Fanfics Brasil - Retribuição Lara (Long-Fic Levihan, Armin Arlert X OC)

Fanfic: Lara (Long-Fic Levihan, Armin Arlert X OC) | Tema: Attack on Titan/Shingeki no Kyojin


Capítulo: Retribuição

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Capítulo tenso e cheio de emoções. Preparei uma música super especial como trilha sonora e gostaria muito de ouvir sua opinião sobre como foi ler enquanto escutava a música, que se chama “The Roof”, do compositor Matthew S. Nelson, da série maravilhosa chamada The Chosen (você pode assistir de graça, baixando o app). Achei que ela combinou perfeitamente com o capítulo e trouxe a ambientação que eu gostaria ♥ Tem no YouTube e Spotify. Sinalizarei a hora de dar o Play.



Outra coisa que acabei esquecendo de mencionar no capítulo anterior, é que fiz Hange ter esse problema do descolamento de placenta, devido uma experiência que minha própria mãe passou, quando estava gestante de mim. Ela teve o descolamento de placenta e precisou ficar de repouso por muito tempo, e sua obstetra lhe disse que, se eu nascesse, ela iria rasgar seu diploma da faculdade de medicina. Pois bem, aqui estou eu, bem viva, e até agora, a médica não rasgou seu diploma. Vai entender rsrs…

♦♦♦


Na frente do rio, Lara apressadamente ajeitava a carroça amarrada aos dois cavalos  que sua mãe pegou dos soldados que abateu no dia anterior. 


Hange já estava deitada na carroça. Armin havia a levado no colo até lá e agora já chegava carregando Levi, também. Lara não conseguiu evitar sentir certa pena do noivo, pois ficou mais vermelho que um pimentão ao se esforçar para carregar a sogra, que à esta altura da gravidez, estava bem pesada.


Ao longe, os Titãs Colossais caminhavam ao lado do Titã grotesco de Eren.


Lara terminava de arrumar os cavalos quando Armin gentilmente colocou Levi ao lado de Hange.


- Rápido! - exclamou Lara, indo até os pais e os ajudando a se ajeitar - Precisamos ir logo, antes dos Colossais das outras muralhas nos alcançarem! Temos um bom caminho até chegarmos em casa.


- Estamos prontos! - respondeu Hange, cobrindo Levi com um cobertor. Ele estava muito grogue e tremia um pouco. Lara olhou para Armin, que lhe deu um olhar preocupado.


- Ele está bem quente - disse Armin, ainda um pouco ofegante por ter carregado peso - Está suando muito, também.


Hange e Lara olharam para Levi, apreensivas.


- V-Vai dar tudo certo - gaguejou Hange, tentando dar um sorriso otimista para a filha e o genro - Em casa, temos algumas ervas e alguns remédios para febre.


Os dois tentaram lhe retribuir o sorriso, mas não conseguiram muito bem. Armin então olhou para as duas, firme.


- Preciso ir agora mesmo. Os outros precisam de toda a ajuda possível! - ele analisou as próprias mãos - É capaz de eu ter que me transformar em Titã Colossal, também…


Hange e Lara se entreolharam, preocupadas. Hange se inclinou para frente e apertou o ombro de Armin.


- Vocês vão conseguir. São excelentes soldados.


Armin engoliu em seco e concordou com a cabeça, sentindo um tremor pelo corpo.


- Por favor - continuou Hange - Peça perdão para os outros, por não conseguirmos ajudar neste momento tão crítico...


- Fiquem tranquilos - respondeu Armin, apertando a mão da sogra - Eles irão compreender a situação. Agora, somente se preocupem em você e Levi se recuperarem. Tenho certeza de que Lara cuidará muito bem de vocês dois - ele apertou o ombro da noiva, de leve.


Lara estava estranhamente quieta e olhava para um ponto fixo. Hange e Armin a observavam e então, se entreolharam, nervosos. Armin limpou a garganta.


- Bom, preciso correr.


Ele e Hange deram um forte abraço e ela afagou seus cabelos.


- Estaremos torcendo por vocês, querido. Fiquem bem!


Armin agradeceu com um sorriso triste. Deu um apertãozinho no ombro do sogro, que estava tão mal, que nem sentiu, e fechou a parte de trás da carroça. Hange se deitou ao lado de Levi, segurando a barriga, apreensiva, enquanto dava um longo suspiro e olhava para o marido febril ao lado. Entrelaçou seus dedos na mão boa de Levi.


Armin olhava para Lara de maneira significativa. Então, delicadamente passou o dedo no rosto dela, que levou um susto, como se tivesse sido acordada de um transe.


- Amor, estou indo - ele pegou nas mãos da noiva, apertando-as.


- C-Claro, claro - respondeu Lara, balançando a cabeça. Ela se inclinou sobre a carroça, para enxergar a mãe - E-Eu já volto, só vou ali me despedir do Armin.


