Fanfics Brasil - Dia das garotas Um novo começo - Ponny.

Fanfic: Um novo começo - Ponny. | Tema: RBD,Anahi,Alfonso Herrera


Capítulo: Dia das garotas

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ANAHI POV


— É tão quentinho… — Ana acaricia,sonhadora, uma manta para bebês, deslizando seus dedinhos pelo tecido.


E tudo o que Marichelo e Maite fazem é suspirar,encantadas. 


Não tem como negar que a fascinação de Ana Carolina por bebezinhos é algo até engraçadinho,se não levarmos em consideração o que ela acabou de fazer no andar de cima, no departamento de itens para banho da grande loja.


Eu tive de tirá-la de lá carregada, e, acredite,acho que salvei a vida de Ana. 


Seu pai certamente me deve essa.


Uma mulher robusta olhava, desinteressada,algumas banheiras de recém-nascido quando a menina parou do seu lado, olhinhos brilhantes de emoção, e soltou aquilo de “Puxa, moça, é um montão de bebezinhos que você tem aí, hein”. A frase inocente fez com o que o rosto da mulher enrubescesse em pura irritação. O motivo: ela não estava grávida, apenas acompanhando alguém.


Alfonso, com toda a certeza, me deve a vida da princesa Matraquinha.


— Annie… hum… você e o pai dela…? —Mai sonda, parando ao meu lado e observando os itens no balaio.


Penso em contar o que está havendo. 


Maite é minha confidente, moramos juntas por um tempo e conversamos muito uma com a outra, mas a verdade é que nem sei definir o que estou fazendo com Poncho.


— Não é nada de mais, você sabe… — dou de ombros, mantendo minha atenção na menininha— Ontem eu bebi umas tequilas a mais com o pessoal do trabalho e acabei esquecendo as chaves de casa. O gostosão me deu abrigo e a espertinha me pegou no flagra.


Pelo canto do olho, pego Mai rindo.


— A menina é linda, não?


Ambas encaramos Ana Carolina testando todas as texturas de mantas, de olhinhos fechados,deliciada.


— Sim, Mai, ela é… — estou curtindo muito a menininha, tanto quanto tenho gostado da companhia do pai dela.


— Garota, eu acho que se você pedir um desconto, a loja te venderá as prateleiras também— provoco Marichelo, que tem seu carrinho cheio de itens. Ao que parece, ela está esperando um batalhão de crianças dentro deste corpo magro.


Mari sorri, brilhante, as sardas ainda mais acentuadas pela gestação.


— Estou levando algumas coisas para a neta de Simone. A bebê está para nascer…


Evito revirar meus olhos. Simone é a mulher que auxilia Jorge no Centro Comunitário.


Segundo a senhora, a filha dela é uma folgada de marca maior. Pelos meus cálculos, esse será o sexto neto de que Simone cuidará sozinha,enquanto a filha folgada não está nem aí.


— Jorge me colocaria para fora se pensasse que comprei tudo isto só para o nosso bebê — a morena brinca.


— Até parece…


Marichelo continua a falar, porém, deixo de escutar quando meus olhos se voltam para onde Ana está, a menos de cinco metros de mim. 


Uma loira lânguida interceptou seu caminho e se curvou para falar com a menina. Aparentemente, não há nada de mais nisso… Mas algo que a mulher está dizendo altera visivelmente o semblante da criança.


Seus ombros caem para frente, os olhos fitam o sapatinho e as mãozinhas se entrelaçam em frente ao corpo. Ana parece desconfortável. E o calor emanando da minha face não permite pensar duas vezes antes de ir até elas e descobrir o assunto.


Pego apenas uma parte da conversa.


— … perna, coitadinha de você — o som complacente na voz de garça engasgada soa como piedade, ou uma forçada benevolência.


Desnecessária! A imbecil acha que está sendolegal e nem se dá conta de que só constrange a menina.


Controle-se, Anahi, controle-se.


Respiro fundo e me coloco ao lado da menina. Ambas sobem seus olhares para mim, a criança olhando pra cima e a mulher voltando para sua postura ereta novamente.


Sorrio para Matraquinha e recebo seu sorrisinho sincero em retorno, como se nada que ela ouviu há menos de um minuto atrás tivesse acontecido. Este é seu mecanismo de defesa,agora eu percebo.


— Nós vamos fazer mais compras, Anahi?


— É sua filha? — ouço a garça.


Ignoro e mantenho minha atenção na Ana.


