Fanfics Brasil - vaso voador Um novo começo - Ponny.

Fanfic: Um novo começo - Ponny. | Tema: RBD,Anahi,Alfonso Herrera


Capítulo: vaso voador

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ALFONSO POV


 


“O que há entre você, aquelas duas e seu amigo?”


Coço a barba de três dias por fazer, pensando na maneira certa de responder. Eu nunca precisei me justificar sobre nada com nenhuma mulher.


Depois de Belinda, não me envolvi tão a sério com ninguém para necessitar dar explicações quanto ao meu estilo de vida. 


Foi minha mulher quem propôs isso ao nosso casamento, em primeiro lugar. Eu adotei, sem pressão, sem implicação emocional, e funcionou bem por um tempo. 


Eu não me interessava em outro tipo de relação… até Anahi aparecer.


Agora, tenho uma mulher fodidamente linda,que agora mexe muito comigo, me encarando à espera de uma resposta. 


Não quero dizer nada para afastá-la de mim, não quando estamos prestes a dar um passo adiante… o problema é que não faço ideia do que se passa em sua cabeça em relação a nós.


Sua expressão não me dá nenhum sinal de como lidar com isso. Minha intuição também não aponta um ambiente favorável.


— Podemos ir para a sala? — indago, tendo o cuidado de me manter leve.


Seus lábios abrem, fecham e se firmam numa linha apertada, indecisa. 


A mão responsável por segurar o regador deixa o objeto sobre uma prateleira de canto. 


A que agarra firmemente o vaso, no entanto, se mantém inalterável em torno da peça.


— É tão ruim que você precisa me enrolar,Poncho? — touché.


Inalo uma lufada de ar fresco, vindo diretamente da noite fria na varanda aberta.


— Não, não é. Eu trouxe uma garrafa de vinho e gostaria de me sentar com você, aproveitar um pouco sua companhia.


Ela sorri, mas não seu tipo de sorriso sensual e comum; é mais para um desconfiado, pronto para atacar.


Vê-la assim cria em mim uma necessidade latente de tocá-la. E, seguindo meus instintos, passo a passo, vou cortando a distância entre nós até estar perto o suficiente para sentir seu cheiro gostoso,uma mistura de shampoo e algum perfume suave,doce. 


Roço meus dedos em sua bochecha quente,traçando um caminho até seus lábios.


— Você é muito linda… — contemplo,distraindo a tensão.


Seus olhos grandes, claros e astutos fixam-se nos meus, como se pudessem ver através de mim. 


É o momento de sermos honestos sobre o que estamos fazendo, eu sinto isso.


Miro seu belo rosto.


— Eu quero mais com você — revelo em voz baixa, mantendo a aura sóbria — Quero ter acesso a tudo. Sua boca — acaricio, sem pressa, o lábio inferior macio — Seu corpo — olho diretamente para os azuis vivos, notando sua respiração se tornar mais ofegante — Sua mente. Eu quero tudo.—Ela lambe o lábio onde meu dedo fez passagem e prende a carne entre seus dentes,ocultando-a de mim.— Eu preciso que você me diga se quer isso também, Anahi. Me diga que não estou sozinho nessa — seguro-a pelas laterais de seus quadris,trazendo-a para mais perto, sem deixar espaço entre nós — Você se sente assim?


Ela expira, fraca, tão afetada pela conexão quanto eu.


— E-eu não sei, Poncho — as piscadas mais agitadas dão conta de que sua cabeça está na mesma desordem — Eu… você… — o olhar se desvia por um instante, talvez buscando as palavras certas em algum lugar.


Quando Anahi volta a me enfrentar, sinto sua racionalidade levando a melhor.


— Só o que consigo pensar agora é no tipo de coisa que está acontecendo entre vocês. Você está numa relação aberta com a tal Diana, é isso?


Inferno


De frente para ela, a poucos milímetros de sua boca,cogito beijá-la,simplesmente para evitar o que prevejo se formando.


Mas respondo.