Hange concordou e os dois foram até o cavalo que Armin tinha usado para vir até eles, posicionado há alguns metros de distância, já pronto e virado em direção à Shiganshina.


Pararam ao lado do cavalo, com Armin apoiando a mão na sela. Ele tinha a garganta seca e seu coração batia muito rápido, com uma angústia crescendo em seu peito. Percebeu que os olhos de Lara estavam vermelhos e que evitava seu olhar. Ele gentilmente pegou em seu queixo, fazendo-a olhar para ele. Lara derramou uma lágrima e pressionou os lábios.


- M-Môzinho… - gaguejou ela, sentindo um soluço vir da garganta - E-Eu estou com medo de que voc-- Lara cobriu o rosto com as mãos, sacudindo os ombros enquanto chorava.


- Ei, ei, ei! - exclamou ele, levantando as sobrancelhas, entrelaçando ela em seus braços e a balançando devagar - Não pense nisso.


Porém, o próprio Armin também estava amedrontado. Lara chorava em seu peito. Ele segurou o rosto dela com as mãos e beijou sua testa.


- Você se lembra do que nós dois falamos um para o outro quando estávamos em Shiganshina, há quatro anos? Quando estávamos nervosos?


Lara deu um sorrisinho triste.


- Sim, me lembro muito bem.


- Vamos repetir?


Então, juntos, disseram:


- Respire fundo. Pense com clareza. Você consegue fazer isso, eu sei que é plenamente capaz.


Os dois se abraçaram forte. Ao mesmo tempo, encostaram seus lábios em um longo selinho e então, mexeram suas bocas para um beijo. Lágrimas saíam de seus olhos e suas respirações eram intensas. Se apertaram cada vez mais em seu abraço, como se quisessem guardar aqueles toques para sempre em suas memórias. Quando se soltaram, Armin pegou no rosto da noiva e a encarou profundamente.


- Eu vou voltar - disse, firme - E vou me casar com você. É uma promessa. Eu não prometi que iria encontrar você e Hange? Pois bem, eu prometo que vou voltar para você.


Lara o puxou para mais um beijo, dessa vez, um pouco mais chorosa. Ao se afastarem, encostaram suas testas.


- Eu te amo - sussurrou ela.


- Eu também te amo, minha linda - respondeu ele.


- Quando tudo acabar, vá para a minha casa. Estaremos te esperando lá, certo?


- Pode deixar.


Lara acariciou o rosto do noivo, absorvendo cada detalhe em sua mente. Ela lhe deu um selinho macio.


- Vamos - disse ela  - Nossos deveres nos esperam.


Ele concordou, mas agora adquiriu um semblante bem abatido. 


- Armin… - disse Lara, pesarosa, entrelaçando seus dedos nos dele - Sinto muito por vocês terem que fazer isso. Desejo muita força para você e para a Mikasa quando tiverem que… Bem, você sabe. Sei que será doloroso.


Ele pressionou os olhos, tentando conter algumas lágrimas, baixando a cabeça e, aos poucos, foi assentindo. Agradeceu e subiu em seu cavalo e se inclinou para dar mais um beijo em Lara, que teve que ficar de ponta de pé para alcançá-lo.


- Até breve, meu amor - disse ele, com um sorriso triste e as rédeas prontas.


- Até breve, meu Comandante - respondeu ela, dando um apertãozinho em sua perna.


Armin piscou lentamente e então, impulsionou o cavalo e saiu, rápido. Lara o observava, apertando a roupa no peito, sentindo seu queixo tremer e seus olhos marejarem. Ela virou-se e começou a andar em direção a carroça, porém, olhou para trás.


Da mesma maneira que aconteceu em Shiganshina, Lara se surpreendeu ao ver que Armin também a olhava.


Os dois deram um sorriso triste e finalmente, viraram-se, cada um pronto para cumprir sua missão.


♦♦♦


► Play - “The Roof”, de Matthew S. Nelson


Os cavalos corriam velozmente. Guiando a carroça, Lara segurava as rédeas com força.


- Se tudo der certo - disse ela, elevando sua voz para ser ouvida acima dos barulhentos cascos dos cavalos - Chegaremos em casa antes do anoitecer!


“Isso se tivermos uma casa em pé quando chegarmos”, pensou, pressionando os dentes. “Por favor, não permita que os Colossais a tenham destruído, senão, o que faremos?!”


Lara deu uma rápida olhada para trás e viu que Hange se debruçava sobre Levi.


- Ei! - exclamou, agora voltando a se concentrar no caminho à frente - Vocês dois aí, estão bem?! E o Serumaninho?


- Estamos bem sim, filha! - respondeu Hange, em alto e bom som - Não se preocupe conosco!


Porém, ela estava mentindo.


Levi ardia em febre e seu corpo tremia por inteiro. Estava ensopado de suor e praticamente desacordado.


