Fanfics Brasil - Sou de quem eu quero Um novo começo - Ponny.

Fanfic: Um novo começo - Ponny. | Tema: RBD,Anahi,Alfonso Herrera


Capítulo: Sou de quem eu quero

16 visualizações Denunciar


POV ANAHI


 


Quanto mais ouço o que meu acompanhante diz, mais eu elaboro, mentalmente, métodos de retaliação, para não dizer vingança, contra Diego.


Seu nem sempre bom hábito de bancar o cupido desta vez superou as expectativas, no sentido negativo da coisa.


E a única culpada de cair nesta cilada sou eu,que me deixei vencer pela insistência de meu irmão em me apresentar a seu amigo, “O espetacular Pedro” – sim, esta é praticamente a forma como o sujeito à minha frente se define.


Luto contra a necessidade de bocejar, quase insuportável a esta altura, e sorrio, “atenta” a mais uma história sobre as grandes conquistas de Pedro em seus trinta e poucos anos.


Estou diante de um incrível caso de super autoestima;me pergunto se falta muito para a noite terminar.


E outra questão acaba de invadir a minha mente: qual seria o tamanho do incrível Pedro?


Com tantas “qualidades”, seria este o seu“pequeno defeito”?


Rapidamente, pego a taça de água e sorvo uma boa quantidade, tudo para não rir. 


Angelique,uma de minhas amigas, certamente não filtraria esta pergunta.


Pedro é um bom partido, é uma pena que eu já fui casada com um homem semelhante e estou vacinada.


Outro ponto negativo para ele é a sua mania de tocar minha mão por cima da mesa toda vez que um homem desacompanhado passa por nós, uma forma detestável de marcar território.


Estou quase perguntando se ele não prefere urinar no meu pé para assegurar a marcação do modo tradicional.


Eu sou uma pessoa legal, eu sou uma pessoa legal…


Ajeito-me na cadeira.


— Eu estou adorando estar aqui com você, Pedro...


— Mas excedemos um pouco o horário, não é? — ele me interrompe, com seu melhor sorriso galanteador.


Bonito, não nego. Lamentável que seu assunto seja tão interessante quanto uma extração de dente siso.


Sorrio também, em reforço.


— Sim, amanhã tenho um compromisso logo cedo, e você sabe como é…


— Não se preocupe, Anahi, você tem toda a razão. Dizem que o tempo voa quando estamos fazendo o que gostamos — ele confere seu relógio.— Em sua presença nem vi as horas passarem.


Isto é relativo, penso.


— Pois é… passou muito rápido — me sinto uma boa mentirosa.


Com um aceno, ele pede que fechem nossa conta. Seu olhar sustenta o meu de maneira segura.


Aparentemente, Pedro acredita que estamos na mesma sintonia.


Seria péssimo recusar sua carona de volta para casa?


Sim, seria.


Isto é bom para que eu aprenda a não deixar que encontros me apanhem em casa. 


Onde fica o plano de fuga no caso de saídas entediantes?


Estou perdendo o jeito. 


É isso o que uma vida de solteira solitária faz com a gente. Maite está vivendo com Christopher. Ana Brenda, Zoraida, Karla e Angelique.estão com seus pés mais para o time de casadas do que qualquer outro, e Marichello segue a mesma linha.


 O que me resta? Aceitar as furadas em que meu irmão me coloca.


 


 


 


ALFONSO POV


 


Bato a porta do armário, trancando-a.Finalmente meu turno acabou. 


Ser médico socorrista nesta cidade é como estar em uma montanha-russa: em determinados dias, não há nada acontecendo; em outros, o caos se estabelece e todas as piores coisas parecem conspirar juntas.


Com o cabelo e peito ainda molhados, visto a camiseta. Sento-me no banco do vestiário e calço minhas botas.


— Uma cerveja para encerrar? — Derrick oferece.


Derrick e eu somos amigos desde a faculdade.


Viemos transferidos juntos para este batalhão há alguns anos. 


Tenho o cara como um irmão e fiz dele padrinho de Ana Carolina.


— Hoje não, cara, Maíra vai pegar a noite de folga.


Ele veste sua jaqueta de couro, retira o capacete de cima do armário e se escora contra a porta de metal.


— Os caras estão indo ao Tony's, acho que vou dar uma passada lá — soa demasiadamente despreocupado.


Encaro o seu rosto, tão cansado quanto o meu. Derrick não disse, mas pelo que ouvi no rádio transmissor da ambulância, meu amigo pegou um daqueles casos ruins que todos nós desejamos que não caia em nossas mãos. 


Uma gestante atropelada por um ônibus, com código de gravidade 5 – isto,por si só, já avisa que as chances da vítima são mínimas.


— Quer conversar? — ofereço.


Ele se afasta.


