher falou abruptamente, com o que poderia ser chamado de um tom severo. Ele soltou minha mão, inclinando-se para pegar sua calça jeans que estava largada por ali.


"Você quer dizer?"


"Quero dizer que você parecia tão abatida com esta situação. Assim como eu." Ele vestiu a calça, começando a andar de um lado para o outro em frente a cama, apertando o nariz.


"Você não parecia tão abatido enquanto cumpria seus desafios e me encoxava mais cedo na dispensa," Aquilo não era o que eu deveria ter dito, mas o seu tom estava começando a trazer a tona o meu instinto briguento.


Christopher parou de andar de repente e se inclinou sobre mim, na cama, suas mãos se apoiando no colchão, em ambos os lados do meu rosto, me fazendo recuar. Aquela máscara havia ido embora e seu rosto parecia como um homem em chamas.


"Isso é besteira, Maite!" Ele assobiou. "Isso é o que as últimas semanas foram. Besteira! Brincando de casais felizes porque eu não queria te pressionar. Porque é ridículo eu estar tão ligado a você em tão pouco tempo."


"Me pressionar?" Eu perguntei com a voz baixa. Isso era o que eu era. Pequena, fraca, patética, com medo de ir e decepcionar ele, com medo de ficar e deixar meus pais, eu, meu futuro cair por terra. E Christopher era como um Deus, olhando para mim com ira, vingança e dor em seus profundos olhos.


"Sim, pressionando você." Ele disse amargamente, se impulsionando para fora da cama e retomando seu ritmo para lá e para cá. Ele agarrou a camisa ao passar por ela, a vestindo abruptamente. "Pressionando você, dizendo o óbvio, porra; que eu de forma inequívoca e absoluta não quero que você vá. Eu quero que você fique aqui comigo. Eu disse isso. Eu quero apenas que você fique, case comigo e viva feliz para sempre. É pedir muito?"


"Eu já estou registrada como uma estudante internacional", expliquei, com a voz tão trêmula quanto a minha convicção. Eu me sentei na beira da sua cama, me sentindo exposta, vestindo nada mais do que sua camisa. "Isso significa que eu não tenho vaga em universidades aqui nos Estados Unidos este semestre, o que significa que eu não posso voltar para a faculdade por seis meses. E eu não tenho mais meu trabalho com você, porque já houve outro pedido de um estudante de administração para trabalhar na CIC. Você assinou a papelada de aprovação na semana passada. O que você quer que eu faça?"


A raiva de Christopher parecia se evaporar enquanto ele se agachava à minha frente, correndo os olhos sobre o meu corpo antes de tomar minhas mãos nas suas. "Nada disso importa. Nós podemos te devolver seu trabalho se você realmente quiser isto. Então será como se esta bolsa de estudos estúpida nunca tivesse acontecido."


"E outra pessoa, algum outro estudante que trabalhou arduamente, alguém que conquistou o lugar, perde a oportunidade de trabalhar na CIC?" Eu lhe perguntei cuidadosamente, tentando controlar meu tom. Eu não conseguia decidir se estava furiosa ou se queria chorar.


Christopher simplesmente acenou, sorrindo para o que eu presumi, ele considerava minha rendição. "Esqueça o trabalho então. Você pode ser uma mulher livre para se divertir por alguns meses!" Ele disse, soando ansioso e desesperado. "Você pode dormir até tarde, planejar nosso casamento, fazer tudo o que você quiser. Contanto que eu possa fazer isto junto com você."


"Eu não tenho dinheiro o bastante para ser uma mulher como esta", Eu disse a ele, e não duvidei por um segundo que fosse que meus olhos estavam em fendas, como se eu pudesse fuzilá-lo apenas de olhar para ele. Sério, uma mulher à toa? Eu trabalhei duro para conquistar minha educação, não para desperdiçar seis meses. "E Londres significa o resto da minha graduação paga."


Ou Christopher estava alheio a minha raiva ou ele a estava ignorando de propósito. "Dinheiro não é problema, Anjo." Ele riu, todo ansioso e ainda sincero. "Eu posso pagar suas mensalidades para você, inferno, eu pagarei você para ficar!"


Eu senti como se ele tivesse me atingido na cara com um bacalhau.


Eu estou certa que bacalhau é algum tipo de peixe gigante, e de que era assim que se sentia ao ser atingido na cara com um desses filhos da mãe enormes.


"Como uma prostituta." Eu cuspi cada sílaba, tremendo de raiva.


Christopher soltou minhas mãos como se eu o tivesse insultado, levantando-se rapidamente. Os punhos cerrados ao lado do seu corpo e suas narinas chamejando. "Nunca mais ouse se chamar disso de novo. Você sabe que não foi isso que eu quis dizer. Eu quis dizer que eu poderia te dar um suporte, você poderia viver aqui, e você não teria que pagar aluguel ou se preocupar em..."


