Fanfics Brasil - Gostosuras ou travessuras Improvável

Fanfic: Improvável | Tema: Stranger Things


Capítulo: Gostosuras ou travessuras

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~Max~


Eu esperei bastante tempo; passei o resto do dia em casa, atenta a qualquer toque de telefone, mas nada aconteceu.


Tudo bem, eu sabia que meu pai era um homem ocupado e trabalhava demais, mesmo que nunca tivéssemos ficado tanto tempo assim sem conversar... Minha mãe devia ter falado para ele que íamos nos mudar e ele queria dar um tempo para que eu me adaptasse, não tinha problema.


Olhei o relógio amarelo no meu pulso. Eram seis e meia. Tinha que decidir se passaria a noite acordada assistindo os clássicos do terror sozinha ou se iria encontrar com aquele grupinho de nerds.


Poderia acabar sendo legal... dar uma volta, conhecer a cidade, ganhar doces e ter uma boa desculpa para usar uma máscara. Além disso, se ficasse entediada, poderia voltar para casa a qualquer momento. Concluí que a única coisa que tinha a perder indo ao encontro deles seria a minha paciência, que eu estava disposta a arriscar em troca das balas e caramelos.


Eram quase sete e meia quando cheguei à Rua Maple; vi os quatro garotos fantasiados de caça-fantasmas, exatamente como foram à escola, o que era bem ridículo, já que literalmente nenhum outro aluno estava de fantasia. Eu sabia pouco sobre eles, as pessoas, no geral, só falavam sobre eles para zombar... eu não podia culpá-las. Mas tinha algo sobre o tal do Will Byers que me deixava intrigada... todos o chamavam de “zumbizinho”.


Até então, eu não tinha conversado a fundo com ninguém, só escutado conversas por cima, mas não consegui captar o motivo para o apelido.


Coloquei a máscara do Michael Myers, a mesma que usei em todos os Halloweens desde que me lembro por gente; meu pai e eu éramos viciados nesse filme. Pulei na frente dos quatro, segurando uma faca de plástico e gritando.


Devo admitir que foi engraçado vê-los assustados em pleno Halloween... Os três recuaram, de olhos arregalados e Lucas deu um grito; as outras crianças mais nova ao nosso redor também assustaram. Tirei a máscara, rindo.


– Que ridículo! Tinham que ver as caras de vocês... E você? – olhei para o Lucas. – Quem grita assim? Parecia uma garotinha.


Virei de costas e comecei a andar, mas percebi que os quatro ainda estavam parados, me encarando. Virei de novo para eles.


– E aí? Vocês vêm ou não? Ah, soube que é uma boa ir para Loch Nora. É onde os ricos moram, não é? – repeti o que tinha escutado de um grupo de garotas na hora do almoço.


Lucas e Dustin foram os primeiros a correrem atrás de mim, parecendo extremamente animados; a noite parecia agradável, eu estava com boas expectativas. O Halloween era minha data favorita, então queria que fosse perfeito.


Mike não pareceu muito contente em me ver, aliás, ele parecia me detestar, mas tentei não dar muita importância para isso. Will parecia um pouco perdido, como se não estivesse 100% focado ali, o que, percebi, era o habitual para ele.


Logo o grupo “se dividiu”. Lucas, Dustin e eu pedíamos doces nas casas enquanto Mike e Will caminhavam juntos pela rua, um pouco mais para trás, com uma câmera de vídeo, conversando apenas entre eles. Eu não sabia bem o que dizer, não tínhamos muitos assuntos em comum... e Mike não parecia realmente interessado em me incluir no grupo.


– Outra barrinha grande... – disse Dustin ao sairmos de uma das casas. – Cara, é sério, gente rica é muito trouxa... – ele parou por um momento. – Desculpa, você não é rica, é?


– Não – ri. – Eu moro na Rua Cherry.


– Ah...


– Não, tudo bem. A rua é legal para andar de skate – não que eu me importasse muito com o luxo, sempre vivi uma vida relativamente confortável.


– É claro... Tubular – olhei para ele. – Eu falei isso certo? Cara, eu falei isso certo? Ou é, deixa eu ver: tu-bu-lar!


– É que nem... tubular total! – interrompeu Lucas.


– Tubular total! – repetiu Dustin, rindo.


– Que ondas chocantes! – eles continuaram rindo.


– Parem. Meus ouvidos já estão doendo – falei, balançando a cabeça; eram muito patetas... engraçados, mas patetas.


– Mas, e então, Max? Gostando de Hawkins? – Dustin perguntou meio do nada. Suspirei.


– Não é o pior lugar do mundo – mas também não era o melhor, definitivamente.


– Deve ser bem diferente da Califórnia, não é? Mas fica tranquila, com a gente, você está em boas mãos, não tem porque se preocupar.