— Não, cara. Acho que estou precisando mesmo é de ir à reunião na casa da Diana,amanhã à noite. Você vai, não vai?


A ideia é tentadora.


Diana também é médica, trabalha como plantonista e professora no hospital universitário, e é uma boa amiga. 


Nos encontros que ela promove em sua casa, consigo colocar um pouco de toda a merda acumulada para fora. 


Sem sentimentos, somente sexo, livre de qualquer amarra. Não há espaço para nenhuma mulher na minha vida, Ana virá sempre em primeiro lugar.


— Sim, acho que vou — termino o trabalho em meus cadarços e me preparo para voltar para casa.




Aciono o controle remoto do portão que leva direto à garagem do prédio. 


Aguardando pela abertura dele, me deparo com uma cena que, por alguma razão estúpida, causa um pequeno reboliço em meu intestino: minha vizinha num vestido justo preto, agarrado às suas curvas tonificadas, deixando os seios bem acomodados empinados para cima.


Os cabelos loiros estão penteados moderadamente sobre os ombros. 


Em seus pés, um sapato preto de salto fino altíssimo me faz imaginá-la nua em minha frente, usando somente eles.


A porcaria de pensamento inadequado me deixa duro. 


Para acalmar meu “ânimo”, assisto a um mané engomado ao seu lado, com a mão possessivamente pousada em suas costas,aguardando ela abrir o portão de pedestre com sua chave. 


O sujeito a encara como um predador. Não consigo ver o rosto de Anahi, mas estou bastante curioso sobre a rotatividade em seu apartamento.


Linda desse jeito, seria um milagre que a mulher se mantivesse inativa. 


Pobre Diego. 


Evito encarar o casal por mais tempo, piso no pedal e entro com a caminhonete no subsolo.


Para minha filha, meu carro é a verdadeira extensão de nossa casa. No banco de trás, algumas bonecas de princesa estão sentadas em ordem,parecendo curtir o passeio. 


No console, seus DVDs dominam o quesito música. A menina é uma pequena espaçosa.


Desligo o motor, retiro minha mochila do banco do passageiro, jogo-a por cima do meu ombro e desço. 


Mando uma mensagem de texto para Diana, confirmando seu convite de amanhã, e entro no elevador.


Aperto meu andar e vejo o painel mostrando nossa próxima parada. Assim que as portas se abrem no térreo, eis que eu os tenho em primeira mão.


O casal de revista.


Miséria, nesta perspectiva, Anahi parece ainda mais linda.


Sua atenção está no cara.


— Eu tenho que ir. A gente se fala,Pedro.


Ela o beija rapidamente no rosto em despedida e eu quase engasgo com a vontade de rir da expressão desorientada do tal Pedro – um cãozinho que acabou de cair do caminhão de mudança.


Chego a ter um milésimo de segundo de pena dele, no entanto, o cara se dá conta da minha presença expectadora e assume uma expressão ameaçadora: um aviso de “não mexa com o que é meu”. Meu divertimento só ganha mais força.


E é neste momento que os olhos de gata selvagem encontram os meus.


 A Loira me pega no minuto em que estou me esforçando para não gargalhar alto. Sua sobrancelha se eleva, afiada, do tipo “Há algo engraçado aqui?”.


Mordo a língua para me manter sério.


Ela dá um passo adentro, deixando o engomado fora de nosso espaço.


— Vizinha… — cumprimento baixo, com um aceno de cabeça.


As portas se fecham. 


Adeus, Pedro. 


Eu me compadeço por você, cara.


— Esquentadinho… — ela devolve o cumprimento provocativo e se ajeita ao meu lado.


Ficamos ambos de frente para as portas. 


A proximidade me permite absorver seu cheiro delicioso mais profundamente. E eu até que gosto desta coisa que ela estabeleceu de me provocar.


Encaro o marcador de andares acima de nossas cabeças.


— Seu namorado não ficou muito contente com a despedida.


Noto, pela visão periférica, seu rosto lentamente se girando para me encarar. 


Finjo desconhecimento.


—Pois isto não é da sua conta, vizinho—enfatiza a palavra “vizinho” ironicamente e volta a observar o mesmo ponto onde estão meus olhos —E ele não é nada meu — esta última parte é um resmungo.


Suas palavras me agradam. Muito. 


Porcaria,o que há de errado comigo?


Limpo a garganta, falsamente desinteressado.


— Acho que Pedro não ficará feliz com esta definição. Pela maneira como a mão dele parecia grudada às suas costas, nosso amigo pensa que você é dele, vizinha.


Cruzando os braços sobre os seios, ela se gira para mim. Desta vez, faço questão de encará-la nos olhos.


— Aprenda algo, esquentadinho: eu sou de quem eu quero, e não de quem me quer.