Hange havia sentido novamente aquela estranha sensação na região íntima, e quando passou a mão, mais sangue escorreu.


Já o Serumaninho, parecia estar tendo o pior passeio de carroça de sua vida, o tanto que se mexia em desconforto.


Mas, Hange precisava que sua filha se preocupasse somente em levá-los em segurança para casa. Quando chegassem, ela poderia se preocupar com o restante.


Cavalgaram por bastante tempo. Armin não saía dos pensamentos de Lara e ela constantemente olhava para os céus, pedindo para que seu noivo e seus amigos ficassem bem.


Então, ela os avistou.


Uma enorme fileira de Titãs Colossais, caminhando a passos lentos em direção a eles, provavelmente indo até Eren, para segui-lo onde quer que os guiasse.


Ali, Lara pensou que seu coração fosse parar. Ouso dizer que foi o momento de sua vida em que mais teve medo, tamanho terror invadiu seu coração.


Hange também não estava melhor do que ela. Quando avistou aquelas gigantes criaturas, sua cabeça doeu tanto, que achou que iria explodir. Até mesmo o bebê pareceu se encolher um pouco dentro da barriga.


Um vento forte passava sobre eles e pesadas nuvens escuras pairavam acima de suas cabeças. Apesar do barulho da carroça, dos cascos dos cavalos e das pisadas fortes dos Colossais, um estranho silêncio parecia os rodear.


Um silêncio amedrontador.


Daqueles que antecedem uma grande tempestade.


Hange e Lara sentiram calafrios por todo o corpo.


Lara virava sua cabeça e percebeu que, para onde quer que olhasse, haviam Titãs Colossais vindo em sua direção.


Sentindo seu corpo inteiro tremer de pavor, Lara exclamou:


- Não tem jeito! Vamos ter que passar por eles!


Hange arregalou os olhos e instintivamente segurou a mão de Levi, a apertando forte. Apesar da péssima situação em que estava, ele levemente apertou de volta.


Lara sacudiu as rédeas, para os cavalos correrem mais rápido.


Os Colossais estavam cada vez mais próximos.


Lara analisava a situação, com seu coração pulsando forte em seus ouvidos. Olhou para as mãos e viu que tremia muito. Voltou sua cabeça para frente, com suor descendo por todo o rosto.


“Pelo menos eles são lentos”, pensou, observando os dois Titãs Colossais em que teria que passar pelo meio. “Se eu for esperta, vamos conseguir passar!”


BUM… BUM… BUM…


Cada passo que eles davam parecia uma explosão.


Estavam tão próximos agora, que a carroça saía um pouquinho do chão, a cada pisada dos Colossais. O forte vento fez o capuz da capa verde de Lara cair de sua cabeça.


“É agora!”, pensou, se inclinando para a frente e sacudindo mais as rédeas dos cavalos, que corriam a uma velocidade absurda.


- Mãe! Pai! Segurem-se! - exclamou ela, sentindo que seu coração iria sair pela boca.


Hange agarrou Levi com todas as forças que tinha com uma das mãos, e com a outra, na borda da carroça. Um tremor invadia seu corpo. Sua barriga doía demais e agora o bebê chutava muito. Sentiu mais sangue escorrer por entre suas pernas. Ela olhou para os céus.


“Por favor!”, pensou, em desespero. “Proteja a minha família!”


À sua frente, Lara orava pela mesma coisa.


Com seu sangue fervendo ao sentir o mais puro terror, Lara guiou a carroça por entre as gigantes pernas dos Titãs Colossais.


Ela estava certa. Podiam ser enormes, mas eram lentos.


No exato momento em que passou por entre suas pernas, eles deram um passo tão forte, que Hange, Levi e Lara levantaram um pouquinho da carroça, pairando no ar. Até mesmo os cavalos saíram do chão por alguns instantes.


Com seu coração batendo descontroladamente, Lara pressionava os dentes, se concentrando ao máximo para não perder a guia dos cavalos. Cavalgaram por mais muitos e muitos metros. Somente quando estavam já há quase um quilômetro de distância, Lara olhou para trás, avistando uma Hange completamente sem cor, boquiaberta e ainda agarrada a Levi e a carroça.


- V-Vocês estão bem?! - exclamou Lara, sentindo algumas lágrimas saírem de seus olhos.


Hange não respondeu. Estava em transe.


- Mãe!!! - Lara chamou mais uma vez e Hange sacudiu a cabeça, pressionando os olhos.


- O-O quê?! - perguntou - O que você disse, filha?


- Eu perguntei se vocês estão bem!


Hange olhava para os lados, piscando muito e seu peito subindo e descendo rapidamente. Ela então olhou para Lara.


- S-Sim… E-Estamos bem… N-Nós conseguimos?


