Fanfics Brasil - Jogo da garrafa Improvável

Fanfic: Improvável | Tema: Stranger Things


Capítulo: Jogo da garrafa

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~Max~


Eu não estava muito empolgada para a festa que Billy ia dar; já tinha presenciado uma ou duas na Califórnia, nas raras as vezes em que minha mãe e o pai dele viajavam. Na maioria eu ia para a casa do meu pai, mas nem sempre ele podia cuidar de mim, então algumas poucas vezes presenciei estas festas infernais.


Billy me trancou no quarto uma vez, quando ameacei ligar para a minha mãe por causa da música alta. Foi mais ou menos nessa época que aprendi a arrombar fechaduras; me perguntei se ele faria o mesmo agora. Mas eu ia tentar não causar problemas, nem ficar reclamando... Billy precisava de um pouco de diversão, mesmo que eu não me divertisse nada com festas de colegial.


Tentei ligar mais uma vez para o meu pai e mais uma vez o telefone tocou várias vezes e não tive nenhuma resposta.


– Oi, pai... – decidi gravar outro recado. Talvez ele estivesse ouvindo as mensagens e só não tivesse tido tempo para respondê-las. – Imagino que esteja trabalhando muito... Tenho uma novidade. Billy está me ensinando a dirigir... Eu sei, você disse que ia me ensinar quando eu ficasse mais velha, mas já que agora estamos em estados diferentes, pensei que pudesse aprender e, no meu aniversário, quando você me der aquele Impala, eu posso te levar para dar uma volta, o que acha? O Billy não tem muita paciência comigo, como você deve imaginar... Mas ele disse que fui bem para uma primeira vez, o que é um elogio e tanto vindo dele – fiquei alguns segundos em silêncio, encarando os números do telefone. – Ele vai dar uma festa esse final de semana. Se ainda estivéssemos na Califórnia, eu ia dormir na sua casa, já que a mamãe e o Sr. Hargrove estão viajando...


Respirei fundo. Eu realmente gostaria de ter a casa do meu pai para ir naquele final de semana. Nós íamos maratonar filmes e comer besteira.


– Estou com saudade, pai. Me liga de volta, por favor.


Coloquei o telefone de volta no gancho.


 


A casa estava lotada em poucas horas; um bando de gente do colegial, garotas com roupas extravagantes, coloridas e curtas demais para o meu gosto... e os cabelos enrolados, com penteados que pareciam com os de poodles. Sério, quem achava aquilo legal?


A maioria estava fumando e bebendo, segurando copos vermelhos de plástico; Billy estava entre eles. Eu só vi de relance o que estava acontecendo porque fiquei curiosa com os murmúrios e abri alguns centímetros da porta do quarto para espiar, mas logo fechei. Não estava afim de irritar o Billy; ele me pediu para não atrapalhar e eu não ia atrapalhar. 


Ainda assim, já passava da meia-noite e a música, os murmúrios e as risadas não me deixavam dormir. Eu tinha colocado fones, tinha enfiado a cabeça debaixo do travesseiro, mas nada abafava o som... surpresa era que nenhum vizinho tivesse chamado a polícia.


Desisti. Aquela noite eu não ia dormir de jeito nenhum. Também não queria pedir para Billy acabar com tudo – duvidava que ele fosse fazer isso, de qualquer forma. Então eu tomei uma decisão.


Ia participar dessa festa. Ou, ao menos, ia tentar. Billy me disse para não atrapalhar, não para não fazer parte... Não achava que esse tipo de festa fosse muito do meu agrado, mas “se não pode vencê-los, una-se a eles”.


Eu não ia conseguir dormir, nem ouvir música ou ler revistas em quadrinhos; também não poderia sair no meio da noite. Então a única solução seria participar.


Coloquei uma regata preta brilhante e uma saia jeans; não eram roupas que eu estava acostumada a usar, especialmente a regata... Ela era um pouco decotada e justa demais. Mas achei que me encaixaria entre as pessoas usando ela.


Também passei maquiagem – a maquiagem da minha mãe, porque francamente nunca gostei muito. Olhei no espelho. Achava que estava razoável... não estava tão atraente como as outras meninas do colegial, mas também não estava ruim.