– Não estou preocupada, acho que logo, logo eu me acostumo – não era bem verdade, mas eu não estava preocupada exatamente com o que aconteceria; já tinha passado por coisas ruins antes e achava que nada mais ia me abalar.


De repente, Mike saiu correndo, seguido de Dustin, Lucas e eu – que fui como uma desesperada ver o que estava acontecendo nos fundos de uma das casas.


– Meu Deus! – Dustin falou ao ver Will sentado no chão, todo encolhido e gemendo como se tivesse visto um fantasma.


– Ele está bem? – Lucas perguntou.


– Eu não sei – Mike respondeu. – Vou te levar para casa, ok?


Mike ajudou Will a levantar, apoiando-o pelos braços; Dustin foi tentar fazer o mesmo, mas Mike o afastou, meio irritado, assegurando que podia fazer aquilo sozinho.


– Mike! – Dustin chamou.


– Vão pegar doces. Eu estou entediado mesmo! – um amor de pessoa, sem dúvidas.


Nós três os encaramos enquanto se afastavam de nós, meio cambaleando.


– O que houve com ele? – perguntei sem entender nada.


Lucas e Dustin trocaram um olhar meio suspeito e demoraram um pouco para responder.


– Melhor não perguntar – Lucas disse. – Vem, vamos continuar.


– Já está ficando tarde... – Dustin comentou.


Eu ainda estava meio indignada com o que tinha acabado de acontecer, mas não ia deixar a noite acabar daquele jeito.


– Não está não – falei. – Vamos, ainda temos muitas casas!


Se Mike com o mau humor dele não estava afim de conseguir mais doces e Will não se recuperaria de uma crise existencial, o problema seria deles.


 


~Billy~


Eu bebi quase o barril todo, as pessoas riam ao meu redor, gritavam, aplaudiam. Eu era o novo rei dali, não aquele babaquinha do Steve.


E, no entanto, mesmo com várias pessoas ao meu lado, só uma única coisa rodeava minha cabeça: Max. Cercada de três moleques, eles em cima dela. O que é que eles tinham de tão interessante? E o que ela tinha de tão interessante para atrair a atenção deles? Sem dúvidas tinha.


Eu só não conseguia ver o que era... mas até a minha atenção ela estava começando a prender. Por que isso?


Senti uma queimação na garganta ao imaginar aqueles três perto dela.


Por que eu não conseguia sequer pensar em Max fazendo algo depravado por vontade própria? Eu não conseguia imaginá-la beijando algum garoto... Isso me incomodava muito. Não deveria incomodar, era algo natural, garotas faziam isso o tempo inteiro... eu fazia isso com garotas o tempo inteiro. Mas não a Max. Não queria que ela fizesse.


 Era uma visão estranha e, ainda assim, era só naquilo que eu pensava enquanto engolia cada vez mais álcool. 


Traguei o cigarro mais uma vez, observando o bando de caipiras daquela cidade de merda me aplaudindo; como era fácil conquistar um público nada cativante e de baixo nível intelectual. Eu sabia que pessoas de cidades pequenas eram estúpidas, mas não tinha ideia de que seria tão fácil me tornar o novo rei.


Não precisei fazer muito esforço. 


Tive tempo até de trocar umas palavras com o antigo Rei Steve; era só um playboy com uma namoradinha princesa, como qualquer sonso. Eu conhecia bem aquele tipo; cachorro que ladra não morde e aquele cão latia demais. Steve não tinha nada de muito impressionante... ele era debochado, com um cabelo arrumadinho e olhar zombeteiro. Aquilo me irritou. A presença dele me incomodava, mesmo que não passasse de um tipo de inseto insignificante.


Ele era o único ali que teria o mínimo de coragem para me enfrentar e não o fazia, o que era uma pena; eu precisava dessa diversão, precisava de alguém com quem disputar o território. Mas eu não ia arrumar briga à toa; desde que Steve Harrington ficasse fora do meu caminho, eu não acabaria com ele.


Não deviam ser nem dez horas e eu estava bêbado; muito bêbado. Era uma ótima festa de boas-vindas, combinada com o Halloween e eu queria mesmo esquecer aquelas merdas sobre a Max.


– Porra... – murmurei, lembrando dela mais uma vez. Quanto mais eu evitava, mais ela fazia questão de voltar aos meus pensamentos.


– O que foi? – uma garota perguntou. Eu estava em um dos banheiros com ela.


– Nada, continua – falei.


Ela beijava meu pescoço, embora eu não estivesse exatamente sentindo aquilo, anestesiado pelo álcool; minha jaqueta estava em algum lugar do chão. Minha visão estava embaçada, eu estava tonto.


– Não deixa marca – ordenei quando comecei a sentir as unhas dela em mim.


Ela se parecia muito com Max, isso eu podia perceber, mesmo que estivesse muito bêbado. Os cabelos eram alaranjados, dava para ver bem... era um tom bem mais desbotado, mas, ainda assim, ruiva. Ela estava com alguma fantasia tosca, dessas que Max jamais usaria, mas eu não lembrava bem qual era... Mal conseguia me lembrar de como tínhamos ido parar naquele banheiro.


