Fanfic: Um novo começo - Ponny. | Tema: RBD,Anahi,Alfonso Herrera
ALFONSO POV
Cerro a mandíbula diante da cena.
Honestamente, mal consigo me lembrar de como respirar, atingido por uma violenta sensação em vê-las assim. Tudo o que faço é permanecer imóvel,observando, fascinado.
"Minha nossa, você nunca me disse que tinhau m vizinho tão…" o sujeito em sua casa interrompe o momento, dando ênfase exagerada à minha presença, e me pego detestando a interferência.
Eu poderia apenas assistir às duas rindo deste jeito por horas…
Oh, merda, o que estou dizendo?
Ao me notar,o sorriso de Anahi morre lentamente.
E me vejo rígido enquanto ela limpa o canto dos olhos (lágrimas provavelmente provocadas pelo riso).
— Poncho — meu nome é sibilado em seus lábios,desprevenida.
Inferno, quando você pensa que a mulher não pode ser mais atraente, ela te surpreende.
Limpo a garganta e aceno com a cabeça,sutil.
Lembro-me então do prato pesando em minha mão.
Cheguei em casa a tempo de pegar Maíra embalando os doces como cortesia à vizinha.
Não consegui perder a boa desculpa para vê-la novamente. Se eu for sincero, este par de olhos azuis e boca carnuda estão perturbando meus pensamentos nos últimos dias. Há muito tempo eu não me via pensando tanto em alguém…
— Eu trouxe… doces — digo, com a voz abafada, rouca, traindo minha vontade de parecer imune.
Noto, pela maneira como ela limpa as mãos na saia, que Anahi foi pega de surpresa por minha presença.
Mais do que isto, é como se a guarda confiante que sempre exibe quando estou por perto estivesse baixada e este aqui fosse seu lado real.
Porra, ainda mais linda sem toda aquela pose de mulher segura disposta a esmagar seu peito sob o salto fino do sapato.
— Papai! — Ana grita, pronta para vir até mim.
A mulher se gira para a criança na velocidade da luz.
— Não, não, senhorita — ela intercepta a intenção de minha filha — Espere um pouquinho.Deixe-me tirar isto de você, primeiro. Não queremos que a peça que você me pregou seja pra valer, não é?
O tom é um tipo afetuoso de autoridade.Falando deste jeito, até eu a obedeceria.Inapropriadamente, me pego imaginando se ela tem este perfil mandão enquanto fode.
Maldição, uma ereção agora é tudo o que eu menos preciso.
— Você vai colocar botões brilhantes,Anahi? — a pequena acompanha com total atenção os movimentos da mulher tirando seu vestido.
Não escuto a resposta que Anahi dá ao seu pedido, mas, seja lá o que for, faz minha filha rir,animada.
Um estalo de língua vindo do sujeito em pé na sala me lembra de sua presença.
O jeito espertamente conhecedor como ele olha de mim para as meninas, inferno, me ruboriza. Com um elevar de sobrancelha e um sorrisinho, sua expressão sustenta algo como: “Eu sei o que você está pensando”.
— Afinal, quem é você? — rosno baixo, para que elas não me ouçam.
Ele cruza os braços, elevando o queixo orgulhosamente.
— Sou Chris… Christian. O assistente da Anahi.
— Hum — resmungo, sem nenhuma vontade de bater papo com ele, principalmente com esta sua expressão sacana de quem me pegou no pulo.
E o tal Chris me olha como se eu devesse a mesma cortesia.
— Sou Alfonso..Poncho… o vizinho — mastigo a apresentação.
— Uhum… — seu olhar cai por mim descaradamente — Prazer, Poncho, “O vizinho”.
Bufo.
ANAHI POV
Um repentino comichão se instaurou em Christian para ir embora.
Antes mesmo que eu pudesse terminar de retirar o vestido com as marcações da menina, ele já estava no meu ouvido,sem nenhuma vergonha,mentindo que se lembrou de um compromisso de última hora.
Como se eu fosse alguma tola e não percebesse suas intenções.
Antes de sair, ele estende a mão para a criança num comprimento de “toca aqui”.
— Te vejo por aí, Ariel.
— Tchau, Chris… — a inocente menina não se desmente nem na despedida.
Levo-o até a porta, me segurando para não enfiar uma agulha nas suas costelas.
— Aproveite as companhias, rainha… — ele murmura com uma risadinha cúmplice.
Reviro meus olhos.
É bom saber que Chris me deixa na mão quando mais preciso.
— Da próxima vez, lembre-me que você é
deste tipo de pessoa… — ironizo, baixinho.