Eu pensei que talvez fosse ficar meio deslocada entre as pessoas mais velhas; definitivamente eu não saberia conversar direito com elas... Só que tinha álcool ali, como em qualquer festa do colegial. E eu sabia que podia socializar bem melhor com álcool. Também podia procurar por Steve; ele era uma pessoa conhecida, poderia me apresentar aos outros e, com um pouco de sorte, não ficaria tão isolada.


 


~Billy~


– Quem é ela? – Tommy perguntou.


Traguei o cigarro e voltei minha atenção para ele.


– Quem?


– A ruiva... aquela que você está encarando tipo... há uns dez minutos – ele respondeu rindo.


Era a Max, obviamente. Ela estava segurando um copo vermelho, bebendo e rindo tranquilamente enquanto conversava com uma garota que eu já tinha visto no colégio, mas não sabia o nome. Max estava muito diferente do normal... ela estava arrumada... arrumada de verdade, nunca a tinha visto assim antes. Parecia mais velha, embora, ali no meio, ainda fosse claramente a caçula. Ela parecia calma, como se estivesse muito acostumada a fazer parte dessas festas, estava se adaptando bem.


Eu queria ir até lá e mandá-la para o quarto, lembrá-la de que eu mandei não atrapalhar... mas eu gostava da vista. Max estava bonita... e muito gostosa.


– Ela não é meio nova para você, Billy? Achei que gostasse das garotas mais velhas... – encarei Tommy, que agora olhava para Max.


– Mas ela é gata, não dá pra negar – disse Adam, um outro cara da minha sala. – Dá para entender, Billy... ruiva, gostosa... não é da escola... E as mais novas são as melhores. Sempre são mais obedientes...


– E a inocência com certeza é a melhor parte – Tommy assentiu. – Aquela inexperiência... É excitante.


–  São mais dóceis... isso dá um tesão do caralho...


Cerrei o punho, me esforçando para manter o controle. Já fiz muito mais por muito menos com alguém que falou assim dela. Eu não queria estragar aquela noite. Traguei de novo. Eu concordava com cada palavra deles, mas odiava que estivessem falando da Max. Só eu podia pensar isso dela.


– Vai chegar nela, Billy? – Tommy perguntou para mim.


– Não – respondi; eu não podia nem cogitar essa ideia. Se alguém ali, qualquer um, sonhasse que Max era enteada do meu pai e que eu sequer pensei em me aproximar dela, seria péssimo.


Tommy e Adam se entreolharam, sorrindo.


– Eu vou, então – disse Adam; sabia que ele já tinha repetido pelo menos duas vezes o ano, então era ainda mais velho que eu.


Segurei a gola de sua camisa, puxando-o com força para trás. Ele era mais velho, mas eu era mais forte; ele não ia ousar me desafiar e, mesmo que o fizesse, eu já estava pronto para acabar com ele se fosse preciso.


– Se um dos dois chegar perto dela, os dois vão levar uma surra – falei, pegando o copo da mão de Tommy e virando-o de uma vez. Era vodka pura. – Entenderam?


Eles fizeram que sim, agora de olhos arregalados e sem sorrir. 


Eles se afastaram, na direção oposta em que Max estava. Encostei na parede e continuei observando-a de longe; era incrível como ela conseguia se dar bem com as pessoas ao redor... Agora ela falava animadamente sobre alguma coisa e um grupo de pessoas prestava atenção em cada palavra. Um cara que eu reconheci também ser da minha sala passou o braço ao redor dos ombros dela; dei um passo para frente quando senti uma mão no meu peito.


– Eu não faria isso – disse uma garota de cabelo castanho claro. Era a mesma que falava com Max uns minutos antes. – O Josh é um babaca e sei melhor do que ninguém que merece um soco. Mas a Max vai perceber sozinha.


– Como é que é? – afastei a mão dela e apaguei o cigarro num cinzeiro; a garota olhou para mim, com um ar meio sarcástico.


– Não vai lá encher o cara de porrada... deixa ela ver por conta própria que não vale a pena. Se não você vai sair como vilão nessa história... e aposto como quer ser o príncipe encantado dela... Vai pegar mal fazer uma cena agora.


Pisquei algumas vezes, tentando assimilar o que ela tinha falado.