— O que você acha de perguntar à Marichelo e Mai se elas querem fazer um lanche, Ana? Eu estou com muita fome, e você? — afasto seu cabelo dos olhos.


— Eu também! — a garota emite uma risadinha,circulando a mão pela barriga.


Espero ela sair para enfim encarar a desavisada.


— O que você estava dizendo a ela?


Os lábios finos da mulher se abrem, surpresa pelo meu tom.


— E-eu só disse… — ela me olha com mais atenção e estufa o peito, corajosa — Eu só estava dizendo à sua filha o quanto lamento por ela não ter, você sabe… — com um gesto de mão, ela aponta para a menina, mais longe de nós agora —Sinto muito por ela, eu nem imagino minha filha sem a perna… T-tenho uma da mesma idade.


— Ah, tem? — indago, calma.


Ela sorri parecendo mais relaxada por achar que estamos na mesma condição de mães.


— Sim, e a minha é muito espoleta, por isso eu disse que nem me imagino como seria para ela nascer assim.


Deus, fazia tanto tempo que meu sangue não esquentava deste jeito. Nem me lembro quanto.


Talvez tenha sido quando encontrei a mãe de Maite em nossa casa, a velha cretina. Eu queria matar aquela mulher… Estou muito perto deste sentimento agora.


— E ficar sem a língua, você já imaginou?


— Hã?


Dou um passo à frente.


— Isso o que você ouviu, sua desavisada imbecil — abaixo minha voz, para que somente ela me escute — Você não tem noção do que diz a uma criança, não? Eu deveria te fazer engolir esta merda de língua venenosa…


A mulher empalidece.


— Você é louca… — leio o sibilado de seus lábio 


— Você não viu nada. E agradeça por aquela menininha estar logo atrás de mim, do contrário, eu enfiaria a mão na sua cara de sonsa.


— E-eu não disse nada de mais, só falei à sua filha o quanto lamento.


Argh!


— Ô idiota, qual parte do “não fale merda para uma criança” você não entendeu?


Posso até ver a dilatação de suas pupilas.


Fecho meus punhos, cravando as unhas nas palmas das mãos para não acertar um tabefe estalado neste rosto sem graça.


— Maluca… — ela bufa, numa mistura corajosa e amedrontada, já me dando as costas.


— Imbecil desavisada — xingo baixo, mas sei que ela escutou antes de andar apressada para longe.


Respiro bem fundo.


 


ALFONSO POV


 


Tomo um tempo para observá-las de longe, através da vidraça, sentadas em uma das mesas da rede de lanchonetes fast-food. Desconfio que minha filha tem grande influência na escolha do lugar.


Avaliando bem, nunca imaginei Anahi se alimentando de porcarias, a cozinha dela é tudo sobre tomates e plantas. 


Vê-la devorando um hambúrguer gorduroso deve ser uma cena muito…interessante. 


O que nela não é, afinal?


Havia algumas mulheres com elas, mas acabaram de sair. Lá dentro, as duas parecem se divertir muito compartilhando um tipo de sundae extragrande. Encosto-me contra o carro de Anahi (o qual busquei no bar onde ela deixou),permitindo que elas tenham um pouco mais de tempo a sós. Mesmo de longe, é óbvio constatar que Ana gosta da companhia da vizinha… e seu eu for inteligente o suficiente,devo começar a manter cautela no que estou fazendo.


Inferno, eu estaria mentindo se negasse apreciar a maneira como elas parecem muito bem assim, juntas.


Limpe sua mente, cara.


Enfio as mãos nos bolsos do jeans e ando pra dentro da lanchonete, para avisar que estou aqui e fazer a troca de veículos. Derrick me pediu para cobrir seu plantão pelas próximas seis horas e já estou em cima do horário. Vou devolver o carro dela e levar minha pequena para a casa de Dulce. 


Minha irmã se ofereceu para cuidar da menina na semana de folga da Maíra.


Ana é a primeira a me avistar.


— Papai!


— Filha — deslizo no banco ao lado dela e beijo o topo de sua cabeça.


— Você quer, papai? — oferece a colher.


A boca da criança está um desastre, há chocolate por todo o lado.


— Não, obrigada, pequena.


Encaro a mulher à minha frente, obtendo tudo o que posso de seu belo rosto, sem pressa.


— Bonita camisa, Annie…


Assisti-la morder o sorriso e enrubescer me faz desejar correr os dedos por sua pele. Estou me sentindo assim desde que acordei antes do dia clarear e pude observá-la durante o sono,desarmada, relaxada, agarrada a mim. 


