Fanfic: Um novo começo - Ponny. | Tema: RBD,Anahi,Alfonso Herrera
ANAHI POV
Sim, estou atrasada! Isto realmente é umad roga. Morar sozinha de novo tem me deixado com os eixos confusos.
Quando Maite vivia aqui,tínhamos uma rotina de tomar café da manhã juntas, depois eu normalmente a deixava no instituto e de lá ia para o trabalho, agora mal sei o que fazer ao acordar.
Já vestida para o trabalho (mas descalça), me apresso em abrir a varanda e regar toda a selva que mantenho aqui.
Este é o melhor horário para molhá-las (diz Ana Brenda), de acordo com a posição do meu apartamento em relação ao sol da manhã.Sim,há isto também, elas têm essa coisa de hora certa.
Que beleza.
Abasteço o recipiente e faço o trabalho em cada um dos vasos.
Algumas das flores estão abertas, outras em botões.
No geral, a visão é até muito bonita.
— O problema é o espaço que vocês tomam,entendem?
Ah, certo.
Você percebe que as coisas estão realmente estranhas quando começa a se justificar com plantas…
Guardo o regador, seco minhas mãos e fecho a varanda.
Na sala, confiro meu cabelo no espelho uma última vez. Subo nos saltos, pego minha bolsa e a pasta com os croquis, um tomate e me mando para fora do apartamento. Isto mesmo, um tomate.
Tomate faz muito bem à saúde.
Se as pessoas soubessem dos benefícios do licopeno contra o envelhecimento…
Tranco minha porta e, do corredor, vejo a pequena princesa acompanhada da mulher que estava com Alfonso há alguns dias, já dentro do elevador.
— Segure! — peço com um grito baixo.
A senhora coloca a mão na porta, impedindo o fechamento. Apresso meus passos numa corridinha e logo estou dentro.
— Bom dia, obrigada…
Ela devolve um sorriso com simpatia.
Baixo meus olhos para a criança e imediatamente me lembro de seu pai.
Mal consegui dormir com a imagem daqueles olhos zombeteiros e intensos brincando em minha mente.
Droga!
Sou uma péssima pessoa cheia de maus pensamentos quando a criança inocente de Poncho está aqui, diante de mim.
— Bom dia, princesa…? — na dúvida,espero para saber qual é o nome do dia.
— Oi, Anahi… — percebo-a mais murcha do que o normal, segurando apertado as alças da mochila em seus ombros.
Como assim nada de “princesa” hoje?
Analiso melhor seu pequeno corpo vestido com um uniforme escolar, num conjunto de shorts/saia e camisetinha em tons de cinza e amarelo, e volto a encarar seu rosto.
— Você está bem? — me pego perguntando com desconfiança.
Noto sua expressão mudar.
Ana me envia um olhar perceptivelmente esperançoso e leva as mãozinhas à barriga.
— Eu tô com dor de barriga, Anahi… —seus olhos ligeiros vão para a mulher ao meu lado—Mas tenho que ir para a escola mesmo assim…— e então ela volta a fitar os tênis, de uma maneira que inspiraria piedade.
Altero minha atenção da criança para a mulher.
Ela não deixaria a menina ir doente para a escola, deixaria?
A acompanhante de Ana parece entender meus pensamentos e assume uma expressão tranquilizadora, com um discreto chacoalhar de cabeça.
Bem, não duvido que a garotinha esteja mentindo para não ir à escola. Crianças fazem isto,eu acho. E esta aqui parece especialmente mais espertinha.
O que não quer dizer que ela não é convincente.
Toco o alto de seu cabelo e dou um rápido afago.
— Isto vai passar, princesa, eu também tenho dor de barriga às vezes.
Principalmente quando o assunto é ir para LeCher e passar o dia ao lado daquele diretor bastardo.
Mantendo sua cabeça baixa, ouço somente o resmungo da menina.
— É, vai…
Eu e a mulher nos olhamos. Ela sorri sem graça, mas vejo o amor por Ana em seus olhos.
Estendo a mão para ela.
— Meu nome é Anahi, a gente nem se falou naquele dia.
Ela aperta minha mão de uma maneira delicada. Seu toque é macio, como o de uma mãe…
— Eu sou Maíra, cuido da Ana desde que ela…era menor.