– Não precisa olhar com essa cara como se estivesse cometendo um crime... vocês não são irmãos e ela não é tão mais nova . A Max é mesmo linda, não dá para culpar você.


Franzi o cenho.


– Do que está falando? – cruzei os braços.


– Ai, Billy... se não quer que fique tão óbvio, devia disfarçar melhor. Dá para ver a fumaça saindo das suas orelhas do outro lado da casa – ela deu um sorrisinho.


– Como você...


– Eu observo as pessoas – ela revirou os olhos e me entregou um copo. Aceitei.


– Quem é você?


– Você saberia se observasse alguém além da sua irmã postiça... Sou a Robin – Robin disse, ela se apoiou na parede, exatamente na mesma posição em que eu estava antes e continuou olhando para Max fixamente.


Robin e eu bebemos nos copos. Era vodka com energético.


Eu quis dizer que era tudo besteira, que ela não sabia do que estava falando e que devia procurar o que fazer. E que ia até lá acabar com a raça desse tal Josh, sem me importar com o que iam pensar. Mas fiquei quieto e não saí do lugar. Robin, fosse quem fosse, sabia exatamente do que estava falando... eu estava deixando na cara demais que estava sentindo um tipo de atração pela Max. Precisava parar com isso.


– Nós vamos jogar o jogo da garrafa mais tarde – disse Robin. – Você devia participar... quem sabe assim tem uma boa desculpa para beijar a Max, não é? Já que parece precisar de uma... – ela levantou as sobrancelhas, sugestivamente com um sorrisinho malicioso.


– Max não vai participar desse jogo – Robin gargalhou.


– Ela já decidiu que vai sim. E você não vai impedir.


– Mas...


– Não seja tão controlador, Billy, as garotas não gostam disso... Vai por mim, eu sei bem o que elas gostam... – Robin bateu o copo no meu e virou tudo. – Se não vai participar do jogo, não atrapalha.


Ela se afastou, piscando para mim.


 


~Max~


Eu estava surpreendentemente me dando bem com várias pessoas... tinha conhecido e conversado com um monte de gente. A primeira a falar comigo foi Robin Buckley; ela parecia legal. Meio estranha, agia como se soubesse tudo de todo mundo, mas era legal.


Ela me deu vodka com energético e me deu várias dicas sobre o que conversar e com quem conversar. Não vi Steve em lugar nenhum, o que fazia sentido, já que Billy parecia não gostar muito dele.


– Como é mesmo o jogo que vocês falaram? – perguntei. Já estava começando a ficar um pouco tonta; não tanto quanto no Halloween, mas conhecia bem a sensação.


– Jogo da garrafa – disse Robin.


– E como é que joga isso?


– A gente senta em um círculo, gira uma garrafa no centro e as pessoas que estiverem nas duas extremidades tem que se pegar – Josh, o garoto que estava praticamente grudado em mim respondeu, com um sorriso. Eu não sabia bem como me esquivar dele. – Você vai participar, não vai?


– Vou... – já tinha decidido que ia, só torcia para não cair com o Josh. – O que acontece se eu não quiser beijar a outra pessoa?


– Você bebe tequila.


– O que eu não recomendo – disse Robin. – Sério... tequila mata.


– Bebe mais um pouco – Josh empurrou outro copo para mim, mas o Robin o pegou da mão dele.


– Chega, ela tem que estar minimamente sóbria para jogar.


– Vamos começar, vem! – uma garota nos chamou.


Tentei ser sutil ao tirar o braço do Josh dos meus ombros e saí quase correndo até o jardim. Não vi Billy em lugar nenhum; achava que ele devia estar em algum lugar da casa, provavelmente com alguma menina. Tentei não pensar nisso; tinha que aproveitar a festa e me divertir sem ele.


Muitas pessoas estavam participando... pelo jeito era um jogo bem popular. A maioria das pessoas já estava bem embriagada, muito mais do que eu, embora eu não estivesse exatamente em perfeito estado.


Nós sentamos na grama, no jardim de casa; a iluminação estava e estava um pouco frio. Uma garota loira colocou uma garrafa vazia de vodka no centro do círculo e girou.


