Fanfic: Improvável | Tema: Stranger Things
~Billy~
Eu tinha acabado de colocar o uniforme de salva-vidas, embora ainda faltasse um tempo para assumir o posto; Heather ainda estava na cadeira.
Fechei a porta do armário e dei um pulo ao identificar uma figura baixinha e ruiva atrás da porta.
– Max? – constatei, surpreso ao vê-la ali.
– Oi, Billy – ela não parecia muito feliz.
– Como entrou aqui? – cruzei os braços. Era o vestiário masculino dos funcionários; as pessoas não tinham acesso livre a ele.
– Eu... pulei a janela dos fundos – arqueei a sobrancelha.
– Por que?
– Tenho que te perguntar uma coisa – eu esperava algo realmente sério, já que Max provavelmente teve um trabalho para chegar até ali.
– Tudo bem – falei, olhando para os lados para ter certeza de que estávamos sozinhos –, mas não podemos ficar aqui. Posso ser demitido por causa disso. Vem cá.
Puxei Max pelo braço até um tipo de depósito onde colocávamos coisas velhas, equipamentos em desuso e sobrando; teoricamente, ela também não podia ficar lá, mas a probabilidade de alguém nos ver era menor. Fechei a porta. Tinha que admitir que meio que estava usando isso como um pretexto para ficar sozinho com ela num lugar fechado.
– O que foi? – perguntei.
– Tem uma coisa que eu quero... aliás, que eu precisosaber... – Max não olhava diretamente para mim, ela estalava os dedos, aparentando estar nervosa. Comecei a ficar um pouco preocupado com o que poderia ter acontecido, mas não falei nada; esperei pacientemente enquanto ela respirava fundo e continuava. – Como é que você faz... sabe... para me tocar daquele jeito?
Franzi o cenho.
– Como assim?
– Você sabe... de um jeito... bom... – nossos olhares se cruzaram e eu levei um momento para entender o que ela queria dizer.
Comecei a rir. Rir não, gargalhar, tentando não fazer tanto barulho, mas era difícil; Max estava vermelha, séria e me olhava quase com raiva, mas não consegui evitar. Quando finalmente recuperei o ar, enxuguei as lágrimas dos olhos.
– Você está me perguntando como é que eu faço você gozar, é isso? – aquilo era simplesmente hilário; melhor do que qualquer coisa que eu poderia ter imaginado.
– Não tem graça – Max estava emburrada e meu humor acabava de ficar vinte vezes melhor.
– Claro que tem – falei, ainda rindo. Agora ela quem estava de braços cruzados.
– É uma pergunta séria. Eu não estaria fazendo se não fosse importante, Billy.
– Tá bom... não sei o que você quer que eu diga.
– Quero que me diga como faz – tive que conter outra crise de riso.
– Deixa eu adivinhar... quer aprender para ensinar para o seu namoradinho? – Max desviou o olhar e não respondeu. – Não vai rolar – cheguei perto dela, brincando com seu cabelo –, sabe, isso requer uma certa prática... alguns anos a mais de experiência. Nenhum moleque da idade dele faz uma garota gozar.
– Mas... – ela descruzou os braços, agora meio perturbada com a ideia. – Não tem como...
– Não – interrompi. Cheguei ainda mais perto, aproximando minha boca de seu ouvido. – Esquece, Maxizinha. Se quer gozar com alguém, vai ser comigo... e garanto que ninguém vai fazer isso melhor do que eu...
Coloquei as duas mãos em sua cintura, puxando-a para mais perto, inalando o perfume dela. Como eu gostaria de foder com ela ali mesmo...
– Billy... isso parece errado... – embora suas palavras fossem negativas, suas mãos já estavam nos meus braços e ela inclinava a cabeça para trás, me dando espaço para beijar seu pescoço.
– Mas você quer... não quer? – perguntei num sussurro, passando os lábios suavemente pelo seu pescoço, parando ao pé do ouvido.
