Fanfics Brasil - Um vislumbre da vida perfeita Um novo começo - Ponny.

Fanfic: Um novo começo - Ponny. | Tema: RBD,Anahi,Alfonso Herrera


Capítulo: Um vislumbre da vida perfeita

29 visualizações Denunciar


Heyyy aqui está mais um capítulo,mais tarde postarei mais para revelar finalmente,o segredo da Annie.


Obrigado pelos comentários!!




ANAHI POV


 


Sinto um toque muito macio pousando no meu rosto, quentinho, suave, leve. Tão bom que me convida a não abrir os olhos de imediato, apenas desfrutar um pouco mais.


Lentamente, sem pressa, abro e encontro íris expressivas, esverdeadas como as de seu pai,concentradas em mim. 


Sua respiração quente chega a tocar meu rosto de tão próxima, compartilhamos o mesmo travesseiro.A mãozinha viaja pelo meu


rosto, trilhando um caminho que seus olhos também percorrem. 


Há uma emoção comovente na contemplação.


Descanso minha mão por cima da dela,contra minha bochecha.


— Bom dia, Ana — sussurro.


Seus lábios se curvam num sorriso tímido.


— Você dormiu na minha cama, Anahi?— o tom de voz baixinho, imitando o meu, me faz sorrir também.


— Aham, eu queria saber como é dormir na cama da Cinderela.


Os olhinhos se trancam nos meus,hipnotizados pelo que eu disse.


— Você gosta da Cinderela?


Mais cochichos.


— Sim, gosto, mas sabe o quê? — com o dedo polegar,aliso sua mão abaixo da minha — A minha princesa preferida é a Bela.


— Eu também adoro a Bela… — ela delibera,encantada por minha escolha.


Sou eu a suspirar.


Deus, eu não me vejo mais ficando longe desta menina.Não me vejo. 


Como isso é possível?


Trago sua mãozinha até minha boca e planto um beijo em sua palma.


— Você está bem? — murmuro.


— Aham — a resposta, segura, faz parecer que a noite anterior nunca aconteceu.


Avalio sua expressão atrás de alguma pista de que a menina se lembra, mas Ana tem esta peculiaridade: ela absorve o momento ruim e ele simplesmente deixa de existir. 


Tenho notado isso desde que a vi no saguão esperando a discussão entre Poncho e sua mãe acabar. Eu só não tenho certeza se o comportamento é bom para ela, no final das contas.


— Anahi…? — ela sibila.


— Sim, Ana?


— Meu papai sabe que você dormiu aqui?


Pigarreio, refletindo uma resposta.


— Na verdade — a voz grave de Poncho nos surpreende; vindo da porta parecendo ali há algum tempo nos observando —, eu também dormi, filha.


Sim, nós três adormecemos na cama da Cinderela. 


Se alguém tivesse me dito algo assim há alguns meses, eu teria rido e desconsiderado a ideia. 


No entanto, na última noite, mesmo apertada entre eles, imobilizada, cuidando para não me mexer muito e acordá-los, eu simplesmente fechei meus olhos e curti o momento – um vislumbre do que poderia ter sido a minha vida há alguns anos. 


O sonho de viver uma paixão, o casamento prematuro, uma linda bebezinha não planejada… e,no instante seguinte, tudo ruindo à minha volta.


Respiro bem fundo.


Olho-o por cima do ombro, sem me desconectar de Ana.


— Bom dia — ele diz agradavelmente rouco, ancorado contra o batente, os olhos mirando os meus, intensos.


Não sei bem dizer o que se passa em sua mente agora, mas posso ter uma ideia, a partir das batidas fora de compasso em meu peito


— Bom dia… — respondo baixo. Mudo meu olhar para a menininha — Agora tenho de me arrumar para o trabalho, mocinha… — bato suavemente na pontinha de seu nariz.


— Eu posso ir trabalhar com você de novo?— o pedido é quase cochichado, não desejando que seu pai nos escute.


Abro a boca para responder…


— Bem, veja que pena — Poncho entra no quarto a passos lentos, aproximando-se de nós —Eu pensei que você gostaria de passar o dia comigo hoje, pequena… —percebo o bom humor em sua fala; em questão de segundos, a menina está se sentando na cama,interessada.


— Você vai ficar em casa, papai?


Ele sorri, pegando-a da cama para seu colo,sem nenhuma dificuldade ou demonstração de esforço.


— Sim, mudei minha escala com seu tio Derrick para passarmos algumas horas juntos, mas, hum, não sei não… — ele inclina a cabeça de lado, enrugando o lábio e avaliando o rostinho de Ana—Tenho a impressão de que minha filha não quer isso.


