Fanfics Brasil - A prova da sauna Improvável

Fanfic: Improvável | Tema: Stranger Things


Capítulo: A prova da sauna

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~Max~


Observei Billy pelo binóculo que Mike havia trazido. Nós estávamos atrás de um carro no estacionamento na piscina.


– Não sei não – falei. – Estou achando ele bem normal...


– Normal? – repetiu Lucas. – Quantas vezes você já viu ele de camisa no corpo?


Franzi o cenho. Tudo bem, fazia sentido... eu não costumava vê-lo trabalhando como salva-vidas, mas sabia que Billy gostava de exibir seu corpo, principalmente se tivessem garotas por perto. Mas, talvez, Heather fosse ciumenta e não gostasse disso... e, claro, Billy ia com certeza agradar a namorada.


– É – balancei a cabeça. – Ele está meio estranho... – concluí; ainda não achava que era grande coisa.


– Mais que meio – disse Mike. – Ele entrou numa banheira com gelo. O Devorador de Mentes gosta de frio. Fora tudo que a El viu.


– Mas ele está relaxando na piscina, o que é a coisa menos devoradora de mentes que existe... – eu ainda não acreditava que Billy era o hospedeiro.


– Não necessariamente – disse Will, que estava estranhamente quieto desde que saímos. Nós quatro olhamos para ele. – O Devorador de Mentes... ele se esconde. Ele só me usava quando precisava de mim. É como se você dormisse... e aí, quando ele precisa, ele ativa.


Will olhou para Billy. Pensando bem, era esquisito mesmo; estava bem sol e a temperatura estava quente e Billy estava usando uma espécie de lençol no corpo... Mas, ainda parecia sereno e tranquilo, não parecia ter nada de errado com ele.


– Então... a gente espera ele ser ativado? – perguntei.


– Não – Mike respondeu. – E se ele machucar alguém?


– Ou matar alguém? – completou Will.


– Não podemos arriscar. Temos que descobrir se ele é o hospedeiro.


Billy podia ser bem babaca às vezes, mas duvidava que ele fosse machucar ou matar alguém. Lembrei do que aconteceu na Califórnia; há tempos eu não pensava nisso... Billy literalmente entregou o próprio amigo amarrado e amordaçado para um traficante matar.


Afastei o pensamento. Ele tinha boas razões para isso... ele o entregou para me salvar, não tinha outra opção. Billy não fez por mal.


– Aonde você vai? – El perguntou para Mike, que tinha dado a volta no carro e estava indo na direção da piscina.


– Tive uma ideia. Só garotos – ele gritou; Will e Lucas foram junto.


– Está falando sério? – questionei, brava.


– Confia em mim nessa! – revirei os olhos.


El e eu ficamos sozinhas no estacionamento.


– Eles são ridículos... – falei.


– Max, você está brava por termos vindo aqui ver o Billy?


– Não – mas preferia não ter que vê-lo.


– Me desculpa por ter sugerido que o Devorador de Mentes poderia estar nele... é que eu estou com uma sensação ruim sobre isso...


– Tudo bem. Eu só espero que esteja errada – falei.


Mike voltou um tempo depois.


– O plano é o seguinte: Billy é salva-vidas, então ele vai ficar aqui até a piscina fechar. Esperamos todo mundo ir embora e damos um jeito de atraí-lo para a sauna.


– Sauna? – perguntei.


– É. O Devorador de Mentes gosta do frio, então se o deixarmos num lugar quente e o Billy estiver mesmo possuído, ele vai se revelar...


– E, do contrário, ele vai queimar vivo? – cruzei os braços; Mike revirou os olhos.


– Não... é só uma sauna, ele vai ficar bem. El, pode nos ajudar a pegar as coisas? Max, você fica aqui vigiando ele.


Respirei fundo. Nós nos dividimos e eu fiquei com um walkie talkie para manter a comunicação.


Eu estava com um pressentimento ruim sobre o que estava acontecendo... Eles estavam demorando demais. O que é que estavam pegando?


– Mike, você está aí? – chamei pelo walkie talkie.


– Estou – ele respondeu meio bravo.


– Cadê vocês?


– Eu já estou indo... só... espera um segundo... – bufei e deixei o walkie talkie de lado, voltando a observar Billy com os binóculos.