- Conseguimos! - respondeu Lara, olhando para frente, com o cenho franzido - Mas, acho que ainda tem mais! Estes devem ser os que saíram da Muralha Rose! Ainda temos que enfrentar os Colossais da Muralha Sina!


Hange arregalou ainda mais os olhos.


- É mesmo… - sussurrou, boquiaberta.


Passou muito tempo e eles ainda continuavam a correr velozmente na carroça. O céu estava muito escuro.


Lara olhava ao seu redor e viu que sua teoria também estava certa. Os Colossais simplesmente saíram pisando em tudo o que viram pela frente. Avistou muitas árvores e terrenos destruídos, assim como algumas casas e celeiros, também. Entretanto, algumas ainda estavam intactas, o que lhe trouxe uma certa esperança de que sua casa também poderia ainda estar de pé.


Passou mais um bom período de tempo e continuavam firmes em sua cavalgada. Lara constantemente olhava para trás, para se certificar do estado de seus pais. Apesar de Hange sempre lhe responder que estavam bem, Lara não era tola para perceber que aquilo não era verdade.


Hange estava totalmente vermelha e, assim como Levi, ensopada de suor. A expressão de dor intensa não saía de seu rosto e ela constantemente checava sua região íntima, só para se angustiar ainda mais ao ver que sangue continuava escorrendo. Sentia fortes pontadas na barriga e na lombar. 


Já há muito tempo, Lara notou que o pai estava péssimo. Em determinado momento do caminho, Hange o aplicou mais um analgésico. Ele tremia e sua respiração era dificultosa.


As lágrimas escorriam pelas bochechas de Lara e embaçavam sua visão. Precisava constantemente se limpar com sua capa verde. Seu coração ardia em aflição.


Então, para aumentar ainda mais sua angústia, ela avistou a segunda leva da fileira dos Titãs Colossais. Da mesma maneira que fez anteriormente, Lara guiou os cavalos até entre dois Colossais e, sentindo o mesmo desespero, passou por eles.


Quando finalmente se viram bem longe das criaturas, Lara não aguentou mais e se permitiu chorar, mas não tirando sua atenção do caminho à frente e dos cavalos. Seu peito tremia ao sentir seu coração mais leve, aliviada por terem conseguido enfrentar o que talvez foi o pior pesadelo de suas vidas.


- Obrigada! - exclamava ela, olhando para os céus e soluçando - M-Muito obrigada!


Lara ouviu Hange vomitar atrás de si e olhou para ela. Mas, sua mãe ainda continuava insistindo em dizer que estavam bem.


- Aguentem firme, só mais um pouquinho! - disse Lara, tentando lhe dar um sorriso otimista - O pior já passou! Em breve, chegaremos em casa! Estaremos à salvo!


Cavalgaram por mais um tempo e finalmente pegaram a estrada que levava até sua casa. Enquanto Lara e Hange analisavam a paisagem ao redor, não sabiam o que sentir, pois algumas casas haviam sido destruídas, e outras não. Não havia como saber se ainda teriam um telhado sobre suas cabeças. Somente quando chegassem definitivamente lá.


Para chegarem até sua casa, passavam por um pequeno morro, que ficava um pouco depois do terreno onde Lara gostaria de construir sua casa, quando ela e Armin se casassem. Quando finalmente chegaram ao topo do morro, Lara parou a carroça para poderem contemplar a paisagem à sua frente.


Ela e Hange deram um grito de alegria e alívio.


Ao longe, puderam ver.


Sua casa estava completamente intacta.


Lara virou-se para trás, chorando de alegria e com um enorme sorriso. Hange lhe retribuiu a expressão de felicidade, sacudindo os ombros enquanto chorava de emoção. Até mesmo o Serumaninho deu alguns chutinhos de contentamento.


- Amor! - exclamou Hange, apertando a mão de Levi, agora completamente desfalecido - Conseguimos! Nossa casa! Está ali, esperando por nós!


Lara deu uma risada boba e sacudiu as rédeas. A única coisa que lhe deu uma pontada de tristeza naquele momento, foi ver que o terreno de sua futura casa estava um tanto quanto destruído. Provavelmente, algum Titã Colossal pisou ali.


Porém, Lara estava tão feliz em ver seu precioso lar a apenas alguns metros de distância, que pensou que nada que um bom serviço de terraplanagem não resolvesse o problema.


Guiou os cavalos mais um pouco, até finalmente chegarem no estábulo atrás de sua casa. Quando a carroça finalmente parou, Lara sentiu como se um enorme peso saísse de suas costas. Soltou um suspiro de alívio tão grande, que sentiu seu corpo inteiro se amolecer e teve que se segurar para não cair do banco de cocheiro da carroça.


Olhou para trás e viu que o peito de Hange subia e descia, dando fortes respiradas de alívio. Os olhos dela estavam pesados e parecia que iria desmaiar a qualquer momento.


