Fanfic: Improvável | Tema: Stranger Things
~Billy~
– Repete – falei.
Rhysand contou, por telefone, uma história mal formulada e eu o obriguei a ir até em casa e esclarecer tudo, detalhe por detalhe. Era a terceira vez que eu iria ouvi-lo, tentando não perder a paciência.
– Billy, escuta, eu...
– Repete – falei de novo, sentindo meu sangue fervendo e minha mão coçando para acabar com ele ali mesmo.
– Era para ser uma festa... Uma puta festa... Encomendaram bastante droga, eu ia levar essas drogas e iam me pagar lá...
– Que tipo de drogas?
– Você sabe... Coca, bala, erva... Um pouco de tudo, que, somando, dava muita coisa. Ia correr tudo bem, ia dar certo; a festa era na casa de um cara, num desses condomínios de riquinho. Mas... – andei de um lado para o outro, me segurando ao máximo; ainda precisava daquele desgraçado vivo. – Alguém chamou a polícia... Talvez algum vizinho incomodado com o barulho ou sei lá... Ninguém da festa faria isso... Teve uma batida e pegaram tudo. Todo mundo vazou na hora, ninguém pagou.
– E o que você fez?
– Porra, cara, eu vazei também... Não ia pegar bem ser preso, ainda mais lotado de droga. Larguei tudo lá e saí. Não podia ter passagem na polícia, ainda quero voltar para a Austrália – covarde de merda.
– E depois?
– O Rio...
– O traficante.
– É – ele limpou a garganta –, o traficante. Eu sempre comprei tudo dele, mesmo as paradas que você pedia quando estava aqui... Tudo dele. Ele é tipo meu parceiro... Só que essa festa ia render muita grana; todas as drogas que eu pedi, ia pagar depois. Sabe, eu não tinha como pagar tudo na hora e ele deixou para acertarmos depois.
– A polícia apreendeu as drogas. Sem festa, sem drogas, sem dinheiro – bufei.
– É... – Rhysand tremia, com medo de mim. Ótimo, era isso que eu queria.
– E onde é que eu entro nessa merda dessa história? – cruzei os braços. – Eu já estava em Hawkins quando você voltou da Austrália, não participei de nada.
– Bom... Ninguém quis pagar e, óbvio, eu não tenho essa grana...
– Onde eu entro, Rhysand? – repeti mais alto.
– Falei para o Rio que você ia pagar...
– Por que? – eu ia matá-lo. Era uma questão de tempo, ia matar esse filho da puta...
– Porque achei que você não fosse mais voltar para a Califórnia, ninguém sabia ao certo em que cidade você estava, ninguém ia te procurar...
– Então eu me mudei e você resolveu passar a dívida para o meu nome?
– Ninguém ia te achar lá, você não ia voltar para cá, o cara ia te caçar por um tempo e depois esquecer, não tinha erro... Era o plano perfeito...
– Não tão perfeito, pelo visto – estava tentando ser compreensivo, mas Rhys realmente fodeu com tudo dessa vez. – Ele é um traficante, agiota e membro de gangue, achou mesmo que ele não ia me encontrar?
– É, eu achei... – Rhysand pagava de inteligente na maior parte do tempo, eu não podia acreditar que tinha feito uma burrice dessa. – Quando eu soube que você tinha voltado, comecei a trabalhar e juntar o dinheiro para pagar... E torci para você ir embora antes do Rio perceber que voltou.
– Por isso não falou nada para mim na praia? – falso. Ele pareceu tão tranquilo, com aquele papinho de terapeuta, bancando o psicólogo amoroso... Quando estava enfiando nós dois na merda.
– É, eu já tinha conseguido o dinheiro... Pedi emprestado para uns amigos, peguei meu salário adiantado...
– Então você tem o dinheiro – era uma notícia boa pelo menos.
– Bom... – olhei para ele.
– Tem ou não tem?
– Tinha – minha raiva aumentava a cada segundo que passava. – Estava no carro e... Roubaram meu carro.
– Puta que pariu, Rhysand! Que cacete! – bati a mão na mesa.
