Fanfics Brasil - milagres His Personal Assistant (Uckerroni)

Fanfic: His Personal Assistant (Uckerroni) | Tema: RBD,Maite Perroni, Christopher Uckermann


Capítulo: milagres

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MAITE POV


"MAITE!”


Mas não era o homem da segurança que tinha me chamado. Eu me virei, assustando as pessoas atrás de mim. Um homem corria por entre a multidão no aeroporto, esbarrando nas pessoas, em sua pressa.


“MAITE!” Ele chamou novamente, seus olhos desesperados presos em mim enquanto se aproximava. “NÃO VÁ!”


Eu não sabia o que eu esperava, mas não era aquilo.


Porque o homem que corria em minha direção, não era o Christopher.


Era Victor Uckermann. Eu não poderia ficar mais chocada nem se fosse o maldito Harry Potter.


O homem no detector de metais pigarreou sugestivamente e gesticulou para o lado da fila. “Senhorita, se você não for embarcar, terei de pedir que saia da fila.”


“Mas eu... Ok, está bem.” Me interrompi, sabendo perfeitamente que eu não poderia simplesmente ignorar Victor.


Em tal estado de choque que me fez mover por puro instinto, eu rapidamente tirei minha bagagem de mão e meu casaco da esteira do raio-x antes que eles fossem sem mim. Quando me afastei da fila, Victor parou bruscamente atrás de mim, seus sapatos Gucci deslizando pelo piso. A cena teria sido engraçada se eu pudesse encontrar a emoção para perceber.


“Obrigado por esperar,” ele arfou, se curvando com as mãos nos joelhos, tentando recuperar o fôlego. O entorpecimento estava passando enquanto eu me perguntava por que, em nome de tudo o que é sagrado, ele estava ali, e a irritação tomava o seu lugar.


“Bem, eu não posso esperar muito tempo. Na verdade, eu já estou atrasada para o embarque. Will provavelmente está se perguntando onde estou.” Não que eu desse a mínima para William Levy mas eu estava me sentindo mais do que nervosa com a entrada dramática de Victor, e só queria escapar.


“Tudo bem.” Victor chiou, se endireitando e secando a testa. “Na pior das hipóteses, providenciarei com a companhia aérea para você embarcar no próximo voo. Isto é incrivelmente importante.”


Observei os traços determinados da sua mandíbula, tão semelhantes aos de Christopher, e a preocupação legítima em seus olhos, e aquela sensação horrível – a mesma que você sente quando erra um degrau ao descer as escadas – assaltou meu estômago.


“Ai meu Deus, Christopher se machucou?” Eu perguntei freneticamente, apertando o braço dele enquanto minha cabeça rodava vertiginosamente. A ideia de que Christopher estava sofrendo era terrível. “O que aconteceu, Victor?”


Eu estava praticamente berrando, e Victor lançou um olhar para o segurança enquanto ele gentilmente me guiava a um dos bancos do terminal, me sentava e se deixava cair ao meu lado.


“Não, não,” ele me assegurou assim que me sentei. “Ninguém está ferido, mas eu preciso lhe dizer uma coisa antes que você decida partir.”


Do que diabos este homem estava falando? Eu estava considerando seriamente a ideia de que ele estava pinéu, e minha irritação voltou com força total. “Hum... Eu não sei o que você está pensando, mas eu preciso embarcar dentro de dez minutos naquele avião. A decisão já foi tomada.” O seu filho a tomou por mim na manhã de sexta-feira.


Me levantei, porque aquilo era uma loucura total, e as pessoas não podiam simplesmente não aparecer para seus voos só porque algum bilionário gostaria de bater um papinho camarada.


Victor me seguiu enquanto eu marchava até a fila no detector de metais, beliscando a ponte do seu nariz no mesmo movimento que Christopher herdara.


“Maite, você não quer saber a verdade?” Ele perguntou, parando à minha frente e bloqueando a passagem. Eu podia ver que nós dois estávamos a um passo de sermos levados para uma revista íntima pela segurança, e só porque eu não estava nem um pouco a fim de ter uma brutamontes chamada Helga com suas luvas de borracha em nenhum dos meus orifícios, dei ouvidos a Victor.


“A verdade sobre o que? Quem baleou o Sr. Burns? A área 51? O assassinato do Kennedy? Francamente, senhor Uckermann, eu não quero lhe desrespeitar, mas não vejo como nada na minha vida tenha alguma coisa a ver com você.”


Victor riu, bastante nervoso. “Na verdade, Maite, o atual estado da sua vida tem tudo a ver comigo e com a minha maldita estupidez. Me dê cinco minutos do seu tempo, e se depois você ainda quiser viajar por um ano, eu posso te colocar no próximo voo.”