– Quero... mas... não sei se posso continuar fazendo isso...
– E se eu fizer de um jeito diferente? – interrompi antes que ela mudasse de ideia.
– Qual jeito? – me afastei, com um sorriso; nós dois nos daríamos bem. Max me olhou confusa.
– Confia em mim? – ela assentiu, hesitante.
Peguei o elástico no pulso dela e amarrei seus cabelos num rabo de cavalo; aqueles olhos azuis me encarando com uma expectativa e uma curiosidade me faziam querer rir. Max tinha toda aquela marra, mas no fundo era uma garotinha inocente e provocá-la virou meu passatempo favorito... Era tão fácil deixá-la excitada... tão bom saber que aquele merda do Sinclair não podia fazer o que eu fazia...
Eu a peguei e a virei de costas para mim. Max estava com um shorts fino de tecido macio, diferentemente dos jeans que costumava usar... aquilo ia se ainda melhor...
Encostei os dentes em sua nuca; com uma mão, desci lentamente pelo seu braço e toquei um dos seus seios. Max estava sem sutiã... parecia tudo proposital, só para me deixar louco... escutei-a ofegar. Ainda nem tinha começado.
Passei a outra mão pela sua barriga, descendo por seus quadris, passando os dedos vagarosamente pelas suas coxas lisas e macias. Max já estava respirando pesadamente.
Mordi o lóbulo de sua orelha e esfreguei seu mamilo com os dois dedos. Ela arfou baixo.
– Não podemos fazer barulho – sussurrei. Ela fez que sim, de olhos fechados.
Max tinha a pele muito clara e, por experiência própria eu sabia que poderia deixar marca com qualquer movimento brusco que fizesse; por um momento, desejei deixar várias marcas. Sinclair saberia que Maxine era minha e só minha. Mas tive que manter o controle enquanto acariciava suas pernas, com cuidado para não apertá-la. Não queria quebrar a confiança dela.
Estava cada vez mais difícil me comportar e não arrancar as roupas dela sem cerimônia. Eu já estava duro, latejando; enquanto poucas finas camadas de tecido separavam as nossas peles. Infelizmente, teria que me contentar com aquilo; por enquanto.
Coloquei uma mão dentro de seu shorts, tomando o cuidado de continuar por cima da calcinha. Passei dois dedos em sua intimidade, molhada, quente... Como eu queria enfiar meus dedos ali, de uma vez, acabar com aquela agonia... Mas me contive.
~Max~
Eu sabia que era errado, sabia que não devia estar fazendo aquilo... mas era tão bom... Agora que tinha começado, não queria parar de jeito nenhum.
Encostei a cabeça no ombro dele, fechando os olhos e aproveitando a sensação... Eram muitas coisas ao mesmo tempo... a boca dele no meu pescoço, beijando, me dando arrepios; uma mão brincando com os meus seios e outra na minha calcinha... eu respirava ofegante, tentando lembrar exatamente o que ele estava fazendo. Talvez pudesse pedir para Lucas repetir aqueles mesmos movimentos... Mas eram tantos ao mesmo tempo que eu estava perdida.
Billy pegou uma de minhas mãos e levou até a extensão quente e pulsante em sua virilha; eu só sentia por cima da bermuda vermelha de salva-vidas, mas estava começando a me lembrar da sensação maravilhosa de sentir aquilo sem as nossas roupas, de como era bom... Comecei a colocar a mão por baixo da bermuda, mas Billy me segurou.
– Não, Max – ele sussurrou, num tom quase inaudível. – Eu disse que dessa vez faríamos diferente...
Ele continuava os movimentos com os dedos em mim, ainda por cima da calcinha, me fazendo querer gritar.
– Por que eu sinto isso com você? – perguntei, inclinando os quadris na direção dele, querendo mais. Ouvi uma risadinha baixa.