– Calma, Billy...
– Calma? Você fez essa merda toda e agora esse filho da puta pegou a Max e não vai soltar ela enquanto eu não consertar a suacagada! E, me diz uma coisa, como é que ele sabia dela? Porque o normal desses traficantezinhos é vir até aqui e me ameaçar com uma arma, tentar quebrar uma perna... E não sequestrar uma garota.
– Não é assim que o Rio trabalha... Ele acerta seu ponto fraco... E não é difícil perceber o quanto se importa com ela...
– Eu vou te matar.
– Espera, espera, espera – ele gritou um segundo antes de eu acertá-lo. – Tem outra coisa sobre o Rio.
– O que é?
– Ele não trabalha só com drogas e agiotagem... Tem algo que ele gosta mais... Prostituição. Tráfico de mulheres, sendo mais específico.
– E como isso ajudaria exatamente? – na verdade, só piorava; eu estava ficando cada vez mais preocupado e com raiva.
– A Max... Olha, sei que gosta dela, mas, pensa bem, ela é um ótimo pagamento. Ruiva, jovem, virgem... – minha respiração falhou; Rhys estava mesmo pensando em dar a Max como pagamento? – Talvez o Rio aceite ela num acordo... Sem contar que, cá entre nós, você mesmo que disse que não gostava tanto assim dela... pode achar outra ruiva por aí...
Respirei fundo e, mentalmente, contei até dez.
– Lembra da noite em que nos conhecemos? – ele me olhou confuso e surpreso pelo meu tom de voz mais controlado. – Você tinha bebido pra caralho, entrou no mar, a correnteza estava forte...
– Eu quase me afoguei. Claro que lembro.
– É, quase se afogou. Mas eu pulei na água.
– O que isso tem a ver agora?
– Lembra que eu salvei sua vida?
– Sim, foi assim que a nossa amizade começou...
– Ótimo, hora de retribuir esse favor – parti para cima dele.
~Max~
Eu acordei sabe-se lá quanto tempo depois, amarrada pelos pulsos numa estrutura próxima da parede de uma sala. O cabelo caía no meu rosto e eu senti um cheiro metálico, como se fosse sangue. Olhei ao redor; tinha uma poltrona escura do outro lado da sala, uma mesa e uma geladeira, mas estava tudo vazio. Eu estava sozinha.
Olhei para o alto; tinha um espelho no teto e eu vi sangue seco que tinha escorrido do meu nariz. Quando foi que isso aconteceu? O que aquele cara estranho tinha feito comigo?
De repente, escutei uma porta atrás de mim se escancarar e alguns passos caminharem na minha direção. Aquele homem cheio de tatuagens estava na minha frente, me encarando com um sorriso.
– Bom dia... – ele disse, analisando meu rosto, então, se aproximou e segurou minhas bochechas com os dedos. – Isso está feio... Hargrove vai achar que machuquei você...
– O que fez comigo? – perguntei.
Ele se afastou e virou de costas, voltando pouco tempo depois com um pano molhado.
– Eu não fiz nada com você... ainda – o homem limpou o sangue do meu rosto, com um cuidado que chegava a me assustar. – Você teve uma reação alérgica ao clorofórmio, só isso.
Seus olhos negros me davam calafrios, ainda assim, eu não estava tão assustada quanto antes; agora não tinha nenhuma arma apontada para a minha cabeça. Podia ainda ser o efeito do clorofórmio, mas eu mantive a cabeça erguida e o olhar firme.
– Por que estou aqui? – perguntei.
Ele não respondeu, simplesmente se afastou de mim e colocou o pano coberto de sangue em um balde, depois começou a revirar papéis tirados de dentro de uma pasta preta, sem o menor indício de que me responderia.
– Ei! – chamei. – Estou falando com você. Por que me trouxe para cá?
O homem bufou e voltou a olhar para mim.
– Seu irmão fez merda – ele largou os papéis na mesa e puxou uma cadeira para sentar de frente para mim; vi que ele deixou a arma ao lado da pasta. – E você, como um bom bichinho de estimação, é a garantia de que ele vai pagar tudo o que me deve.