Olhei da fila para Victor, sabendo que se eu demorasse um segundo a mais eu com certeza iria perder o avião. Mas até mesmo enquanto mordia ansiosamente meu lábio, eu sabia que não havia chance de viajar sem antes ouvir o que aquele homem tinha vindo me dizer. Isso sem mencionar que a ideia de exportar Jacob sozinho no avião era tremendamente sedutora.


Victor quase se desmanchou de alívio enquanto me guiava até um dos cafés 24h que margeavam o terminal. Ele pediu um expresso e pagou pela minha Coca-Cola, só então me levando até uma mesa mais afastada aonde nós poderíamos ter privacidade.


"Cinco minutos, Sr. Uckermann. O que o senhor poderia me dizer para me fazer mudar de ideia?" Perguntei tão logo nos sentamos.


Victor respirou fundo e deu um gole em seu expresso antes de começar. "Eu gostaria de me desculpar por ter adiado esta conversa por tanto tempo. Bem, não; eu tenho muito mais coisas pelas quais me desculpar... mas isto é um começo. Eu deveria ter conversado com você semanas atrás. Mas ao invés disso, eu fiquei dividido entre o que era lógico e o que era certo fazer, e só tomei uma decisão quando Alexandra me deu a sua... sincera opinião."


Ele sorriu com a lembrança da doçura de Alexandra , e eu não pude deixar de – com relutância – sorrir junto com ele. Pelo que eu conhecia dela, parecia que a opinião Alexandra era realmente de um valor enorme.


"Então, que conversa é essa, exatamente?" Eu quis saber, tentando voltar ao assunto.


"Aquela aonde eu conto a você todas as coisas terrivelmente egoístas que fiz, e onde eu digo que espero que você possa me perdoar." Abri minha boca para dizer que ele estava sendo um F.D.P. enigmático, mas Victor ergueu sua mão para indicar que ele já sabia disso. "Christopher e eu estamos tendo uma relação muito conturbada de uns tempos pra cá. Quando Alexandra começou a pedir para que eu me aposentasse, nós brigávamos frequentemente. E – como você bem sabe –, Christopher basicamente teve de comandar a empresa no meu lugar. Christian e Alfonso..." Victor bufou, divertido.


"Passam seus dias separando as bolinhas de M&M nas pilhas de cores correspondentes?" Completei, embora eu ainda não soubesse onde ele estava querendo chegar.


"Exatamente... E que Deus os abençoe. Christopher teve que amadurecer muito antes do que os outros. Há um ano, quando Christopher tinha vinte e três, Alexandra e eu nos separamos porque eu não queria largar o meu trabalho. Aquela foi a maior estupidez de todas, pois eu fiquei tão miserável sem Alexandra que Christopher precisou assumir tudo. Você sabe, é claro, sobre o que aconteceu com Angelique durante a nossa separação. Aquilo foi no auge da minha depressão, e mais tarde eu lidei com a situação de forma tão errada quanto Christopher lidou com a sua partida."


Baixei minha cabeça para evitar seu olhar penetrante, me perguntando o quanto ele sabia sobre o nosso rompimento.


"Quando descobri que Angelique estava grávida, eu fiquei... devastado. Eu adoraria ser capaz de me defender dizendo que fui irracional... mas a verdade é que eu fui racional demais, lógico demais. Eu tinha acabado de conquistar Alexandra de volta, e sabia que não poderia viver sem ela novamente. Alexandra acreditava que uma criança seria um lembrete palpável do meu adultério, e nenhum de nós estava pronto para suportar um escândalo em tal proporção nas mãos da imprensa." Ele deve ter visto a desaprovação em meus olhos, pois assentiu em admissão ao seu egoísmo. "Então eu fiz o que era lógico: procurei Christopher, quem eu sabia que conseguiria lidar com este fardo, e quem eu sabia que era muito próximo de Angelique. Depois de muita discussão, nós concordamos que ele apoiaria Angelique até que sua mãe e eu estivéssemos fortes o suficiente para enfrentar a situação. E então você apareceu, Maite."


Victor sorriu de maneira calorosa, com o mesmo sorriso paternal que eu o havia visto dar a mim antes. "Eu fiquei chocado quando Christopher me disse indiretamente que vocês dois estavam... juntos."


Me encolhi, lembrando quando Christopher atendeu seu celular pensando que era Christian; "Me escuta bem, seu filho da mãe, eu estou com a Maite muito bem acomodada e presa debaixo de mim neste exato momento. Isto mesmo: Maite. Então, a não ser que você esteja deitado sobre uma poça do seu próprio sangue, eu... eu... oh, olá, pai."


