Fanfics Brasil - uma noite romântica Um novo começo - Ponny.

Fanfic: Um novo começo - Ponny. | Tema: RBD,Anahi,Alfonso Herrera


Capítulo: uma noite romântica

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Ando de um lado para o outro, ansiosa como uma adolescente. 


Faltam cinco para as oito.


Arrumei-me impecavelmente,cabelos,maquiagem,perfume, como há muito tempo não fazia. 


Aliás,nem me lembro quando foi a última vez que me animei assim para uma saída, ou tive esta sensação de cócegas provocando meu estômago… 


O que esse homem está fazendo comigo?


Aliso o tecido na altura do meu quadril,retirando um friso imperceptível, e sorrio ao pensar que, embaixo do vestido preto de alças finas,guardo uma surpresa para meu vizinho.


A campainha toca.


Tomo algumas respirações.


 Verifico-me uma última vez no espelho e caminho para a porta.


Abro… e tenho de recuar um ou dois passos,abobalhada com a visão à minha frente.


Corro meu olhar por ele inteiro.


Alfonso se recosta contra a parede ao lado da porta, mãos descansando nos bolsos de um elegante terno escuro, parecendo perfeitamente encaixado ao seu corpo. Cabelos arrumados, um maldito sorriso tentador rasgando o canto de seus lábios (daquele jeito que derrubaria minha peça mais íntima)… e olhos verdes completamente aquecidos,devorando-me com paixão.


— Por Deus, homem… — lamento meu próprio estado, refletindo que ele fica tão bem em um traje assim, quanto em seu uniforme de trabalho.


Sim, lá vem outra fantasia daquelas…


O sorriso do homem se expande, observando cada pequeno pedaço de mim também. 


Noto-o sugando o ar com velada dificuldade. Tão afetado quanto eu. 


Ótimo.


— Eu te olho, Anahi, e tudo o que penso é em como eu gostaria de te arrastar para o quarto,me enterrar profundamente em você e não deixar que ninguém mais te veja assim… — cortando a distância que eu mesma coloquei, lento feito um animal em busca da presa, ele finalmente me apanha pela cintura, trazendo nossos corpos juntos— Você está linda, senhora.


Sinto a dureza de sua reação tocar meu estômago.


— Não me tente… — sussurro com a garganta seca.


Poncho me olha por mais alguns instantes;assim de perto, percebo suas pupilas crescendo tão sensualmente. 


Respiro fundo e… recebo seu beijo sôfrego, como se não tivesse o suficiente de mim,tal qual me sinto a seu respeito.


Quando já estou quase sem fôlego, ele nos afasta. Limpa delicadamente meu batom borrado no canto dos lábios, num gesto íntimo.


— Você tem certeza que quer sair? —murmuro, mole.


A perdição em formato de homem meneia a cabeça, ainda com a excitação evidente roçando me.


— Estou travando uma batalha muito grande para fazer isto certo, vizinha… — morde meu lábio mais uma vez — Venha, vamos antes que eu mude de ideia e estrague tudo.




 


Conforme Poncho vai dirigindo pela cidade,começo a ter uma vaga ideia de para onde estamos indo. A confirmação vem ao estacionar em frente ao elegante edifício Terraza. Sorrindo, encaro seu perfil.


— C-como você…?


Este lugar é conhecido: um hotel luxuoso, com um restaurante exclusivo na cobertura.


Eu nunca estive aqui, Angel sim, e me disse maravilhas sobre o espaço. Então lembro também da parte que ela contou sobre ser exclusivo e demandar a reserva com semanas de antecedência.


Ele sorri, de lado, enquanto me lança um olhar acalorado.


— Digamos que um médico sabe bem como cobrar alguns favores… — Poncho toma minha mão e a beija, roçando lentamente seus lábios macios nos nós dos meus dedos — Espere aqui…


Aceno com dificuldade.


Esta noite é tudo sobre ele me tentar, pelo jeito.


Antes que eu pisque, ele desce do veículo, entrega a chave ao valet e vem até a minha porta,abrindo-a para mim.


— Que cavalheiro… — brinco, mordendo meu lábio para não dizer o quanto a atitude simples me faz amá-lo.


Alfonso me ajuda a descer e me equilibrar nos saltos.Ajeito o vestido, apanho minha pequena bolsa de mão e aceito a oferta de envolver meu braço no seu. 


Caminhamos para dentro do saguão e vamos diretamente aos elevadores. Hum, sem parar na recepção, hein? Interessante. 


No elevador, enquanto a máquina demora uma eternidade para subir, discretamente me contorço, pressionando minhas pernas juntas. Estou ansiosa, excitada, nem sei explicar. Evitando pensamentos libertinos, encaro meus sapatos de salto altíssimos.