– Porque você tem tesão em mim, Max... – segurei seu membro com mais vontade e mantive o ritmo que Billy impunha a mim, para cima e para baixo, mordendo meu próprio lábio, sentindo um calor percorrer meu corpo inteiro, querendo mais.
Billy gemeu baixo no meu ouvido, me segurando mais forte; o peito dele roçava nas minhas costas, nós dois de camiseta regata... eu nunca quis tanto tirar a minha roupa quanto queria naquele momento...
– Billy... – suspirei. – Billy, por favor, me beija… – eu precisava daquilo, precisava sentir a boca dele na minha, a língua dele enroscada com a minha, como ninguém sabia fazer.
~Billy~
Eu estava indo ao delírio. Max mordia o lábio inferior, enquanto me masturbava como se já soubesse fazer aquilo quase que profissionalmente. Era incrível. Eu precisava tomar cuidado para ela não virar o jogo de novo comigo; eu tinha que estar no controle ali, eu precisava dominá-la, não o contrário. Mas estava sendo impossível resistir...
Até ela me pedir para beijá-la. Era exatamente isso que eu queria; isso que Max disse que não faria e eu a convenci do contrário. Sorri, vitorioso.
Virei-a de frente para mim de novo, agora segurando seus quadris e puxando-a contra mim para um beijo intenso. Suas mãos passaram pelo meu peito, segurando meu pau de novo, o que me fez suspirar. Eu adorava como agora ela se sentia à vontade comigo, diferente da garota envergonhada de antes. Era graças a mim.
Sentei em um banco de madeira e puxei Max para perto; desabotoei o shorts dela.
– Billy... a gente vai...? – ela parecia preocupada.
– Não. Confia em mim, Max, não vou fazer nada que você não queira... – ela concordou e eu abaixei seu shorts, puxando-a para o meu colo.
Minha respiração chegou a falhar quando senti suas pernas ao meu redor. Tirei a regata de salva-vidas para sentir as mãos dela em mim.
Como é que ela me deixava assim tão excitado?
Max tomou a iniciativa de retomar o beijo, deslizando as mãos pelo meu corpo; eu segurava suas coxas contra mim, fazendo um movimento para frente e para trás; eu sentia sua boceta roçando em mim, molhada... encharcada.
E o que eu mais queria era tirar penetrá-la, sentir de novo aquele calor... Mas não ainda. Precisava mostrar para Max o que eu era capaz de fazer.
– Isso... é tão bom... – ela disse enterrando as unhas nas minhas costas. Claro que era bom; diferente daquele Sinclair, eu sabia exatamente o que estava fazendo.
Eu sabia como fazer.
Segurei os quadris dela com mais força, mais rápido. Ela gemeu; quase imediatamente, tapei sua boca; era um gemido alto, não podia correr o risco de alguém ouvir e nos pegar naquela situação.
Ela continuou com o movimento de vai e vem sem que eu precisasse guiá-la. Tirei sua blusa; Max não ofereceu resistência nenhuma. Eu a tinha exatamente onde queria.
Passei a língua por um de seus mamilos, fazendo movimentos circulares, contornando e chupando enquanto ela se contorcia no meu colo, ainda tapando sua boca, abafando qualquer ruído, mas sabendo que era uma questão de tempo até eu começar a fazer sons incontroláveis também. Tínhamos que acabar aquilo rápido...
– Você quer, Max? Quer que eu faça você gozar? – sussurrei em seu ouvido.
– Quero... – ela sussurrou de volta.
– Não grita – ordenei, tirando a mão da boca dela.
Max apoiou a testa no meu pescoço, enquanto mais uma vez eu a segurava, agora ainda mais rápido, com mais vontade, esfregando-a em mim até sentir seu corpo enrijecer. Max me mordeu e eu tinha quase certeza que minhas costas estariam sangrando quando saíssemos dali, mas ela ficou quieta; um gemido baixo escapou de sua boca ao mesmo tempo que eu gozava, sentindo seus seios no meu peito, prendendo-a a mim, com um suspiro final.