"Eu pensei que era o caso clássico do filho repetindo os mesmos erros do pai." Victor continuou. "Christopher já estava tendo que cuidar de Angelique e Ben, e na época eu ainda era ingênuo o bastante para pensar que Ben era uma "situação" que precisava ser minimizada e controlada. Eu estava preocupado que a imprensa flagrasse Christopher com Angelique, e que ele anunciasse o relacionamento de vocês, e que o nome dele iria se sujar. Christopher já estava lidando com coisas demais, e ao invés de parar e ver como você o estava fazendo feliz, tudo o que eu pensava era em como os meus erros poderiam arruinar para sempre a reputação dele, a sua carreira, a confiança que as pessoas depositavam nele como líder da Companhia Uckermann. Eu deveria ter ido a público e anunciado que era o pai de Ben. Mas preferi me livrar de você."


Nós dois nos encolhemos desta vez, e eu comecei a sentir a raiva ferver dentro de mim. "Você nunca pensou que Christopher talvez me am-amava? Que eu o amo?"


"Não naquela época... Eu realmente acreditei que você era apenas outra distração." Victor pareceu miserável enquanto eu sibilava para ele igual a uma cobra raivosa. "Mas naquele jantar desastroso, onde a verdade do que aconteceu com Angelique foi revelada aos meus outros filhos, eu finalmente vi a verdade. Christopher estava – está – completa e absolutamente apaixonado por você. Por Deus, eu acho que isto vai além de um nível assustadoramente alto de comprometimento. A devoção tangível que eu senti fluir dele quando estava sentado perto de você naquela noite, a maneira íntima com que vocês dois interagiam... Bem, vamos apenas dizer que eu percebi que havia cometido um erro terrível de julgamento. Mas àquela altura já era tarde demais."


Tentei compreender como podia ser "tarde demais" naquele dia, como Victor tinha planejado se livrar de mim, e de repente tudo fez sentido.


"Como eu sou idiota!" Rugi assustando diversas pessoas no café, embora eu estivesse compenetrada demais na minha descoberta para me importar. "Que droga. Quero dizer, as minhas notas são ótimas, mas como eu pude acreditar que o vídeo de inscrição que William e eu enviamos foi bom o suficiente para me garantir esta bolsa de estudos? Você mexeu os pauzinhos, não mexeu?" É claro que sim. Aquele era o homem que acabou de casualmente sugerir ser capaz de fazer toda uma companhia aérea se ajoelhar aos seus pés. Deve ter sido fácil para ele manipular um simples programa de bolsas.


"Eu liguei para o Dean, do Departamento de Economia, e fiz com que ele colocasse seu nome no topo da lista dos indicados. Não foi difícil," ele disse amargamente, como se se arrependesse disso agora.


"Então há um pobre coitado na minha turma de Economia que provavelmente suou para se qualificar, alguém que merece ganhar, e ele conseguiu o que? Foi chutado pra fora da lista?" Esbravejei, meu corpo estremecendo com a raiva e meus punhos se cerrando. Victor estava a um passo de ter outro nariz quebrado. "Você transformou tudo em uma piada. Você acha que pode simplesmente usar o seu dinheiro e o seu nome por aí e manipular as pessoas como malditos peões? Bem, as coisas não funcionam dessa forma. Você vai concertar isso."


Todo mundo em um raio de vinte metros estava nos encarando e, honestamente, eu não poderia me importar menos naquele momento. Se os seguranças quisessem me tirar dali, então eles teriam que mandar o próprio Chuck Norris atrás de mim, porque não havia a menor chance de eu desistir sem uma boa briga.


Mas eu tinha que dar os devidos créditos a Victor. Ele não escondeu seu rosto, ele não fez o menor esforço para me contradizer ou acalmar. Muito pelo contrário; ele me olhou nos olhos, admitindo sua culpa cem por cento, e falou firmemente, "Me diga o que você quer que eu faça."


O que eu queria? Agora eu estava diante do mesmo tipo de decisão que Victor teve de tomar com Angelique. Eu queria fazer o que era lógico, ou eu queria fazer o que era certo?


Se eu fosse fazer a coisa certa, eu iria dizer a Victor para fazer a sua mágica com o Dean da Economia (de novo), descobrir quem realmente merecia a bolsa de estudos, e enfiar o sortudo no primeiro avião para a Inglaterra. Eu permaneceria na Cidade do México, sem emprego, sem casa, sem escola por seis meses, e sem Christopher.


Se eu fosse ser lógica, eu diria a Victor para fazer a sua mágica e me colocar num voo para Londres o mais rápido possível. Eu esqueceria que algum dia nós tivemos esta conversa, aproveitaria todos os benefícios de uma bolsa de estudos que não era minha por direito, e fugiria de um coração partido.


