Fanfic: Improvável | Tema: Stranger Things
~Max~
Eu tentei. Tentei mesmo. Mas já passava das três da manhã e Billy ainda estava com o som no último volume e eu ainda podia ouvir a barulheira de sei lá quantas pessoas bêbadas dentro da minha casa.
– Ai, mas que inferno! – joguei o travesseiro no chão depois de horas enfiando a cabeça debaixo dos cobertores para tentar dormir, sem sucesso algum. Era impossível qualquer ser humano descansar naquelas condições.
Surpresa era nenhum vizinho ter reclamado ainda. De novo, como da última vez... Concluí que nossos vizinhos deviam ser surdos. Quem dera eu tivesse a mesma sorte.
Finalmente, perdi a paciência. Coloquei uma blusa e uma calça que não fossem de pijama e saí, irritada, pronta para passar um sermão no Billy.
Passei por várias pessoas muito estranhas, com olhares meio perdidos, fumaça para todo lado e um cheiro insuportável de álcool. A batida da música fazia minha cabeça latejar, era bem diferente da última festa.
– Você viu o Billy? – perguntei para um dos garotos que eu já tinha visto na escola.
– Quem? – fala sério, ele só podia estar brincando.
– Seu amigo, o dono da casa...
– Ah – ele estava bêbado. Não, nem bêbados agiam assim, ele estava totalmente fora de si. – Beleza.
Revirei os olhos e continuei procurando Billy entre a multidão. Era inacreditável. Tínhamos acabado de voltar de um baile da escola, por que fazer uma festa logo em seguida? Que coisa mais idiota.
E pior: nem participar dessa festa, porque, pelo jeito, ele não estava em lugar nenhum... Por que é que tinha feito aquela merda se não ia fazer parte dela?
– Robin! – até que enfim vi um rosto conhecido; a última vez que nos vimos foi na festa anterior, quando jogamos o jogo da garrafa e meio que nos beijamos... Tinha sido bom, eu ainda precisava refletir se queria experimentar de novo, mas teria que ficar para outro dia.
– Ruivinha... – ela respondeu.
– Você viu o Billy em algum lugar? Não encontro ele...
– Da última vez que vi, ele estava indo para o quarto... E, pasme, sozinho.
– Obrigada... – saí de perto dela.
Se ele já estava de saco cheio da própria festa, podia, ao menos, ter mandado todo mundo embora antes de dormir. Mas aí não seria o Billy. Ele queria ser irritante, fazia questão...
Cheguei até a porta do quarto dele e bati uma vez. Nenhuma resposta. Bati de novo, mais forte, pensando que, talvez, a música o impedisse de me ouvir.
– Billy, para de graça. Abre a porta. Quero falar com você! – gritei por cima do som. – Billy! – bati ainda mais forte. – Que se dane – murmurei e girei a maçaneta.
Se fosse preciso, eu mesma arrancaria ele da cama, só para dar um fim nessa palhaçada. Senti uma onda ainda maior de ódio tomar conta de mim; ele estava dormindo... Dormindo. Enquanto eu lutava para pegar no sono há horas...
– Billy, acorda. Vai agora acabar com essa sua festinha – cruzei os braços; estava esperando alguma reação explosiva, por isso nem me aproximei, caso precisasse correr. – Billy, estou falando muito sério. São mais de três da manhã. Manda todo mundo embora.
Ele continuou imóvel.
Cheguei um pouco mais perto; ele continuava dormindo profundamente.
– Billy, não é brincadeira. Vai lá e acaba com isso – nenhuma resposta. – Billy? – me aproximei mais e, de repente ele começou a tossir e, quando abriu os olhos, sua visão não entrava em foco. Alguma coisa estava errada...
– Max – disse ele numa voz fraca, trêmula; abaixei ao lado dele e percebi que sua respiração estava falhando, ele estava suado, tremendo; era uma cena horrível.