Alfonso inclina sua cabeça para próximo ao meu ouvido e sussurra, provocativo.


— Estou tão duro por você, amor.


Ofego.


— Diabos, homem… — resmungo, odiando estar neste estado, tão estranhamente necessitada e cheia de expectativa.


Ele ri, bonito, mostrando os dentes alinhados e a quase imperceptível fenda entre eles.


O som do elevador avisa que chegamos ao destino. 


Poncho aperta minha mão, olha-me profundamente nos olhos e espera a porta se abrir… 


Quando acontece, fico sem palavras pela segunda vez na noite. A cobertura em 360 graus de vidraças do chão ao teto oferece uma visão panorâmica da cidade, do quadragésimo andar, absolutamente incrível…


Observo mais atentamente o ambiente e emudeço. Há apenas uma mesa, decorada para dois ao centro do amplo espaço, como se fosse feita somente para nós. 


A luz fica por conta da baixa iluminação lateral e velas no chão e sobre a mesa. Rosas vermelhas espalham-se agradavelmente pelo espaço.


Estou sem palavras.


— V-você… — murmuro — Isso tudo é pra gente?


Viro-me para ele e sou contemplada com os olhos escurecidos mais intensos que já vi,encarando-me com ferocidade.


— Isto é para você, Anahi. Pra te mostrar que eu quero tudo com você — a rouquidão tranquila pouco esconde seu próprio estado consternado.


Engulo a saliva seca, encarando o fundo de suas íris.


— Você tem me feito querer tudo também Poncho. Eu não pensei que isso seria possível, quero dizer, a gente se conhece há tão pouco tempo,mas…


— Namore comigo.


— Hã? — atrapalho-me com a linha de raciocínio.


Poncho desliza um dedo por meu lábio e corre a mão quente por meu rosto e pescoço, até parar na nuca.


— Nós já decidimos dar um passo à frente e agora eu quero dar nome a isso, Anahi. Quero poder sair com você de mãos dadas, te apresentar por aí como minha, e que você me apresente como seu. Que todos saibam que estamos juntos. Quero que você saiba que estamos traçando um caminho com um objetivo aqui…


— Ora, Poncho… — mal escuto meu próprio timbre rouco.


Seus lábios se aproximam dos meus, encostando-se neles de mansinho.


— É simples, amor, eu te quero como minha.


Ouvir isso com tanta honestidade faz coisas miseráveis ao meu peito.


— Com direito a presente de dia dos namorados e tudo? — cochicho, brincando para ganhar tempo de acalmar meu coração maluco.


— Sim, com direito a presente e tudo… —entoa, caloroso.


Sua mão livre toma a minha, sem que sua boca se afaste. 


De repente, tateio algo como uma caixa de veludo nela. 


Deus do céu. 


Arregalo meus olhos para ele.


— Poncho…?


— Aceita namorar comigo, Anahi?


Todos os momentos já vividos com qualquer outro homem são incinerados neste instante. Nada que eu já tive supera esta adrenalina deliciosa correndo por meu corpo.


Rio em sua boca, sem sentido.


— Deus, eu nem consigo pensar em nada espirituoso agora… Só nesta vontade doida de ficar dizendo sim, sim, como uma desequilibrada, até que você perceba o mal negócio que está fazendo,doutor.


Poncho me apanha pela cintura e praticamente me curva para um beijo, calando-me. Não qualquer beijo, mas um que toca diretamente minha alma.


Tem paixão, vida, anseio. Amoleço em seu domínio, absorvendo cada pequeno fragmento da energia que nos une. 


E quando ele finalmente se separa, a caixa de veludo está na linha de meus olhos, estendida para mim. Lambo meus lábios,encarando o que quer que isso seja.


— Abra… — diz, rouco.A primeira coisa que me vem à cabeça é um pouco assustadora, mas espero para ter certeza, e quando abro… me deparo com uma pulseira linda,de correntes delicadamente trançadas em ouro branco e amarelo. Ao centro dela, uma plaquinha dourada lisa, de uns três centímetros, estreita e delicada.


Não é um anel e, por mais maluco que pareça, me sinto completamente aliviada.


— É linda, Poncho…


— Vire-a — exige.


Brincando com a peça entre meus dedos, viro


a plaquinha. Na parte de baixo, a que me tocará apele, encontro… as letras A y A gravadas, unidas por uma caligrafia bem desenhada.


Subo meus olhos para encontrar os seus,nitidamente vitoriosos. 


Ele está adorando isso.