– Porra, Max... Você é uma delícia– falei recuperando o fôlego.
Ela se afastou lentamente de mim. Tinha algo diferente em sua expressão; vi seus olhos mudarem de êxtase puro para surpresa.
– Não devíamos ter feito isso – definitivamente não era a reação que eu esperava.
Max levantou, meio cambaleando e pegou a camiseta e o shorts dela, se vestindo rápido.
– Você... meio que me pediu – falei, confuso.
– Não, Billy, eu disse que queria saber como fazia, não para você fazer...
– É sério isso, Max? Você me procurou, lembra?
~Max~
Eu sabia que no fundo Billy tinha razão... eu tinha ido atrás dele porque estava irritada com Lucas. Eu tinha deixado ele fazer o que quisesse comigo e pior: eu gostei. Gostei muito.
Mas não queria admitir isso; era errado e imoral. Embora, sim, eu estivesse brigada com Lucas e meio que tivesse terminado com ele, ainda não era um término definitivo e agora eu me sentia péssima por estar sentindo atração por Billy e ter feito o que fizemos... Droga. Eu estava começando a odiar essa coisa de relacionamentos.
E tudo o que fizemos nesses meses... agora estava voltando... todas aquelas vezes, mesmo sabendo que eu ia voltar com Lucas, me permiti ficar com Billy, me deixei levar pelas emoções confusas e loucas e... E agora estava me sentindo horrível.
– Eu estou com o Lucas, Billy. Você precisa aceitar isso.
– Eu aceitei – ele respondeu, me encarando descaradamente enquanto eu me vestia. – Você é que parece não estar indo nada bem nesse namorinho... Além disso, foi por cima da roupa, não conta como traição.
Será que ele estava certo? Billy era mais velho, ele com certeza entendia melhor disso do que eu... Mas por que eu me sentia tão culpada por tê-lo deixado me tocar daquele jeito? Por ter gostado daquilo e estar com vontade de fazer de novo? Será que algum dia Lucas seria capaz daquilo? Se fosse, os nossos problemas estariam resolvidos...
Ou não... Eu não tinha como saber. Era essa a resposta que eu precisava... E não teria essa resposta enquanto não parasse com esses encontrinhos com Billy toda vez que brigava com Lucas...
– Você não tem que ir para o seu posto de salva-vidas tipo agora? – olhei no relógio, mas sem prestar atenção nos números. Billy olhou no relógio também, colocando a camiseta.
– Não exatamente. Ainda tenho um tempo – cruzei os braços, sem saber que reação eu deveria ter. Como eu deveria me sentir? Será que devia falar para o Billy sobre esse turbilhão de sentimentos e perguntas? Eu ainda estava confusa...
Não. Eu já sabia exatamente o que ele ia dizer e não queria ouvir; mesmo que parecesse que eu e Billy tínhamos muito mais química, Lucas era a pessoa certa para mim. Nós dois tínhamos quase a mesma idade, éramos amigos... E era com ele que eu podia andar de mãos dadas, tomar sorvete e chamar de namorado.
Com Billy isso nunca ia acontecer.
E, mesmo assim, ainda não conseguia sentir pelo Lucas nem metade de tudo o que Billy me fazia sentir...
– Max – Billy chamou, se aproximando de mim., colocando uma mão em cada lado do meu rosto. Não tive coragem de encará-lo –, você parece transtornada. O que foi?
Respirei fundo.
– O que fizemos não foi certo.
– Jura?
– Sinto que estou traindo o Lucas fazendo isso... – mesmo que, na teoria, tivéssemos terminado. Mas só há meia hora atrás, o que não tornava muito válido...
– É mesmo? Sentiu isso todas as vezes nos últimos meses?
– Meio que sim... eu não sei! Mas isso foi um erro... todas as vezes foram erros, a gente não devia ter começado com isso.
– Francamente, Maxine. Não foi bom?
– Não – ele estreitou os olhos.
