Fanfic: His Personal Assistant (Uckerroni) | Tema: RBD,Maite Perroni, Christopher Uckermann
MaitrPOV
“Maite Perroni Beorlegui!”
A multidão irrompeu em saudações generosas enquanto, a pernas trêmulas, eu caminhava até o palco da cerimônia de formatura. O reitor da Faculdade de Administração, e em seguida o reitor da Universidade apertaram minha mão. Ambos estavam com caras de que queriam uma bebida forte – o que era compreensível, considerando a quantidade de formandos que haviam cumprimentado hoje. O reitor da Faculdade não encarou meus olhos – o que me fez indagar se ele lembrava que eu era a garota para quem Victor Uckermann havia tentado arranjar uma bolsa de estudos cerca de um ano atrás.
A bela assistente do reitor entregou-me o diploma e sorriu para mim de forma indulgente, enquanto eu virava a borla do meu chapéu de formatura.
Eu estava oficialmente graduada.
Nada mais de estudantes, nada mais de livros, ou olharzinhos cínicos dos professores. Eu podia compreender do que Alice Cooper falava. A época de escola já era, e eu tinha me tornado uma adulta aceita e aprovada pela sociedade. Isso normalmente teria me assustado pra caralho, mas passei os olhos pelos estudantes e professores, localizei todos os familiares e eu sabia que jamais estaria sozinha.
Havia uma fila inteira dedicada a mim, todos eles me olhavam com orgulho e carinho. Anahi e Alfonso estavam em uma ponta da fileira, ele com o braço displicentemente jogado em torno dela, e ela que soluçava descontroladamente na camiseta dele. Eu não podia fazer outra coisa senão balançar a cabeça em exasperação. Ela havia se debulhado em lágrimas a cada passo dado em todas as nossas vidas, então eu estava longe de surpresa.
Logo ao lado deles, estavam Dulce e Christian, os dois assobiaram e uivaram ao som da chamada do meu nome. Juro por Deus, eles eram responsáveis por 90% do barulho da platéia. Ao lado de Christian, meu pai Xavier o encarava como se Chris fosse um caso de internação, algo totalmente previsível considerando que ele começou a gritar como se estivesse em uma partida de baseball ou algo do tipo. Mamãe encontrava-se numa situação emocional similar a de Anahi, se agarrando ao meu pai e fungando. Gé-zuz. Qualquer um poderia imaginar que se tratava do meu funeral.
Angelique estava sentada ao lado da minha mãe, parecendo incrivelmente desconfortável mesmo enquanto sorria amavelmente. Esta era uma de suas primeiras aparições públicas com os Uckermann, e eu sabia que ela estava preocupada com a exposição. Ela havia decidido esperar até que seu filho tivesse idade suficiente para tomar uma decisão instruída antes de anunciar publicamente que ele era um Uckermann, ou não. Surpreendentemente, Alexandra estava sentada ao lado de Angelique , e mesmo daqui de longe eu podia ver que ela mantinha um braço terno sobre o antebraço de Angie. Alexandra também sorria afetadamente, com seus típicos trejeitos, enquanto sentava entre Victor e a mãe do filho caçula de Victor. Sacudi a cabeça de novo. Eu jamais entenderia o senso de humor de Alexandra– ou o de Christian, por tabela.
Victor estava completamente alheio a tudo isso, muito ocupado fazendo arrulhos para o bebê Ben, que sentava satisfeito nos braços do seu irmão favorito. Desde que Victor e Christopher, sem mencionar o resto da família, haviam sentado para conversar e acertar suas diferenças (estou quase certa de que mais socos e pontapés foram registrados), não havia levado muito tempo para que todos eles se aproximassem da fofura que era o mais novo membro da família.
Christopher posicionou Ben seguramente contra seu abdômen, cruzando suas mãos em torno da barriguinha redonda dele e descansando seu queixo sobre a cabeça da criança. Eu sentia meus ovários em pleno Carnaval só de ver aquela imagem de Christopher e Ben, como de costume. Era como se alguém ligasse um interruptor para o modo Christopher-me-engravide-agora-pelamordedeus. Mas, mais importante do que meus ovários superativos era o olhar de Christopher.
Ele não fazia torcida nem chorava. Ele simplesmente me olhava como uma mistura poderosa de orgulho, amor e adoração desenhados por todo seu rosto – e eu sabia – eu sabia, que ele não tinha tirado seus olhos de mim durante toda a cerimônia, mesmo durante o tempo que permaneci no meu assento e ele só conseguia enxergar minha nuca.
O tempo, do nada, parecia não passar rápido o suficiente, enquanto uma fome louca de me sentir envolvida pelos braços de Christopher me consumia de cima a baixo. No exato momento em que nos liberaram do palco, eu comecei a nocautear as pessoas a minha frente, fazendo caminho pela multidão, ignorando a maré de chapéus voando pelo ar. Um abraço de apertar os ossos me encontrou no meio do caminho e olhei para baixo enquanto Anahi se enroscava em mim feito um fio de telefone; e fomos rapidamente esmagadas por Dulce, que colocou seus braços em nosso redor.