— Bem — enruga o lábio — Você me marcou —olha ligeiramente para seu relógio, o que lhe dei de presente de aniversário com minha inicial gravada — Nada mais justo que eu faça o mesmo.


Não escondo o sorriso estúpido a dominar meu rosto.


— É justo…


 


 


ALFONSO POV


 


Jantar com ela aqui, somente nós dois, me traz uma sensação malditamente boa. 


Quero que ela se sinta assim também, que Anahi não tenha receio de dizer aos quatro ventos que estamos juntos. 


O que esta mulher tem feito na minha vida,na vida de Ana, não há como definir. Eu a quero,como nunca quis nenhuma outra antes, e é aí que uma estúpida insegurança me bate forte. O medo de que minha vida seja demais pra ela. Que a mulher mude de ideia sobre nós. Talvez por isto eu precise desta afirmação. 


Um namoro é o primeiro de todos os passos que pretendo dar com ela.


Anahi está relaxada diante de mim, se alimentando,sorrindo,aos poucos abrindo pequenas brechas de sua vida para que eu entre. Ela fala nostalgicamente de seus pais falecidos, com entusiasmo sobre os dois irmãos e o amor incondicional que nutre por eles, das amigas… 


A mulher é um poço de boa energia.


Eu ainda me pergunto como o imbecil do ex-marido pôde deixá-la ir. Eu, no lugar do cara, a manteria comigo para sempre. 


Penso em questioná-la um pouco mais sobre isso, mas desisto.


É como dizem: o azar do cara é a minha sorte.


Observando-a, não consigo nem sequer mensurar o tamanho desta sorte, na verdade. Jesus Cristo, a mulher é linda, tão radiante por dentro como é por fora.


Somente por esta noite, decido bloquear o resto do mundo. 


Ana está em segurança na casa de Dulce, é o que me importa.


A reunião que tive com advogado sobre o pedido de Belinda me tirou o humor, não quero ter de pensar nisso, não esta noite.


— E quanto a você, Poncho? — movimenta a taça em minha direção — Como foi ser bonitão assim em meio a todas aquelas garotas aspirantes a médicas?


Olho-a com diversão.


Opto por não contar exatamente a maneira como aproveitei os tempos na universidade. Não sou muito confiante quanto ao domínio que a mulher tem de seu próprio gênio.


Receber esta garrafa em minha cabeça não é exatamente a forma como pretendo terminar a noite.


— Você sabe… — brinco com a haste da taça — Muito trabalho e pouca diversão.


Ela sorri, lindamente, os olhos conhecedores me desmascarando.


Deixo meu olhar correr solto sobre sua pele,o decote generoso dando-me um vislumbre do alto de seus seios. Precisou de todo o esforço para não despi-la em sua casa e ficar por lá mesmo. No entanto, Anahi é mulher de mais do que apenas fodas, ela merece jantares, flores e toda essa porcaria com algum significado.


Percebendo minhas intenções, noto suas respirações curtas se intensificarem. Os seios sobem e descem, belos, tentadores.


— Diga-me que além deste lugar incrível há também um quarto reservado… — morde o lábio, consumida pela atmosfera densa de nosso desejo.


Encaro-a, deixando que Anahi saiba o quanto me afeta.


— Tudo para agradá-la, vizinha.


 


ANAHI POV


 


Não um quarto ou qualquer quarto. 


Esta é A Suíte. Luxuosa, ampla. Mais pétalas de rosas por todos os lugares. Sorvo o ar com dificuldade.


Droga,Poncho quer me matar, só pode.


Pisco algumas vezes, assimilando o cuidado que ele teve reservando um ambiente tão romântico para a noite.


As mãos pousam nos meus quadris.


 Sinto seu nariz junto ao meu pescoço, aspirando,arrepiando tudo.


Lembro-me vagamente, em meio à neblina de excitação, que planejei uma surpresa para ele.


— Poncho… — gemo de olhos fechados.


— Sim, Annie… — rosna rude contra minha pele.


Inspiro profundamente.


— Você poderia me dar um minutinho para eu usar o banheiro?


Rindo, ele ainda fica atrás de mim por alguns segundos, o membro duro revelando-se, até que se afasta.


Entro rapidamente no banheiro trazendo minha bolsa de mão comigo, retoco o batom, confiro meu estado – bochechas coradas e olhos ávidos –, e dou-me alguns instantes para recuperar e reaver o plano. 


Saio do amplo cômodo e retorno ao quarto… Poncho está sentado na cama, o blazer descansa ao seu lado.


Confiante, caminho até o sistema de som.


Acompanhada por seus olhos famintos, conecto meu celular ao suporte e deixo que minha playlist domine o ambiente em segundo plano.