– Quem é você?
– Me chamam de Rio – esse era claramente um nome falso, não tinha como alguém chamar mesmo Rio...
– Por que o Billy te deve? – ele riu.
– Pelo que você acha? O que o Hargrove mais gosta de fazer? Além de comer a irmã caçula, claro – fiquei quieta; estava louca para dizer que Billy e eu não éramos e nunca seríamos irmãos, mas me contive. – As drogas... de todos os tipos. E em grandes quantidades.
– Drogas? – repeti. – Você... é traficante?
– Claro! – sua gargalhada tomou conta da sala. – Quem você pensou que eu fosse? O Papai Noel nas férias?
Engoli em seco. Eu não sabia bem como me sentir a respeito de ter sido sequestrada por um traficante por causa de dívida de drogas... Eu sabia que Billy não tinha bem uma ficha limpa, mas não esperava nada assim... Era como nesses romances policiais, só esqueceram de avisar o quanto era assustador estar na posição de refém.
Ainda assim, uma ideia me ocorreu.
– Eu não contaria com isso... Billy não vai pagar nada só porque você está comigo.
– Como assim? – ele estreitou os olhos.
– Ele me odeia, Rio. Sou a irmã caçula irritante... Pode perguntar por aí. Garanto que, se me matar, Billy vai considerar como um favor – Rio deu outra gargalhada, levantou e voltou a se aproximar de mim.
– Boa tentativa, Maxine Mayfield, mas tenho fontes confiáveis que garantem que alguma coisa você significa para ele... Mesmo que seja só a vadia particular – ele colocou o dedo sobre o meu queixo. – Me diz uma coisa, quantos anos tem, Max?
– Por que te interessa?
– Porque uma californiana nova, ruiva, de olhos azuis... bonita como você, vale uma fortuna lá fora...
– Do que está falando?
– Estou falando que na Colômbia não tem muitas ruivas e os homens gostam de ruivas naturais... – ele começou a arrumar as mechas do meu cabelo. – Se o seu irmãozinho não vier, preciso começar a pensar em outras opções...
Eu não queria nem imaginar que opções eram essas... já tinha ouvido falar sobre garotas que eram sequestradas e vendidas para outras pessoas e que nunca mais eram vistas e ficava apavorada só de pensar que eu poderia ser uma delas.
– Eu não consigo entender o que você viu nesse cara... Você deve gostar dos mais velhos, imagino – ele se aproximou ainda mais; senti sua respiração no meu pescoço. – Mas o Hargrove é só um moleque... posso mostrar o que é um homem de verdade...
Nesse momento, fiz a primeira coisa que me veio à mente, quase num instinto de sobrevivência; juntei toda a força que tive e acertei seu rosto com o cotovelo. Ele deu um passo para trás, com o rosto virado.
Em seguida, olhou para mim, o lábio sangrando, agora sem sorrir, com um ar irritado; ele me segurou pelo pescoço.
– Não pode fazer nada comigo – falei. – Precisa do dinheiro, não é?
Tentei soar firme, mesmo que estivesse tremendo de medo; o que era dinheiro comparado à minha vida naquele momento? Merda, ele parecia irritado, eu não devia ter feito nada...
Rio me encarou por mais alguns segundos, respirou fundo e aliviou o aperto no meu pescoço.
– Agora eu sei por que ele gosta tanto de você... – Rio disse, voltando a sorrir. – Você tem coragem... Também gosto disso.
Tentei não demonstrar medo, mantive meus olhos fixos no dele.
– Vamos fazer o seguinte... Hargrove tem duas horas para chegar. Caso contrário, você passa a ser minha... E acho que mudei de ideia. Vou cuidar pessoalmente de você... vai ser minha, Max.
Senti o coração disparar. O que é que ele quis dizer com aquilo? Billy não chegaria em duas horas nunca... provavelmente tinha achado que eu fugi e, por estar bravo, duvidava que fosse atrás de mim de novo... se é que ele tinha percebido a minha ausência.