“Ainda não acabou!”, pensou Lara. Ela então desceu rapidamente da carroça, indo até a portinha que a fechava por trás.


- Venha, mamãe - Lara estendeu os braços, para que Hange pudesse se apoiar nela - Você vai precisar andar somente um pouquinho.


Com dificuldades, Hange desceu da carroça e, apoiada na filha, as duas caminharam até a varanda e finalmente abriram a porta.


Quando entraram em casa, a contemplaram como quando a viram reformada pela primeira vez. Um imenso sorriso estampava em seus rostos e lágrimas desciam por suas bochechas. Elas se entreolharam e não conseguiram evitar se abraçar forte, uma soluçando nos braços da outra. Agradeceram em pensamento por terem conseguido chegar sãos e salvos.


- Rápido, mãe! - Lara guiou Hange até o sofá, a deitando e colocando alguns travesseiros em suas costas - Vou te trazer os remédios!


Lara correu até a cozinha e pegou o remédio que Levi havia guardado nos armários e mais um remédio de pressão que Hange sempre tomava quando tinha suas crises. Após tomá-los, foi a vez dela sentir um enorme peso sair de suas costas e acariciou a barriga com afeto.


- Pronto, Serumaninho… - disse, com seus olhos cansados e voz embargada - Agora, é só você tratar de ficar quietinho aí. Porque eu não tenho planos de ir para mais lugar algum, só daqui para a minha linda cama!


As duas não conseguiram evitar rir.


- Não, senhora - Lara lhe apontou o dedo, com uma expressão atrevida - Precisa tomar um banho, primeiro!


Hange lhe fez um biquinho de indignação, mas concordou com a cabeça.


- Espere aí - disse Lara, se dirigindo à porta - Vou buscar o papai e já volto.


Lara correu até a carroça e, da mesma maneira como o havia carregado até o acampamento, o colocou na garupa.


- Paizinho… - dizia ela, ofegante, olhando para a cabeça de Levi, que pendia em seu ombro - Pode se alegrar, você vai tomar um banho!


Preocupada, Hange observou sua filha passar por ela, carregando um Levi desacordado até o banheiro. Se apoiando nas paredes, Hange os seguiu e sentou-se no banquinho que tinha dentro do cômodo. Lara havia deixado o pai sentado e encostado em uma das paredes. Colocou sua mão na testa dele e viu que ainda ardia em febre.


Ela foi até um local do banheiro onde esquentavam água. Precisaria dar um banho morno no pai, para baixar a febre, assim como Hange havia lhe dado naquela ocasião em que também teve muita febre, há muitos anos atrás, quando a chamou de ‘mamãe’ pela primeira vez. 


Hange viu Lara começar a tirar as faixas do rosto de Levi, apenas deixando as da mão direita, que enrolou com uma toalha pequena, para que não molhasse e o sangue que ainda escorria não se misturasse com a água da banheira. Depois, trataria de limpar o local do ferimento e faria um novo curativo.


Lara começou a despir o pai. Hange se aproximou para ajudar. Fazendo uma grande força, Lara o carregou no colo, como uma criancinha e o colocou dentro da banheira. Ele tremia e suava muito.


- Calma, papai - disse ela, passando a mão na parte boa de seu rosto com carinho - Já, já, o senhor vai melhorar.


Então, foi enchendo a banheira com a água morna. Apesar de estar desacordado, aquilo pareceu fazer muito bem a Levi, não somente pelo fato dele amar tomar banho, mas também pela água estar numa temperatura tão agradável, que seus membros, aos poucos, foram relaxando. Agora, ele parecia respirar mais normalmente, o que trouxe um grande alívio para Hange e Lara.


Com delicadeza, Lara passava uma esponja macia pelo corpo do pai, que compraram para passar na barriga de Hange, quando ela engravidou. Hange observava a cena sentindo um aconchego em seu coração, ao ver o carinho que a filha cuidava do pai.


Quando terminou, Lara tirou a tampa válvula da banheira, deixando a água escorrer por um local preparado para isso. Após a banheira esvaziar, Lara secou Levi e novamente, o carregou no colo, até colocá-lo deitado em seu lado da cama. Enquanto a filha fazia isso, Hange foi até o guarda-roupa pegar um pijama e ajudou a vesti-lo.


Devidamente debaixo das cobertas e muito confortável, Lara limpou o ferimento da mão direita de Levi, fazendo um novo curativo. A região amputada ainda estava bem feia. Hange havia ido até a cozinha e pegou um remédio para febre que encontrou.


Com muitas dificuldades, conseguiram fazer Levi engolir o comprimido e aproveitaram para lhe dar mais uma injeção do analgésico que ainda sobrou no kit de primeiros-socorros, para evitar que ele precisasse abrir a boca novamente e não correr o risco dos pontos arrebentarem.


