Fanfic: Um novo começo - Ponny. | Tema: RBD,Anahi,Alfonso Herrera
ANAHI POV
Ajudo-a com a mochila nas costas, antes de entrar na escola, e então me abaixo diante dela para ajeitar seu informe.
Ana ainda segura entre seus dedos algumas flores que pegou em meu apartamento há alguns minutos.
— Bem, você está pronta, princesa.
Seus olhinhos se fixam nos meus.
— Anahi… — sussurra.
— Sim… ? — levanto meus olhos para ela.
— Se eu não gostar mais, você vai me tirar daqui?
A pergunta me pega de surpresa.
Hoje é somente seu segundo dia, ainda é cedo para que ela se adapte, sei disso (embora não seja a favor da estratégia de apenas deixar a situação correr solta, como ocorria na outra escola; sou mais inclinada a dar uma forcinha aos acontecimentos).
— Sim, Ana, eu prometi isso a você.
Observo o movimento da respiração mais aliviada saindo de seu peito.
— Mas eu preciso que você me faça uma promessa também… — peço com cuidado.
Ela acena com a seriedade legítima de seu pai.
Sorrio ao fato.
— Você vai se esforçar para tentar fazer amizades aqui, tudo bem? E se qualquer um deles lá dentro fizer algo que não goste, Ana, você vai me contar, ou a Poncho, promete?
Suspira.
— Sim, Anahi.
Beijo seu rosto e me levanto.
De mãos dadas,faço o caminho até o portão.
— Bom dia, menina Luz… — o inspetor cumprimenta da porta.
Ela lhe sorri com ânimo, como se não tivéssemos tido a conversa de dois minutos antes.
Isso de enganar as pessoas sobre seu nome, que é tão bonito, também precisa ser corrigido (apesar de ter seu lado engraçadinho).
Beijo o topo de sua cabeça e me despeço.
Mas não me contenho, passo a passo, sigo a pequena até a porta da sala.
De cabeça baixa, Ana entra silenciosamente e se ajeita na primeira carteira, ao lado do menino cadeirante.
— Oi, Ana Carolina… — ele cumprimenta,animadinho.
Sem olhá-lo, ela enruga os lábios para o lado exatamente como Poncho faz quando está pensando sobre algo.
— Oi, Gabriel… — resmunga.
Deus, ele quer ser amigo dela.
É um bom começo!
Sorrindo, decido me encaminhar para um papo rápido com a diretora, antes de ir ao trabalho.
É sempre bom cobrar compromissos assumidos.
Sento-me com Ana Brenda num bistrô perto de sua floricultura. Combinei de almoçar com ela, depois de furar o café de ontem.
Comprar lingeries parecia ter um pouquinho mais de urgência… e visto que a noite foi, digamos,excepcional, acho que minha cunhada entenderá.
Mordo o sorriso.
— Ele me pediu em namoro… — respondo à sua pergunta mal elaborada.
Ana Brenda não espera por mais, me abraça,comemorando a notícia.
Caramba, eu estar solteira era tão ruim assim?
— Oh, Annie, isto é ótimo. Poncho parece ser uma boa pessoa — afasta-se, vibrando—Quando o vi entrando na loja, eu imaginei que aquelas flores seriam para você.
— Por que não me disse nada?
— E estragar a surpresa? — faz um estalinho com a língua — De jeito nenhum.
— Eu nem me lembrava da última vez que alguém me mandou flores à exceção de você,Ana.
Ana Brenda pega minha mão por cima da mesa.
— Estou muito feliz por vocês, Anahi.Daniel também ficará… Aliás, podemos marcar um jantar lá em casa para você e o Poncho, o que acha?
Penso por um instante.
Seria exatamente o tipo de coisa que meu namorado aprovaria, mais uma afirmação desta nossa fase.
A ideia de agradá-lo me surpreende por soar tão boa.
— Sim, podemos marcar…
Ana Brenda toma um pouco de sua bebida.
— Hum… — deixa o copo de lado,lembrando de algo — Antes de voltar para a empresa, dê uma passadinha na loja para pegar aquela muda de orquídea japonesa que separei pra você. Vieram tão lindas,Annie!
Sim, com este jeito doce, Ana Brenda me colocará para fora do meu apartamento muito em breve. Mal há espaço para mais uma única folha.
Almoço com ela e passo em sua loja para pegar a flor.
Estou seriamente pensando em.presentear Poncho com este vaso, seu apartamento
precisa de um pouquinho de verde… Eu sei, sou uma péssima pessoa.
Despeço-me de minha cunhada, brevemente.
Encontrarei com ela mais tarde no Centro Comunitário.
ALFONSO POV
Estou de volta após receber uma mensagem de Anahi, avisando que elas já estão prontas para ir.
Deixei-as aqui há cerca de três horas, no final da tarde.