Ao som da primeira música da lista, Neiked cantando “Sexual”, sorrio pela coincidência da


letra, e encosto minhas costas febris contra a parede fria, dando um aviso a Poncho.


 


Sexual ♪


 


Você tem aquela coisa que eu estava procurando


Foi correndo ao redor por tanto tempo


Agora eu te peguei, eu não vou deixar você ir


Você tem aquela coisa que eu estava procurando


Você tem um coração cheio de ouro 


E isso está realmente me transformando


Você é, você é, você é, você é, você é


Tudo que eu sonhei, agora podemos pintar um quadro


Você é, você é, você é, você é, você é


Fazendo a minha vida muito mais verde, sim,sim


Basta dizer que você se sente da maneira que eu sinto


Estou me sentindo sexual, por isso, deve ser sexual


Você tem algo que eu não vi antes Você abriu um milhão de portas


Tudo o que posso dizer é que eu adoro você


Você tem algo que eu não vi antes


Abraça-me porque baby, eu sou seu


Oh, eu não posso esperar até chegarmos em casa 


Eu não sei o que você fez, mas eu não me canso


Porque você me dá essa pressa, eu não quero que pare


Basta dizer que você se sente da maneira que eu sinto


Estou me sentindo sexual, por isso, deve ser sexual ♫♪


 


Umedeço meus lábios ressecados, correndo a língua vagarosamente por eles, olhos fixos no meu objetivo. 


Ele está tão ligado em mim. Tão ligado. E como a letra da música diz, eu me sinto tão sexual, tão desejosamente sexual.


Desgrudo-me da parede, a passos lentos, minhas mãos nas costas correndo o zíper do vestido tubinho para baixo. 


A peça se abre inteira, ao passo que Poncho ofega sentado.


Sorrio.


E deixo o vestido cair ao chão. 


Andando, piso fora dele e me revelo para Alfonso com um conjunto extremamente sensual de espartilhos e cinta-liga, num sutiã meia taça que eleva meus seios,empinando-os.


— Jesus Cristo… — ele sibila, sufocado.


Meu sorriso aumenta.


— Não, amor — imito sua forma de me chamar — Esta noite somos apenas você e eu.


Deus, estou latejando de necessidade.


Em saltos agulha, paro diante dele, em pé a uma polegada de seu corpo enrijecido, dando-lhe tempo para apreciar. 


Meus hormônios estão à flor da pele. Tão sexual,a letra diz, é como eu me sinto.


Pego seu queixo em meu domínio e me inclino para ficar na mesma linha de seu rosto… e


então, ousadamente, lambo seus lábios de fora a fora.


— Você sente isso, Poncho? Você sente o que faz comigo? — elevo uma de minhas pernas ao seu lado e cravo meu sapato no lençol macio, ficando de pernas abertas diante de seu rosto.


Atrevidamente, de um jeito que nunca fiz antes, assistida em primeira mão pelos olhos gananciosos, afasto minha calcinha de lado, tanto para enlouquecê-lo, como para amenizar meu formigamento imediato, e me dou a fricção necessária diante de seu rosto.


Gemo, baixinho, conforme vou sentindo o prazer iminente.


— Anahi… — urra sem voz.


Jogo minha cabeça para trás, extasiada.


E não demora meu pulso é decididamente afastado para o lado, proibindo-me de agir sozinha.


Retorço-me em pé quando sua boca me toma, faminta, gulosa, sugando-me e lambendo da forma mais certa que alguém já fez. 


Poncho conhece cada polegada do meu corpo e me dá o que eu preciso.


Palavras sujas saem de seus lábios, eu amo cada uma delas.


Sou lançada para fora da atmosfera.


O prazer me rasga em pedaços.


E este é só o começo de nossa noite. 


Como sempre acontece quando estou de meias, elas são tão somente para me prender e deixar à mercê do apetite deste homem. 


Com muito mais intensidade,com muito mais tesão, muito mais amor.


Entrego-me para ele por inteira, sofro com suas torturas meticulosamente impostas, mas é como ele me quer: sua, completamente sua. 


E eu sou.


 


ALFONSO POV.


 


Anahi e eu chegamos há poucas horas em casa. Mal dormimos e ainda assim estamos aqui, de banho recém tomado juntos, diante da cozinha, ouvindo as tagarelices de Ana e Dulce no café da manhã, enquanto lançamos olhares furtivos um ao outro, sob os efeitos do que foi nossa noite juntos.


— E é isso, serão duas semanas no mar e duas em terra firme — Dulce conclui sua descrição da jornada que ela e minha mãe farão, de navio,pela Europa.