Eu me levantei também, não o deixando passar por mim. "Oh, quão melhor!" Eu gritei. "Uma mulher paga! Uma amante! Eu não tenho que ir à escola ou trabalhar por seis meses, mas eu tenho certeza que estarei ganhando meu sustento, certo?"


"Você está usando meu anel", Christopher rebateu, "isso faz de você minha noiva... minha esposa eventualmente. O que é meu é seu. E ter o que é meu significa que você não tem que ir para o outro lado do mundo para estudar."


Caralho. Agora eu estava chorando de novo. "Eu não estou aceitando a bolsa porque ela é gratuita", eu solucei em voz alta, "Eu estou aceitando porque é uma honra, é uma garantia de que eu posso melhorar, posso aprender, posso crescer. E o que você está dizendo é que, ser sua esposa, sua noiva, significa que você espera que eu desista de tudo e brinque de casinha?"


"Você não estaria desistindo de nada." Christopher praticamente cuspiu, andando até seu armário, voltando com meias e um par de tênis. "Você poderia viver aqui, relaxar antes de precisar encontrar um emprego ou voltar para a escola. Droga, eu faria isso por você, Maite, eu desistiria de qualquer coisa por você."


"Acho que a diferença é que eu nunca seria egoísta o bastante para pedir." Eu disse baixinho, lamentando as palavras assim que elas deixaram minha boca.


As palavras que fizeram Christopher vacilar como se fossem facas pontiagudas.


Houve uma pausa enquanto Christopher permanecia parado perto da porta e eu na beira da cama. O espaço entre nós era como um abismo insuperável, com ele de um lado e eu firmemente do outro. Seu rosto, desprovido de qualquer emoção, reforçava ainda mais essa lacuna impenetrável.


Nenhuma raiva, nenhuma dor, nenhum remorso.


Apenas o nada.


"Certo." Ele finalmente disse; sua voz indiferente enquanto olhava por cima do meu ombro esquerdo. "Bem, então eu acho que sou apenas um bastardo egoísta, não é?"


E, dito isso, ele saiu do quarto, batendo a porta atrás de si.


Eu sabia que ele estaria deixando o apartamento, também.


O som da porta batendo contra o alizar foi como se uma bala tivesse me atingido, me fazendo cair sobre meus joelhos.


Eu finalmente desmoronei de costas sobre a cama, dobrando os joelhos até o peito e envolvendo meus braços em torno deles. Meu anel de noivado estava cavando em minha coxa. Eu empurrei mais, dando boas-vindas à dor, que me servia como lembrança de que ele me queria.


Eu não sei quanto tempo fiquei ali sentada, olhando para a porta, pensando no nada; uma bagunça entorpecedora em minha mente, mas o som do toque do meu celular me tirou daquele estupor.


"Christopher!" Eu gritei imediatamente para o apartamento vazio. De tudo que eu sabia sobre sua personalidade, eu não teria esperado que ele fosse ligar depois da forma como ele saiu, mas quem mais poderia ser perto das cinco da manhã?


Eu deveria ter confiado em meus instintos. Um olhar rápido para a tela me informou que a ligação vinha da casa de Christian .


"Alô?" atendi, minha voz soando entorpecida e morta.


"Baby, o que aconteceu?" A voz preocupada de Dul soou, me fazendo deixar escapar um soluço trêmulo e só então eu percebi que devia estar chorando desde que Christopher caminhou para fora.


"C-c-como você s-sabe que algo aconteceu?"


"Porque o Christopher simplesmente apareceu na nossa porta." Dul sussurrou, mas houve o som de uma porta se fechando e então ela voltou ao volume normal. "Eu acho que ele fez todo o caminho andando até aqui. Ele parece o inferno. Chris o fez se sentar e está tentando falar com ele."


"O que ele está dizendo?" Eu perguntei, tentando manter minha voz estável. Eu esperava que ela tivesse entendido que eu estava falando de Christopher, não de Christian , porque eu não estava apta a dizer o nome dele em voz alta.


Houve um momento de hesitação antes que Dul falasse novamente. "Eu não sei. Ele não quis responder as perguntas de Christian ; ele está apenas sentado lá com a cabeça entre as mãos resmungando para si mesmo sobre como ele é um bastardo. Como ele estragou tudo... como Maite está indo... Eu acho... bem, eu acho que ele está chorando. Christian parece aterrorizado. Eu não acho que ele tenha visto o Christopher chorar assim desde que ele era um menino."


Eu não tenho nenhuma lembrança do que eu disse em resposta, ou de ter desligado o telefone, ou de ter deitado na cama, me enrolando como uma bola.


Mas antes do sol raiar, eu senti Dulce deslizar na cama ao meu lado, me puxando para os seus braços Mas antes do sol raiar, eu senti Dulce deslizar na cama ao meu lado, me puxando para os seus braços. Anahi se juntou a ela, não muito tempo depois. Nenhuma delas disse uma única palavra.


Elas simplesmente me embalaram protetoramente enquanto eu apertava minha aliança de noivado contra o coração


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 



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Autor(a): Hemsworth45

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