Fanfics Brasil - Pega em flagrante Um novo começo - Ponny.

Fanfic: Um novo começo - Ponny. | Tema: RBD,Anahi,Alfonso Herrera


Capítulo: Pega em flagrante

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ANAHI POV


 


Paralisada, não movo um único músculo do corpo além do necessário para piscar, a fim de garantir que não é um sonho.


Olhos grandes e tão verdes quanto os do pai fitam-me intensos,parecendo admirados e… esperançosos?


Seu rosto descansa sobre as mãozinhas apoiadas na beirada da cama, como se nesta posição ela estivesse mais confortável para observar por um longo tempo.


 E-eu… O que foi que eu fiz? Dormi com o pai deu ma criança inocente, sob seu teto,e nem consigo me lembrar?


Abro a boca para responder ao seu “bom dia”encantando, depois de alguns segundos de letargia.


— Bom dia, Luz da Manhã… — sibilo,baixinho,sem saber ao certo por que a chamei deste jeito.


Uma mecha de seu cabelo dourado com traços castanhos cai sobre a testa. Afasto-o para detrás da orelha.


— Você dormiu na minha casa? — ela murmura no mesmo tom que usei, como se compartilhássemos um segredo.


— E-eu… — umedeço os lábios, buscando tempo para preparar uma desculpa — Eu… vim cedo pra sua casa porque queria te convidar para um passeio — deixo de encarar seus olhos para que ela não veja a mentira descarada em mim—Você Topa?


— Sim, Anahi! — ainda sussurrando, ela vibra,cheia de entusiasmo.


Deus, de onde vem esta sensação tão inexplicavelmente incomum quando a vejo assim,feliz? 


Eu estou gostando da menina, e, tendo em vista meu passado, isto me assusta muito.


Sugo uma respiração mais profunda ao sentir o corpo de Poncho se remexer. 


Tenho a séria impressão de que ele está acordado.E por que,raios, não interfere e me ajuda aqui?


Puxo a ponta do edredom para cobrir meu colo e me inclino, apoiada no cotovelo, para visualizar melhor o pequeno corpo coberto com um pijama fofo de ursinhos cor-de-rosa. Estilosa até para dormir. 


Embaixo de seu braço, pela primeira vez, eu vejo uma muleta, ao invés da prótese.


— Quer ir colocar uma roupa bem bonita para passearmos,Ana? — e dar tempo de eu me vestir, para que não me veja seminua ao lado de seu pai?


Ela emite uma risadinha gostosa de ouvir.


Dando um passo atrás, pronta para sair, a menina então para, sendo tomada por algum pensamento em sua cabecinha esperta.


— Você pode me ajudar a escolher um vestido,Anahi?


Mordo meu lábio, guardando um sorriso que não deveria estar aqui, tendo em conta a situação embaraçosa em que me encontro.


— Vá escovar seus dentes que eu vou logo em seguida,pode ser?


Ela não responde, apenas alarga o sorriso,mais do que animada.Perco-a de vista no minuto seguinte. 


Enfio uma cotovelada na costela de seu pai, que descaradamente finge estar dormindo,enquanto ri do meu constrangimento.


Tombo para o travesseiro, escondendo meu rosto entre as mãos.


— Você poderia ter me ajudado…


Como um felino, sem pressa e letal, Poncho se gira para ficar de frente comigo.


— E estragar seu desempenho enganando uma criancinha?


Pelo vão dos dedos, eu o encaro. Droga!


Analisando meu vizinho assim, de rosto levemente inchado e cabelo desgrenhado, o cara parece ainda mais atraente. Eu gostaria de, no mínimo, poder me lembrar do que fizemos e como foi que acordei em sua cama desta forma,usando somente lingerie.


— Poncho… — murmuro, martirizada pela vergonha do esquecimento.


— Annie… — a rouquidão lenta e cheia de malícia me arrepia inteira, não nego.


— Por que eu estou na sua casa? Q-quero dizer,por que nós dois fizemos… você sabe…aqui?


Assisto aos seus lábios se curvando num sorriso.


— O que você acha que fizemos, Anahi?— seu bom humor é quase uma distração.


— Nós t-transamos…? — sim, a afirmação soa como uma pergunta constrangedora.


O que era uma faísca de sorriso agora se torna um por inteiro, exibindo a fenda quase imperceptível entre os dentes da frente. 


O gesto traga todo o oxigênio à minha volta.


Deslizando seus dedos pelo meu cabelo e ajeitando os fios (que imagino estarem uma bagunça), Poncho apenas me observa por um longo momento. Torna-se mais sério à medida que seus olhos me filmam como se quisessem gravar minha imagem em sua mente.


Sinto-me esquentar diante da análise. 


Seu dedo acaricia meu ombro.


— Você tentou abrir a porta de sua casa com a chave do carro, vizinha. Eu só te dei abrigo.


Nãooo, eu não fari… Tequilas. Sim, eu acho que faria.