– Para ser sincero... estou torcendo para ele não aparecer...
~Billy~
– Espera aí, Billy, por favor, espera! – minhas mãos estavam cobertas com o sangue do Rhysand, depois de eu ter quase arrebentado a cara dele e o deixado inconsciente.
Então eu o amarrei com fita isolante e o coloquei no porta-malas do carro, a tempo de vê-lo começando a acordar.
– O que você vai fazer comigo? O que está fazendo?
– Você fez isso, agora você vai resolver – estava começando a escurecer e eu estava me preparando para procurar aquele desgraçado nos armazéns vazios da cidade.
– Não vai me entregar, vai? – ele tinha alguma dúvida? Rhysand era um mentiroso, traidor... Ele colocou uma dívida no meu nome, disse a um traficante o que fazer para me atingir e ainda sugeriu que eu oferecesse Max como pagamento... Se eu não o entregasse, o mataria com as minhas próprias mãos. Bati a porta do porta-malas. – Billy, Billy, espera! Fala com a Kate, ela pode ajudar!
Abri o porta-malas de novo e o encarei.
– O que a Kate tem a ver com isso?
– Ela é irmã do Rio, tenho certeza que, se falar com ela, vocês dois podem convencer ele a perdoar ou dar mais tempo pra gente pagar... ou qualquer coisa assim – eu nem sabia que o irmão de Kate era traficante, já o tinha visto antes, mas não podia nem imaginar... Era ótimo; pelo menos eu não teria que revirar a Califórnia procurando pela Max e pelo tal do Rio, só precisava de um telefonema. Vi o carro dela chegando na garagem vizinha.
Talvez nem um telefonema fosse necessário.
– Vai me deixar ir, não é? Eu te ajudei... – ele não podia estar falando sério... era muito cinismo achar que tinha ajudado em alguma coisa depois de me colocar nessa situação.
Rhys estava desesperado e eu estava com ódio, ainda puto com tudo o que ele falou e fez.
Coloquei fita isolante em sua boca e fechei o porta-malas mais uma vez, enquanto ele se debatia lá dentro.
Me aproximei lentamente do carro, estacionado na garagem vizinha, tentei parecer calmo e decidido, porque sabia que se fizesse qualquer movimento suspeito, Kate correria na primeira oportunidade.
– Oi – falei, dando meu melhor sorriso.
– Billy, oi – ela bateu a porta do carro e olhou para os dois lados, parecendo desconfiada.
– Tudo bem? Você parece meio...
– Estou atrasada... vim buscar uma coisa e já estou de saída – antes que ela pudesse sair dali, agarrei seu braço.
– Não me contou que seu irmão, Christopher, vulgo, Rio, era traficante.
– Não é o tipo de coisa que saio mencionando por aí... – seus olhos não negavam um certo medo, o que era muito bom. – Preciso mesmo ir...
– Por que? Está com pressa para ajudar o seu irmão a cuidar de uma certa ruiva? – segurei mais forte e, em um segundo, Kate fez um movimento com o outro braço, como se fosse pegar algo na cintura, mas eu fui mais rápido. – Uma arma? – ri; como ela podia ser tão estúpida.
– Billy, por favor, espera. Eu posso explicar... – agora Kate estava apavorada, como Rhysand estava antes.
– Isso vai ser útil – eu a puxei até o meu carro, segurando a arma em uma mão, enquanto ela se remexia, sem sucesso, para se livrar de mim; eu era muito mais forte. – Olha só – abri o porta-malas.
– Rhys? – ele tentava gritar, mas só ouvíamos murmúrios; os dois estavam de olhos arregalados, com medo.
– Que bom que esclarecemos bem as coisas aqui, Katerina. Bom saber que se conhecem.
– Billy, você tem uma dívida, precisa pagar – ela falou. – Não envolve nós dois nisso...
– Vocês dois já estão bem envolvidos, não acha? Rhysand tem uma dívida. Você ajudou a enfiar a Max nisso, então vou te dar duas opções: ou me leva até o seu irmão ou pode fazer companhia para esse merda enquanto eu reviro o estado da Califórnia. A noite inteira, se for preciso – ela me olhava boquiaberta – O porta-malas pode ser muito confortável.