— Eu quero! — ela vibra, ricamente animada.


— O que você acha, Anahi? — Poncho me traz para a conversa.


Deitada, observo os dois acima de mim – ela grudada no pescoço do pai, me olhando cheia de expectativa, e ele… bem, ele com o seu olhar quente e indiscretamente atraente, que me provoca a cada oportunidade. 


A visão deles juntos é…perfeita,uma gravura bem-feita (traços semelhantes, os olhos do mesmo tom).


Limpo a garganta.


— Parece uma boa ideia… — sento-me na cama, arrumando meu cabelo num coque alto, e me preparo para levantar — Eu bem que gostaria de ficar em casa também, mas, infelizmente, tenho uma reunião muita chata no trabalho.


Ana solta um sonzinho de lamento. 


Poncho apenas mantém o olhar em mim.


— Fique para o café da manhã — o som profundo é recebido pelo corpo como uma carícia.


Sorrir, é só o que consigo fazer. 


E então meu sorriso morre quando me dou conta do problema:estou usando apenas uma camiseta dele, calcinha, e nada mais.


— Eu acho que deixei minha calça… hum…na minha casa, antes de vir dormir na cama da Cinderela… — enfatizo, dando ao homem a dica.


Poncho põe Ana sentadinha na borda da cama, pega a prótese ao lado da cabeceira para auxiliá-la,muito tranquilamente.


— Fique à vontade para buscar, Anahi —o debochado mal consegue disfarçar sua diversão com meu embaraço.


Argh!


— Sabe como é,Poncho, eu não quero que a Mari tenha uma má impressão ao me ver andando pela casa de vocês assim… —praticamente imploro por sua ajuda.


O imbecil sorri.


— É. Eu acho que ela vai pensar que você tirou suas roupas aqui — lança aquele olhar penetrador, indizível, e muda sua atenção para a menina — Você vê as roupas dela por aí, filha?


Inocente, a menina corre seus olhinhos pelo chão.


— Não estão aqui,Anahi.


— É, princesa, não estão — concordo com ela e fulmino seu pai.


O olhar provocador passeia por minhas pernas desnudas, enquanto ele se posiciona ajoelhado em frente à filha, ajustando as faixas no coto.


— Ana, a camiseta da Annie não se parece com uma das minhas?


Meu rosto enrubesce espetacularmente.


A risadinha emitida pela Matraquinha me faz pensar que ela sabe exatamente o que estamos fazendo.


Mal pisco, apreensiva.


— “Annie”, meu papai te chamou de Annie—ela imita a palavra, revelando ser o apelido o motivo da graça.


Deixo esvair uma curta respiração, aliviada.


E Poncho se diverte ainda mais com meu constrangimento.


— Mari não está em casa, mulher, dei a ela o dia de folga. Vá lá e busque suas roupas.


Filho da mãe!


Tenho vontade de enfiar um soco em seu ombro.


— Espertalhão… — resmungo ao me levantar, e puxo a camiseta para baixo, escondendo o máximo possível de bunda e pernas da visão da criança.


Saio do quarto apressada, não sem antes ouvir sua risada grave, profunda, satisfeita. 


Homem ardiloso.


 


ALFONSO POV


 


Enquanto mandei Ana escovar os dentes,segui Anahi até meu quarto, silenciosamente a observo se vestir.


 A incrível bunda redondinha e empinada luta para entrar de volta na calça jeans,dando-me uma visão e tanto.


— Eu poderia te ajudar… — ofereço, por fim, controlando meu sorriso.


Ela bufa e se gira para me encarar.


— Assim como você me ajudou há pouco,doutor?— sua boca perfeitamente desenhada pela natureza se rasga num sorriso falsamente descontente, linda pra caralho.


Sem pressa, vou cortando nossa distância.


Minhas mãos anseiam por tocá-la, por tomar sua boca, seu corpo, sua alma para mim. 


Tê-la cuidando da minha filha, segurando Ana contra seu corpo pela noite inteira foi fodidamente a sensação de plenitude mais intensa que já senti em um longo tempo. 


Nem mesmo tive isto quando vi Belinda com a pequena em seus braços pela primeira vez,talvez pela insegurança de minha ex-mulher, tão completamente diferente da maneira possessiva como Anahi se apossou da situação, uma leoa cuidando de sua cria.


Inferno, estou arrebatado pela loira.


Envolvo meus dedos em seus cabelos macios,bagunçados, e não espero. 