— Está aí um passeio que eu gostaria de fazer…— Anahi reflete.


— Nós podemos ir algum dia, não é,Anahi? —Ana atravessa a conversa, animada.


Anahi limpa a boca da pequena com seu guardanapo.


— Podemos sim, princesa. Em breve,podemos sim… — sua resposta é tão natural, a mulher nem se dá conta de que está elaborando planos para o futuro com minha filha.


Em seu pulso delicado vejo a pulseira que mandei fazer especialmente para ela.


Dizer que eu amo esta mulher por inteiro é desnecessário.


Dulce se levanta, ajeitando a roupa e limpando as mãos.


— Bem, eu passei mesmo para me despedir e deixar minha sobrinha favorita em casa para que você a leve à escola. Mamãe e eu embarcaremos em algumas horas.


Diz isto se aproximando de mim, que até então era o único em pé, apoiado contra a bancada.


Dulce beija o meu rosto. 


Deixo a xícara de lado e a pego num abraço.


— Se cuide e cuide da mãe.


— Sim, chefe… — comenta, engraçada.


Largo-a para que se aproxime de Anahi, que também já está em pé — Até mais,Annie, estou muito feliz por você e meu irmão… — sua tentativa de cochicho pode ser ouvida de onde estou.


Anahi corresponde ao beijo e apenas sorri.


A mulher está se adaptando à ideia de ser minha,isto é muito bom.


Dulce então se abaixa para Ana.


— Princesinha da tia, eu já estou morrendo de saudade de você.


A pequena alisa o rosto de minha irmã.


— Você quer que eu vá junto, tia?


Escondo minha graça atrás da xícara de café fumegante que volto a sorver.


 Minha menina não perde uma oportunidade, isto é um fato.


— Hum… — Dulce acaricia sua bochecha —Boa tentativa, mas você precisa ir para a aula. Pelo que eu soube, a senhorita já ficou tempo demais em casa.


Minha irmã apanha sua bolsa, se despede mais uma vez, e vai embora. Ana acompanha seu caminho com os olhos o tempo todo (talvez ainda nutrindo alguma esperança), até que a porta se fecha atrás dela. 


A criança é inacreditável. 


Com esse olhar decepcionado, ela consegue fazer meu coração receber uma pitada de dor, mesmo sabendo que isso não passa de pura chantagem.


Percebo Anahi remexendo seus dedos,inquieta, como se estivesse travando um conflito com algo em sua mente.


E então faz o mesmo que Dulce alguns minutos antes, se ajoelha em frente à pequena.


— Eu posso te levar para a aula hoje… —morde o lábio, hesitante, e me lança um ligeiro olhar de canto — E, se seu pai deixar, posso te levar a um lugar comigo esta noite.


Arqueio a sobrancelha, curioso, à espera de uma elucidação.


— É um Centro Comunitário que frequento há alguns anos — ela explica — Lá eles servem alimento para moradores de rua… Não se preocupe, o lugar é absolutamente seguro,minhas amigas irão também.


Observo-a por mais alguns segundos, não sei.bem se surpreso, impressionado, ainda mais curioso com esta nova faceta ou preocupado.


Enfim, sorvo mais um gole do café e dou o veredito.


— Tudo bem. Me passe o endereço e buscarei vocês, quando terminarem.


Obviamente, Anahi não parece cem por cento satisfeita com este arranjo, mas quero ver de perto como é que isto funciona.


 



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Autor(a): ItsaPonnyWorld

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 86



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  • cxlucci Postado em 04/11/2024 - 10:06:19

    voltando aqui depois de mais de ano ver se teve update 😭😭😭

  • mileponnyforever Postado em 16/10/2023 - 00:14:09

    Cadê você?!

  • mileponnyforever Postado em 15/06/2023 - 08:34:04

    Pelo amor de Deus, volta a postar!

  • beatris_ponny Postado em 03/06/2023 - 02:56:34

    Cadê vc????

  • mileponnyforever Postado em 31/05/2023 - 11:41:45

    Cadê você?

  • mileponnyforever Postado em 01/05/2023 - 21:48:54

    Cadê você?

  • beatris_ponny Postado em 16/04/2023 - 16:33:12

    Continua....

  • beatris_ponny Postado em 16/04/2023 - 16:33:01

    Que bom que voltou, já tinha desistido kkkk

  • mileponnyforever Postado em 10/04/2023 - 01:03:59

    Meu Deus que capítulo cheio de emoção. Não some assim, você ainda vai nos matar de ansiedade!

  • mileponnyforever Postado em 16/03/2023 - 13:49:54

    cade voce? Posta pelo amor....


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