Fanfics Brasil - O Festival Lara (Long-Fic Levihan, Armin Arlert X OC)

Fanfic: Lara (Long-Fic Levihan, Armin Arlert X OC) | Tema: Attack on Titan/Shingeki no Kyojin


Capítulo: O Festival

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Na sétima semana de tratamento, Lara teve alta. Os soldados da Tropa de Exploração se alinharam no corredor da enfermaria e Lara passou por entre eles no cavalinho de Mike, enquanto recebia uma salva de palmas pela sua excelente recuperação.


Para comemorar, Lara perguntou se Hange e Levi poderiam levá-la a um festival que aconteceria no Distrito de Trost no próximo final de semana. Tinha ouvido uma das enfermeiras comentar e ficou muito empolgada, pois as tutoras do orfanato nunca a tinham levado em um festival antes, por não terem dinheiro para bancar as comidas e jogos das barracas para todas as crianças.


Hange e Levi concordaram e no sábado de manhã, os três saíram em uma carruagem rumo à Trost. Levariam uns quarenta minutos para chegar até o festival e Lara estava eufórica. Só havia andado de carruagem uma vez na vida e estava amando a experiência novamente, indo de uma janela a outra das extremidades da cabine a cada cinco minutos, apreciar a paisagem.


Levi e Hange sentavam um de frente do outro, ele com seu típico terno preto e o lenço branco no pescoço, e Hange com sua roupa casual; calça bege e camisa branca. Lara usava um vestido simples azul, que Levi precisou comprar, pois algumas de suas roupas que compraram quando Lara veio morar no Quartel General da Tropa de Exploração já estavam começando a ficar pequenas. 


Em certos momentos, Levi bloqueava a passagem de Lara de um lado para o outro da carruagem, só pelo simples prazer de irritá-la.


Ao chegarem no festival, Lara nunca imaginou que pudesse haver tanta diversão em um lugar só e, assim como fez quando viu Levi lutar contra os Titãs pela primeira vez à caminho de Shiganshina, quando avistou todas as barracas e brinquedos, fechou os punhos, os apertando e agitou desesperadamente seus braços, em sinal da mais pura empolgação.


Se existe uma palavra que melhor descreveria o festival, seria “colorido”. Bandeiras de diversas cores transpassavam as ruas, acima das barracas, que eram um caso à parte. A cada uma que Lara visitava, encontrava algo novo.


Havia uma seção para as barracas de comida, outra para jogos e outra para as barracas que vendiam bugigangas. Num espaço mais aberto, havia uma área para brincadeiras ao ar livre, como corrida de sacos, cabo de guerra e danças. Além de também ter um grande palco no centro do festival, onde durante o dia inteiro, ocorriam apresentações de teatro e música. 


Hange, Levi e Lara passaram a manhã explorando as barracas de jogos, como por exemplo, jogos de argola, colocar o rabo do burro com os olhos vendados e pescaria. Em uma determinada barraca de tiro ao alvo, Lara havia acertado, mas o dono disse que não, recusando-se a dar o brinde, que era a pelúcia de um cavalo igual ao que Lara montava na Tropa de Exploração.


Lentamente, Levi tirou a espingarda de brinquedo das mãos de Lara, colocou algumas bolinhas de munição e com um olhar impassivo, acertou não somente o alvo de Lara novamente, mas como todos os outros da barraca, deixando o dono com uma expressão de total perplexidade. Dois minutos depois, Lara corria pela fileira de barracas levantando seu novo cavalo de pelúcia acima da cabeça.


Na hora do almoço, experimentaram diversos tipos de comidas diferentes e na opinião de Lara, a sua sobremesa favorita foi morango com calda de chocolate.


Após o almoço, Lara quis participar das brincadeiras localizadas no espaço mais aberto do festival. Animadíssima, entrou em um dos times das crianças para uma competição de cabo de guerra. Hange e Levi percebiam que Lara demonstrava um certo comportamento competitivo às vezes, mas nada muito exagerado. Porém, Lara ficou tão imersa no espírito de competição da brincadeira, que podia-se ver sangue injetado em seus olhos, tamanha era sua vontade de ganhar.