– Juro que não sei onde ele está... – Kate deixou escorrer algumas lágrimas.
– Fez sua escolha – guardei a arma na cintura e peguei a fita isolante.
– Não! – ela gritou. – Espera! Tem um galpão...
– Quero o endereço.
– Eu posso te levar lá se...
– O endereço – gritei, batendo no capô do carro. Ela deu um pulo e murmurou uma rua.
Enrolei a fita com força em seus pulsos.
– Billy! Billy, você disse que não ia me colocar aí se eu dissesse...
– É, acho que não se pode confiar em ninguém, não é? – eu a joguei para dentro do porta-malas, em cima de Rhysand e prendi seus tornozelos também.
– Billy! – sua voz saía esganiçada, ela chorava. – Por favor! Billy, não faz isso!
– Cala a boca, garota – coloquei uma fita em sua boca também; aquela voz estava começando a me dar dor de cabeça.
Entrei no carro e olhei a arma. Mirei do lado de fora, no carro de Kate e puxei o gatilho. A arma funcionava e tinha um número razoável de balas.
Dei partida no carro.
~Max~
– Ele não vem atrás de mim – falei depois de um tempo trancafiada dentro da sala, com aquele homem esquisito me encarando.
– Não seja pessimista.
– Você não entende. Billy não se arriscaria assim por minha causa; não sei quem disse isso a você, mas ele me detesta. Sem contar que você sequer deu o endereço para ele, não avisou nada... – ele riu.
– Seu irmão é esperto, ele vai dar um jeito... Vai ser divertido se ele demorar mais... Vou acabar levando o prêmio. Mas preciso ser realista, acho que é só uma questão de tempo.
– Como pode ter tanta certeza que ele vem?
– Porque eu iria. Você não tem ideia do quanto vale, não é, ruivinha? Hargrove não te deixaria comigo por alguns dólares.
Rio segurava a arma agora, brincando com ela nas mãos de um jeito ameaçador.
– Acho que você superestima o que ele sente por mim.
– E eu acho que você subestima...
Rio foi até a geladeira e pegou uma garrafa de cerveja.
– Você quer? – ele ofereceu. – Não posso te soltar, porque até amarrada você é um perigo... mas não me importo nadinha de colocar na sua boca...
– Não, obrigada – olhei bem para aqueles olhos escuros; ele parecia se divertir, achar graça de tudo... – Billy não vem.
– Maxine, sua insegurança e ingenuidade não lhe permitem ver certas coisas que estão bem debaixo do seu nariz. Não me leve a mal, ainda não acho que o Billy seria fiel, sabe, não é bem o perfil dele... É só um garotinho cheio de problemas com a raiva. Mas sei que ele vem atrás de você. Linda, corajosa, jovem... Ele ainda tem muito para aproveitar com você. Mas a esperança é a última que morre... se ele não vier...
– Já entendi, eu passo a ser sua propriedade – revirei os olhos.
– Gosto da sua marra... Só não entendo o porquê dela, já que estou sendo legal com você, devia estar me agradecendo.
– Por me deixar amarrada?
– Por não ter feito muito pior.
Desviei o olhar. Tive calafrios só de pensar que outras garotas já estiveram no meu lugar e em tudo o que ele poderia ter feito com elas ali mesmo naquela sala.
– Não fique aflita, seu príncipe encantado já chega, princesa – ele deu uma piscadinha, bebendo um gole da cerveja. – Só talvez não num cavalo branco...
Autor(a): nirvana666
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Prévia do próximo capítulo
~Max~ De repente, alguém bateu na porta; eu dei um pulo, movendo as cordas que me prendiam e tentei olhar para trás. Mesmo que eu quisesse acreditar que era o Billy, tinha que ser realista e ponderar que poderia ser qualquer outra pessoa, alguém pior que aquele tal de Rio... Comecei a tremer de novo, apavorada com a ideia. Rio colocou o indicador sobre ...
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