Seus olhos pareciam azuis... Eu não conseguia ver bem, mas podia jurar que vi lampejos azuis, eu conhecia aqueles olhos...


Puta merda, o que eu estava fazendo num banheiro com a Max? E por que ela estava me beijando daquele jeito? E por que eu estava retribuindo e pior: gostando, ficando mais excitado a cada toque... Como ela chegou até ali? Como eu deixei aquilo acontecer?


– O que... Você está fazendo? – perguntei fechando os olhos, enquanto sentia suas mãos pelo meu corpo, tentando manter um pingo de sanidade. – Isso não pode ser certo...


– Mas você está adorando... – cacete e estava mesmo... E me sentia horrível por isso, mas meus pensamentos estavam embaralhados demais para que eu conseguisse refletir com clareza o quanto aquilo era errado.


– Não para, Max, não para... – ofeguei.


– Quem é Max? Eu não...


Eu a interrompi, agarrando-a pela cintura e a beijando com força; eu queria mais, queria senti-la me tocando.


Por que eu estava tão excitado só de tocar aqueles cabelos ruivos, só de pensar nela chamando meu nome, como na loja de conveniência do posto... Por que ela estava me deixando daquele jeito? Por que eu odiava tanto pensar nela fazendo algo com qualquer pessoa que não fosse eu? Mas se fosse comigo... se fosse comigo, podia.


Ela era tão irritante, tão chata... por que eu a queria tanto? Era o álcool. Com certeza era o álcool; não era real, nada era real...


 


~Max~


Não tinha quase ninguém na rua, a maioria das pessoas já tinha voltado para casa e, agora sim estava ficando tarde. Dustin, Lucas e eu estávamos sentados na calçada, avaliando os doces que pegamos, comendo alguns, conversando sobre coisas aleatórias. Os dois eram meio bobos às vezes, mas não eram tão ruins. Tinha conversado mais com eles naquela noite do que com qualquer um durante anos na escola. Agora só precisava rezar para que Billy não estragasse isso.


– Max, já é quase uma da manhã... Seus pais não vão ficar bravos? – Dustin perguntou; estava claro que ele não estava acostumado a ficar acordado até muito tarde. Eu não estava acostumada a ficar na rua até tarde, mas tinha ouvido falar que cidades pequenas eram seguras e que era normal as pessoas ficarem tarde da noite sem se preocupar.


Eu não estava com a menor vontade de voltar para casa, estava achando divertido.


– Não – respondi, dando de ombros. Eu sabia que Billy tinha dito ao Sr. Hargrove e à minha mãe que tinha cuidado direitinho de mim, que eu já estava deitada na cama dormindo... E eles não iriam se importar tanto a ponto de conferir.


Além disso, sabia que ele ia a uma festa. A maioria das pessoas do ensino médio iriam. Ou seja, nenhum de nós estava em casa e a probabilidade do meu padrasto ou da minha mãe irem verificar as camas era mínima, então não importava até que horas eu ia ficar... Poderíamos ver o sol nascendo, se quiséssemos.


Só seria um saco ir para a aula no dia seguinte.


– Olha, é o Steve – Lucas apontou para um garoto vindo em nossa direção; ele tinha os cabelos castanhos, penteados para trás.


– Quem é Steve? – perguntei.


– Um amigo nosso – Dustin respondeu. Voltei a olhar para o garoto.


– Vocês têm um amigo do ensino médio? – perguntei meio sem acreditar.


– É, sabe, nós somos muito populares – respondeu Dustin, com um sorriso. Revirei os olhos.


Quais seriam as chances desse Steve já ter conhecido Billy? E Billy ter começado a infernizar a vida dele?


Não parecia uma tarefa muito difícil... ao menos não se Steve fosse amigo daqueles dois tontos. Assim ficava fácil perturbá-lo... Ele era bonito. Tinha cara de bobo, mas bonito.


Tentei imaginar se ele teria alguma ideia de quem eu era... Não, provavelmente não. Mesmo que ele conhecesse meu irmão postiço, duvidava que Billy fosse falar algo a meu respeito; ele me detestava... Só falaria meu nome se fosse para mandá-lo ficar longe de mim e, até o momento, não tinha motivos para isso.


– Steve, vem cá – Dustin gritou para ele, assobiando.


– Oi, pessoal – Steve falou quando se aproximou de nós. – Não conheço você – ele olhou para mim.


– Max Mayfield – estendi a mão; ele deu um sorriso, apertando-a.


– Steve Harrington. Muito prazer – é, ele não fazia ideia de quem eu era e isso era muito bom.


– O que você faz aqui? – Dustin perguntou.


– Eu é que pergunto o que vocês fazem aqui uma hora dessa. Não tinham que ir para casa? Quer dizer, vocês são meio novos demais para ficarem até agora na rua?