Confesso ter ficado um tanto curioso sobre o lugar. Não esperava que a mulher dedicasse
parte de seu tempo a projetos assim, mas não me surpreende. Este é somente mais um lado dela a ser apreciado.
Estaciono ao lado de alguns carros que não estavam aqui quando vim mais cedo.
Vejo pessoas saindo do barracão – aparentemente estavam se alimentando lá dentro – e me encaminho para a entrada.
Corro meus olhos pelo lugar bem iluminado,organizado, amplo e com todas estas mesas alinhadas.
Impressionante.
E então minha contemplação é imediatamente talhada pela visão a alguns metros de mim.
Anahi, de frente para um cara alto, vestido de camiseta e jeans, o tipo de barba como as mulheres gostam.
Eles conversam tão animadamente que chego a desconfiar de que o assunto não tenha muito a ver com o trabalho feito aqui.
Seu sorriso fácil para ele é um daqueles impressionantes, honesto, que ilumina tudo à sua volta.
E isto me detém por alguns instantes, assolado por uma sensação idiota de que ela está lhe oferecendo algo que só pertence a mim.
Que estupidez.
Desço meus olhos e encontro minha filha,paradinha ao lado deles, prestando muita atenção no que dizem.
Seu cenho nada discretamente franzido, como se estivesse cuidando do meu terreno por mim, me enche de um profundo orgulho.
Isso aí, pequena!, penso, guardando o humor.
De repente, noto que algo que o cara diz faz com que até mesmo a menina mude de postura e se torne mais interessada, receptiva, abrindo um sorrisinho.
Mas que diabos…?
Caminho tranquilamente até eles.
Chego a tempo de ouvir o final do que Anahi diz.
—… poderíamos marcar para amanhã mesmo,Jor..
“jor”?
Íntimos assim?
Deixando que meu instinto masculino se aproprie, paro ao lado delas e, sem nenhuma timidez, pouso minha mão nas costas de Anahi.
— Boa noite, querida.
Tanto minha saudação quanto o toque a surpreendem.
Seu rosto se gira para mim, olhando-me ligeiramente confusa.
Não perco a estreitada de olhos que a loira dá.
— Boa noite,Poncho… — diz, astuta.
— Papai!
— Olá, pequena — inclino-me e levanto Ana nos meus braços.
Não o olho, no entanto, sei que o sujeito nos assiste.
— Poncho, este aqui é Jorge,o administrador do Centro… — até a maneira como a mulher se refere ao cara boa-pinta é incomum.
Dela, olho diretamente para ele, que tem uma expressão tranquila ao me estender a mão.
— Alfonso, namorado de Anahi —apresento-me e aceito seu cumprimento.
— É um prazer conhecer alguém importante para ela — ele sorri, sacando a mensagem passada por mim — Anahi é uma grande amiga da minha mulher.
A informação me deixa numa mistura de aliviado e, certamente, tolo.
— Vamos ajudar a decorar o quarto do bebezinho, papai! — Ana conta alegremente. Seu bracinho circunda meu pescoço.
— Bebê? — arqueio a sobrancelha para a pequena.
— Marichello, a mulher de Jorge, está grávida —Anahi,explica. Por seu tom insondável, tenho a impressão de que ela não curtiu muito minha abordagem.
O tal Jorge enfia as mãos nos bolsos da calça.
Seus olhos vão para minha filha.
— Minha mulher vai adorar poder contar com sua ajuda, senhorita.
Ana estufa o peito, sonhadora, satisfeita com a tarefa.
— Agora, se me dão licença, tenho ainda de conferir nosso estoque antes de fechar tudo… —direciona-se à Annie — Obrigada por vir, Anahi.Você e as meninas são sempre bem-vindas aqui.
— Imagine, é um prazer, Jor. Este lugar me faz bem…
Mudo discretamente meu olhar para o lado oposto, sem muita disposição para assistir Anahi beijar o rosto do sujeito.
E então, num aceno de cabeça, olho-no-olho comigo, ele se afasta.
Depois de observá-lo ir, calmamente (até demais) a mulher se vira para mim.
— Você veio rápido — diz, casual, sem me olhar nos olhos.
Ela ajeita o capuz da blusa na cabeça de Ana, em meu colo, deixando-a preparada para sair na noite fria, e sorri para a menina.
Minha filha corresponde o sorriso calorosamente. Observo em primeira mão o amor e admiração entre elas.
E, sem resistir, com a mão livre, pego seu rosto, trazendo-a para um beijo suave, apenas para tocá-la.
Anahi expira pesadamente.
— Da próxima vez, mije em mim para demarcar melhor seu terreno, doutor… — murmura nos meus lábios.
Encaro-a muito próximo de seus olhos.
Não penso em negar meu ciúme, ela tem razão a respeito disto.