– Sabe, tenho marcas nas costas que provam o contrário...
– Tudo bem, foi bom, mas...
– Então para de esquentar a cabeça com bobeira. Você precisa fazer o que te deixa bem – eu sabia que minhas próximas palavras iriam machucá-lo, mas tinha que resolver essa questão de uma vez por todas. Precisava entender exatamente o que estava sentindo... Se Billy ficasse longe e Lucas fizesse as mesmas coisas que ele fazia e eu, ainda assim, sentisse a mesma falta, talvez eu gostasse mesmo do Billy. Essa seria outra questão.
Mas, se nada mudasse e eu estivesse feliz com Lucas, Billy ia ter que aceitar; esse relacionamento era muito mais saudável e eticamente correto.
– Estar com ele me deixa bem, Billy – ele ficou em silêncio por um tempo e tirou as mãos de mim, se afastando.
– Você mente muito mal. – ele falou, por fim. – Se isso fosse verdade, você não viria atrás de mim toda vez que algo sobre Lucas Sinclair de incomoda. Alguma hora você vai perceber sozinha... Só cuidado, porque pode acabar sendo tarde.
Eu não queria pensar naquilo, não naquela hora. Ainda tinha combinado de me encontrar com Lucas, Mike, Will e Eleven para fazermos uma surpresa para Dustin; eu ia me resolver com Lucas e ia ficar tudo bem.
Tinha que parar de ir atrás do Billy. Não era justo. Mas, de certa forma, ele tinha um pouco de razão... Só não queria que tivesse.
~Billy~
Max foi a primeira a sair.
Eu não sabia que podia ficar assim tão estressado mesmo depois de ter gozado daquele jeito. Eu queria matar Lucas Sinclair; se o visse na minha frente agora, provavelmente acabaria com ele numa briga nada justa.
Eu achava que tinha o controle da situação, achava que Max estava finalmente enxergando o óbvio para agora ela chegar e dizer que preferia um moleque...
Rangi os dentes e derrubei uma das prateleiras. Ninguém entrava naquela sala mesmo, ninguém sequer ia reparar na bagunça.
Mas eu estava com raiva. Eu ia fazer pior. Max tinha que ver que eu não girava ao redor dela; agora eu é que não estaria à disposição dela sempre que quisesse. Eu ia resolver as coisas do meu modo, cansei de ser um cara bonzinho e paciente.
Voltei para o vestiário, tirei a camiseta e coloquei óculos escuros. Em alguns minutos começaria o meu turno e eu ia atacar.
Peguei um cigarro; juro que estava tentando parar, mas era em momentos como aquele que eu precisava da nicotina no meu corpo, se não ia explodir.
Eu tinha que ser honesto; não estava com o menor saco para trabalhar. Não depois da conversa com a Max. Ela conseguia realmente me deixar maluco às vezes. Meses sem tocar no assunto “não podemos ficar juntos” e agora essa história de novo...
Ao menos eu poderia gritar com os merdinhas da piscina e seria bom para falar com Karen Wheeler, talvez tivesse uma oportunidade. Estava decidido.
Abri a porta, tragando o cigarro uma última vez. A nicotina era a única coisa que não me faria arrebentar alguém naquele momento. Passei por algumas pessoas; a maioria garotas. Sabia que estava atraindo olhares, sabia que flertavam desesperadamente comigo numa estúpida de chamar atenção. Não era aquilo que eu queria.
~Max~
Passei em casa para tomar um banho e me trocar antes de ir até a casa do Dustin. Há uns dias estávamos planejando uma surpresa para quando ele chegasse do acampamento; iríamos ignorá-lo enquanto ele fazia chamadas para os walkie talkies e nos esconderíamos na casa dele; Eleven ia usar seus poderes para dar vida a alguns brinquedos que ele tinha em casa e o receberíamos com uma faixa e uma pequena comemoração. Seria divertido.
– Achei que não viesse – disse Lucas, sorrindo ao me ver.