Era estranho... e até um pouco nojento. Várias pessoas beijavam outras, às vezes pessoas diferentes mais de uma vez, uma seguida da outra... Tentei não julgar. No Halloween eu tinha ficado com Steve e Billy logo em seguida, então não podia criticar muito as pessoas. Muita gente também preferiu a tequila, o que significava que as pessoas estavam ficando cada vez mais bêbadas.


De repente, a garrafa parou apontando na minha direção; olhei para o outro lado para ver quem eu precisaria beijar e se ia preferir beber tequila. Era Robin.


Engoli em seco. Ela era diferente das outras meninas da festa, assim como eu, tinha um estilo próprio. Ela era simpática e divertida e bem bonita... mas beijar uma garota parecia muito errado... Se bem que beijar Billy também parecia e isso não me impediu algumas noites atrás...


Respirei fundo enquanto ela vinha na minha direção.


– Ei, tudo bem? – Robin perguntou em voz baixa, na minha frente.


– Sim, tudo bem – olhei para ela.


– É seu primeiro beijo?


– Com uma garota, sim – respondi sinceramente; podia sentir o olhar das pessoas sobre nós.


– Quer fazer isso?


– Acho... acho que sim – eu já estava na festa mesmo, já tinha bebido e tinha topado fazer parte do jogo; antes ela do que o Josh. Robin deu um sorriso.


– Tudo bem, relaxa – ela colocou as duas mãos sobre as minhas bochechas e se aproximou mais. – Vai ver que é melhor do que com os garotos...


Lentamente, Robin foi chegando mais perto e encostou os lábios nos meus. Senti meu rosto queimar em contraste com as mãos frias dela; toquei seu pulso, sem saber bem o que devia fazer e fechei os olhos.


Sua língua deslizou devagar pela minha boca, abrindo caminho com delicadeza, enquanto seus dedos roçavam no meu pescoço, me dando arrepios. Ela era... doce... e gentil... e quente... Muito diferente de como tinha sido com Steve e Billy... Era bom, eu gostei.


Ela mordeu meu lábio inferior e puxou de leve; a sensação era incrível... nossas línguas voltaram a se tocar, de um jeito sutil e prazeroso. Eu não sabia como explicar. Era diferente de qualquer outra coisa que já tivesse provado; então ela se afastou.


– Viu? Não foi tão difícil... – Robin disse com um sorrisinho; sorri também.


– É... foi bom.


– Claro que foi – então ela voltou para o lugar. Era a minha vez de girar a garrafa, já que o gargalo estava apontado para mim.


Fiquei pasma quando, de novo, a garrafa apontava para mim... mas agora a outra extremidade estava para um cara que parecia bem mais velho do que os outros ali; eu não o conhecia, não tinha falado com ele e, para ser sincera, ainda estava me recuperando daquele beijo com Robin. Eu não estava nada afim de ficar com outra pessoa naquele momento, especialmente com um desconhecido.


– Acho que prefiro passar... – falei.


– Tequila! – uma garota gritou, trazendo uma garrafa e um copo pequeno de vidro.


Ela encheu o copo com o líquido âmbar e o entregou para mim. O cheiro era forte; dei um gole e fiz uma careta. Ardia muito, era bem mais forte do que a vodka.


– Tem que virar tudo de uma vez – ela disse.


Respirei fundo e obedeci. Senti aquela coisa queimar a garganta e estremeci. Era horrível... e quase imediatamente foi como se eu tivesse um baque. Fiquei mais tonta, a visão um pouco embaçada.


Sentei de novo no meu lugar. O jogo continuou e felizmente não caiu em mim nenhuma outra vez.


Não sei bem quanto tempo passou, mas começou a ficar muito frio do lado de fora e resolvemos entrar; Robin e eu estávamos cantando animadamente uma música. O volume era estridente e eu fiquei chocada de como a polícia não tinha aparecido em casa ainda... O que é que Billy estava fazendo para manter os vizinhos calados? Aliás, onde será que ele estava?


– Max! – de repente, Josh apareceu de novo, me chamando, com um sorriso de orelha a orelha. Ele se aproximou de mim, mais uma vez colocando o braço ao meu redor. – Você e a Robin... nossa! Fiquei louco vendo vocês...


Robin revirou os olhos. Me controlei para não fazer o mesmo. Ele pareceu nem ter percebido.