Estreitei os olhos. Ele não devia ser nem dois anos mais velho que nós.


– Max quis ficar – disse Lucas. Claro, só eu quis ficar...


– Gosto de passar a noite em claro, ainda mais no Halloween – falei, meio indiferente.


– É das minhas então... – disse Steve. Retribuí o sorriso; ele parecia bem mais interessante do que o grupinho de nerds.


– Você está com uma cara péssima, Steve – Lucas disse em tom de crítica. Eu nem queria imaginar o que era a cara boa dele... Até então, Steve parecia com uma cara bem bonita.


– Nancy e eu meio que... Terminamos. Acho que levei um pé na bunda.


Nada bom...


– Trágico – comentei. – Mas... quem é Nancy? – eles me encararam. – Desculpa, sou nova aqui, lembram?


– É a irmã mais velha do Mike – Dustin respondeu.


Levar um pé na bunda da irmã do Mike parecia mais uma benção disfarçada... Quem, em sã consciência, iria querer fazer parte da família do Mike? Ele era um babaca... Ou se esforçava bastante para agir como um, principalmente comigo.


– Mas por que a Nancy te deu um pé na bunda? – Dustin perguntou, nada sutil.


– Está aí uma ótima pergunta... Vou refletir sobre e, se chegar a alguma conclusão, eu conto para vocês – Steve balançou a cabeça. – Agora, se não se importarem, prefiro refletir enquanto encho a cara, então não voltem tarde para casa!


Ele começou a se afastar, mas eu o chamei de volta.


– Você vai encher a cara e nem vai convidar seus amigos? – ele arqueou as sobrancelhas.


– Meus amigos já estão bem bêbados...


Cruzei os braços, olhando bem para ele.


– Cara... – disse Lucas.


– Nós somos seus amigos – disse Dustin, perplexo.


– Ah... – Steve gaguejou, parecendo constrangido. Eu sabia que não tinha como aquele garoto andar com aquele grupinho; não fazia nem sentido... –Ah... bom, não, pessoal. Não tem a menor chance de eu deixar vocês beberem. São novos demais para isso.


– Ah, qual é – reclamei. – Não seria minha primeira vez bêbada.


Ok, não era exatamente verdade. Eu bebi na taça errada uma vez no ano novo; não tinha ficado exatamente bêbada... Não como Billy ou o Sr. Hargrove ficavam de vez em quando, mas tinha uma boa noção de como era o efeito do álcool, não só por causa da minha experiência.


Os três olharam para mim, meio surpresos.


– Além disso – falei, levantando –, todo mundo bebe uma primeira vez, não é? Por que não nessa noite de Halloween, entre amigos, comemorando o pé na bunda do Steve?


Steve me olhou feio.


– Aliás, para esquecermos o pé na bunda do Steve? – corrigi, sorrindo.


– Não sei... isso não parece uma boa ideia... – disse Steve, ainda na dúvida.


– Ah, eu acho que pode ser legal – Lucas falou, ponderando.


– Eu posso ficar como companhia, mas não vou beber – disse Dustin, sorrindo. – Não acho que sou uma pessoa suficientemente desenvolvida para beber álcool – nós três reviramos os olhos ao mesmo tempo.


– Vai ser legal, Steve... – falei sugestivamente olhando para ele. Steve deu um suspiro, finalmente parecendo ceder.


– Tudo bem – ele tirou uma garrafa transparente de dentro de uma sacola que carregava; nós comemoramos. – Mas só um pouco, é sério...


– Isso é vodka? – perguntei, lendo o rótulo com certa dificuldade.


– É – ele começou a abrir a garrafa.


– Espera, espera, espera. A gente vai tomar vodka pura? – eu me lembrava de Billy reclamar muito mais de uma vez do quanto vodka pura era horrível. O gosto do álcool, em si, nunca era bom, o divertido era o efeito... mas eu sabia um pouco sobre como amenizar aquele gosto amargo e ficar só com a parte boa.


– Qual é o problema? – Lucas questionou.


– Me passa as suas balas de gelatina – pedi a ele.


– O que? Por que as minhas?


– Faz logo o que ela está pedindo... – disse Steve, me entregando a garrafa.


Lucas bufou e me entregou dois pacotes de bala de gelatina. Eu coloquei os dois na garrafa, fechei e chacoalhei; o líquido assumiu uma coloração translúcida, com uma aparência bem melhor.


– Agora sim – abri a garrafa. É, lares complicados produziam ótimos futuros alcólatras.


– Espera – disse Steve. – Você já bebeu mesmo, não é? Quero dizer... isso pode ser ruim para mim depois se...


– Relaxa, Steve. Você não está aliciando ninguém a nada, estamos fazendo isso por vontade própria.


Pisquei e dei o primeiro gole. Ardia um pouco enquanto descia pela garganta, não era bom, mas também não era a pior coisa do mundo... Steve pegou a garrafa e deu um gole bem maior.