— Culpado, confesso… — brinco, honesto— Não aguentei te ver tão receptiva com o galã ali.
Sorrindo, ainda em dúvida sobre me repreender ou não, ela meneia negativamente e revira os olhos.
— Jorge ama Marichello, Poncho.
Não gosto muito desta explicação.
— E se não amasse…?
Ela pousa a mão no meu ombro, dando um olhar furtivo para Ana antes de me enfrentar novamente.
— Eu só tenho olhos para o pai desta garotinha aqui.
E, com isto, ela tem a mim e minha pequena olhando-a como se a fosse toda a luz do universo.
Devolvo Ana ao chão e abraço Anahi, caminhando para a saída.
Se ela soubesse o que faz comigo…
— Sou louco por você… — grunho, com os
lábios encostados no alto de sua cabeça.
Deixo Anahi e Ana no apartamento dela e vou para o meu, tomar um banho rápido.
Ao entrar, encontro Maíra na cozinha lendo distraidamente algo em seu celular.
O objeto sobre o balcão, ao lado dela, me chama a atenção por não estar ali esta manhã. Certamente que não, eu teria visto.
— Boa noite, Mari… — aproximo-me para.um copo de água — E esta planta? Você comprou?— questiono, curioso.
Ela sorri e também olha para o pequeno vaso de flor.
— Oh, não,Anahi deixou aqui mais cedo.São bonitas, não?
Abro a geladeira e apanho a água.
— Hum… — resmungo.
A mulher é inacreditável.
Com toda aquela selva em sua varanda, ela ainda encontra estímulo para adquirir mais disso. Mas afinal, que obsessão é.essa que ela tem por flores e tomates?
— Poncho, minha filha acaba de ir para a maternidade… — Marieta se volta para o celular,um tanto aérea.
Deixo o copo de lado e me aproximo dela.
Estávamos esperando esta notícia a qualquer momento.
— Isso é bom, Mari, bom mesmo. Parabéns!
Abraço-a de lado, sem reserva de demonstrar carinho.
Maíra está comigo desde o acidente de Ana e a trata como uma filha.
Sempre esteve aqui por nós.
— Obrigada — funga, embargada.
— Você quer que eu…?
— Não, não. Eu vou à rodoviária de táxi, você não precisa se preocupar… — me corta com um gesto de mão — Nossa, o tempo passou tão rápido, não?
— Passou. Agora você é avó…
Ela limpa uma lágrima.
— Avó — repete, testando o som da palavra, e então me olha rapidamente — Vou ficar uns dias lá, Poncho, mas qualquer coisa você pode me chamar.
— Vá e cuide dela, Mari. Não se preocupe com a gente, ficaremos bem.
A senhora sorri
— Estou muito feliz que agora você tenha a Anahi. Ela é uma ótima mulher, Poncho. É boa pra Ana, principalmente.
Sim, Anahi é boa para Ana.
E eu nem me imagino mais longe daquele sorriso atrevido e o par de olhos excêntricos que me tira da razão com tanta facilidade.
Mas, independente dos conselhos do advogado, não vou acelerar as coisas com ela.
Eu a quero como minha esposa, obviamente que sim,porém, casar-me para combater as ameaças de Belinda não seria justo com Anahi.
Vai acontecer, mas pelos motivos certos.
Autor(a): ItsaPonnyWorld
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
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Sim,estou viva. E para compensar os dias sem post irei postar pelo menos dois capítulos hoje. Obrigado por acompanharem a história e desculpe a demora. ALFONSO POV Sirvo-me na máquina de café. Uma dose fortep ara combater o sono a esta hora da manhã é mais do que bem-vinda. A cidade nunca para, mas,estr ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 86
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cxlucci Postado em 04/11/2024 - 10:06:19
voltando aqui depois de mais de ano ver se teve update 😭😭😭
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mileponnyforever Postado em 16/10/2023 - 00:14:09
Cadê você?!
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mileponnyforever Postado em 15/06/2023 - 08:34:04
Pelo amor de Deus, volta a postar!
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beatris_ponny Postado em 03/06/2023 - 02:56:34
Cadê vc????
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mileponnyforever Postado em 31/05/2023 - 11:41:45
Cadê você?
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mileponnyforever Postado em 01/05/2023 - 21:48:54
Cadê você?
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beatris_ponny Postado em 16/04/2023 - 16:33:12
Continua....
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beatris_ponny Postado em 16/04/2023 - 16:33:01
Que bom que voltou, já tinha desistido kkkk
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mileponnyforever Postado em 10/04/2023 - 01:03:59
Meu Deus que capítulo cheio de emoção. Não some assim, você ainda vai nos matar de ansiedade!
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mileponnyforever Postado em 16/03/2023 - 13:49:54
cade voce? Posta pelo amor....