Dulce e eu reviramos os olhos, sem deixar que Anahi percebesse, enquanto nos movíamos naquela suruba de seis braços. Nem Dulce ou eu éramos emotivas com cerimônias e outras pompas do tipo, mas Anahi chorava em tudo, de casamentos ao filme Armageddon.
“Oh, Maite! Estou tão orgulhosa! Prometa que vamos ser amigas para sempre!” – Anahi lamuriou, deixando uma trilha de muco nasal na minha beca de formatura.
“Credo, Annie,” Dulce bufou, dando-lhe tapinhas na cabeça como se fosse um cachorro, (um hábito que ela aprendeu com Christian, aquele boboca condescendente), “nós todas estamos entrando para a mesma família. Eu passo mais tempo com você duas agora do que quando morávamos juntas. Acho que você deveria estar mais preocupada com a possibilidade de nós três ficarmos enjoadas umas das outras.”
Nós tomamos aquele momento para nos encararmos. Eu pensei na ótima vida que tive, e em como aquelas duas gurias haviam estado presentes durante cada passo deste caminho, nas marés altas e baixas. Pensei sobre meu futuro, nos Natais na casa dos Uckermann, nossa família gigantesca lá, um Alfonso meio trêbado vestido de Papai Noel, distribuindo presentes. Na verdade, isso aconteceu no Natal passado, mas acho que é um indicador justo dos anos que tínhamos pela frente. Pensei a respeito da pequena vida que crescia na barriga de Dulce, e no casamento que iria acontecer na semana seguinte, se Alfonso choraria quando Anahi chegasse até ele no altar. Eu não sei se ela estava tendo os mesmos pensamentos que eu, mas Dulce começou a soluçar feito um punheteiro no mesmo momento que eu.
"Estão vendo!" Anahi choramingou no meu ombro, enquanto nos abraçávamos com força, "eu sabia que vocês também estavam sentindo isso!"
Christian e Alfonso chegaram logo em seguida, abrindo espaço entre as pessoas e rindo até suas almas impuras ao enxergarem nossa situação.
"Amendoim, qual é a das lágrimas?", Christian soltou, batendo nas minhas costas, praticamente fazendo meus joelhos cederem. "Olha só pra você, toda crescida, Srta. Formada."
"Ha!" Alfonso sorriu largo; gentilmente desamarrando Anahi do nosso abraço enquanto Christian fazia o mesmo com Dulce. "Ela só está triste de ter que casar com nosso estimado irmãozinho, agora. Você sabe como esses dois estavam num lance de esperar até que ela se formasse."
"Vai ver se eu tô na esquina, poncho." Resmunguei para ele, apesar da minha panca de durona ter se derrubado quando puxei os dois para um abraço. "Talvez eu esteja chorando porque fiquei empacada com vocês na posição de meus cunhados pelo resto da vida."
Christian e Alfonso corresponderam meu abraço, e senti Christian pressionar um raro e gentil beijo na minha bochecha enquanto Alfonso me confidenciou, "orgulhoso de você, minha futura irmãzinha."
Ok, certo. Dulce, Christian, Alfonso e Anahi olhando para mim com todo aquele amor e orgulho nos olhos, como se quisessem se juntar num abraço coletivo foi demais, muito mais do que meus canais lacrimais conseguiam suportar neste momento.
"Vou procurar meus pais, vejo vocês no apê do Christopher para esta festa estúpida." Falei para eles, com toda intenção de escapar dali antes que começasse a soltar ranho feito Anahi.
"Maite!" Anahi reclamou sobre o ombro enquanto eu comecei a andar pelo meio das pessoas, "NENHUMA festa organizada por mim é estúpida, jamais, mocinha!"
Ótimo. Ofender Anahi provavelmente ia me colocar de serviçal durante toda a noite, pendurando casacos.
Encontrei Xavier, Victor e Maitê de papo perto dos seus assentos. Alexandra e Angelique faziam uma espécie de luta livre com um relutante Ben, tentando posicioná-lo em sua cadeirinha portátil, enquanto ele gritava "CHRIS-PHER!" a plenos pulmões.
Mamãe e Papai me agarraram de supetão assim que me viram, e eu sabia que de todas aquelas pessoas presentes ali, com todos os seus desejos de boa sorte, não havia outras duas pessoas mais orgulhosas quanto meus pais.
"Tita," Maitê suspirou no meu ouvido, "você chegou tão longe e tão bem. É tudo o que qualquer mãe deseja – que seu filho cresça e alcance mais do que ela. Estou maravilhada com você, bebê."
Senti aquele calombo indesejoso se formar na minha garganta enquanto meu pai dizia que me amava e eles caminharam até o carro. Eu podia enxergar claramente nos dois – o quanto estavam contentes por eu ter chegado até ali, por ter me formado. Eu havia percebido isso na noite passada, quando nos sentamos-nos à mesa de jantar com os Uckermann, Anahi e Dulce, o quão feliz eles teriam ficado mesmo que eu não tivesse ido até o final – desde que eu estivesse feliz.