As duas suspiraram de alívio ao verem que finalmente, Levi estava no lugar mais seguro que poderia estar. Agora, era só esperar e torcer para que tivesse uma boa recuperação. Lara fechou a janela, que anteriormente Hange havia aberto para deixar a luz entrar e elas saíram, fechando a porta. Paradas no corredor, Lara olhou para Hange.


- Sua vez de tomar um banho, mamãe - ela lhe deu um sorrisinho.


Foi mais fácil ajudar Hange no banho. Ela sangrou um pouco, o que fez Lara ter que trocar toda a água da banheira em determinado momento. O Serumaninho também pareceu gostar da água quentinha e do carinho da irmã, e se mexia devagar na barriga de Hange. Lara a ajudou a se secar e, com uma lamparina acesa na mesinha de cabeceira, a ajudou a colocar um pijama, não sem antes lhe passar óleo essencial de lavanda na barriga. Também acharam melhor que Hange colocasse um absorvente, para evitar manchar as roupas e os lençóis.


Com sua mãe também devidamente colocada na cama, Lara lhe deu um beijo na testa e disse para eles dormirem até não aguentarem mais, e que ela iria tomar um banho e preparar algo para comerem. Antes de sair, Hange segurou na mão de Lara e a acariciou.


- Filha… - ela deu um pequeno soluço e através da luz da lamparina, podia-se ver uma lágrima escorrendo em seu rosto - Eu não sei como te agradecer por tudo o que você está fazendo por mim e por seu pai.


Lara sorriu gentilmente e a apertou de volta.


- Não precisa agradecer. O que eu fiz foi pouco, comparado ao que vocês já fizeram por mim. Te amo, mamãe.


- Eu também te amo, filha. Muito… - Hange lhe deu um sorriso.


Lara saiu do quarto e fechou a porta atrás de si. O corredor estava bem escuro e seu rosto era iluminado pelo fogo da lamparina. Encostou-se em uma parede e se deixou deslizar, até cair sentada no chão, com seu peito subindo e descendo, exausta. Ela olhou para o teto e sussurrou:


- Obrigada… Muito obrigada… Eu também te amo, viu?


Em resposta, sentiu seu coração se aquecer um pouquinho e deu um pequeno sorriso.


Lara se levantou e foi até o banheiro. Se olhou no espelho.


Estava horrorosa.


Agora que se olhava bem, percebeu que haviam pequenos galhos de arbustos em seus cabelos e seu rosto estava imundo, coberto de poeira, sujeira e marcas das lágrimas. Havia também um pequeno corte em sua testa.


Ela começou a tirar suas roupas e finalmente, conseguiu tomar um banho quentinho. Estava tão aconchegante na banheira, que teve um momento em que quase pegou no sono.


Usando uma roupa confortável agora, Lara foi até a cozinha para preparar alguma coisa para se alimentarem. Estava faminta e não se lembrava da última vez que comeu uma refeição normal.


Porém, teve uma grande decepção quando abriu os armários e os viu praticamente vazios. Bateu a mão na testa e se xingou de burra, pois faziam no mínimo umas duas semanas que nem Lara, Hange e Armin não vinham para casa e não abasteciam a despensa.


Plantada no meio da cozinha, com as mãos na cintura, Lara chegou à conclusão de que sua única saída era correr em algum vizinho e pedir comida. A casa mais próxima era a uns dez minutos de cavalgada dali. Lara saiu com um dos cavalos e ficou aliviada ao ver que a casa em que fora pedir comida também estava de pé.


Bateu na porta e demoraram um pouco para atender. Uma senhora, que parecia muito assustada, a recebeu. Um garotinho moreno de uns seis anos a olhava timidamente, agarrado à saia da mãe. Em poucas palavras, Lara explicou sua situação e a mulher prontamente lhe entregou uma cestinha com frutas e legumes. Lara agradeceu imensamente sua generosidade e antes de sair, o garotinho puxou sua camiseta de leve e lhe entregou uma jarra com leite fresco.


Com um sorriso gentil, Lara afagou seus cabelos e agradeceu. Sem querer, acabou fazendo a saudação da Tropa de Exploração, por ser um gesto que os soldados costumavam fazer quando estavam na frente de civis. O garotinho pareceu extremamente eufórico, fazendo-a achar graça da reação da criança. A mãe do menino pacientemente explicou que ele era fã da Tropa de Exploração, por isso a empolgação ao conhecer pessoalmente uma das soldados. Tímida, Lara agradeceu pelo carinho.


Quando chegou em casa, Lara tratou de fazer uma caprichada sopa de legumes. Revirando as gavetas dos armários, encontrou um canudo de madeira, que Hange havia comprado, por simplesmente ter achado bonitinho e alegado que o bebê iria gostar de usar para tomar um suco. Em uma tigela, amassou bem os legumes, até virar praticamente um caldo, e colocou o canudo, para Levi não ter que abrir muito a boca para se alimentar.