— Não.—Seu peito sobe e desce alguns milímetros,aliviado.No entanto…— Não da maneira como você pensa —acrescento com seriedade.


Vejo-a comprimir os lábios.


— E, que diabos isto significa? — o sibilo controlado é desmentido pelo ardor ruborizando sua face.


— Que transamos algumas vezes.


Em uma olhada de relance para sua mão,assisto o pequeno vaso se agitar.


— Vocês ficam, mas não namoram, é isso?


“Pisar em ovos”, nunca antes a expressão fez tanto sentido.


— Não exatamente.


Ela exaspera, revirando os olhos.


— Porra, eu acho que vou precisar desse tal vinho!


Abrupta, Anahi se desvia de mim,contornando meu corpo, levando junto consigo o maldito vaso rumo ao interior do apartamento.


Entro alguns passos para dentro de sua sala e observo a mulher caminhar até a cozinha, descansar o objeto sobre a bancada, abrir o armário, retirar duas taças, fechar a porta com um pouco mais de força do que eu penso que ela gostaria de ter feito,abrir uma gaveta e fechar com a mesma“delicadeza”, e voltar à mesa de vidro onde deixei o vinho, trazendo em uma das mãos as duas taças enroscadas no dedo e um saca-rolhas. 


O vaso acompanha tudo na outra mão. Para piorar, em cima da mesa há mais dessas plantas, enfeitando o centro.


Ela abre a garrafa, despeja o conteúdo em meia taça e leva à boca de uma vez, como uma pessoa sedenta faria diante de um copo de água.


Quero rir, apesar do alerta. Desconhecia este seu lado agitado, se é que a palavra define.


Devolvendo sua atenção a mim, apoiada contra a mesa, ela me olha.


— Vamos lá, Poncho, fale de uma vez.


Calmo e de braços cruzados, aponto seu sofá,acenando com a cabeça.


— Posso?


Tenho a impressão de ouvir um tipo de rosnado engraçado sair do fundo de sua garganta.Ela olha de mim para o sofá.


— Eu prefiro que você fique onde está e vá direito ao assunto. Que tipo de relacionamento é esse que vocês têm? E por que não me disse que estava saindo com alguém?


— Não é um relacionamento, Anahi. Nós não temos nenhuma ligação, exceto por…


— Exceto por você dormir com ela de vez em quando, não levando em consideração os sentimentos da mulher por você. É isso o que quer dizer?


Jesus Cristo. Por que tudo parece mais complicado do que realmente é?


— Entenda, não há nenhum tipo de sentimento da parte de Diana ou qualquer um ali… — tento explicar, paciente, mas ela me corta.


— Peraí! Quando você diz qualq…? —gesticula com a mão, formando um círculo no ar—Vocês…? Meu Deus, mas que merda isso significa?


Lá vamos nós.


De todas as pessoas, eu pensava que seria Anahi a interpretar exatamente como é. Ledo engano.


— Pessoas adultas se encontrando de vez em quando. Isso é tudo — acrescento ao meu tom a seriedade necessária para que não haja superestimação do que de fato é.


Seus olhos se estreitam, e então se arregalam quando, claramente, a compreensão a atinge. Não leva mais do que três segundos. A nova maneira como ela me olha aperta minhas entranhas, sem que eu saiba ao certo o que esperar. Não soa bom, de qualquer forma.


Anahi ri, sem brilho ou humor.


— Sexo grupal? Rá, isto é surpreendente.Quem diria, Alfonso Herrera, você é um p…


— Cuidado… — alerto,interrompendo-a.


—Cuidado com o que, senhor “Tenho cara de bom moço, mas sou um puto”?—a voz não se altera; o deboche é algo difícil de ignorar.


— Com seu julgamento, Anahi… — dou um passo firme em direção a ela e… miséria! 


Só tenho tempo de me abaixar, num reflexo rápido,para escapar do objeto a voar em minha direção.