Com até uma certa violência, Lara puxava o cabo com toda a força e ainda olhava feio para as crianças que, em sua opinião, eram moles demais. Levi presenciava a cena com perplexidade e, para sua maior surpresa, ao seu lado, Hange gritava frases de incentivo para Lara, na mesma intensidade de euforia da menina.


Em determinado momento, se Levi não a agarrasse, a própria Hange teria entrado na competição ao lado de Lara, pois também achava que aquelas outras crianças eram muito fracotes. Com um grito de fúria, Lara deu um puxão final que fez quase todas as crianças do outro lado da corda caírem de cara no chão.


No final da tarde, Lara estava deitada com a cabeça em uma mesa, exausta. Estavam sentados numa mesinha para quatro pessoas. Hange e Levi sentavam lado a lado, enquanto que, de frente para eles, Lara sentava-se ao lado de seu cavalo de pelúcia, que ocupava o único lugar vago. Então, um rapaz aproximou-se de Levi e Hange, oferecendo um panfleto. Lara observou o moço continuar entregando os panfletos em outras mesas.


- O que é isso? - perguntou, dando a volta na mesa e enfiando-se entre os dois.


- É a propaganda de uma casa à venda - respondeu Hange.


Lara observou bem o panfleto. Nele, havia o desenho de uma casa de campo muito bonita, toda feita de madeira e rodeada por pinheiros. Um lindo pôr do sol aparecia por detrás das árvores e montanhas, dando um aspecto aconchegante para o local.


- Uau! - exclamou Lara, olhando o desenho mais de perto - Que casa linda! Ei, pai! Por que o senhor não compra essa casa pra gente?


Levi observava o desenho do panfleto. Realmente, era um lugar muito bonito.


- Tem que tomar um pouco de cuidado com essas propagandas - disse ele - Normalmente, eles exageram um pouco nas características das coisas que querem vender.


- Não sei não, Levi… - respondeu Hange, com a mão no queixo enquanto observava o desenho - Eu já vi algumas casas do interior e são bem assim mesmo - Hange aproximou o panfleto para poder analisar a planta baixa, desenhada num dos cantos do papel - Nossa, ela é bem espaçosa! Tem uns… Quatro quartos!


- Dá até pra ter o cachorro que o senhor tanto me promete, né pai? - perguntou Lara, olhando sarcástica para Levi.


- Eu só quero ver quem vai limpar as “coisas” desse cachorro que vocês tanto falam - disse Hange - Na minha opinião, um gato seria melhor.


- Bom, - Lara pegou seu cavalo de pelúcia - Enquanto vocês decidem, eu vou ali pegar mais morangos com chocolate, alguém quer?


Os dois responderam que não e Lara foi até Levi pedir dinheiro. Ele disse que aquele seria o último e que, quando voltassem ao Quartel, ela teria que escovar os dentes. Com uma careta, Lara virou-se rumo aos seus morangos com chocolate.


Hange e Levi ficaram em silêncio por um tempo, analisando o panfleto. Hange percebeu que Levi a ficava olhando de canto de olho e ela o encarou, como se perguntasse o que queria.


- No que você está tão pensativa aí? - perguntou Levi, por fim, sinalizando o panfleto com a cabeça.


- Ah, sim… - respondeu Hange, com um sorriso - Estou pensando em como dá para fazer um monte de coisas legais nessa casa.


- Tipo o quê?


Hange levantou o panfleto à sua frente, analisando com a mão no queixo.


- Por ter tantos quartos assim, pensei que um deles poderia ser o meu laboratório - ela apontou para uma região específica do panfleto - Olha essa cozinha, que enorme! Dá para fazer uma grande despensa para os seus chás, não acha? - Hange apoiou o cotovelo na mesa, contemplativa - Fico imaginando a gente em um sábado como esse num lugar assim… - pausou por alguns segundos, e continuou com um sorriso - Poderíamos acordar a hora que quiséssemos, e passaríamos o dia inteiro nos divertindo no quintal… E à noite, você cozinharia algo bem saboroso, porque você sabe que sou uma negação para isso… Daí, poderíamos brincar com alguns jogos de tabuleiro e, quando Lara ficasse com sono, a colocaríamos em seu quarto para dormir e então, por causa da sua insônia, eu e você passaríamos a madrugada inteira fazendo amor e--


Hange deu um pulo na cadeira em que estava, cobrindo a boca com as mãos. Levi a encarava com a mais pura expressão de perplexidade.