– O que foi que aconteceu com você?
~Billy~
Eu só conseguia ver um borrão... Um borrão de cabelos alaranjados e, assim que ela se aproximou mais, dois olhos azuis me encarando com uma preocupação que eu com certeza não merecia.
Mas não conseguia pensar direito; meu corpo inteiro doía, oscilando entre calor e frio.
– Max... eu... – fiz força para tentar formular alguma frase. O que foi mesmo que aconteceu?
Tossi e minha cabeça parecia prestes a explodir; tudo ao meu redor parecia prestes a explodir... O teto girava, a luz acesa queimava minhas retinas, eu sentia náuseas e dores indescritíveis.
Eu misturei tanta coisa que não conseguia me lembrar. Meu nariz ardia horrivelmente; isso era da cocaína, sem dúvidas. A tontura e as náuseas podiam ser dos analgésicos, ou da maconha ou das bebidas... Por que mesmo? Ah... Max... Lucas... Aquela noite rodava em torno de mim, como um tornado.
– Billy? O que você tem? O que foi? – a voz dela devia me atormentar ainda mais, mas eu sentia paz ao ouvir... A única paz que eu procurava há dias, há anos...
Ela estava desesperada. Queria acalmá-la, dizer que era normal, que eu ia ficar bem... Mas não era normal. Eu não conseguia respirar... Meu coração falhava a cada batida e estava ficando cada vez mais fraco.
Tinha só uma certeza: eu ia morrer. Praticamente conseguia ver a luz no fim do túnel, azul como os olhos daquela garota ao meu lado.
Mas não era isso que eu queria, não foi por isso que eu... Eu só queria esquecer. Mesmo assim, as lembranças continuavam ali. Max continuava ali.
– Max... Eu não... quero... morrer...
Uma dor penetrou meu braço esquerdo... Merda, tinha esquecido da agulha ali, ainda com algum resquício de heroína... Agora ela entrava mais fundo no meu braço quando eu tentava me mexer.
– O que você está dizendo? Você não vai... Billy, fala comigo, olha para mim – sua mão tocou meu rosto, eu podia sentir, podia senti-la em mim, mas já estava tudo escurecendo... – Acorda, Billy! Olha para mim!
Não dava mais tempo. Tinha acabado, eu sabia que sim...
~Max~
As lágrimas rolaram livremente pelo meu rosto, eu estava tentando entender o que estava acontecendo, o que ele tinha? Claro que não estava bem, talvez tivesse bebido demais, mas parecia pior do que qualquer uma das outras vezes...
– Mas que merda! O que é que ele tem? – de repente, a voz da Robin surgiu atrás de mim; ela correu e se ajoelhou ao meu lado.
– Eu... Eu não...
– Porra – ela arrancou uma seringa do braço dele; uma seringa que eu sequer tinha reparado até o momento, cheia de sangue. – Heroína.
– Quê? – olhei para ela sem entender.
– Droga. Isso é droga – então ela se voltou para ele, encostou dois dedos no pescoço, examinou o rosto e os olhos dele. – Ele está tendo uma overdose.
– Uma... o que?
Eu nem conseguia raciocinar o que ela estava falando, estava mais preocupada com o fato de que Billy começara a se engasgar com alguma coisa, mesmo estando inconsciente.... Robin me empurrou e, num movimento rápido, virou a cabeça dele para o lado; ele vomitou e voltou a tossir.
– Max, chama uma ambulância! – continuei paralisada, tremendo, encarando a cena grotesca, apavorada. – Max! Você me ouviu?
– O que? – a voz ameaçadora de Robin me trouxe de volta à realidade.
– Ambulância! Agora!
Corri até a sala e disquei 911 o mais rápido que pude e, mesmo com o som alto da música, escutei quando atenderam no segundo toque.
– Boa noite, qual sua emergência?