Lucas estendeu a mão, ainda meio inseguro e deu um gole pequeno. Ele fez uma careta e eu ri.


Não demorou muito para que começássemos a rir e falar besteiras; Steve e eu, principalmente, éramos os mais afetados. Dustin parecia sonolento, mesmo que fosse o único que não tivesse colocado uma gota de álcool na boca. Lucas parecia meio pensativo demais...


Agora eu sentia muito mais o álcool do que quando tinha tomado durante o ano novo... Minha visão eventualmente ficava turva, eu sentia vontade de rir de qualquer coisa e as pontas dos meus dedos estavam dormentes.


– Ok, já chega – disse Steve, gargalhando e pegando a garrafa das minhas mãos enquanto caminhávamos cambaleando e conversando alto pela rua.


Dustin foi o primeiro a ir embora. Lucas tentou acompanhar enquanto Steve e eu ríamos e falávamos sobre referências cinematográficas e apontávamos para os postes de luz que iluminavam a escuridão, mas ele não estava tão alterado como nós e não demorou muito para ir embora também, depois de Steve garantir que me deixaria em casa em segurança – eu não achava que ele estava num estado tão bom assim para assegurar isso, mas era melhor do que ficar sozinha.


– Eu acho que bebemos muito – falei. E a vodka ainda não tinha acabado.


– Você bebeu muito – ele riu. Eu o encarei.


– Você também está alterado... – ele cambaleava, um pouco menos do que eu, mas cambaleava.


– Ok, eu estou sendo um irresponsável. Não devia ter te deixado beber...


– Para com isso. Eu já disse que bebi porque quis.


E agora entendia perfeitamente porque Billy e o Sr. Hargrove faziam isso com tanta frequência... era como se os problemas sumissem. Eu estava leve, feliz, como se pudesse fazer qualquer coisa no mundo...


Não me importava com as ligações não respondidas do meu pai, nem com o fato de eu estar andando com um bando de nerds ou de não ter amigos de verdade; e nem estava me importando tanto com o quanto Billy me tratava mal... Naquele momento, tudo parecia perfeito demais.


Eu não tinha ideia de que horas eram, mas a lua e as estrelas brilhavam em sincronia no céu; era uma visão bonita.


– Sabe o que é pior? – Steve disse, enrolando a língua e falando meio arrastado.


– Sobre o que? – não conseguia pensar em nada que pudesse ser ruim naquela hora.


– Sobre a vida... Eu acho que me apaixonei... Quer dizer, a gente aquele casal que todo mundo sabe que vai ficar junto, entende? Mas é que eu me apaixonei mesmo pela Nancy...


– O que é se apaixonar, Steve?


– É querer estar sempre ao lado de alguém, querer fazer o possível e o impossível para ver essa pessoa feliz, ajudar de todas as formas, desejar o bem, pensar só nela e não desejar mais ninguém. Mesmo que essa pessoa te magoe... você ainda quer que ela esteja feliz – de repente um pensamento assustador me ocorreu.


– Você acha que dá para se apaixonar por uma pessoa ruim? Digo, uma pessoa que te machuca e te faz mal.


– Claro, isso acontece o tempo todo. O amor é um cupido cego, ele não mira, só atira. E é péssimo, porque as flechadas machucam...


Respirei fundo.


– Acho que estou apaixonada pelo meu irmão – Steve começou a rir.


– Isso é bem errado... Aliás, isso é uma coisa perturbadora, não sei porque estou rindo... – revirei os olhos, rindo também.


– Ele não é meu irmão de verdade, minha mãe casou com o pai dele e... Não somos irmãos de sangue sabe, mas...


– Deixa pra lá, Max. Tenta ficar bem longe desse negócio de amor... Você é muito nova para sofrer com isso.


– Você e essa sua mania de achar que sou nova demais para tudo...


– E não é? – ele se aproximou de mim.


– Não.


Por um momento desejei estar com Billy. Queria que os olhos castanhos de Steve fossem verdes; e que o cabelo fosse loiro, ondulado, meio bagunçado... E que ele fosse mais alto... E ficasse me dando patadas. Eu até que gostava disso... Billy me deixava irritada, mas era empolgante...


Mas eu estava confusa. Minha mente dava voltas e mais voltas, se perguntando o que estava acontecendo ali. O que eu sentia de verdade pelo Billy? Por que o que Steve disse parecia se aplicar? 


E de repente, a distância que havia entre Steve e eu acabou, assim, sem nem percebermos o que estávamos fazendo. Eu não tinha ideia do que ele estava pensando... mal sabia o que eu estava pensando...


Sua mão tocou meu rosto e eu, de um jeito meio instintivo, toquei seu braço. Nunca tinha beijado ninguém antes, mas já ouvi rumores de que costumava ser bem ruim. Eu precisava discordar...