Cubro meu rosto com o edredom e gemo baixinho de desgosto.


— Você vem, Anahi? — o gritinho de Ana chega distante, parecendo vir de um lugar longe na casa.


— E-eu… Deixei as chaves de casa dentro do meu carro — assumo, lembrando-me da decisão de não dirigir que tomei na noite anterior.


Alfonso puxa o cobertor de mim, impedindo-me de me esconder.


— Eu buscarei seu carro pra você — quando me dou conta, ele já se rolou para cima de mim, os olhos verdes focados na minha boca — Mas antes farei nosso café da manhã, moça.


Gemo de novo,desta vez mais profundamente, amando e me envergonhando das coisas que estão acontecendo no meu corpo assim tão próxima a ele.


— Me desculpe, Poncho…


— Não por isto, eu tive uma boa noite de sono,apesar de suas investidas implacáveis.


Estreito meu olhar sobre seu rosto.


— Investidas…? — sussurro.


A porcaria do sorriso está de volta, tentador.


— Foi muito difícil te impedir de abusar de mim enquanto eu tentava dormir, Annie. Você faz ideia de quanto trabalho me deu? — por sua voz quente feito uma fogueira e a rigidez longa tocando meu estômago, acho que não foi tão ruim assim.Definitivamente, eu não posso ter este tipo de pensamento aqui. Pisco algumas vezes para sair do transe, e Poncho se aproveita desta luta para roçar seus lábios preguiçosamente nos meus.— Bom dia, Anahi.


Expiro, trêmula, enfeitiçada.


— Agora consigo ver de quem Ana herdou a persuasão…


Passei alguns minutos procurando minhas roupas pelo quarto. A calça jeans ao pé da cama, os sapatos um de cada lado, e minha camisa arruinada de tão amassada. Mas que porcaria eu fiz ontem à noite? Um strip tease?


Paro em frente à porta aberta do quarto da menina. E preciso tomar um instante para absorvertodos os detalhes. 


É… impressionante.


 Este é o quarto mais de princesa do que qualquer outro que eu já tenha visto. Tons de rosa bebê se misturam com rosa pink e branco num efeito muito bem coordenado. Cortinas descem por uma parede completa, terminando num carpete clarinho. Pelos cantos, uma infinidade de bonecas estão ordenadamente desalinhadas. 


O guarda-roupa pequeno,branco,tem detalhes ricamente entalhados. Há uma mesinha com quatro cadeiras e um jogo de pires e xícaras posicionados como se,de fato, alguém viesse para um chá. No canto direito, uma miniatura de penteadeira com espelho e banqueta embutidos mostra o quanto a menina é vaidosa… E pelo que vejo em cima do móvel,posso ter a certeza de que a danadinha mentiu para mim na primeira vez que nos vimos, quando alegou que seu pai não lhe comprava batons. 


Há mais ali do que eu mesma jamais tive!


O que realmente fascina é o fato de Ana literalmente dormir dentro de uma carruagem. 


Eu nunca tinha visto nada como isto. Armações de ferro dourado em volta da cama moldam o exato formato da carruagem da Cinderela,arrematado por um fino dossel rosa claro que cai sobre a estrutura encantadoramente.


Palavras me faltam. É inexplicável. Eu posso sentir o profundo amor neste quarto, impregnado em cada minúcia. O cuidado, a vontade de fazer com que a menina se sinta em seu próprio mundo mágico. 


O sentimento de Poncho por sua filha é tão forte e grande que baqueia.


Segurando a porta do guarda-roupa aberta, o olhar de Ana vai dos meus pés à cabeça.


— Você está com a camisa do meu papai,Anahi?


A frase me devolve à realidade.


Filha da mãezinha esperta!


Meu rosto cora com vontade. Eu deveria ter recolocado a minha própria, por mais amassada que estivesse, no entanto, a ideia de sentir o cheiro de Poncho em mim foi mais tentadora.


Desvio o olhar para meus pés, buscando uma boa mentira.


— A minha não combinava com os meus…sapatos.


— E tem que combinar, não é mesmo,Anahi? — a maneira como ela me chama pelo nome, parecendo falar de igual, torna a garota ainda mais engraçadinha.


— Sim, sim — limpo a garganta — Esta é a regra número um. Os sapatos precisam combinar com a roupa.


Com outra de suas risadinhas gostosas, a menina começa a me apresentar suas opções.


Surpresa nenhuma, ela escolhe justamente o vestido que fiz. Eu estaria mentindo se dissesse que não ficou perfeito para ela.


Entro com o carro de Poncho em uma das vagas da loja de itens para bebês. Eu não queria aceitar pegar seu veículo, mas algo que ele me falou trouxe rapidamente razão ao fato. A caminhonete dele é segura para Ana, ele pesquisou muito antes de adquirir este modelo, e no banco de trás está a cadeirinha onde sua filha deve se sentar. Eu não sei exatamente como ele pretende buscar meu carro,mas não questionei sua decisão.