O maldito vaso explode na parede atrás de mim,transformando-se em mil pedaços, numa bagunça de terra e cacos.


Inacreditável.


— Porra, mulher!


— Vá embora! — ela aponta para a porta.


— Você é maluca…


O outro objeto, que antes enfeitava a mesa, é o próximo a passar muito perto de minha cabeça.


— Saia da minha casa antes que eu…


Não senhora.


— Antes que você o que, Anahi? — vou até ela, obstinado, prevendo a intenção de seus olhos frenéticos a buscar mais destas coisas para arremessar contra mim — Qual é o problema?—colado a ela, apanho seu quadril e a trago para junto, imobilizando-a — O que a deixou tão irritada? Saber que eu fodo?


— Ora, seu, seu…! — os punhos acertam meu peito, tentando libertar-se.


— Olhe para mim — exijo.


— Me solta, Alfonso.


— Olhe para mim, Anahi.


Relutante, lançando chamas através do olhos, ela o faz.


Quase posso tocar seu sangue quente.


— Você se lembra do que me propôs quando nos conhecemos? — ela hesita e o lábio inferior vibra numa estremecida nervosa, irritada, linda pra caralho. Não resisto e aproximo nossas bocas,tocando-a. Meus olhos apanham os seus— Sexo casual. Foi isso que você sugeriu.—Lembro-a.—O que faz disto diferente? A quantidade de pessoas?— amanso minha fala, mas não amoleço,muito menos afasto nossos lábios—Seja sincera, o que realmente te incomoda?


Sinto que toquei no ponto certo.


Seu corpo dá uma relaxada mínima, não cedendo ao todo


— Acho melhor você ir, Poncho… Isso nunca daria certo — ela é a primeira a quebrar o contato visual.


As palavras incendeiam meus nervos. É sério? Ela está me dando um fora por um motivo assim?


Sondo seu rosto, atrás de algo que sinto estar sendo escondido de mim.


— Você não está sendo honesta, Anahi —acuso, ciente de que isso não é tudo — Não querer continuar comigo por algo feito antes de ficarmos juntos não é um motivo legítimo. Olhe pra mim e diga que a maneira como eu vivi até aqui, antes de você, é a razão para recuar agora.


Seu silêncio me faz querer sacudi-la.


— Responda.


— O que você espera que eu diga, Poncho? Que eu não me importo com essa coisa entre… essa sua… — ela revira os olhos — Merda, eu nem deveria me importar mesmo, nós não temos nada um com outro.


A última colocação é mais como uma reflexão para si própria, contendo uma emoção que não consigo distinguir, e, porra, me incomoda muito. 


Respiro fundo, sem permitir que ela se desvencilhe, dando-me também algum tempo para recuperar a calma.


Então eu a encaro. Encaro de verdade. Deixo que ela veja que o que estou prestes a dizer tem muito significado pra mim.


— Eu quero ter, Anahi. Pela primeira vez em muito tempo, eu quero dar um passo à frente com alguém. Pensei muito sobre isso, sobre a maneira como me sinto com você.


A mudança em sua expressão causa um maldito bolo em minha garganta. 


Apreensão bate forte, temendo que, ao invés de evoluirmos, regressemos.


— Você não entende, Poncho… Eu não posso,não estou procurando por isso agora…


— Tampouco eu estava — corto-a,administrando a intensidade de minha fala —Tampouco eu estava atrás de uma mulher pra minha vida, mas você está aqui, nós estamos. Eu quero passar mais tempo com você, sem que isso seja um evento ou eu tenha de inventar desculpas para estarmos juntos.


Aliso seu rosto, ganhando caminho para tocar seu pescoço, perdendo meus dedos no emaranhado de fios loiros. 


Seguro-a de frente a mim, e,lentamente, tanto para não afugentá-la quanto para não perder o controle, vou me aproximando de seus lábios. 


Suas pupilas dilatam, deixando apenas a borda azul fina rodeando a estrutura negra.


Porcaria, o rugido do meu peito chega a ser audível.