Victor tossiu limpando a garganta, e eu percebi que tinha esquecido dele de pé ao meu lado.
"Parabéns, Maite," ele me falou num tom suave.
"Obrigada, Daddy-V." Sorri abertamente para ele, o que me rendeu uma bufada impaciente. Desde que Dulce e Anahi descobriram meu apelido para ele, as duas tinham começado a usá-lo também, o que o irritava absurdos.
"Sim, bem, é, eu sei que as coisas nem sempre foram um mar de rosas entre nós, e eu só queria dizer que..." Victor pigarreou novamente, sem dúvida prestes a fazer seu pedido de desculpas número 1018.
"Sério, V-Man, são águas passadas." Falei, honestamente. "Christopher e eu nos fortalecemos por causa disso, e vamos ficar juntos para sempre agora."
Senti uma presença familiar atrás dele, e em seguida um par de abraços me envolvendo pela cintura. Eu me perguntei se meu homem inseguro havia escutado esta última frase. Seus lábios no meu pescoço me diziam que sim, sim, sim, ele tinha ouvido.
"Pensei que seria melhor te dar alguns minutos para cumprimentar todo mundo, querida," ele sussurrou contra minha pele, "porque agora que te tenho nos meus braços, não pretendo te deixar escapar."
Agora, Victor tossia de desconforto, ainda desacostumado com as demonstrações públicas de afeto e hiperzelosas de Christopher em relação a mim.
"Estou feliz que este seja o caso, Maite." Victor começou, tentando em vão ignorar Christopher. "Eu fui um bobo em comparar o relacionamento de vocês dois ao erro que cometi com Angelique , mesmo tendo ganhado aquele menino maravilhoso no final das contas. Estou tão feliz de ver minha família, com tantos novos membros felizes e... e... CHRISTOPHER!" – Victor interrompeu seu pequeno discurso emocionado, revirando os olhos o máximo que podia devido ao comportamento de seu filho mais novo.
"Ignore-o, V-Unit. Eu faço isso." Falei na maior da calma, mesmo enquanto as mãos peritas de Christopher se escondiam por dentro da frente da minha beca, se ajeitando no meu quadril. A boca dele continuou no meu pescoço, dentes e língua a todo vapor com os ocasionais suspiros de satisfação.
"Vamos ver o quão bem você vai conseguir me ignorar, quando eu efetivamente colocar o trem para andar, meu Anjo." Christopher resfolegou em tom grave sob meu ouvido, antes de mais uma vez atacar meu pescoço, e agora com o ímpeto renovado.
"Hm, e de qualquer forma," Victor tentou novamente, mas soltou outro suspiro de frustração enquanto Alexandra se aproximava de nós. "Christopher, isso vai deixar uma marca!"
"Acho que essa é a idéia, docinho." Alexandra Falou, com um baita sorriso. De todos nós ali, Alexandra era a única que apresentava algum sucesso em ignorar toda aquela apertação de dentes em torno do meu queixo.
"Ele era o chefe dela, isso é um comportamento incrivelmente inapropriado na frente dos professores de Maite, e se ela se encrencar por causa disso?" Victor discursou, mesmo enquanto permitia que Alexandra o conduzisse para longe.
"Não seja tão santarrão, Papa-V!" Gritei para ele, "E nos vemos hoje à noite!" Eu ri e deixei meu corpo relaxar para trás, nos braços de Christopher, sentindo sua ereção pressionada contra as minhas costas. Falando sério, a habilidade desse homem de ficar excitado em qualquer lugar era algo particularmente assustador. "Você não é mais meu chefe, Christopher." Eu fiz manha enquanto ele devorava meu pescoço, "então o que você pretende fazer comigo?"
Ele me virou rápido nos fazendo ficar frente a frente, com o sorriso mais deslumbrante e contente que eu já tinha visto no rosto dele. "Posso não ser seu chefe, mas posso pensar em algumas situações maravilhosas nas quais você pode me chamar de Sr. Uckermann."
Eu gargalhei de forma provocativa e me grudei na gravata dele, aproximando nossos rostos. "É mesmo?", questionei, engolfando minhas mãos nos seus cabelos.
"Hmm." Ele murmurou sobre meus lábios. "E muito em breve eu vou poder chamar você de Sra. Uckermann."
"Em breve," concordei, instintivamente dedilhando meu anel de noivado. "Mas, não pense que vai me distrair do fato de que eu ainda não sei qual é o meu presente de formatura..."
"Eu tenho apenas quatro palavras para você, minha linda formanda..." Ele baixou o tom de voz, tirando meu chapéu de abas quadradas e acariciando minha nuca. "Eu... você... Bora Bora."
Incontáveis dias de orgasmos a valer e serenatas na praia sob a luz da lua?
Quem foi que disse que os melhores anos da vida eram passados na escola obviamente nunca tinha conhecido Christopher Uckermann.
FIM
Bom,obrigada a quem chegou até aqui.
espero que tenham gostado.
Autor(a): Hemsworth45
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