Seus lábios se projetam ao pronunciar as palavras, cheios, convidativos. 


Os olhos afiados me enfrentam com tanta audácia. 


Pego-me desejando pressioná-la contra a parede e descobrir qual é o gosto deste seu atrevimento.


— Devidamente anotado, vizinha — espero que ela não perceba o esforço para manter a graça,presente na súbita rouquidão de minha voz.


E a danada apenas sorri, de lado, desafiadora.


O elevador nos coloca em nosso andar. E somente aí é que nosso contato visual é quebrado.


Anahi é uma mulher ciente de si mesma.


Eu aprecio isso.


Faço um gesto com a mão, oferecendo passagem para fora da caixa de aço. 


Rebolando em seus quadris, assisto-a caminhar muito bem equilibrada em seu salto fino até a porta em frente à minha.


Seu cheiro gostoso comanda o ar.


Diante da minha porta, por cima do ombro,dou uma última olhada para sua bunda, gostando muito do que vejo. 


Coloco minha chave na fechadura e sem que eu termine o trabalho, a porta já está abrindo.


— Papai! — a voz de Ana Carolina chega antes da imagem dela.


A pequena escancara a porta, batendo palminhas excitantes. 


Em sua cabeça, uma peruca ruiva maluca, de uma destas princesas que ela adora.


Abaixo-me para beijá-la, porém, num piscar de olhos, a espertinha já está me contornando.


— Oi, Anahi!


Rápida como uma bala. Sorrio para mim mesmo e me endireito de volta ao lugar.


— Oi, princesa…? — percebo a morena hesitante sobre como chamar minha filha.


Por seu tom reticente, fica óbvio que ela não é exatamente familiarizada com crianças.


— Ariel!


— Ana… — giro-me para olhá-las,corrigindo minha menina.


— Quando meu vestido ficará pronto,Anahi?


Hein…?


A mulher estreita os olhos, desconfiada e pasma ao mesmo tempo, provavelmente se perguntando se esta menina é mesmo uma criança.


Acredite, às vezes, eu também me pego pensando se Ana Carolina não é uma anã disfarçada nesta carapuça adorável.


— Deixe nossa vizinha em paz, filha, ela provavelmente está… — avalio seu belo corpo com calma — … cansada.


Anahi me ignora com um enrugar discreto de lábios e se concentra na criança.


— Venha à minha casa amanhã e eu tirarei suas medidas…


Ana joga a peruca enorme de um lado para o outro, como se este fosse mesmo seu cabelo, e comemora com mais palminhas.


Mal sabe a Loira no que está se metendo.


Pela segunda vez na noite, ela me lança o olhar atrevido antes de entrar.


— Esquentadinho…


— Vizinha…


 



Compartilhe este capítulo:

Autor(a): ItsaPonnyWorld

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

Prévia do próximo capítulo

ANAHI POV Apoio meu queixo com a mão, o corpodebruçado sobre o balcão da cozinha enquanto escuto Mai falar de sua nova vida...  Seu brilho bonito faz meu coração aumentar de tamanho.Eu amo esta menina como uma irmã. Foi assim desde o primeiro minuto em que Marichello trouxe ela para morar aqui.  Mai chegou aqui despeda&c ...


  |  

Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 86



Para comentar, você deve estar logado no site.

  • cxlucci Postado em 04/11/2024 - 10:06:19

    voltando aqui depois de mais de ano ver se teve update 😭😭😭

  • mileponnyforever Postado em 16/10/2023 - 00:14:09

    Cadê você?!

  • mileponnyforever Postado em 15/06/2023 - 08:34:04

    Pelo amor de Deus, volta a postar!

  • beatris_ponny Postado em 03/06/2023 - 02:56:34

    Cadê vc????

  • mileponnyforever Postado em 31/05/2023 - 11:41:45

    Cadê você?

  • mileponnyforever Postado em 01/05/2023 - 21:48:54

    Cadê você?

  • beatris_ponny Postado em 16/04/2023 - 16:33:12

    Continua....

  • beatris_ponny Postado em 16/04/2023 - 16:33:01

    Que bom que voltou, já tinha desistido kkkk

  • mileponnyforever Postado em 10/04/2023 - 01:03:59

    Meu Deus que capítulo cheio de emoção. Não some assim, você ainda vai nos matar de ansiedade!

  • mileponnyforever Postado em 16/03/2023 - 13:49:54

    cade voce? Posta pelo amor....


ATENÇÃO

O ERRO DE NÃO ENVIAR EMAIL NA CONFIRMAÇÃO DO CADASTRO FOI SOLUCIONADO. QUEM NÃO RECEBEU O EMAIL, BASTA SOLICITAR NOVA SENHA NA ÁREA DE LOGIN.




Nossas redes sociais