Nossos lábios se encontram, suaves, experimentando a sensação de como somos bons juntos.


Ela ofega. E fecha os olhos. 


Mantenho os meus abertos por mais tempo, vendo seu globo ocular agitado por baixo da pálpebra.


Entre os dentes, prendo e sugo seu lábio, extraindo o sabor do vinho. Acho que nunca antes desejei ninguém com tanta força. 


O toque de nossas línguas é uma maldição. Aperto meu controle em sua nuca e a trago mais junto. O beijo se torna exigente, clamado. Dou tudo de mim para mostrar a ela a maneira como me sinto, faço amor com sua boca e ela retribui cada fragmento disso.


 Seu corpo exuberante relaxa contra o meu, os braços me envolvem. Enlaço sua cintura para que veja o que faz comigo. Estou duro por ela, só por ela.


— Não me afaste de você — rosno, sufocado, sobre uma linha fina entre a fúria e o desejo, numa agitação de meu corpo que eu nem sequer posso dominar — Me deixa entrar.


Separando-se de mim para tomar uma respiração, Anahi abre seus olhos. 


Neles, vejo a mesma luxúria viva correndo por meu sistema.


Espero atentamente por algo que sinalize o que se passa em sua mente. Fios do cabelo dourado caem sobre seu rosto e eu os afasto, sem tirar meu olhar do seu.


— Fique comigo — sopro.


— Isso nunca vai dar certo… — pela maneira como ela morde um sorriso resignado, finalmente consigo relaxar. 


Pouco, mas relaxo.


Salpico beijos curtos por seus lábios tão Ela emite um suspiro longo, dramático. Seu aperto firme se estabelece em minha nuca.


Roço meu nariz no seu suavemente.


— Mulher, você é maluca. Aquele vaso poderia ter me acertado — diminuo meu tom para algo mais íntimo, divertido.


A mulher sorri, ainda que sem realmente querer.


— Você não faz ideia do perigo que corre,Alfonso.


— Sim, eu acho que faço — rebato, sorrindo para seu sorriso, acolhendo o clima mais leve de volta.


— Eu não compartilho, espero que saiba.


Respiro mais forte, fitando-a de frente.


— Nem eu, Anahi. Fico satisfeito que estejamos alinhados quanto a isso.


Um menear de cabeça é sua aceitação.


Não foi um sim em tudo, mas sei que é o mais próximo. 


Esta mulher tem me tirado o sono,então se vamos fazer isto que seja pra valer.


Hoje, recebi mais um pequeno pedaço de conhecimento sobre ela: o temperamento da loira é algo a se ter cuidado. Devidamente registrado.


O ponto positivo? Goste ela ou não, sua demonstração de ciúmes ficou evidente. 


Anahi se importa.


 



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Autor(a): ItsaPonnyWorld

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 86



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  • cxlucci Postado em 04/11/2024 - 10:06:19

    voltando aqui depois de mais de ano ver se teve update 😭😭😭

  • mileponnyforever Postado em 16/10/2023 - 00:14:09

    Cadê você?!

  • mileponnyforever Postado em 15/06/2023 - 08:34:04

    Pelo amor de Deus, volta a postar!

  • beatris_ponny Postado em 03/06/2023 - 02:56:34

    Cadê vc????

  • mileponnyforever Postado em 31/05/2023 - 11:41:45

    Cadê você?

  • mileponnyforever Postado em 01/05/2023 - 21:48:54

    Cadê você?

  • beatris_ponny Postado em 16/04/2023 - 16:33:12

    Continua....

  • beatris_ponny Postado em 16/04/2023 - 16:33:01

    Que bom que voltou, já tinha desistido kkkk

  • mileponnyforever Postado em 10/04/2023 - 01:03:59

    Meu Deus que capítulo cheio de emoção. Não some assim, você ainda vai nos matar de ansiedade!

  • mileponnyforever Postado em 16/03/2023 - 13:49:54

    cade voce? Posta pelo amor....


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