– Meu... – pensei no que dizer. – Meu irmão... – não era o melhor conceito, mas... – Meu irmão ele está... ele está tendo... tendo uma overdose... – gaguejei desesperada.
– Certo – a voz da mulher parecia calma e tranquila, ela não viu o que eu tinha acabado de ver, ela não entendia! E isso me deixava mais desesperada ainda. – O que exatamente ele tem?
– Ele está... Escuta manda alguém para cá, manda agora! Ele está morrendo! Rua Cherry Lane, 4819.
– Mantenha a calma...
Mas eu não ouvi mais nada do que ela falou. O mundo parecia estar desabando lentamente ao meu redor; nem mesmo quando vi aqueles demodogs eu fiquei tão assustada.
Depois de um tempo, quanto, exatamente, eu não saberia dizer porque minha mente parecia ter se deligado do mundo, ouvi, de longe, sirenes. As pessoas da festa começaram a se dissipar, a correr para todos os lados, como formigas em um formigueiro; o som da música foi diminuindo até sumir completamente e restar só o barulho desesperador e angustiante de sirenes, as luzes vermelhas e azuis nas janelas, dois paramédicos uniformizados entrando pela porta da frente, que estava escancarada. Era para isso me tranquilizar? Toda aquela cena me deixava numa agonia ainda maior.
Parecia estar acontecendo em câmera lenta e eu não fazia ideia do que eles fariam com Billy, ou se ele ainda corria perigo...
~Billy~
Abri os olhos, mas dessa vez foi diferente; eu não estava com dor ou, pelo menos, não conseguia sentir nada, nada além de um frescor. O teto era branco e limpo, uma luz alaranjada entrava por alguma janela. Eu tinha morrido? Não era tão ruim quanto parecia, pensei que iria direto para inferno e chegaria lá gritando por Lúcifer.
– Billy? – eu com certeza não estava no inferno; não... Max não iria para o inferno nunca.
Virei a cabeça e olhei ao redor; uma poltrona bege, o barulhinho insistente de um medidor cardíaco e um ar muito desagradável: era pior que o inferno, era um quarto de hospital. E Max estava debruçada ao meu lado.
– Você é um idiota, sabia? – fechei os olhos e respirei fundo; que recepção calorosa.
– E você é chata pra caralho.
– Billy, você teve uma overdose!
– Dá um tempo – falei sentando na cama, analisando o quarto minúsculo; eu odiava hospitais –, você nem sabe o que overdose significa.
– Significa que você usou uma quantidade alta de drogas!
– Parabéns, o médico contou para você. Agora para de encher o saco e diz logo quando vamos sair.
– Billy... A médica disse que tem... que tinhamuitos tipos de droga no seu corpo, que você usou muita coisa... – seu tom passou de irritado para levemente preocupado e eu arrisquei um olhar; ela me olhava fixamente, com a testa franzida.
– E daí?
– Bom... – ela abaixou a voz. – Pareceu que foi... Tentativa de suicídio... – dei risada.
– Maxizinha, pode ficar tranquila. Eu não tentei me matar; simplesmente estava aproveitando uma puta festa e saí um pouco da linha, nada que nunca tenha acontecido – era mentira; nunca tinha chegado naquele nível, não a ponto de pensar que iria morrer mesmo e, verdade seja dita, eu usei muito mais coisas do que estava acostumado.
– Mas...
– Nem pense em mencionar isso para a sua mãe ou para o meu pai.
– Os médicos vão querer falar com eles...
– Não se você calar a boca e me deixar resolver – ela abriu a boca para continuar questionando, mas eu interrompi. – Nenhuma palavra.
Arranquei a agulha no meu braço, apesar de achar que talvez fosse bom continuar com ela, eu ainda sentia cansaço e não estava totalmente bem; soro na veia podia ajudar... Mas não queria correr o risco de alguém aparecer e começar a fazer perguntas.
Peguei a minha jaqueta, que estava num cabide próximo dali, coloquei os sapatos e abri a porta do quarto.