Alguns meses atrás, antes que Christopher Uckermann se tornasse uma parte integral da minha personalidade, não haveria nenhuma dúvida entre as duas escolhas. O meu lado covarde teria vencido. Eu teria ido para Londres e escondido minha cabeça na areia. Mas Christopher tinha se tornado a minha vida, tinha me apresentado um amor e um carinho muito além do que eu podia sonhar, e havia irrevogavelmente me transformado.


Eu não seria mais a garota que foge dos seus problemas.


"Eu quero que você faça a coisa certa. Eu quero fazer a coisa certa." Finalmente falei a Victor, e tanto para surpresa dele quanto para minha, me descobri estendendo o braço pela mesa e agarrando sua mão com firmeza. "Descubra quem realmente merece a bolsa de estudos, e se certifique de que esta pessoa a consiga. E..." Eu hesitei, porque a parte seguinte não era realmente da minha conta. "Eu acho que você precisa assumir Ben como parte da família – ou tanto quanto Angelique se sinta confortável com isso. Alfonso e Christian querem conhecer o meio-irmão deles, e eles irão lhe respeitar muito mais se não tiverem de fazer as coisas pelas suas costas ou pelas costas de Alexandra ."


Victor apertou minha mão e me ofereceu um sorriso hesitante, ao qual eu não estava pronta para retribuir por enquanto. "Contatarei Dean amanhã mesmo e me certificarei de que a pessoa certa receba seus direitos, e eu não vejo porque nós não podemos recuperar seu emprego na Companhia. Isto causaria alguns comentários, mas pode ser arranjado... E quanto ao Ben... Desde que as coisas pioraram entre meus filhos e eu, tenho conversado com Alexandra e nós concordamos com você. É hora de tornar os Uckermann, todos nós, uma família novamente."


Eu percebi que quando falou "todos", ele se referia a mim também.


"Nós terminamos, Sr. Uckermann," balbuciei, sentindo as lágrimas traidoras inundarem meus olhos. "Ele praticamente me disse que estaria saindo com outras pessoas, e que o anel de noivado era uma maldita lembrancinha. Eu não acho que serei membro do Clã Uckermann num futuro próximo."


"Anel de noivado?" Victor perguntou, admirado, antes que a compreensão aparecesse em seus olhos. "Era alguma bela joia da Tiffany, talvez?"


"O anel da avó de Alexandra ?" Expliquei, embora tenha soado mais como uma pergunta, enquanto imaginava porque aquele detalhe em particular poderia ser importante.


Para minha surpresa, Victor riu. "Querida, deixe-me lhe contar uma coisinha sobre o Christopher. Ele é tão teimoso quanto o dia é longo, ele sempre acredita que tem a razão, e uma vez que escolhe uma coisa, ele não muda de ideia. E ele escolheu você, Maite Perroni. Eu vi isto naquela noite no restaurante, e se eu tivesse sido capaz de parar de olhar para o meu próprio umbigo, eu teria visto isso naquele dia no escritório dele, quando o alertei para não repetir os meus erros e ele me disse que não desistiria de você. Christopher nunca teria lhe dado aquele anel se ele acreditasse que poderia algum dia ficar com outra pessoa. O que quer que ele tenha dito a você, posso lhe garantir que foi tudo mentira. Ele estava tentando te afastar... provavelmente por algum motivo altruísta, galante e totalmente típico do Christopher. Não desista dele, por favor, Maite. Não permita que eu tenha destruído isto para vocês dois. Lute por ele."


Evitei o olhar penetrante de Victor, desviando minha atenção para o portão de embarque, onde pude ver uma mulher chorando abraçada a um homem em uniforme militar. Ele estava tentando se manter firme enquanto pendurava a mochila no ombro e a abraçava de volta, mas mesmo à distância eu pude ver o medo e o amor nos traços dele. Observando os dois, vendo o amor simples, silencioso e ainda assim poderoso entre eles, eu percebi que não conseguiria renunciar a Christopher.


Victor tinha razão. Eu tinha esperado que um milagre acontecesse, que os céus repentinamente se abrissem e que tudo fosse perfeito. Mas como eu tinha pensando antes, enquanto aguardava ansiosamente meu voo, milagres não acontecem.


As pessoas cometem seus próprios erros, elas tomam suas próprias decisões, elas escolhem os seus destinos. Depois de tudo o que havia feito de errado, Victor era capaz de sentar à minha frente e encarar as escolhas que ele havia feito para sua vida. Era hora de eu encarar a minha vida.


Se eu quisesse um milagre – se eu quisesse ficar com Christopher –, então eu teria que fazer isso acontecer.


"Victor," eu disse, me levantando e secando as lágrimas. "Se você me der licença, eu preciso ir me encontrar com meu noivo."


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 



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Autor(a): Hemsworth45

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