Foi um beijo rápido, nós não tínhamos noção da realidade; ele devia estar pensando em Nancy, enquanto eu pensava em Billy, nenhum de nós planejava realmente fazer aquilo e logo nos afastamos. Foi meio estranho, mas, ao mesmo tempo, bom.


– Meu Deus, me desculpa, Max – Steve parecia desesperado – Foi mal, sério. Desculpa mesmo.


– Esquece, não foi nada... – nós dois estávamos sem graça, foi totalmente inesperado.


– Por favor, por favor – ele implorou –, me diz que esse não foi o seu primeiro beijo.


– Não foi – menti com uma certa facilidade; estava escuro demais para ele notar minhas bochechas vermelhas... embora eu já tivesse sentindo que elas estavam quentes bem antes daquele beijo.


Steve deu um suspiro, aliviado. Ele não precisava saber que foi o primeiro cara que eu beijei; não tinha sido grande coisa, nada muito marcante, não tinha problema.


– Desculpa mesmo – disse Steve; continuei andando, não muito normalmente, mas andando.


– Já disse que não foi nada... Mas acho melhor irmos para casa agora.


– Tudo bem, eu levo você – ele ainda parecia meio preocupado e eu não sabia bem o porquê. Não era como se eu estivesse levando aquela situação assim tão a sério...


 


~Billy~


Acordei com um barulho no quarto; levantei, me preparando pra bater em quem quer que estivesse invadindo meu quarto às três e meia da manhã. Não pouparia esforços.


Merda... e ainda dizem que cidade pequena é segura.


Parei, meio chocado quando vi quem era. Max tinha acabado de entrar pela janela do meu quarto, usando uma roupa preta, segurando um pote de abóbora de Halloween de doces, uma faca de plástico e uma máscara. Não tive muito tempo para assimilar quando ela jogou tudo no chão e começou a vir até mim. Ela não conseguia andar em linha reta, era como se fosse cair para os lados o tempo todo.


– Que porra é essa, Maxine? – perguntei baixo, sabendo que meu pai estava dormindo no quarto da frente e que odiaria ser incomodado, ainda mais por mim.


– Billy? Acho que estou no quarto errado – ela começou a rir, claramente sem se importar em fazer barulho.


– Você acha? Por que entrou aqui, sua maluca? – cheguei perto dela, sentindo o cheiro forte de bebida. Eu sabia que ela não estava normal... só pelo andar, agora o cheiro...


Max estava bêbada. Puta merda... E eu estava sóbrio, horas depois de ter saído da festa, um banho frio e um tempo de sono já tinham me deixado sóbrio de novo... Talvez não totalmente, mas bem melhor que ela eu com certeza estava.


– Billy, eu gosto de você... – sua voz era arrastada. – Tipo eu gosto muito de você... Mesmo que...


– Não, Max, você não gosta. Para – ela estava começando a falar mais alto e eu estava ficando preocupado; se meu pai acordasse e nos visse no mesmo quarto, estaria fodido. Ainda mais se ele percebesse que ela estava bêbada... Porra, como é que ela estava bêbada?


–  Eu gosto, Billy – o que exatamente ela estava esperando que eu respondesse? O que eu devia responder?


– Não – falei firme. – Você me odeia. Sabe por que? Porque eu sou um filho da puta escroto com você, Max, você não gosta de mim, entendeu? – tentei falar o mais baixo possível, mas com convicção.


– Eu entendo o que você faz. Tudo bem, pode gritar comigo, me machucar, eu não ligo. Eu entendo, sei que não é culpa sua.


– Para com isso – suspirei. – Cala a boca, você não sabe do que está falando. Vai para o seu quarto agora, já está bem tarde.


– Billy, eu sei. Eu sei de tudo – seu tom de voz começou a aumentar; eu não sabia o que fazer... meu pai me mataria se acordasse. – Você não pode...


Respirei fundo; eu não conseguia pensar numa alternativa melhor. Empurrei Max até ela ficar com as costas grudadas na parede e coloquei minha mão sobre a boca dela, impedindo qualquer ruído. Ela não podia acordar o meu pai.


– Maxine, me escuta. Você tem que sair daqui agora.


Mas eu não a soltei, não me afastei, mesmo sabendo que precisava sair de perto dela para que ela me obedecesse... Respirei fundo.


Eu finalmente podia ver aqueles olhos azuis, genuínos, a um centímetro de mim... ela não estava com medo. Não estava com raiva, nem com pena... Max só me encarava de um jeito que eu nunca tinha visto antes e não sabia identificar o que era. Não conseguia sequer tentar ler seus pensamentos... O que se passava naquela cabeça ruiva e teimosa? Eu faria qualquer coisa para saber.


Sabia que para ela sair, eu precisava deixar; eu era mais alto, mais forte e estava bloqueando o caminho dela, além de estar tapando sua boca. Mas eu não queria de verdade que ela fosse... Merda, não estava tão sóbrio assim...