– Vamos – falei.
– Billy! Para onde é que você vai?
– Para casa, óbvio – virei de costas –, pode ficar aí se preferir.
Apalpei os bolsos da jaqueta, procurando algum maço que eu tinha certeza que tinha deixado ali, mas não achei nada; talvez fosse um sinal, talvez eu precisasse mesmo dar um tempo das drogas.
Para ser honesto, depois de uma experiência de quase morte, eu estava bem melhor.
As férias iam começar, eu ia ter tempo de sobra... E tinha que achar um emprego. Não dava para passar o tempo todo em casa, principalmente se a Max estivesse por perto... Se bem que era mais provável que ela passasse mais tempo com o novo namoradinho idiota dela. Bufei enquanto passávamos pela recepção do hospital; eu devia mesmo estar com uma cara péssima, já que tinha tanta gente me encarando.
– Billy, eles estão olhando – Max sussurrou atrás de mim.
– Só fica quieta e continua, não podem deixar nos deixar presos aqui.
Foi bem mais fácil do que pensei; mal levou cinco minutos para estarmos fora daquela merda de lugar que chamam de hospital; se eu bem conhecia os procedimentos, provavelmente fizeram uma lavagem estomacal, me desintoxicaram de tudo e eu estava novo em folha. E morto de fome.
Continuei andando, sem olhar para trás para ver se a Max vinha junto, estava ocupado demais tentando lembrar dos detalhes da última noite.
Baile, beijo, festa... Que merda, nem me lembrava de ter usado alguma coisa realmente pesada, mas a marca roxa no braço esquerdo era inconfundível. Devia ter sido a segunda ou terceira vez que usei heroína, estava com Rhys na primeira e não foi nada bom, não devia ter inventado de fazer de novo. Na verdade, achei que só a bebida já teria sido mais que suficiente.
Minha cabeça doía um pouco.
– Billy – de repente, senti uma mão no meu braço e virei para encarar Max, que me olhava furtivamente.
– Que é? – puxei meu braço de volta.
– Quero falar com você...
– Não estou afim – continuei andando até ela entrar na minha frente e cruzar os braços, bloqueando a passagem. Era uma cena engraçada, um misto de irritação e preocupação; claro, eu podia empurrá-la e seguir meu caminho, mas eu sabia que quando ela se decidia sobre alguma coisa, não desistia com facilidade. Suspirei. – O que você quer?
– Você está bem estranho, Billy... Mais do que o normal. Eu estou preocupada, fala comigo, por favor – por um milésimo de segundo, cogitei friamente em dizer para ela que as coisas não estavam bem, que eu não estava bem e nunca iria ficar enquanto continuasse naquela cidade.
Mas não ia adiantar nada; Max já sabia disso, eu já tinha falado tudo praa ela e, mesmo assim, ela escolheu essa cidadezinha de merda e aquele merda do Sinclair.
– Eu estou ótimo.
– Billy...
– E quanto mais longe eu ficar de você, melhor vou ficar.
~Max~
Eu estava começando a me arrepender de tudo. Billy estava mal por minha causa, eu não devia ter ficado com o Lucas, mas... Mas eu estava feliz. Eu tinha amigos, tinha pessoas que se importavam comigo em Hawkins... Billy não entendia, nunca ia entender.
As palavras dele tiveram um efeito mais doloroso do que eu esperava, mesmo sabendo que eram verdadeiras. Estraguei tudo com ele e não dava para voltar atrás agora; ele tinha que seguir em frente e eu também... E, quanto mais eu ficasse no pé dele, pior seria.
– Já que você está bem – falei, saindo da frente dele –, vou sair... Se não se importar...
– Que seja – Billy continuou andando, sem sequer olhar para mim.
Eu não queria ir para casa, nem queria encontrar os garotos, mas também não queria ficar sozinha. Que saco.