A mulher é bonita pra caralho. Está sempre com o desafio em seus olhos, mas tive, nesta noite, um vislumbre de outro lado dela que me agradou de uma maneira inesperada. Sob os efeitos do álcool, a provocadora dá lugar a uma versão mais doce, mais falante, mais amorosa.


— Obrigada, Poncho… Eu também gostei dela—reparo na sua voz abafada, como se nossos pensamentos estivessem numa mesma vibração.


— Combina com os sapatos — minha filha acrescenta, dividida entre interagir e devorar o sundae — Humm, isto é tão gostoso!


A decisão não demora a ser tomada. Ana se afunda em todo o creme.


O olhar azul profundo de Anahi me fita, e eu o sustento.


— Você está bem? — diminuo meu tom.


— Aham… e você?


— Fazia tempo que eu não dormia tão bem—levanto os braços acima da cabeça, alongando-os preguiçosamente.


Seus olhos gananciosos caem para a fenda de pele que aparece acima do cós do meu jeans.


Inferno, minha mente se esforça para que o corpo não reaja como ele quer.


Levanto uma sobrancelha, do tipo “gosta do que vê?”.


Sorrindo, a abusada dá de ombros, e não nega.


Caralho. Tudo nesta mulher foi feito para me tirar o juízo.


 Não é sua aparência, é algo intrínseco a ela – o olhar destemido, a audácia, a força e também a suavidade quando pensa não haver ninguém olhando. 


Isso tem me pego pelo pé. Meu aparelho vibra no bolso e, só por esta razão, quebro nosso elo. Uma mensagem de Derrick avisa que ele deixará o batalhão em alguns minutos.


Porra, pela primeira vez, estou lamentando ter de cobrir o cara.


— Eu odeio estragar a diversão de vocês,meninas, mas precisamos ir. Vou pegar um plantão agora e ainda tenho que te deixar na casa da tia Dul, Ana.


Minha filha adora ir para casa de sua tia. Se há algo que ela gosta é de receber atenção e minha irmã faz isto como ninguém.


 Espero para ver a animação dela e tudo o que a menina faz é parar a colher cheia no caminho para a boca.


— Papai, eu posso ficar com a Anahi?


A questão me surpreende.


— Anahi tem coisas para fazer, filha —nem espero a loira responder, não quero deixá-la sem jeito de recusar o pedido invasivo da minha nada tímida criança.


— Se o seu pai não se importar, podemos passar o resto da tarde juntas — naturalmente, a loira se inclina para o lado, pegando sua bolsa apoiada na cadeira — Eu adoraria.


— Ebaaa!


Minha língua não se move enquanto busco em sua expressão algo que me diga que sua vontade não é esta. E nada. A mulher parece curtir a ideia.


Inferno. Por que isso mexe tanto comigo?


Mordo a parte interna da boca, prendendo o sorriso estúpido que tenta brotar com um nova ideia surgindo em minha mente.


— Ok, mas com uma condição — a calma de minha fala faz com os olhos afiados venham imediatamente para mim, desconfiada.


Ingenuamente,é Ana a questionar,empolgada com o desafio.


— Qual, papai?


— Anahi deve jantar em nossa casa hoje.


Eu sei o que a vizinha está pensando, e ela tem razão. Sou um trapaceiro querendo ter mais tempo com ela, confesso.


 



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Autor(a): ItsaPonnyWorld

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 86



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  • cxlucci Postado em 04/11/2024 - 10:06:19

    voltando aqui depois de mais de ano ver se teve update 😭😭😭

  • mileponnyforever Postado em 16/10/2023 - 00:14:09

    Cadê você?!

  • mileponnyforever Postado em 15/06/2023 - 08:34:04

    Pelo amor de Deus, volta a postar!

  • beatris_ponny Postado em 03/06/2023 - 02:56:34

    Cadê vc????

  • mileponnyforever Postado em 31/05/2023 - 11:41:45

    Cadê você?

  • mileponnyforever Postado em 01/05/2023 - 21:48:54

    Cadê você?

  • beatris_ponny Postado em 16/04/2023 - 16:33:12

    Continua....

  • beatris_ponny Postado em 16/04/2023 - 16:33:01

    Que bom que voltou, já tinha desistido kkkk

  • mileponnyforever Postado em 10/04/2023 - 01:03:59

    Meu Deus que capítulo cheio de emoção. Não some assim, você ainda vai nos matar de ansiedade!

  • mileponnyforever Postado em 16/03/2023 - 13:49:54

    cade voce? Posta pelo amor....


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