Eram umas oito horas da noite quando Lara foi até o quarto dos pais levar-lhes o jantar. Felizmente, Levi acordou e parecia um pouco melhor. Hange comia a sopa com um apetite voraz e Lara auxiliava o pai a tomar usando o canudo. Somente quando os dois terminaram, que Lara se permitiu jantar, sentada na beira da cama dos pais, enquanto ela e Hange conversavam sobre o que Armin e os outros estariam fazendo neste momento, enquanto Levi somente as observava.


- Pai, o senhor está sentindo alguma dor?


Levi deu de ombros, e sacudiu a mão boa, sinalizando que não deveriam se preocupar. Lara franziu o cenho e fez um biquinho, como se desse bronca. Foi até a cozinha e voltou com um analgésico, o ajudando a tomar a água com o canudo. Afagou os cabelos do pai, alegando que ele era mais teimoso do que criança. Hange riu.


- E essa perna? - perguntou Lara, apontando para o membro - Como está?


Dessa vez, Levi fez um sinal negativo com a mão. Lara apontou para a mãe.


- Culpa dela - disse, dando uma risadinha atrevida.


- Minha?! - retorquiu Hange, indignada.


Levi levantou os braços, como se dissesse: “Poxa vida, mulher!”


Os três riram e Hange se inclinou para beijar a bochecha do marido, que pareceu gostar, pois conseguiu dar um leve sorrisinho com a boca.


- Pai - disse Lara, se apoiando na cabeceira da cama - Tem algo que eu queria te perguntar, mas só lembrei agora. O senhor por acaso tomou o vinho com o fluido espinhal do Zeke?


Levi revirou o olho bom. Através do olhar, disse para a filha: “É claro que não, você acha que eu trocaria os chás que você me preparou por um vinho qualquer?! De jeito nenhum!”


Aquilo as deixou muito aliviadas. Lara deu um leve beijo na testa do pai, em agradecimento. Porém, as duas perceberam que, ao tocar no nome de Zeke, Levi pareceu um pouco desconfortável. Ele já estava sabendo que o Titã Bestial havia sobrevivido à explosão.


As duas o ficaram encarando por alguns segundos. Levi fechou o olho e respirou fundo. Por fim, deu de ombros e um olhar significativo para Hange e Lara, sinalizando que, apesar de não ter conseguido cumprir a promessa que havia feito ao seu melhor amigo, tinha tantas outras coisas mais importantes para se preocupar agora, como a saúde de sua esposa, bebê, filha e a dele mesmo, que matar Zeke pareceu se tornar o último item da sua lista de prioridades.


- Bom… - Lara bateu as mãos - Quem quer chá? Isso tem de sobra na despensa! - ela foi recolhendo as três tigelas de sopa.


Levi se empertigou na cama, de repente parecendo animadinho, pois detestava ficar muito tempo sem tomar algum chá. Hange ofereceu ajuda, mas Lara recusou, a ameaçando que, se ela pisasse para fora daquela cama, o Serumaninho nasceria com cara de Titã. O bebê pareceu não gostar nem um pouco da brincadeira da irmã, rendendo um belo de um chute na barriga de Hange.


Lara lhes trouxe um caprichado chá de camomila e, enquanto Hange e Levi tomavam, ela pegou os futons e os colocou na frente da cama dos pais, pois achou por bem dormir no mesmo quarto, para caso acontecesse algo durante a madrugada.


Realmente, fazer isso foi muito útil, pois, lá para as três da manhã, Lara acordou com sua mãe lhe chamando, pois Levi estava febril novamente e ensopado de suor. Ela teve que dar outro banho no pai e mais um remédio para febre. Hange ficou tão nervosa, que estava vermelha e sua cabeça doía muito, e sua filha também teve que lhe dar outro remédio para a pressão.


Lara não conseguiu mais dormir naquela noite e lá para as seis da manhã, levantou-se e foi para a cozinha. Vasculhou os armários com mais atenção e percebeu que, felizmente, havia um pote cheio com farinha e alguns outros ingredientes que demoravam para estragar, como sal, açúcar e fermento.


Decidiu fazer um pão caseiro, que Levi a havia lhe ensinado quando passaram aquelas férias na casa nova, anos atrás. Lara não era tão boa na cozinha quanto o pai, mas logo, o ambiente já cheirava a pão fresquinho. O leite que o garotinho lhe deu ajudou muito a incorporar a receita.


Em geral, não tiveram um dia muito bom. A febre de Levi ia e vinha, e parecia estar com uma dor latejante no lugar dos dedos amputados, que ainda sangravam muito. Hange continuava sentindo muitas dores na barriga e na lombar. Sangrou um pouco, também.


No terceiro dia, Lara os avisou que precisaria sair para comprar comida, pois não queria abusar da boa vontade dos vizinhos, que também deveriam estar passando por perrengues, assim como eles.