Trago-a para perto, pro meu deleite de seu gosto.


— Você é um sonho adolescente, mulher.Chego a desconfiar da minha sorte — rosno controlado, cravando meus lábios nos seus.


Noto seu corpo enrijecer sob minhas palavras. Estranhando a reação, afasto a cabeça uma polegada, avaliando seus olhos fechados.


— Há algo que eu preciso te contar, Poncho…


— Abra seus olhos… — peço.


Noto o movimento de sua garganta esguia engolindo a saliva. Não deixo de apreciar como,nos gestos mais simples, a mulher consegue ser uma maldita tentação.


Quando as bolas excentricamente azuis se conectam a mim, sou tomado por uma sensação nada agradável. .


— Conte.


Ela respira fundo, e ganho a certeza de que,seja lá o que tenha trazido esta ruga ao centro de sua testa, não é um bom prenúncio. 


Anahi é sempre direta em suas questões.


— E-eu realmente não tenho tempo agora,você sabe, daqui a pouco tenho de ir para o trabalho,mas se pudermos conversar à noite… —ela morde o lábio, desviando os olhos para meu pescoço.


Invadido por um tipo de necessidade de autopreservação, acabo por me sentir um tanto aliviado pela postergação.


— Certo. Conversarmos à noite — selo um acordo.


E seja lá o que isto significa, eu só tenho uma certeza: não estou disposto a deixar ela sair da minha vida, não agora.


Planto um beijo no topo de seu ombro.


— Você é importante pra mim,Anahi.Independente de qualquer coisa — reforço com seriedade.


Ela descansa sua testa contra meu peito,calando-se.


Maldição, o que poderia deixá-la assim?


— Venha, vamos nos alimentar. Aquela pequena me dará uma boa carga de trabalho.Precisarei de toda a energia possível — brinco,empurrando a atmosfera desconhecida para longe.


Ouço sua respiração profunda.


— Eu gosto dela, Poncho…


— Eu sei, Anahi.


 


ANAHI POV


 


Já é início da noite. 


Ando de um lado para outro em meu apartamento, entrelaçando os dedos ansiosamente. 


Não consegui pensar em mais nada durante todo o dia além da conversa que preciso ter com Poncho. Não sei bem o que esperar. 


No entanto, ele, dentre todos, precisa saber. Não é justo omitir algo tão grave. Ana está se tornando muito próxima de mim, a ideia de magoá-la ou feri-la me deixa em frangalhos. 


Eu pensei haver superado, mas não, o medo está vivo em mim.


Como contar algo assim?


Sento-me no sofá e encaro o teto por alguns minutos. Pego o celular, confiro o horário. 


Poncho estará aqui em breve. Estou mais ansiosa do que esperava.


Sem pensar muito, ou talvez em busca de apoio, acabo discando para a única pessoa com quem falo abertamente sobre o passado, quem sempre esteve lá por mim.


O número chama três vezes.


—Ei,maninha—Diego responde tranquilamente.


Escuto o burburinho ao fundo.


— Você pode falar agora?


Ele se cala por um ligeiro instante, talvez avaliando meu tom.


— Espere, estou indo para os fundos… —percebo-o caminhando por onde quer que esteja e os sons atrás se tornando mais distantes — Pronto, cem por cento disponível para minha irmã preferida. O que há de errado?


Reviro os olhos, sorrindo, apesar de tudo.


Deus, é relaxante ouvir sua voz.


— Eu estou prestes a contar a ele… — revelo em voz baixa.


O ruído de sua inspiração profunda ressoa através da linha.


Você tem certeza?


Aperto os olhos e ancoro-me contra o sofá.


— A menina… Me envolvi demais com ela— exteriorizando, percebo o quanto é real este sentimento — Tenho medo de… — nem consigo dizer — Você sabe.


Diego bufa, deixando evidente sua opinião,antes mesmo de pronunciá-la.


Besteira. Tire isso da cabeça.


— Eu gostaria que fosse simples assim… —o bolo a se formar na base da minha garganta chega a ser doloroso.


Seu tom suaviza.


Ouça, Fluta — este apelido… —Você é forte e corajosa. Sempre foi. Então faça o que acha que tem de fazer. Conte a ele, se isso te faz bem, mas aceite de uma vez que você não foi responsável. Uma fatalidade, aquilo infelizmente foi uma fatalidade.


É o que todos dizem, mas é difícil aceitar quando você estava lá, quando tudo aconteceu em seus braços. 


Basta fechar os olhos e eu me vejo naquele momento novamente, revivendo em primeiro plano o pior pesadelo da minha vida.