– O que foi que você bebeu? – perguntei baixo, tirando a mão da boca dela, mas ainda me mantendo no caminho.


– Vodka – Max respondeu um pouco mais baixo.


– Quanto você bebeu?


– Muito – ela sorriu e, por um momento, pareceu que ia cair, mas eu a segurei.


– Como conseguiu vodka?


– O Steve... – Max ainda sorria, sem tirar os olhos de mim; mas eu não estava mais conseguindo encará-la sem pensar que algumas horas antes eu estava transando enquanto chamava o nome dela e pensava nela... e isso era bem ruim...


Steve Harrington? – franzi o cenho.


– Sim – dei um passo para trás, agora começando a ficar com raiva, eu ia matar aquele cara... Mas Max agarrou meu braço e me puxou de novo para perto dela; eu devia me afastar, devia jogá-la longe, mandá-la embora... Mas continuei ali – Não quero que fique com raiva...


Max parecia levar um tempo para processar e pronunciar todas as palavras e, embora eu estivesse agitado, ainda estava curioso para saber o que ela diria.


– Eu gosto de você... sabe disso, não é? – ela continuou; não respondi. – Sei que sofreu muito.


– Max... – realmente não era hora para ficar lamentando.


– Ainda estou aqui – ela interrompeu. – Estou com você e não vou sair, por mais que você tente me expulsar.


Fechei os olhos por um momento; queria que aquelas palavras não tivessem me afetado tanto assim... queria que a presença dela não me deixasse tão confuso. Queria que o efeito que Max tinha sobre mim cessasse...


Eu não conseguia afastá-la dali, não tinha força, nem vontade para isso. Em algum canto da minha mente, sabia que o certo seria deixar que ela fosse embora... mas queria que ela ficasse.


Pensei no que Max disse; todas as vezes em que gritei com ela, dei razões para me odiar em muito mais de uma ocasião e, mesmo assim, ela continuava ali. Até que ponto ela ia ficar? Isso sim me assustava.


Sem querer, toquei seu rosto. Max era tão diferente das vacas do colegial, era tão diferente de qualquer outra garota que eu conhecia... Ela sabia meu pior lado, sabia de tudo de ruim que acontecia... e não tinha desistido. Mesmo bêbada, estava ali dizendo que gostava de mim. Por que ela iria gostar de mim?


Corri os olhos pelos seus lábios, seu pescoço... Parecia tão atraente agora, tão vulnerável... Eu devia ficar longe. Era uma atração forte, mas ainda podia me conter...


Poderia ter controlado, se Max não tivesse me puxado e, em questão de segundos, nossos lábios estavam colados; elatinha feito aquilo, não eu. Eu não ia fazer nada, eu nunca faria...


Passei a mão por seus longos cabelos ruivos, depois de ter passado tanto tempo fantasiando com eles... Depois deslizei até a sua cintura, puxando-a contra mim com força.


– Ai... – ela murmurou.


– Desculpa – sussurrei, tentando conter meus toques; eu sabia que podia ficar meio agressivo às vezes, era difícil me controlar... ainda mais com ela assim tão perto, tão rendida a mim...


Eu estava sem camisa, o que piorava tudo ainda mais, porque Max estava com uma blusa de tecido fino... eu sentia o corpo dela quente e ofegante contra o meu... aquilo estava me deixando maluco.


Max estava trilhando um caminho muito perigoso; passando as mãos pelos meus braços, pelo meu abdômen... Isso ia acabar muito mal. Eu era o responsável ali, era o mais velho, era minha obrigação colocar um ponto final... Mas não tinha que ser agora, não enquanto estava tão bom... Eu ainda podia me controlar mais um pouco...


Senti nossas línguas se tocarem de um jeito nada sutil e delicado; tinha um gosto forte e inconfundível de vodka. Aquilo me incomodava, mas não a ponto de desejar parar. Eu escutava a respiração entrecortada dela, o que me deixava com ainda mais tesão... as coisas que eu faria com ela se pudesse...


Até onde iríamos? Até onde eu ia conseguir aguentar aquilo? Max se segurou nos meus ombros e passou as pernas ao redor de mim, ainda encostada na parede, mas agora eu sustentava seu peso. Ela era surpreendentemente leve e ágil...


Me perguntei se ela já teria beijado outra pessoa antes, considerando que, para alguém que deveria ser inexperiente, ela beijava muito bem... Era como se soubesse exatamente o que fazer e onde me tocar.


Senti seus dentes afundarem lenta e vagarosamente no meu lábio inferior; precisei controlar cada milímetro do meu corpo para não apertá-la mais forte, embora eu quisesse muito.


Segurei seus quadris, encaixando-a perfeitamente em mim; suas mãos tocavam minha pele com uma facilidade inimaginável. Max parecia confortável com aquilo... perigosamente confortável. Ela confiava demais em mim e eu não estava me achando nada digno dessa confiança. Não naquele momento.


