Fanfics Brasil - esquentadinho Um novo começo - Ponny.

Fanfic: Um novo começo - Ponny. | Tema: RBD,Anahi,Alfonso Herrera


Capítulo: esquentadinho

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Anahi POV


Escuto o que meu assistente diz ao telefone enquanto caminho pelo estacionamento até os elevadores. Saí do trabalho mais cedo e vim para casa. 


Estou com uma dor de cabeça particularmente chata, e permanecer no estúdio só a pioraria.


A verdade é que ultimamente tenho estado por um fio de não enfiar uma agulha nos olhos do novo diretor de criação. 


Alteraram meus projetos sem me consultar, já está virando rotina.Sinto que o homem tem satisfação nisso.


— Tudo bem, Chris, agende para as nove.Vou redesenhar e amanhã faremos uma nova prova com estas modificações — paro em frente às portas e aperto o botão para chamar o elevador— Agora eu tenho que desligar…


— Rainha! — ele grita em meu ouvido, me impedindo de finalizar a ligação.


— Sim, Christian…


— Não fique assim, você é a melhor.


Sinto vontade de rir, apesar de tudo.


— Só porque eu tenho você ao meu lado…


— Eu sei.


Modesto em nada.


Desligo.


Christian é um bom amigo. Um dos poucos nesse meio.


Entrar na LeCher foi como um sonho e veio num momento muito importante da minha vida.


Depois do divórcio, determinada a retomar a carreira, participei do processo seletivo e quase não acreditei quando fui chamada para trabalhar com eles. Esta é uma das empresas mais influentes do setor de moda, suas coleções estão presentes no mundo inteiro. O lado ruim disso é que todos querem ocupar um lugar de destaque e não se importam em te atropelar com um rolo compressor.


Olho-me no espelho do elevador e me assusto com a situação desgrenhada do meu cabelo. É isso o que aquele diretor “prego” está fazendo comigo,me deixando uma bagunça. Pego na bolsa um grampo, junto os fios num coque alto e o atravesso entre eles.


Aciono o andar da recepção. 


Preciso parar lá,pegar um pacote com tecido que encomendei pela internet e foi deixado para mim na portaria.


Assim que as portas se abrem… eu a vejo. 


A pilantrinha que entrou em minha casa sem aviso,apresentando-se como minha nova vizinha,mentindo o seu nome e ainda furtando um dos meus melhores batons.


Observo seu bonito vestido florido em tons de rosa claro e amarelo. O cabelo preso em uma trança um tanto torta para um lado e, em suas costas, uma mochila tão pequena quanto ela.


Analisando assim, de longe, a criança tem muito estilo… e bom gosto para batom também.


— Você está gostando da nova escola, menina Elsa? — escuto Serafim, o porteiro,conversando com ela.


Elsa… Então este é seu nome de verdade.


A pergunta faz a garota desviar os olhos para seu sapatinho.


— Estou sim, lá todos são muito legais comigo.


Caminho até eles, devagar. O movimento dela trocando o peso de uma perna para a outra dá um vislumbre da prótese embaixo do vestido. No entanto, minha atenção vai para algo acima de sua cabeça, do lado de fora do prédio.


O bonitão, pai da menina, gesticula algo para um casal. Por sua expressão, ele não parece nada feliz.


 A mulher à sua frente, bela (apesar da roupa extravagante), também não sustenta um bom semblante ao enfrentá-lo. 


Ao seu lado, um sujeito do tipo roqueiro de meia idade, apoiado num carro Maverick dá apoio a ela com um braço em sua cintura.


— Você não vai levá-la deste jeito! — escuto a voz grossa do pai da Luz do Sol.


— Já conversamos sobre isto Poncho, eu tenho direito, o juiz permitiu, você sabe disso.


Os sons, apesar de abafados, são possíveis de ouvir aqui de dentro. Olho para a menina, que se encolhe um pouco mais ao escutá-los também. E não sei exatamente o porquê, mas isto me incomoda.