— Deus, eu olho pra filha dele e já me imagino falhando, Di, é-é como se isso obrigatoriamente fosse uma questão de “quando”, não “se”, você entende?


Estou em pânico com a ideia de fracassar.


Meu irmão, paciente, me deixa falar.


— Quanto mais perto eu chego, mais eu sinto que não sou capaz de mantê-la segura quando a menina realmente precisar de mim, e isso… isso me mata.


Ouço sua expiração, um som curto,contrariado.


É assim que você pretende manter a promessa? —questiona muito sério, indo para um assunto delicado, ele sabe disso.


Não respondo. Não de imediato.


Olho para um ponto qualquer do chão, procurando ali algo racional para dizer.


— Não… É por isto que vou contar a Poncho.Ele deve poder escolher se me quer por perto. A decisão deve ser dele… — afirmo com um pouco mais de convicção.


Escolhendo este momento, a campainha toca,avisando que é chegada a hora. 


Meu corpo reage, se contrai, o peito palpita, o estômago revira. 


Droga,não há como fugir.


— Ele chegou, preciso desligar.


Certo. Qualquer coisa, me chame. Eu estou aqui para o que precisar, você sabe disso.


— Eu sei… E te amo, Di.


Distancio o telefone do ouvido, pronta para desligar, porque sei que meu irmão não retribuirá os sentimentos, ele nunca o faz. Interrompendo meu movimento, ouço-o me chamando mais uma vez.


Annie?


Não diz em palavras, mas sente, e se preocupa comigo, sempre foi assim.


— Sim, Diego.


Não se puna mais do que já fez, ok? A vida é curta demais para isto.


— Ok… E não me chame mais de Fluta—encontro humor para repreender o apelido que ele e Daniel usavam para me atazanar quando criança.


Ele ri, alto.


Desligo, um pouco mais calma – mas não muito, seria impossível.


E, tomando algumas respirações, fico em pé.


No caminho para a porta, me pergunto se estou fazendo a coisa certa. 


Sim, minha consciência diz que sim.  


Por tempo demais, estive me mantendo longe de tudo que me fizesse relembrar… Uma hora o destino viria cobrar a conta.


 A hora chegou.


Abro a porta…


Nos encaramos.


Seus olhos intensos me avaliam parecendo enxergar minha alma.


— Anahi.. — cumprimenta num timbre rouco, tocando-me sem de fato de tocar.


Ele sabe.


— Poncho…


Eu sinto que ele sabe.


 



Compartilhe este capítulo:

Autor(a): ItsaPonnyWorld

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

Prévia do próximo capítulo

ANAHI POV   — Entre… — ofereço passagem ao homem que não desgruda os olhos sérios de mim. Parece saber que o que tenho a dizer vai mudar a forma como me enxerga. Não consigo enfrentá-lo por mais tempo. Viro-me e ando para a sala sentindo o peso do que vou lhe contar. Sua presença silenciosa vem atrá ...


  |  

Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 86



Para comentar, você deve estar logado no site.

  • cxlucci Postado em 04/11/2024 - 10:06:19

    voltando aqui depois de mais de ano ver se teve update 😭😭😭

  • mileponnyforever Postado em 16/10/2023 - 00:14:09

    Cadê você?!

  • mileponnyforever Postado em 15/06/2023 - 08:34:04

    Pelo amor de Deus, volta a postar!

  • beatris_ponny Postado em 03/06/2023 - 02:56:34

    Cadê vc????

  • mileponnyforever Postado em 31/05/2023 - 11:41:45

    Cadê você?

  • mileponnyforever Postado em 01/05/2023 - 21:48:54

    Cadê você?

  • beatris_ponny Postado em 16/04/2023 - 16:33:12

    Continua....

  • beatris_ponny Postado em 16/04/2023 - 16:33:01

    Que bom que voltou, já tinha desistido kkkk

  • mileponnyforever Postado em 10/04/2023 - 01:03:59

    Meu Deus que capítulo cheio de emoção. Não some assim, você ainda vai nos matar de ansiedade!

  • mileponnyforever Postado em 16/03/2023 - 13:49:54

    cade voce? Posta pelo amor....


ATENÇÃO

O ERRO DE NÃO ENVIAR EMAIL NA CONFIRMAÇÃO DO CADASTRO FOI SOLUCIONADO. QUEM NÃO RECEBEU O EMAIL, BASTA SOLICITAR NOVA SENHA NA ÁREA DE LOGIN.


- Links Patrocinados -

Nossas redes sociais