Ele parecia bem... observava as pessoas na piscina, usando óculos escuros e segurava um copo de bebida... Heather não estava por perto. Talvez não fosse o turno dela. Ele estava sério, mas não tinha nada de errado nisso. No geral, Billy ficava sério quando não estava flertando com uma garota... ou comigo. Mas na casa de Heather na noite anterior, ele parecia feliz.


– Eu espero que não seja você... espero mesmo – murmurei.


 


~Billy~


O dia foi estranho. Eu não tinha voltado para casa e nem queria voltar; precisava me manter longe. Estava frequentemente passando um tempo na piscina municipal, mesmo sabendo que ele não gostava...


Era muito sol, muito calor. Ele gostava do frio. Mas era ali que eu ia ficar, não ia voltar para casa. Tinha que convencê-lo de que, ficando ali, teríamos mais opções, mais pessoas para ele levar.


O plano parecia funcionar bem. Eu só tinha que seguir a rotina normal, só precisava ficar lá, no posto de salva-vidas e esperar. Eu estava coberto com uma roupa térmica, pingando de suor e com um copo de gelo na mão; era assim que eu precisava me manter, evitando o calor.


Heather procurava mais pessoas também; eu não sabia onde ela estava. Não queria saber. Eu me sentia mal, estranho. Fazia muito tempo que não comia ou dormia, as dores e a fraqueza me deixavam atordoado. Mas ele conseguia me manter de pé.


Eu era o último funcionário. Precisava fechar a piscina e, talvez, ele me deixasse dormir aquela noite; eu ia dormir no depósito, não ia para casa e correr o risco de ver Max lá.


Fiquei um tempo debaixo da água fria do chuveiro, com baixa luminosidade; era bom, confortável.


Coloquei uma calça, sem me importar muito com a minha aparência, de fato. Nada mais importava. Escutei um barulho.


– A piscina fechou! – gritei. Sempre tinham engraçadinhos querendo ficar até mais tarde... seja lá quem fosse, era melhor ir embora. Ouvi mais um barulho – Ou! – gritei mais alto e bati a porta do armário com força. – Está me ouvindo?


Fui na direção de onde vinham os barulhos, como se uma porta estivesse abrindo e fechando. Caminhei irritado e rápido.


– A piscina fechou! – bati na porta do vestiário para abri-la e mandar quem quer que fosse embora, mas ela não se moveu. Bati mais uma vez. Nada.


A luz do vestiário apagou.


– Billy! – escutei alguém chamar.


– Quem está aí? – que sensação horrível de déjà vu. Era como se eu tivesse voltado para aquela estrada na noite do acidente, na noite em que aquela coisa me pegou.


Senti uma raiva descomunal crescendo dentro de mim; aquilo não era meu.


– Billy! – escutei mais uma vez.


– Quem está aí? – repeti mais alto.


Puxei a cortina de um dos chuveiros, pronto para exterminar quem estivesse ali. Ouvi chamarem meu nome mais uma vez, junto a risadinhas estúpidas.


– Está achando engraçado, é? – engraçado seria quando eu colocasse minhas mãos nele.


Continuei andando na direção da voz.


– Vem me pegar, Billy! – vi a porta da sauna entreaberta.


– Se eu te pegar, vou acabar com a sua raça – só precisava de uma desculpa, só um pequeno motivo. Estava com sede de sangue. Ele queria mais pessoas e aquela pessoa estava pedindo.


– Vem me pegar, vem! – a porta da sauna bateu e, pelo vidro, vi a silhueta de alguém.


– Peguei – murmurei, feliz. Eu ia levar mais uma pobre alma inocente e repugnante; estaríamos mais perto do nosso objetivo.


– Vem me pegar, seu merdinha – fui até a sauna, com as mãos ardendo para socar quem estivesse lá e abri a porta com tudo.


Era um... boneco? Daqueles que usamos para treinar ressuscitação nos treinos de salva-vidas. Era um boneco em pé, com um walkie talkie preso a ele por fita isolante.


Eu o segurei pelo pescoço, com raiva, encarando o walkie talkie.


– Ei! Atrás de você – uma voz grave falou através do aparelho.


Larguei o boneco e olhei para trás. Aquela garota. Eleven. Ela estava lá.


– Oi – ela disse num tom desafiador; me preparei para pular no pescoço dela.