— Oi, Serafim — contorno o corpo dela e paro em frente a eles, bloqueando a visão da criança para o lado de fora.


— Boa tarde, Dona Anahi.


— Anahi — corrijo-o.


A menina, assim que me vê, levanta seu rostinho.


A admiração com que seus olhos curiosos me avaliam quase me faz rir. Tenho a sensação de que ela vai trabalhar com moda no futuro.


— Oi, moça, você se lembra de mim?


Mordo um sorriso e a encaro com minha melhor expressão inocente.


— Eu me lembro sim, você é a…


— Princesa Merida! — ela me corta,vibrante, como se a cena lá fora já não estivesse acontecendo.Serafim a olha um tanto confuso. Rá, ela o enganou também, bem-vindo ao clube, homem!


— Oh, claro, Princesa Merida.


Pergunto-me de onde saem todos esses nomes.


— Eu estou sóbria! — a mulher ao lado de fora grita mais alto.


Idiota, será que não se dão conta de que estamos ouvindo?


Não devo me meter, não devo me meter…


Droga, tarde demais.


— Bom te encontrar por aqui. Eu comprei novos batons, você gostaria de ver?


Seu rosto se ilumina como um dia de verão.


Por um segundo, sou tomada por uma estranha satisfação em agradá-la.


— Sim, Anahi! — a danadinha me chama pelo nome.


— Serafim, você poderia dizer ao pai da Princesa Merida que ela estará em meu apartamento vendo minha nova coleção de batons?


Serafim logo entende o que estou tentando fazer. Ele se apressa em acenar com a cabeça,confirmando.


— Aviso sim, Do… Anahi.


— Mais tarde eu pego a caixa — murmuro.


Não dou tempo para a menina olhar de novo o lado de fora. Sem jeito, estendo minha mão. Ela aceita e encaixa sua mãozinha na minha.


Abro a porta do apartamento e sinalizo para que ela entre. 


No centro de minha sala está o manequim de um vestido em que estou trabalhando. Eu amo isso, adoro desenhar roupas,costurá-las eu mesma. É assim desde que eu tinha o tamanho desta menina.


— Poxa, que vestido bonito… — ela fala timidamente em frente à peça.


Paro ao seu lado, olhando na mesma direção.


— Sim, estou fazendo para uma amiga.


O rostinho vem para mim de novo.


— Você faz vestidos? — o som é preenchido com surpresa.


Dou de ombros.


— De vez em quando…


Noto a hesitação, mas é muito rápida.


— Você faria um vestido pra mim, Anahi?


A criança não tem filtro, isto é um fato.


Avalio seu tamanho e estilo.


Por que não?


— Eu poderia fazer sim, um dia destes…Você quer suco?


O sorrisinho satisfeito em seu rosto me faz… gostar da ideia.


— Aceito sim, por favor. Posso ver seus batons?


Direto ao ponto. Impressionante.


E acabo de perceber que me ferrei. A última vez que ela tocou em minha maquiagem, eu tive um pequeno prejuízo. Ao que parece, estou prestes a ter outro.


 


 ALFONSO POV


 


Não há um maldito juiz na face da terra que me fará deixar Belinda levar minha filha para passar o dia com ela e aquele maconheiro que ela chama de namorado. Nem ferrando.


Eu até tentei, mas quando senti o cheiro da erva neles, tive vontade de enforcar seu pescoço.


Será que, algum dia, aquela mulher vai crescer e deixar de ser tão egoísta?


E agora isso, uma estranha levou Ana para o seu apartamento. O porteiro disse que essa tal Anahi é uma boa pessoa e quis ajudar.


 É o que eu espero.


Toco sua campainha. Uma vez. Duas vezes.


E quando a dona do apartamento abre a porta,tenho que dar um passo atrás. É a mulher da feira…


Ela é Anahi.