Christian solta um beijo no ar e vai embora, me deixando sozinha com minhas visitas… Respiro fundo e me viro de volta para a sala.
Poncho está na mesma posição. Pelo sorriso de canto de lábios fica claro que ele ouviu o que acabei de dizer.
— Medo de ficar sozinha comigo, vizinha?— o tom provocativamente rouco faz minha pele vibrar.
Olho de relance para Ana, que está perdida no meio de todo o tecido que ela mesma bagunçou assim que chegou aqui, e me aproximo um pouco mais dele.
— Meu único medo, bonitão, é de você ter trazido somente um pouco disto — pego o prato de sua mão, sorrindo sem me abalar, apesar da estranha agitação em meu estômago.
Estamos no meu território, Alfonso.
Seus olhos me prendem com uma intensidade excitante pra caramba.
Por alguns segundos, permanecemos apenas nos encarando. Seu cheiro limpo, acrescido do aroma de alguma colônia amadeirada, quase me faz gemer de tão bom.
— Você cheira bem — penso em voz alta.
E não me envergonho: me sinto estranhamente confortável quando ele está por perto, nem sei ao certo se isto é bom.
Talvez seja melhor não saber, afinal.
Quebro nosso contato visual, pronta para levar o prato à cozinha. Antes que eu possa sequer inclinar o corpo para longe, o homem tem meu pulso preso em sua mão, me mantendo no lugar.
— Tenho pensado muito em você — leio as palavras sussurradas em seus lábios, como labaredas me abrasando.
Seu dedo polegar alisa meu pulso, no exato ponto em cima da pulsação,numa carícia boa, íntima.
Engulo a pouca saliva.
— Eu também… — confesso.
Oh, mas que droga!
Mordo a língua tão rápido quanto posso,entretanto, já é tarde. A satisfação que vejo refletida em sua íris me impede de ter qualquer arrependimento. Com um puxão mais determinado em meu pulso, ele me obriga a dar um passo à frente, encostando meu corpo contra o dele. Meus seios praticamente tocam seu peito. Sinto o calor de sua respiração acariciando meu rosto, e não consigo evitar uma ofegada mais fraca.
Nenhum de nós diz nada por um longo momento, no entanto, baseada na densa atmosfera,palavras são desnecessárias. Estamos mutuamente atraídos.
Não afetivamente! Não isso. É mais como um tipo de energia sexual avassaladora, que eriça minha pele, criando calor e umidade na mesma proporção.
— É tão macio, eu adoro… — a fala distante de Ana nos lembra de que não estamos sós.
Ao mesmo tempo, nos viramos para a menina que está no centro da sala com uma peça de cetim maior do que ela.
Ana alisa o tecido contra seu rosto, completamente absorta em seu próprio mundo.
Suspiro pela fofura da cena, e também pela tensão entre nós.
— É… eu acho que ela gosta… — brinco,conseguindo enfim um pretexto racional para recuar.
Ele solta meu pulso devagar, prolongando o momento. A falta de seu toque é rapidamente sentida, não nego.
Limpo minha garganta.
— Você viu o que a Mari mandou pra gente,Ana?
Saindo de seu transe com piscadinhas, ela volta a nos notar. Sinto que a danadinha capta alguma coisa no ar. Seus olhos espertos correm de seu pai para mim, de repente aumentando de tamanho, como se algo estalasse em sua mente.
O ar foge de meus pulmões.
Não sei bem o que pensar ou como interpretar sua reação. Será que ela percebeu que estou seriamente cobiçando seu pai?
Que tipo de pessoa eu sou? A criança inocente confiou em mim e aqui estou eu, cheia de pensamentos libidinosos.
Petrificada, penso em abrir a boca e me explicar para o que quer que ela esteja pensando,porém, para meu completo alívio, timidamente, Luz sorri.
— Nós vamos comer aqui, Anahi? — ela solta o tecido no chão, prontinha.
O fato de saber que a menina quer estender seu tempo em minha casa me permite sugar uma longa respiração.
— Só se você quiser… — dou de ombros,indo para a cozinha.
No caminho, de costas para eles, fecho os olhos,tentando recobrar um pouco do juízo.
Senhores pensamentos incoerentes, fiquem aí quietinhos que mais tarde a gente se reúne.
Sentada na cadeira, com seus pés flutuando no ar, Ana me ajuda a devorar os deliciosos profiteroles. O doce me lembra muito a minha mãe.
Acho que Daniel e Diego têm a mesma lembrança… Deus, eu sinto tanta falta dos meus pais.
Afasto qualquer pensamento e tento me concentrar em Ana.