Escutei um gemido baixo vindo do fundo de sua garganta e aprofundei ainda mais o beijo; ela agarrou meu cabelo com um pouco mais de força. Se fosse qualquer outra pessoa, eu não teria gostado, mas esse gesto acabou me deixando ainda mais excitado... eu sabia que estava ficando duro e não ia conseguir esconder isso dela...


Max, porém, se tinha percebido ou se, pelo menos sabia o que significava, não pareceu se assustar.


Merda, eu precisava parar antes que me arrependesse.


 


~Max~


Eu não pude evitar puxá-lo... Billy estava tão perto... Com um perfume doce, um olhar confuso, meio irritado, o corpo perfeito ali na minha frente... Ele me mandava embora, mas não me deixava ir.


Nós dois estávamos meio perdidos... Eu estava confusa, não prestava atenção no que estava falando, mas me lembrava das palavras de Steve sobre se apaixonar e querer ver uma pessoa bem. Eu queria que Billy ficasse bem, mesmo que ele tentasse me tirar dali.


Eu estava feliz e muito mais corajosa do que o habitual. Por que não? Já tinha beijado Steve mesmo, então qual seria o problema de beijar outra pessoa? Qual seria o pior que poderia acontecer? Billy não ia me bater... ou ia?


Eu estava disposta a correr o risco, mas, só pelo olhar dele naquela hora, duvidava que fosse se afastar.


Eu tinha razão, ele não se afastou... pelo contrário, ele retribuiu o beijo. E foi muito melhor do que com o Steve... ele era tão quente e firme... eu não sabia o que estava sentindo, mas gostava.


Toquei sua pele. Podia sentir que estava pegando fogo, os pelos da nuca arrepiados... Seus músculos estavam cada vez mais tensionados, conforme eu o tocava; eu não tinha certeza se era um bom sinal, mas Billy não reclamou nem por um momento. Ele me apertava cada vez mais forte, me empurrando para parede, ainda no colo dele. No começo doeu; Billy era realmente forte e muito maior do que eu, mas ele pediu desculpa. Acho que foi a primeira vez na vida que escutei essa palavra na boca dele...


Ele não estava mais segurando tão forte, mas dava para perceber que fazia isso com um certo esforço; queria me afastar e dizer que ele podia apertar se quisesse... era uma dor suportável e ele parecia gostar... Mas não consegui juntar coragem o bastante para afastar minha boca da dele. Era tão bom...


Meu corpo inteiro emanava calor, uma energia diferente de qualquer outra coisa que já tivesse sentido... não queria parar nem por um segundo, mesmo que estivesse respirando com dificuldade e começando a suar, eu precisava de mais.


Nossas línguas se entrelaçavam, num ritmo caloroso, talvez um pouco mais acelerado do que eu gostaria, muito mais intenso do que com o Steve. Suas mãos pressionaram minhas coxas e, acabei percebendo que tinha cravado as unhas em suas costas. Ouvi um gemido baixo escapar de sua boca... será que tinha sido ruim? Não parecia... Billy parecia ainda mais estimulado a me beijar...


A barba arranhava de leve meu rosto, fazendo cócegas; e seus cachos roçavam no meu rosto e pescoço, quase como se estivesse fazendo carinho. Aquela sensação era indescritível... como é que eu nunca tinha sentido algo assim antes? E por que só com o Billy? Por que com Steve foi diferente?


Senti o volume que crescia entre suas pernas esbarrando em minha virilha... Eu sabia o que aquilo significava, apesar de não ter certeza de como funcionava. Sabia que poderíamos passar um certo limite, mas, àquela altura, eu não ligava mais para nada.


Mordi seu lábio, enquanto passava as unhas pelo seu peito, sentindo uma onda de prazer crescendo em mim. Ele se afastou por um momento, com os lábios muito próximos do meu pescoço.


– Você vai acabar comigo se continuar fazendo isso... – Billy sussurrou, ofegante, no meu ouvido.


Senti arrepios... Eu queria mais. Queria ele... Era errado, era tão errado... Mas não conseguia me afastar; e mesmo que quisesse, duvido que Billy me soltaria, eu estava encurralada, presa entre seu corpo quente e a parede fria... Eu não queria sair, não queria mesmo... se tivéssemos que cruzar qualquer limite, que fosse.


 



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Autor(a): nirvana666

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

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~Max~ Suas mãos pressionavam as minhas coxas com força e, apesar de sentir um pouco de dor, ainda queria mais... eu não ia pedir para ele parar. Era uma dor boa... Eu o puxei ainda mais contra mim, se é que era possível e seus dentes deslizaram pelo meu pescoço. Senti seus dedos roçarem a pele da minha cintura, começa ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 1



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  • merophe Postado em 13/08/2022 - 19:52:52

    Boa sorte com os ADMS da plataforma!


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