– Estou com raiva de você, não do Dustin. Ele ainda é meu amigo – falei, passando por Lucas. Mike, Will e Eleven já estavam lá dentro.
– Max, espera. Trouxe uma coisa pra você – Lucas estendeu a mão na minha direção e me entregou um pequeno embrulho.
– O que é isso?
– É um bombom – era incrível como ele falava com um sorriso radiante, sempre de bom humor. Eu gostava disso no Lucas; ele parecia sempre disposto a me agradar e fazer o que eu queria.
Abri o embrulho. Era um bombom de morango com chocolate; não era o meu favorito, mas eu gostava.
– Max, você me desculpa por ter sido um idiota com você? De novo... Realmente não quero que a gente termine, eu gosto muito de você...
Lucas continuou tagarelando, enquanto eu comecei a divagar. Lucas nem devia estar se desculpando... nos últimos meses eu é que estava fazendo merda... me deixei levar pelas emoções e um antigo sentimento pelo cara que eu devia considerar como meu irmão e foi muito mais de uma vez... Eu é que tinha que pedir desculpas. Mas Lucas não precisava saber nada daquilo, então eu só ia aceitar e, a partir daquele momento, não cair em nenhum joguinho ou armadilha até ter total certeza do que eu sentia.
– Tudo bem, tudo bem – interrompi o falatório. – Perdoado.
– Voltamos então? – sorri.
– Voltamos.
Agora sim tudo estava nos eixos.
Entramos na casa do Dustin de mãos dadas; Mike e Eleven tinham acabado de fazer a faixa com “Bem-vindo de volta, Dustin” escrito em vermelho e azul. Will já tinha posicionado os brinquedos ao redor do quarto do Dustin e Lucas estava levando as línguas-de-sogra; e agora só precisávamos nos esconder e esperar o momento certo.
Eleven não olhou parra mim. Eu tinha sensação de que ela ia não gostava e nem pretendia gostar de mim; talvez fosse só ciúme porque agora eu também fazia parte do grupo, mas seria realmente agradável ter uma amiga agora... Bem, para ser sincera, ela me assustava um pouco; sempre de cara fechada e ela tinha poderes irados, então seria bom tê-la como aliada, não como inimiga.
Nos escondemos em um dos quartos quando ouvimos o carro da mãe do Dustin chegar. Eu e Lucas de um lado, Will no meio e Mike e Eleven do outro lado.
Assim que escutamos Dustin entrar no quarto, fizemos um sinal positivo para Eleven, que fechou os olhos, concentrada; ouvimos os robôs e carrinhos começarem a apitar e guiar Dustin para outro cômodo.
– Agora – sussurrou Mike para Eleven.
Nós fomos silenciosamente para o cômodo onde Dustin estava de costas para nós, examinando os brinquedos e tentando entender o que havia acontecido.
Lucas carregava a faixa e estava no centro de nós. Olhei para os quatro e fiz uma contagem regressiva silenciosa, gesticulando com os dedos o momento que deveríamos assoprar as línguas-de-sogra.
E teria sido tudo perfeito, se Dustin não tivesse tomado o que foi provavelmente o maior susto de sua vida; ele estava armado com um spray de cabelo e o disparou contra a pessoa mais próxima – Lucas –, gritando desesperado, exibindo a boca sem os dentes da frente da parte de cima.
Will e eu fomos para o lado e Eleven se escondeu atrás de Mike, enquanto Dustin disparava o spray direto no rosto de Lucas. Teria sido cômico, se não tivesse sido trágico.
Autor(a): nirvana666
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Prévia do próximo capítulo
~Max~ Mike, Will e Eleven estavam no quarto com o Dustin, depois de ele ter se acalmado e constatado que não estava em perigo. Aparentemente eu não era a única paranoica em relação a demogorgons e conspirações do governo. Lucas e eu estávamos na cozinha; ele estava lavando os olhos na pia, reclamando sobre como ardiam ...
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