- E-E-Eu… - gaguejou Hange, secando as mãos na calça - Q-Quero dizer…


Para o grande alívio dela, Lara voltou com o pote de morangos com chocolate. A menina sentou-se e olhou para seus pais, que estavam muito vermelhos.


- Deixa eu adivinhar… - disse Lara, comendo um morango - Algum de vocês falou alguma coisa embaraçosa? - ela apoiou o garfinho de madeira no queixo - Olha, eu posso ser filha de vocês há pouco tempo, mas não nasci ontem. Aposto que foi a mamãe, acertei?


Gaguejando, Hange a mandou comer seus morangos quietinha e olhou para Levi, coisa que só fez os dois corarem ainda mais. Lara terminou de comer seu doce enquanto ria, baixinho.


Lara dormiu nos primeiros cinco minutos do caminho de volta, na carruagem. Hange e Levi passaram o trajeto inteiro sentindo-se muito tensos, pois o interior das carruagens normalmente são pequenos e sempre que passavam por algum buraco ou desnível na estrada, suas pernas se encostavam, fazendo-os corar.


Já era tarde da noite quando chegaram no quarto de Hange e Lara, para colocá-la para dormir. Somente desta vez, Levi permitiu que ela não escovasse os dentes, mas que amanhã, teria que escovar duas vezes. 


Com Lara posta na cama, Hange acompanhou Levi até a porta. Antes de sair pelo corredor, ele virou-se bruscamente.


- Aceita tomar um chá comigo?


- S-Sim… - respondeu Hange, mais rápido do que deveria.


Os dois desceram até a cozinha do Quartel no mais completo silêncio. Enquanto Levi servia o chá, se perguntavam algumas coisas sobre o trabalho, mas sempre com respostas muito curtas e objetivas.


Sentados à mesa, Hange não tirava os olhos de sua xícara de chá, encarando-a como se fosse o Titã mais interessante do mundo. Levi a observava.


- Então… - começou ele, tomando um gole - Você gostou daquela casa?


Hange engasgou, mas tratou de se recompor em poucos segundos.


- S-Sim! - respondeu, ansiosa - Ela parece ser… Arejada.


- Arejada?


- Sim. Parece que entra bastante vento pelas janelas - Hange mexia as mãos, como se simulasse o vento.


Levi riu e num só gole, virou todo o chá que restava na xícara, levantando-se para lavá-la. Hange escutava os sons de Levi lavando a louça atrás de sua cadeira e apertava suas mãos com tanta força, que seus nós dos dedos ficaram brancos. Com olhos arregalados, continuava a encarar sua xícara de chá.


De repente, sentiu um frio na espinha tão grande, que pensou que alguém tivesse jogado água fria em suas costas. Sem mover um só fio de cabelo, Hange percebeu que Levi estava inclinado ao seu lado, com sua boca quase encostando em sua orelha.


- Eu vou comprar aquela casa - sussurrou Levi.


Hange estremeceu por inteira ao sentir o sopro dele entrar em sua orelha. Virou-se de maneira súbita para vê-lo, mas Levi já saía caminhando casualmente em direção à porta da cozinha, sumindo de vista.


Num salto, ela levantou da cadeira, quase a derrubando no chão e parou na porta, procurando Levi. Ele estava quase virando o corredor, quando Hange exclamou:


- É sério?!


Levi apenas a observou com um sorriso atrevido nos lábios e sumiu, virando o corredor.



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Autor(a): NathaliaCroft

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Queridos leitores, este capítulo foi baseado em uma Fanfic One-Shot de Levihan que escrevi há algum tempo, que também está disponível aqui no meu perfil. Quem quiser lê-la, pois está no POV de Levi, fiquem à vontade. Boa leitura! ♦♦♦ Hange não tocou mais no assunto sobre a casa com Levi, pois a ...


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