Alfonso observa meus movimentos atentamente,e quanto mais ele faz isto, mais me pego interagindo com as tagarelices da menina,em busca de distração. O homem me mantém ligada demais,não é bom.
Preciso manter a cabeça em ordem.
— Sim, a que vem com um carro cor-de-rosa parece legal — concordo com a opinião da menina sobre alguma nova boneca em lançamento.
— Eu queria muito… mas meu papai acha melhor não… — sinto que a pequena armadora está me usando para jogar indiretas ao pai, com esse ar piedoso.
Lanço um olhar malicioso para Poncho.
— Bem, talvez se você pedir com jeitinho,seu pai poderia…
Recebo uma expressão de retaliação. Não resisto: pisco pra ele, rindo.
E o desgraçado me encara com um maldito olhar quente dos diabos, do tipo cheio de ameaças quentes e molhadas. Oh, maldição. Enfio um doce inteiro na boca para não pensar no quanto eu quero cada uma delas.
— Você gosta de bebezinhos, Anahi? —alheia a seu pai, Ana solta esta, sem nenhuma restrição,tampouco conexão com o assunto anterior.
O quê?!
Se eu gos…?
Engasgo com a massa do profiterole presa no meio do caminho. Preciso tossir. Alto.
Acho que vou morrer com a coisa parada na garganta.
De onde foi que veio isso?!
Alfonso se levanta e vem ao meu socorro,batendo de leve nas minhas costas.
— Deixe a Anahi comer, Ana — o tom de diversão em sua voz é irritante — Depois a gente pergunta sua opinião sobre bebês.
Miserável.
ALFONSO POV
Ana ficou o quanto pôde no apartamento de Anahi, vi sua luta para resistir ao sono. Acho que no fundo compartilhamos da mesma vontade: a de ficar mais um pouco.
Com minha filha dormindo em meus braços, paro diante da mulher, segurando a porta aberta.
Passamos a última hora conversando tão levemente que nem me dei conta do horário.
Aos poucos, estou conhecendo um pouco mais dela,gostando muito do que descubro.
— Bem, eu tenho que colocar esta matraca na cama — brinco, baixinho, encarando seu rosto lindo pra caralho.
Com os dentes cravados nos lábios e um sorriso controlado, ela assente. Não consigo deixar de olhar pra sua boca nem por um instante.
É muito mau querer beijar a mulher desta maneira?
Respiro, sufocado.
— Acho que vou indo…
— É… acho que sim…
Com a mão livre, não resisto, deixo meu polegar deslizar por seus lábios vagarosamente. A temperatura e textura me fazem engolir em seco.
— Tchau, vizinha… — murmuro.
Encaro-a por mais um segundo. Contra minha vontade, me afasto. Seu suspiro profundo denuncia que estamos na mesma vibração.
Ando para fora.
— Poncho… — ela chama quando já estou de costas.
Olho-a por cima do ombro.
— Volte mais tarde, se quiser… — em sua fala, sinto hesitação e, sem dúvidas, a mesma
necessidade correndo em minhas veias.
Mantenho-a presa pelo olhar até ter certeza
de que é uma decisão consciente. Não haverá volta.
Autor(a): ItsaPonnyWorld
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Prévia do próximo capítulo
ANAHI POV Onde eu estava com a cabeça? Chamei mesmo meu vizinho para vir à minha casa? Oh,sim, com toda certeza eu fiz…Para piorar, não consigo me sentir penalizada. Estou mais para muito ansiosa. Também, como poderia ser diferente? Passei a última hora praticamente babando por seus sorrisos e olhares qu ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 86
Para comentar, você deve estar logado no site.
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cxlucci Postado em 04/11/2024 - 10:06:19
voltando aqui depois de mais de ano ver se teve update 😭😭😭
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mileponnyforever Postado em 16/10/2023 - 00:14:09
Cadê você?!
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mileponnyforever Postado em 15/06/2023 - 08:34:04
Pelo amor de Deus, volta a postar!
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beatris_ponny Postado em 03/06/2023 - 02:56:34
Cadê vc????
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mileponnyforever Postado em 31/05/2023 - 11:41:45
Cadê você?
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mileponnyforever Postado em 01/05/2023 - 21:48:54
Cadê você?
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beatris_ponny Postado em 16/04/2023 - 16:33:12
Continua....
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beatris_ponny Postado em 16/04/2023 - 16:33:01
Que bom que voltou, já tinha desistido kkkk
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mileponnyforever Postado em 10/04/2023 - 01:03:59
Meu Deus que capítulo cheio de emoção. Não some assim, você ainda vai nos matar de ansiedade!
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mileponnyforever Postado em 16/03/2023 - 13:49:54
cade voce? Posta pelo amor....