 A verdade é que, pela primeira vez na vida, eu me pego dirigindo com cem por cento de minha atenção, como se o bem mais valioso do mundo estivesse sob minha responsabilidade.


A menina, por outro lado, não para de tagarelar. Sua energia alcançou o nível máximo depois do café da manhã delicioso que seu pai nos preparou. 


Agora que eu disse para onde estamos indo, a animação é quase um surto de risadinhas e frases sobre ela amar bebezinhos.


Nem quero pensar muito no que estou sentindo; adoro tudo o que tenho conhecido sobre ela. Pensando nisto, reflito sobre algo que vi nesta manhã, e que me tocou de um jeito impossível de entender.


 Após colocar seu vestido, sentar na cama baixa e pegar a prótese, o semblante de Ana mudou. Não consigo explicar, mas é como se aquela fosse a única parte infeliz de seu dia.


 A menina mais enérgica e brilhante que já conheci tem um momento ruim todas as manhãs.


Minha garganta arde com o pensamento.


Respirações curtas ajudam a aliviar.


Uma última conferida pelo retrovisor e ela permanece falando sem parar.


De longe, vejo o carro de Marichello estacionado também. Ela e Maite já estão me esperando do lado de fora.


— Olha lá, Anahi! Aquela é a sua amiga!— Ana aponta o dedinho, tocando no vidro.


A danadinha se lembrou de Mai. Percebe o que eu disse sobre ela ser desmedidamente inteligente?


Desafivelo meu cinto, desço, vou para a porta de trás e retiro minha acompanhante de sua cadeirinha. 


Enquanto a pego no colo para transferi-la ao chão, os olhinhos verdes se fixam em mim,intensos. Eu me pergunto se ela aprendeu isto com o pai.


Pegando sua mão, caminho com Ana até Marichello e Maite.


Cacete,as mulheres estão impressionantes. Casamento faz isso com as pessoas hoje em dia?


Tanto Marichello quanto Maite pouco me olham quando percebem o que eu trouxe comigo. 


As atenções vão imediatamente para a menininha, com sorrisos derretidos.


— Annie, quem é esta princesinha? — Mari se abaixa para ficar à altura de Ana. Ao se curvar, a barriguinha de minha amiga fica mais evidente.


— Eu me chamo… — recebo uma rápida olhadela de Ana—Luz da Manhã.


Rá! Eu jamais esperaria por essa.


E então me surge uma dúvida: a espertinha escolhe seus nomes aleatoriamente ou baseada em algo que ouviu durante o dia?


Maite, que já a conhece, esconde o sorriso e se abaixa para Ana também.


— Oi, Luz da Manhã — o modo doce de Mai me faz pensar em como eu sinto falta dela — Estou muito feliz em te ver de novo.


Ana encolhe os ombros, satisfeita com a atenção.


— Anahi foi na minha casa bem cedinho para me convidar — a menina olha para o pezinho,balançando pelo calcanhar.Respiro fundo,prevendo o que está por vir. Não, por favor, não fale, por favor, por favor—Mas eu não tinha acordado ainda, aí ela me esperou na cama do meu pai, porque é maior.Oh, sim, ela disse!


— E a camisa do meu pai combina mais com seu sapato— revela, prestativa.


Vermelha. Pega no flagrante. É como me


sinto.


Teremos uma longa manhã.


 



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Autor(a): ItsaPonnyWorld

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

Prévia do próximo capítulo

ANAHI POV — É tão quentinho… — Ana acaricia,sonhadora, uma manta para bebês, deslizando seus dedinhos pelo tecido. E tudo o que Marichelo e Maite fazem é suspirar,encantadas.  Não tem como negar que a fascinação de Ana Carolina por bebezinhos é algo até engraçadinho,se não ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 86



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  • cxlucci Postado em 04/11/2024 - 10:06:19

    voltando aqui depois de mais de ano ver se teve update 😭😭😭

  • mileponnyforever Postado em 16/10/2023 - 00:14:09

    Cadê você?!

  • mileponnyforever Postado em 15/06/2023 - 08:34:04

    Pelo amor de Deus, volta a postar!

  • beatris_ponny Postado em 03/06/2023 - 02:56:34

    Cadê vc????

  • mileponnyforever Postado em 31/05/2023 - 11:41:45

    Cadê você?

  • mileponnyforever Postado em 01/05/2023 - 21:48:54

    Cadê você?

  • beatris_ponny Postado em 16/04/2023 - 16:33:12

    Continua....

  • beatris_ponny Postado em 16/04/2023 - 16:33:01

    Que bom que voltou, já tinha desistido kkkk

  • mileponnyforever Postado em 10/04/2023 - 01:03:59

    Meu Deus que capítulo cheio de emoção. Não some assim, você ainda vai nos matar de ansiedade!

  • mileponnyforever Postado em 16/03/2023 - 13:49:54

    cade voce? Posta pelo amor....


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