– Josh, por que você não pega uma bebida para nós? – disse Robin.


– Mas eu... – ele olhou para mim.


– Boa ideia – falei, entendendo a ideia. – Vodka para mim, ok?


Ele suspirou e foi na direção da cozinha. Robin e eu nos entreolhamos.


– Agora a gente corre – ela disse, rindo.


Eu concordei e saí andando apressada para o banheiro dos fundos; era o lugar mais próximo onde eu podia me trancar e ficar escondida até ficar um pouco mais sóbria.


Encostei na parede, fechei os olhos e respirei fundo, tentando não sentir tanta tontura.


– Max? – dei um pulo. Tinha umas cinquenta pessoas naquela festa.... cinquenta pessoas e eu consegui me trancar no banheiro com Billy. Olhando pelo lado bom, ele estava sozinho.


– Ah... Oi – falei, meio sem saber o que dizer.


– Pensei que eu tivesse dito pra não atrapalhar a festa – Billy geralmente ia começar a gritar comigo e dizer que eu não devia atrapalhar a festa dele, que era para eu voltar para o meu quarto... Mas ele parecia extremamente calmo. Calmo não, frio. Distante... bem diferente do normal.


Billy usava uma camisa branca e uma jaqueta de couro preta e me encarava de braços cruzados.


– Eu não estava atrapalhando... – murmurei. – Só não consegui ficar no quarto. Não conseguia dormir...


– Claro... – não decifrei aquele tom, nem aquele olhar.


– Eu não atrapalhei em nada, não é? – não tinha certeza se Billy tinha se dado conta da minha presença durante o resto da festa. 


– Por que atrapalharia, Max? Você só ficou conversando com Joshua Williams a noite toda, não é? Não atrapalhou ninguém...


Ergui as sobrancelhas.


– Não fiz nada demais – Billy estava estranho... Em circunstâncias normais, ele estaria gritando comigo; o fato de ele estar tão calmo me assustava um pouco. Ele fez menção de que ia passar por mim, mas entrei na frente. – Espera, o que foi?


– Como assim o que foi?


– Você está estranho... O que você tem?


– Eu não tenho nada. Quem tem é você. Com o Joshua, aparentemente.


– Pensei que ele fosse seu amigo... vocês são da mesma sala, não são?


– E o que você vai fazer com ele, hein, Max? Você vai ficar com ele do mesmo jeito que ficou comigo? Ou vocês já se pegaram naquela merda de jogo da garrafa? – sua voz aumentou, mas não a ponto de gritar. Era pior assim. Preferia que ele gritasse... a calmaria me deixava sem saber o que fazer. – Responde, Max. Vai levar ele para o seu quarto?


– De que merda você está falando?


– Estou falando de vocês dois. Eu te vi com ele, Max. Me fala, o que vai deixar ele fazer? Vai deixar ele tocar em você, como o Steve Harrington? – não, eu não ia fazer nada daquilo, mas tinha uma questão maior no momento.


– Por que te interessa o que eu vou ou não fazer?


– Porque eu não quero isso! – ele finalmente gritou. – Não quero você com o Harrington, nem com aquele merdinha do Sinclair – como é que ele sabia o sobrenome do Lucas? –, nem com esse babaca da festa, nem com ninguém. Entendeu, Max? Com ninguém.


– Que diferença faz? – gritei. Billy se aproximou, me encurralando na porta, agora seus olhos eram frios como gelo, ele respirou várias vezes, me encarando como se estivesse prestes a me matar.


– A diferença, Maxine, – Billy continuou, agora sua voz era baixa, firme e extremamente ameaçadora – é que você é minha. E eu odeio dividir o que é meu.



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Autor(a): nirvana666

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

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~Billy~ Eu precisava de algo mais forte que o álcool e a nicotina para lidar com o fato de que Max ia participar de uma porra de jogo estúpido de colegial. Eu ia matar quem quer que tivesse dado aquela ideia... e ia matar a tal Robin por ter incentivado ela a fazer parte dessa palhaçada. Eu não tinha o costume de fumar maconha, mas aquele era um ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 1



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  • merophe Postado em 13/08/2022 - 19:52:52

    Boa sorte com os ADMS da plataforma!


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