Algo me arremessou para trás. Ela me arremessou para trás usando aquela merda de poder com a mente... Senti uma dor aguda nas costas quando bati na parede, quebrando vários azulejos. Mas levantei e tentei ir atrás dela de novo.


– Agora! – ouvi alguém gritar. Ela fechou a porta com um movimento de mão e mais quatro pessoas entraram, acendendo as luzes, segurando barras de ferro, correntes e cadeados e trancando a porta da sauna.


Merda. Eu reconhecia aqueles cabelos ruivos em qualquer lugar. Comecei a bater descontroladamente na porta, como se isso fosse resolver algo... não era eu. Aquela coisa estava com raiva, muita raiva.


Continuei batendo; as correntes que prendiam a porta balançavam, mas não pareciam querer ceder. Olhei para o grupo.


Eu reconhecia todos eles. A coisa já tinha pego um deles. O outro era filho da Karen Wheeler... Lucas Sinclair também estava lá. Além de Eleven, que era o alvo central.


Mas, inconscientemente, desviei os olhos para Max. Ela parecia assustada. Não queria que ela ficasse assustada... não queria que ela ficasse ali... por que ela precisava ficar indo atrás de mim?


– Max – escutei minha voz chamar. Merda, merda, merda. Não era isso que eu queria, ela não podia me ouvir, não podia se aproximar...


Nós nos encaramos por um momento. Ele ia perceber. Max tinha que parar de me olhar daquele jeito, ele ia saber...


– Pode ligar – ela disse.


Isso. Ela me odiava. Nós dois nos odiávamos.


 


~Max~


– Pode ligar – falei.


Eu não queria acreditar que Billy era o hospedeiro do Devorador de Mentes, mas agora, olhando-o nos olhos, podia ver que algo estava errado. Era mais do que raiva por eu ter colocado um ponto final entre nós, era mais do que uma vingancinha boba para tentar me irritar com Heather...


Eu via isso agora. E doía muito. Billy nunca me chamaria de irmã se algo não estivesse muito errado... ele estava tentando me avisar. Não queria que fosse verdade... mas Mike tinha razão. Precisávamos ter certeza.


Billy parecia alguém completamente diferente agora olhando bem... e não era só o estresse de sempre. Era mais, muito mais.


El ligou a sauna e eu podia ver lá dentro começando a embaçar. Billy bateu na porta, fazendo-a estremecer.


– Max! Me tira agora daqui! – não era o Billy. Ele nunca falaria desse jeito comigo... mesmo que estivesse irritado. Ele tinha prometido.


Dei um passo para trás.


– Deixa eu sair – ele disse, olhando para mim. Billy parecia estar sofrendo... eu estava sofrendo com aquela situação. – Vocês... – ele ofegou. – Vocês acham isso engraçado? Vocês acham que isso é uma brincadeira, não é?


Meu coração palpitava cada vez mais rápido e eu comecei a tremer. Billy estava me deixando com medo... Ele cuspiu no vidro.


– Vocês, merdinhas, acham isso engraçado? –  Will e eu trocamos um olhar. Will parecia já estar convencido que Billy era o hospedeiro. Eu também estava começando a me convencer... – O que é isso? Abre logo a porta... Abre essa porta!


Billy começou a gritar, em pânico e com muita raiva, batendo na porta; as correntes e a barra de ferro balançavam, mas o cadeado continuava firme. Eu odiava vê-lo daquele jeito...


Ele gritou mais, parecia com dificuldade para respirar e, de repente, foi como se tivesse caído para trás, ainda gritando. Will se aproximou do medidor de temperatura.


– Já está em 100 graus – ele constatou.


Era uma temperatura muito alta... mesmo que Billy não estivesse possuído pelo Devorador de Mentes, era muito calor, deixaria qualquer um atordoado. Ele estava sofrendo, eu queria que parasse...


Eu o escutei resmungando, como se estivesse chorando. Foram pouquíssimas as vezes em que vi Billy chorar, mas era de partir o coração.


– Não é minha culpa. Não é minha culpa – ele começou a repetir. Me aproximei da sauna, olhando para o vidro. – Não é minha culpa, Max, eu juro que não é minha culpa...


Aquela cena me causava arrepios e um sentimento inexplicavelmente caótico. Billy estava sentado no chão, chorando como uma criança, com as mãos unidas, como se estivesse implorando por perdão. Meu peito afundou ainda mais.


– O que não é sua culpa, Billy? – perguntei.