O hesitar dela me diz claramente que é mais do que quando a Ana era menor.
— Me desculpe por preocupá-la, eu… —desvio brevemente meu olhar para a espertinha—deveria ter te avisado que Ana estava na minha casa.
— Está tudo bem. Ana me contou que você vai costurar um vestido para ela.
A menina começa a levantar a cabeça,prestando atenção em nossa conversa. Hum.
— Ah, sim, eu vou. Hoje mesmo sairei para comprar o tecido e os botões. Eu estava pensando em fazer amarelo. O que você acha, Maíra?
— Amarelo é uma cor muito…
— Eu gosto de vestidos cor-de-rosa,Anahi! —a danadinha corta a babá.
Sim, seu ânimo parece estar retornando.
Guardo a vontade de rir.
— Então será cor-de-rosa.
O elevador para na recepção e Maira pega na mão da menina para desembarcarem.
— Até mais, Anahi — a mulher se despede por cima do ombro.
Aceno em despedida.
Quando as portas começam a se fechar, ainda escuto o porteiro do turno da manhã cumprimentando-as.
— Bom dia, menina Branca… — o som abafado logo fica para trás.
Mas nem precisaria ser muito conhecedora de princesas para saber de que Branca estamos falando.
ALFONSO POV
Assino os formulários de entrada na emergência, enquanto levam o paciente para ser operado. Um AVC nível três. A esposa veio com ele na ambulância e agora está aqui andando de um lado para outro.
— Por todas as rezas dela, acho que o marido não tem com o que se preocupar — Roberta sussurra divertida, afastando-se do meu lado.
Roberta é quem dirige a ambulância, ela é treinada para auxiliar nos primeiros socorros.
Balanço a cabeça, sorrindo discretamente.
A esposa do cara recitou mesmo todas as orações existentes durante a viagem até aqui.
Se isto não contar alguma coisa…
— Poncho — a voz familiar vem às minhas costas.
Viro-me para encontrar Diana, com as roupas azuis do hospital e o jaleco branco.
— Doutora Diana… — cumprimento.
Ela se aproxima e beija meu rosto.
— O paciente do AVC…?
— Sim, nós o trouxemos.
Diana acena sutilmente para Roberta à distância.
— A Ana, como está?
— Mais terrível do que nunca — brinco.
— Ela recebeu o presente?
— A peruca e a roupa? Ah, sim, a pequena recebeu e está dormindo com aquilo.
A obsessão de minha filha por princesas é preocupante, mas vê-la feliz me impede de dizer qualquer coisa.
— Eu estou com saudade dela, estive pensando em dar uma passada em seu apartamento.
— Você é bem-vinda para o jantar, Diana. A Ana vai gostar.
ANAHI POV
O estômago de Diego não tem fundo.Sempre foi assim.
Vê-lo fuçando minha geladeira chega a dar desgosto.
Tudo o que posso fazer é sentar e assistir a devastação.
— Fique à vontade — resmungo.
Sua cabeça abandona o interior da geladeira e se inclina para me ver.
— Você precisa fazer compras —mal entendo as palavras em sua boca cheia.
—Sim,eu sei.Amanhã irei ao supermercado. E já que estamos falando disso, você não tem comida em sua casa, querido irmão? —provoco.
Como sempre, Diego ri.
Quando ele finalmente se senta, vejo algo que me faz saltar na cadeira.
— Isto aí é…— seguro o riso e aponto para seu cabelo —Um… um fio de cabelo branco?!
Sim, prateado, em meio ao castanho escuro, um fio completamente branco.
Ele desliza os dedos pelos cabelos, orgulhoso.
— Você não tem ideia de como isso atrai as mulheres…
— Aham, eu imagino — já não contenho a risada.
— É melhor eu ir. Só passei para ver como você está, mas não há nada de comer nesta casa—faz um falso ar de reprovação.
Eu sei que meu irmão veio me conferir, é assim desde que voltei a morar na cidade.
Ele e Daniel são extremamente protetores comigo, e Deus sabe o quanto eu os amo. Não temos mais nossos pais, tudo o que nos restou foi uns aos outros.