Quando ela chegou ao centrinho, encontrou um pequeno caos acontecendo ali. Aparentemente, um dos Titãs Colossais pisou um pouco naquela área, destruindo algumas casas e comércios, deixando a população dali bem atordoada.


Pelo menos, alguns dos comércios continuaram funcionando, pois, querendo ou não, as pessoas precisavam continuar sobrevivendo. Lara fez uma boa compra de alimentos e também aproveitou para comprar mais remédios para pressão, febre e dor na farmácia local.


Foi somente no quinto dia que a febre de Levi finalmente baixou bem e agora, ele somente sinalizava que sentia dores, principalmente na perna direita. Lara até tentou fazê-lo andar um pouco, mas ele, infelizmente, não conseguiu, o que deixou ela e sua mãe muito aflitas. Hange ainda sangrava, mas era bem pouco. Porém, continuava sentindo algumas dores agudas na barriga. 


O Serumaninho pelo menos aparentava estar bem e gostava muito de quando a irmã passava o óleo essencial de lavanda na mãe. Ele ainda parecia um pouco chateado pela brincadeira que Lara fez alguns dias atrás e só aparentou desculpá-la quando ela lhe prometeu que compraria todos os doces que ele quisesse, quando tivesse a idade apropriada para comê-los, e que também o levaria no parquinho por pelo menos duas vezes por semana.


No dia seguinte, lá para o meio da tarde, Lara se apoiava na bancada da cozinha, pressionando as têmporas. Estava com uma forte dor de cabeça. Sua mãe havia tido um pico de pressão alta há alguns minutos e Lara se sentia bastante estressada, pois não estava dormindo bem durante as noites, acordando sempre com um pouco de dores nas costas. A constante preocupação com os pais, Armin e os outros estava lhe dando enxaquecas. Passava as madrugadas ponderando como o noivo e seus amigos estavam se saindo no combate ao Eren, sentindo uma grande angústia em seu coração. Levi tentava disfarçar sua preocupação, mas Hange não, por isso ainda tinha crises de pressão alta.


Deu um grande suspiro e saiu para a varanda, para tomar um pouco de ar. Andava de um lado para o outro, com as mãos na cintura, aflita. O céu já estava mais limpo à essa altura, somente com algumas nuvens de fumaça aqui e ali, mas o sol brilhava no alto.


Se apoiou nas grades da varanda, cabisbaixa.


Então, aos poucos, começou a escutar um som ao longe.


Ela olhou em direção ao topo do morro e viu que alguém vinha, correndo a cavalo. À princípio, achou que fosse alguém que morasse ali perto, mas quando estreitou os olhos, sentiu que seu coração fosse parar.


Reconheceu imediatamente aquela pessoa.


Era Armin.


Seu soldado havia retornado para casa.


Ela praticamente saltou das grades da varanda, sentindo uma combustão de energia queimar dentro de si, e correu em direção a ele.


Dessa vez, Armin foi cuidadoso o suficiente para estacionar o cavalo ao lado da estrada e descer da sela, para evitar qualquer atropelamento por parte da noiva, e também correu em direção à ela.


Com lágrimas brotando aos montes dos olhos deles, Lara literalmente se jogou nos braços de Armin, o entrelaçando com as mãos e as pernas. Os dois enfiaram seus rostos no pescoço do outro, soluçando. Armin caiu de joelhos no chão, ainda agarrado à ela, que escorregou um pouco de seu colo e também se ajoelhou.


Ficaram chorando, abraçados ali no chão, por muito tempo.


Então, finalmente puderam olhar para o outro.


Lara empertigou as costas ao reparar bem na aparência do noivo, boquiaberta.


Ele estava incrivelmente bem arrumado, usando seu grande sobretudo do Exército, de uniforme completo. Usava também um quepe de alta patente, com a insígnia da Tropa de Exploração. Armin parecia até mais maduro.


Um verdadeiro Comandante.


Não podemos dizer o mesmo de Lara, que agora estava bem descabelada, com profundas olheiras e um semblante de extremo cansaço. Além de estar praticamente usando pijamas. Mas, Armin não se importou com nada disso.


Ele a segurou com as duas mãos em seu rosto, e disse:


- Eu não te disse que iria voltar? Acabou, meu amor. Vencemos. Salvamos a humanidade - Armin soltou um clamor de sua garganta, derramando uma lágrima - Eren… E-Está morto.


Lara abriu a boca, prendendo a respiração. Armin se aproximou.


- Os Titãs não existem mais. Minha maldição foi quebrada.


De olhos arregalados, Lara deixou cair uma lágrima. Ainda segurando o rosto da noiva, Armin a limpou com o polegar, e em meio às suas próprias lágrimas, lhe deu um sorriso.


- Amor… Eu não vou mais morrer.





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Autor(a): NathaliaCroft

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