– Eu fiz umas coisas muito ruins – o jeito que ele me olhava... aquela expressão de dor... o pavor, o medo... Nem quando o Sr. Hargrove batia nele Billy ficava assim. Era desesperador. – Bem ruins... – ele soluçava. – Eu não... queria fazer... foi ele que me obrigou...


– Quem te obrigou?


– Ele é como uma sombra... – Billy estava muito afetado, era difícil entender o que ele queria dizer... mas eu sabia que ele estava mal. Muito mal. – Uma sombra gigante... Por favor, Max...


– O que ele te obrigou a fazer? – perguntei, com a voz trêmula.


– Não é minha culpa, tá bom, Max? – Billy deitou no banco da sauna, chorando e gritando. – Por favor, confia em mim, Max. Não é minha culpa... você precisava ficar longe...


Comecei a chorar. Ver Billy daquele jeito era pior do que levar um soco... pior do que cair de skate e chegar ralada e sangrando em casa... Ele estava desolado e eu não podia fazer nada para ajudar. Eu faria qualquer coisa...


– Eu tentei parar, tá bom? Eu tentei... – Billy chorava ainda mais, sem tirar os olhos de mim. – Acredita em mim, Max... Acredita em mim...


– Billy, vai ficar tudo bem – coloquei a mão na janela da sauna. Eu queria abraçá-lo, tirá-lo dali, dizer que eu acreditava e confiava nele.


– Não vai... Max, você precisa sair daqui...


– Eu não vou sair – respondi, também chorando.


– Max, por favor... – não havia pessoa no mundo que seria capaz de me tirar perto de Billy naquele momento. – Você tem que ir...


– Vai ficar tudo bem – repeti. – A gente quer te ajudar... Você precisa falar com a gente, ok? Eu acredito em você...


Eu estava a ponto de abrir a porta daquela sauna e levá-lo para casa. Não estava nem aí para as brigas, nem para Heather, nem pelo jeito que ele já tinha falado comigo... Eu só queria que Billy saísse de lá, que ele parasse de chorar e sofrer... e sentir dor... Ele sentia muita dor, isso estava claro.


– Max, sai de perto da porta – ouvi Will dizer.


– O que?


– Sai de perto da porta! – ele gritou e, no mesmo momento, o vidro da sauna quebrou.


Billy tinha quebrado o vidro com a mão, ele estava gritando, e eu via um ódio que jamais vira nele antes. Ele gritava e tentava me acertar.


– Me tira daqui, sua vaca! – ele gritava, segurando um caco de azulejo. – Me deixa sair! Eu vou retalhar você!


Me encolhi num canto, as lágrimas correndo pelo rosto. Billy puxou a barra de ferro da porta e arremessou perto de mim. Ele começou a puxar agressivamente as correntes e eu me perguntava se aquilo seria o suficiente para segurá-lo.


Lucas pegou o estilingue e acerto a cabeça de Billy com o que parecia ser uma pedra. Ele caiu para trás de novo e as luzes começaram a piscar.


– Max, vem cá! – Lucas chamou. Eu corri até onde o grupo estava; aquele não era o Billy. Não era.


El me puxou e me colocou atrás dela. As luzes piscavam mais violentamente agora e nós não sabíamos o que estava prestes a acontecer, mas estávamos todos assustados.


Billy começou a esmurrar a porta de novo, jogando-se contra ela de um jeito ainda mais agressivo do que antes. A porta estremeceu; El colocou os braços na nossa frente, como se estivesse tentando nos proteger.


– Não dá para ele sair, né? – perguntei, apavorada, vendo a porta se mexer.


– Impossível. Nem pensar – Lucas respondeu atrás de mim.


Eu estava duvidando disso. O cano em que os meninos tinham amarrado as correntes estava entortando. Billy deu um último grito e se jogou mais uma vez contra a porta; dessa vez ela cedeu e ele caiu na nossa frente.


Eu gritei. El nos empurrou para trás. Lucas me colocou atrás dele.


Agora Billy e Eleven se encaravam diretamente. Toda aquela fúria... Billy nunca seria daquele jeito. O Devorador de Mentes fez algo com ele.


El fez um movimento com a mão para lançar um peso enorme de academia contra Billy, prendendo-o contra a parede pelo pescoço.