Nós nos cuidamos, mesmo que não pareça que estamos fazendo.
— Seu aniversário está se aproximando, você já pensou no que quer ganhar? — ando com ele até a porta.
— Bem, maninha, eu já pensei no que não quero ganhar.
Reviro os olhos, deduzindo o que está por vir.
— Aquelas camisas coloridas que você insiste em dizer que estão em alta. Por favor, me poupe neste ano, ok?
Semicerro meus olhos e o avalio.
— Esta que você está usando, Senhor Galã,se não me falha a memória, fui eu quem comprou.
Aceite que meu gosto é melhor do que o seu e siga minhas dicas… — pisco — Vá por mim, eu sei do que as mulheres gostam.
Ele ri alto.
— Não, Annie, eu sei do que elas gostam, e acredite, não é uma camisa.
Bato em seu ombro.
— Eca. Eu realmente não quero essa imagem na minha cabeça.
Diego abre a porta, ainda rindo, e me abraça.
— Eu tenho que ir. Te amo.
Devolvo o abraço apertado.
— Eu também te amo, Diego.
Nos afastamos, ele se vira para sair.
Neste momento, vejo algo que não deveria me incomodar, mas faz meu rosto queimar…
Meu vizinho bonitão está chegando, trazendo ao seu lado uma mulher de aspecto razoavelmente bom. A infeliz mantém algum nível de intimidade com ele, pela maneira como ambos estão rindo e a mão dela apoia-se em seu ombro.
No entanto, a alegria dele não dura muito.
Quando nosso olhar se encontra, observo o sorriso morrer em seus lábios e os olhos viajarem de mim para meu irmão.
Legal. Não ficou feliz em me ver, o que provavelmente quer dizer que a mulher ao seu lado é mais do que uma amiga e ele não quer correr o risco de que eu estrague a harmonia do casal.
Eu deveria me apresentar.
“Oi, prazer, eu sou Anahi, a mulher em que seu homem deu uns amassos ontem, mas este safado não me disse que tinha alguém,desculpe”.
Seria muito cômico.
Indiferente ao olhar afiado do vizinho, meu irmão passa por eles.
— Senhores… — Diego cumprimenta e segue andando.
Observo as costas dele caminhando para o elevador e volto meus olhos ao casal, para encontrar Alfonso me fitando fixamente.
Lanço um olhar venenoso. Entro, fechando a porta na cara deles.
Cretino.
Tem uma namorada.
É aquele tipo de situação que aflora seu espírito de solidariedade feminina e faz você se sensibilizar pela outra mulher. Eu deveria ir até lá e desmascarar o safado!
ALFONSO POV
Avisei Maíra que Diana estava vindo para o jantar.
Assim que a vê, Ana dispara para a mulher tagarelando sem parar, quase não dando espaço para Diana entrar.
O cheiro vindo da cozinha parece muito bom,mas não consigo me concentrar em porra nenhuma.
Ainda tenho a cena de alguns segundos atrás atravessada na garganta.
Aquela provocadora está mesmo com o cara,disse que o amava e tudo. Engraçado como não vi este amor todo por ele quando Anahi estava montada em meu colo.
Merda.
— Eu… — não deveria fazer isso — Vocês me dão licença? Já volto.
Sem pensar, deixo as mulheres sozinhas, me viro e saio do apartamento.
Não tenho nenhum direito, repito para mim mesmo pelo menos três vezes, mas já é tarde. Estou apertando a campainha dela.
Anahi merece saber o que penso dela fodendo minha mão enquanto mantém um pobre coitado enrolado em seus dedos.
“Eu te amo”, que merda foi aquilo?
Aperto mais uma vez, longamente.
E esfrego meu cabelo.
Vá para casa, Poncho, esqueça isto.
Tarde demais.
Aqui está ela abrindo a porta.
As bochechas da mulher estão vermelhas e,por sua expressão, ela parece irritada. Nem o sorriso debochado em seu rosto é capaz de esconder isso.
— O que você quer aqui?
Por mais incomodado que eu esteja, mal consigo suportar a vontade de empurrá-la contra a parede e sugar a sua boca.
— Eu… Eu… — não consigo formular uma porra de frase coerente, irritado e atraído.