— Oi… — me vejo dizendo baixo, surpreso.


Ela me encara afiada, segurando o batente da porta para bloquear a entrada.


— Eu trouxe a sua filha — seu tom soa como uma repreensão.


Semicerro meus olhos e a observo melhor.


Espere aí, a loira está mesmo me repreendendo?


— Sim, eu sei — devolvo com tranquilidade.


A mulher olha rapidamente para trás e volta a me encarar.


— Escute, cara, da próxima vez tente poupar


a menina de assistir, ok? — o tom diminui uma nota.


Ela me faz querer rir. Eu não deveria aceitar o comentário de uma estranha sobre como devo proteger minha filha, mas não deixo de enxergar o fato de que ela se importou com Ana Carolina ouvindo a discussão lá embaixo, tanto quanto está se importando agora, por seu sussurro irritado.


Quem é esta mulher?


— Anahi é seu nome, não é? — me encosto contra a parede ao lado de sua porta —Obrigado por sua preocupação. Será que agora posso ter minha filha de volta? — sim, eu a estou provocando.


— Idiota — ela enfrenta em um rosnado.


Elevo uma sobrancelha, surpreso. E não deixo de notar a maneira impressionante como sua íris se expande quando me lança um olhar reprovador.


 No entanto, não dura muito: ela afasta o corpo e abre a porta amplamente.


— Entre — diz, num resmungo insatisfeito.


Minha visão vai direto para Ana, sentada confortável em seu sofá, pernas cruzadas, bem à vontade e… Jesus Cristo, que porcaria é essa?


Porra, não!


— Que bagunça é essa no rosto dela? —encaro Anahi, cogitando seriamente esganá-la.


Volto a observar minha pequena se esbaldar com um batom cor-de-vinho que vai muito além dos contornos de sua boca. Até as bochechas estão lambuzadas!


Minha filha tem fixação por batom, e, se eu não a frear, o céu é o limite.


— Isto são cem paus que você me deve por ser um esquentadinho — ela sussurra, atrevida.


Recuo minha cabeça uma polegada, analisando mais atentamente seu belo rosto.


— Como é?


Ela cruza os braços em frente aos seios,elevando-os.


— Sim, você me indenizará por aquele batom, pode acreditar.


Dou uma gargalhada impossível de segurar.


Essa mulher!


— Papai! — ao perceber minha presença,


Ana salta do sofá.


— Oi, filha…


Ela vem até nós, sem pressa, como se a casa fosse dela.Sua tranquilidade me tranquiliza. Eu amo tanto esta menina. É a razão para eu acordar e lutar todos os dias.


 Jamais colocaria a vida dela em risco novamente com aqueles irresponsáveis do caralho.Jamais.


De soslaio, acompanho Anahi se girar e pegar algo dentro de uma bolsa largada em cima de um móvel.


— Aqui — a loira se abaixa para ficar na altura de Ana.


Em sua mão, um lenço de papel,provavelmente destes que as mulheres usam para remover toda esta porcaria. 


A mulher elegante,ajoelhada diante de Ana, retira o produto de seu rosto com cuidado, concentrada na tarefa e parecendo realmente se importar. Ana fica imóvel,permitindo.


A cena leva uma incomum batida mais acelerada ao meu peito, por alguma razão.


— Prontinho — conclui, satisfeita.


Como assim prontinho?


— Mulher, você só tirou uma parte —reclamo.


Ganho outro olhar afiado.


— Sim, chamamos de excesso — se vangloria, vitoriosa, deixando o batom nos lábios da criança, desta vez em perfeita ordem.


Muito sagaz.


Abro a boca para argumentar, mas sou interrompido por uma voz masculina, vinda de trás de nós.


— Toc, toc.


Por cima do ombro, vejo um sujeito parado diante da porta de entrada.


— Entre, Diego! — Anahi se levanta do chão, finalizando seu trabalho com um afagar no alto da cabeça de Ana.