As férias iam começar logo e eu estava tão animada, tinha tantos planos... E agora estava me sentindo uma pessoa péssima. Billy tinha mesmo tentado se matar? E isso tinha alguma coisa a ver comigo? Talvez não tenha sido uma boa ideia deixar ele sozinho...
– Ei, o que faz aqui? – dei um pulo ao sentir uma mão no meu ombro.
– Lucas? O que você faz aqui tão cedo?
– Cedo? – ele riu. – É quase meio-dia, Max – olhei no meu relógio de pulso; ele tinha razão. Merda, eu tinha ficado horas perambulando por aí sem rumo... – Que cara horrível...
– É, bom... O Billy deu uma festa e eu não tive uma noite muito agradável – preferi não comentar muitos detalhes.
– Imagino... Podemos conversar? Sobre ontem e... – eu devia realmente ter imaginado que esse seria o primeiro assunto.
– Tá, tá, vamos conversar. Mas vamos conversar comendo, estou morta de fome.
Paramos em uma das barraquinhas de cachorro-quente no parque e sentamos num banco de madeira.
– Então – ele começou –, agora que estamos namorando – suas palavras foram cautelosas; a minha intenção era, de fato, que nós namorássemos, mas foi meio engraçado ele considerar que um beijo era sinônimo de namoro. Resolvi não interromper, era mais fácil assim. – a gente pode... Sair, não é?
– Já não estamos saindo?
– Mas durante as férias, sabe...
– Quer dizer, fazer coisas de casal, tipo shopping, cinema, tomar sorvete...
– É isso que casais fazem? – ele ergueu as sobrancelhas e eu revirei os olhos.
– Óbvio – pelo menos, era isso que eu tinha em mente.
– Eu estava pensando em... sei lá, você podia aprender a jogar D&D, talvez jogar comigo, com o Will e o Mike... – suspirei.
– Sem chance, não vou entrar no joguinho dos nerds.
– Tudo bem, tudo bem – ele me olhou – então cinema e sorvete – dei um sorrisinho.
– Isso – tomei um gole da coca. – A gente pode tentar incluir o Mike e a El também, eles estão namorando e encontros duplos são perfeitos!
– Ah... Acho que a El não pode ficar saindo... Mas a gente pode ir com o Dustin e o Will... Ou, talvez só com o Will porque o Dustin vai viajar...
– Ótimo. Um encontro só você, eu e o Will – Lucas continuou sorrindo, sem entender a ironia da situação.
Billy tinha bem mais senso; não era perfeito, mas tinha senso. Respirei fundo; eu não podia ficar pensando no Billy, tinha que focar no presente, no que eu tinha, em quem estava ali comigo no momento. Não importava o quão infantil e, de vez em quando, bobo, Lucas era; o que importava era que ele era legal, era acessível, tinha a minha idade e ninguém ia achar bizarro um namoro entre nós. E servia para me fazer esquecer um pouco de toda aquela loucura...
– Essas férias vão ser incríveis – ele falou, ainda radiante, sem tirar os olhos de mim.
– Com certeza... – e eu ia me esforçar para aproveitar mesmo, eu tinha que ficar feliz, tinha que fazer tudo que pudesse.
Escolhi ficar em Hawkins e não ia me arrepender só porque meu novo namorado idiota não tinha a menor ideia do que era um encontro de verdade.
Eu precisava fazer novos planos e fazer essas férias valerem mesmo a pena.
Autor(a): nirvana666
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Prévia do próximo capítulo
~Max~ Billy e eu ainda não estávamos nos falando quando as férias de dezembro começaram, não depois que ele teve uma overdose... Eu continuei preocupada, claro, ainda fiquei de olho nele, tentando adivinhar se tinha usado alguma droga desde aquele dia, mas Billy parecia melhor. Tinha voltado a fumar, o que me incomodava, mas era com uma f ...
Capítulo Anterior | Próximo Capítulo