Billy tentava segurar o peso, tentava se livrar dele, enquanto El estendia as duas mãos, como se fizesse mais força para pressioná-lo e impedir que ele saísse. A parede começava a quebrar por causa da pressão... Aquilo só machucava o Devorador de Mentes? Ou ao Billy também?


Não queria que o Devorador de Mentes ficasse livre para machucar alguém, principalmente nós... Mas também não queria que Billy se machucasse no processo e ele parecia bem atordoado.


Ele começou a mover o peso; El gritou, como se estivesse se esforçando muito para mantê-la no lugar... mas foi inútil. Billy jogou o peso contra Eleven, que caiu no chão. Billy a segurou pelo cabelo e, por um milésimo de segundo, olhou para mim.


Eu estava com medo. Muito medo, como nunca tinha sentido antes na vida... El era minha amiga. Billy era... alguém com quem eu me importava muito. E ver os dois naquelas circunstâncias me deixava sem chão.


Lucas continuava com o braço na minha frente, o que foi bom, porque, do contrário, acho que instintivamente e sem pensar, eu tentaria ir até onde Billy estava, tentaria falar com ele... mesmo que não tivesse nem palavras para isso.


Billy segurou El pelo pescoço, levantando-a do chão.


– Não! – ela começou a gritar, se debatendo e chorando, com muita dificuldade para respirar.


Arregalei os olhos. Eu queria fazer algo, queria fazer qualquer coisa... Queria implorar para que Billy parasse, dizer para ele retomar o controle porque aquele não era ele mesmo... mas não conseguia mover um músculo do meu corpo. Estava em completo choque.


El parecia prestes a desmaiar quando, de repente, Mike bateu com o pedaço de ferro nas costas de Billy. Ele soltou Eleven e caiu no chão.


– Vai para o inferno, seu imbecil! – gritou Mike, prestes a acertar outro golpe. Mas Billy virou rápido para ele e segurou a barra de ferro, arrancando-a das mãos de Mike e começando a caminhar na direção dele, muito decidido.


Eleven levantou e estendeu as mãos, claramente com muito esforço, usando seus poderes para fazer Billy levitar do chão.


Ele estava sem camisa e agora seu corpo parecia repleto de veias escuras, assim como seu rosto estava manchado com o que parecia ser uma gosma preta. Aquela coisa tinha o dominado por completo...


El ficou mais uma vez frente a frente com ele. Os dois se encararam por um tempo, gritando, ambos com raiva fervilhando nos olhos. El o arremessou para fora dali, fazendo a parede quebrar de vez, levantando poeira para todo lado.


Fiquei boquiaberta, olhando para fora através do recém-feito buraco na parede, com medo de que Billy pudesse voltar. Mas não aconteceu.


Eleven estava chorando, apavorada e caiu nos braços de Mike. Eu nem tinha percebido que não estava respirando até aquele momento.


Olhei mais uma vez para o lado de fora, enquanto Mike e Eleven vinham para perto de nós; Billy tinha saído correndo, no meio da rua, na escuridão. Nós cinco ficamos vendo enquanto ele se afastava, tentando nos recuperar do que tinha acabado de acontecer... seja lá o que tenha sido.


Nenhum de nós disse uma palavra no caminho de volta, mas, ao voltarmos para a casa de Mike, Will me puxou para trás, com um olhar preocupado.


– Ele vai ficar bem – disse Will, com um sorriso fraco; aquilo não me convenceu nada. – Se for como foi comigo, vai ser difícil, mas nada que não possamos resolver.


Assenti, sem saber muito bem o que dizer. Will tocou meu braço e eu senti os olhos marejarem.


– Max, a gente vai fazer de tudo para ajudar o Billy – concordei; eu queria acreditar nele.


Will melhor do que ninguém sabia o que era ser possuído pelo Devorador de Mentes e, se ele estava dizendo que tinha uma chance, então eu devia acreditar.



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Autor(a): nirvana666

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

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~Billy~ Eu queimava por dentro. Aquela sauna era como o próprio inferno, mas tinha um ponto positivo. Ele parecia ficar mais fraco assim... com mais raiva, com certeza, mas me dava tempo para avisar. Porra, Max... eu disse que queria você longe... Por que não podia me ouvir uma vez na vida? Meu corpo inteiro doía, minha cabeça era co ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 1



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  • merophe Postado em 13/08/2022 - 19:52:52

    Boa sorte com os ADMS da plataforma!


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