Eu não deveria pensar assim, mas é como se este babaca estivesse interrompendo o nosso momento aqui.


O cara dá dois passos para dentro. 


Anahi corta o caminho até ele e beija seu rosto. Deixo meu olhar recair sobre a minha filha: não quero assistir ao casal, e nem sei por que raios isto me incomoda, afinal de contas.


— Passei na LeCher e seu assistente disse que você tinha saído mais cedo, está tudo bem? —a porcaria de preocupação afetuosa do cara me faz revirar os olhos.


— Tô sim… Aham… — a loira limpa a garganta — Deixa eu te apresentar o…


Vejam só, ela lembrou que ainda estamos aqui.


Viro-me para o cara e estendo a mão.


— Alfonso, e já estou de saída.


Ele aceita meu cumprimento, apertando confiante.


— Sou Diego… — seu olhar encontra o da minha filha — E essa gatinha aqui, quem é?


Ana se aproxima dele oferecendo sua mãozinha, sem cerimônia.


— Eu sou a Princ…


— Ana Carolina — capto e corto sua tentativa — Vamos embora, filha?


O cara pega a mão dela e sacode, levando a sério.


— Que prazer conhecer uma princesa linda como você.


Pronto.


 E aí está. Ele acabou de fazer a alegria da pequena.


De canto, percebo o olhar de Anahi em mim,especulativo,talvez me avaliando sorrateiramente. Encaro-a e sustento a conexão por um rápido instante. A danada é bonita e atrevida além da medida, o que é uma combinação muito ruim.


— Vamos, Ana? — quebro o contato ao me


lembrar do imbecil em sua sala.


— Vamos sim, papai — Ana se põe em frente à loiraa, fazendo aquela expressão adorável que vem antes de um pedido, se eu bem a conheço


— Anahi, eu posso levar o batom?


Mudo minha atenção para o chão, evitando rir da pequena ardilosa que criei.


— Claro que pode, princesa — a mulher responde muito amável, mas não perco seu foco me fulminando.


E quando Ana caminha de volta para buscar no sofá, Anahi se movimenta mais próxima a mim, resmungando discretamente.


— Você me deve isso, esquentadinho.


Porra, além de linda, ela cheira muito bem também.


 



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Autor(a): ItsaPonnyWorld

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

Prévia do próximo capítulo

POV ANAHI   Quanto mais ouço o que meu acompanhante diz, mais eu elaboro, mentalmente, métodos de retaliação, para não dizer vingança, contra Diego. Seu nem sempre bom hábito de bancar o cupido desta vez superou as expectativas, no sentido negativo da coisa. E a única culpada de cair nesta cilada sou eu,que me ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 86



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  • cxlucci Postado em 04/11/2024 - 10:06:19

    voltando aqui depois de mais de ano ver se teve update 😭😭😭

  • mileponnyforever Postado em 16/10/2023 - 00:14:09

    Cadê você?!

  • mileponnyforever Postado em 15/06/2023 - 08:34:04

    Pelo amor de Deus, volta a postar!

  • beatris_ponny Postado em 03/06/2023 - 02:56:34

    Cadê vc????

  • mileponnyforever Postado em 31/05/2023 - 11:41:45

    Cadê você?

  • mileponnyforever Postado em 01/05/2023 - 21:48:54

    Cadê você?

  • beatris_ponny Postado em 16/04/2023 - 16:33:12

    Continua....

  • beatris_ponny Postado em 16/04/2023 - 16:33:01

    Que bom que voltou, já tinha desistido kkkk

  • mileponnyforever Postado em 10/04/2023 - 01:03:59

    Meu Deus que capítulo cheio de emoção. Não some assim, você ainda vai nos matar de ansiedade!

  • mileponnyforever Postado em 16/03/2023 - 13:49:54

    cade voce? Posta pelo amor....


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