Os enormes olhos azuis se fixam em mim,me desafiando a falar.
— Volte para sua namorada, Poncho, e agradeça por eu não ir contar a ela o safado que a coitada tem.
Com esta frase ilógica, ela tenta bater a porta na minha cara.
Eu não permito.
Dominado por uma necessidade que não me lembro de ter sentido antes, me vejo cortando a distância entre nós.
— Mas o que você pensa q…?
— Eu é que deveria te denunciar ao pobre babaca, Anahi.
— Não se atreva… — ela murmura, ciente do que vou fazer.
Seu hálito quente e fresco me chama.
Olhando para os lábios vermelhos de batom,não consigo evitar.
Apanho a nuca dela, puxo a mulher para mim e cravo minha boca na sua.
Apesar da falsa resistência, nenhum de nós
consegue impedir que nossas línguas entrem em êxtase quando se conectam. Anahi se agarra aos meus braços, murmurando gemidos enquanto nos consumimos.
Meu pau se torna rapidamente duro.
Pressiono-a mais forte contra a parede ao lado de sua porta e ela finca suas unhas em minha pele.
E então… para minha completa surpresa, o que vem em seguida é a última coisa que eu imaginava.
— Porra! — silvo com a dor excruciante.
A maluca me deu uma porcaria de joelhada onde mais dói.
— Volte para sua namorada, imbecil. E me toque de novo para ver o que eu faço.
Jesus Cristo! Uma lágrima de dor brota em meus olhos.
— Você é maluca! — chio — E ela não é minha namorada!
— Ah, não é? — o tom irônico é inconfundível.
— Não. Ela é uma… uma amiga.
Sim, hesitei. Não tem maneira de descrever o que Diana e eu fazemos de vez em quando.
— Uhum… — ela resmunga.
Não sei se quero esganá-la ou rir de sua expressão desconfiada.
— Não fui eu que estava declarando meu amor há poucos minutos — lembro-a.
E sua confusão é impagável.
O pior é que Anahi não me parece ser o tipo de mulher que faz joguinhos. Ou eu me enganei com ela, ou com o que vi.
Espero que seja com o que eu vi.
Pela expressão diabólica a surgir em seu rosto bonito, ela agora entendeu minha dúvida sobre o sujeito… e vou morrer sem resposta.
— Volte para sua “amiga”, esquentadinho. A gente se vê por aí.
Não gosto nada do sorriso que agora assumiu seus lábios.
— Anahi… — antes dela fechar a porta de novo, eu a paro —Venha jantar em minha casa com a gente.
Porcaria.
De onde saiu isso?
Autor(a): ItsaPonnyWorld
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Prévia do próximo capítulo
ANAHI POV “Venha jantar em minha casa”. É sério? Com a amiga dele? Pois sim, o cara realmente me surpreendeu. Reconheço uma mulher interessada em um homem a quilômetros de distância. E, pelo pouco que vi da intimidade como estavam de sorrisinhos,o interesse dela não parece ser nenhum segredo para Alfonso. N ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 86
Para comentar, você deve estar logado no site.
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cxlucci Postado em 04/11/2024 - 10:06:19
voltando aqui depois de mais de ano ver se teve update 😭😭😭
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mileponnyforever Postado em 16/10/2023 - 00:14:09
Cadê você?!
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mileponnyforever Postado em 15/06/2023 - 08:34:04
Pelo amor de Deus, volta a postar!
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beatris_ponny Postado em 03/06/2023 - 02:56:34
Cadê vc????
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mileponnyforever Postado em 31/05/2023 - 11:41:45
Cadê você?
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mileponnyforever Postado em 01/05/2023 - 21:48:54
Cadê você?
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beatris_ponny Postado em 16/04/2023 - 16:33:12
Continua....
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beatris_ponny Postado em 16/04/2023 - 16:33:01
Que bom que voltou, já tinha desistido kkkk
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mileponnyforever Postado em 10/04/2023 - 01:03:59
Meu Deus que capítulo cheio de emoção. Não some assim, você ainda vai nos matar de ansiedade!
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mileponnyforever Postado em 16/03/2023 - 13:49:54
cade voce? Posta pelo amor....