Fanfics Brasil - Toscana Lara (Long-Fic Levihan, Armin Arlert X OC)

Fanfic: Lara (Long-Fic Levihan, Armin Arlert X OC) | Tema: Attack on Titan/Shingeki no Kyojin


Capítulo: Toscana

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Queria agradecer o Gabriel Lorenzi, Guia Viajar Melhor, Apure Guria, Ansa Brasil pelos artigos e vídeos que me ajudaram muito a desenvolver este capítulo e a criar um roteiro turístico no mínimo decente para a lua de mel dos nossos queridos Larmin 😆


♦♦♦


Armin acordou no meio da madrugada com Lara lhe cutucando.


Deitada em seu peito, ela o olhava de baixo, com uma expressão significativa.


Meio sonolento, se apoiou nos cotovelos para vê-la melhor.


- O que foi, amor? - perguntou ele, piscando rápido para desembaçar os olhos.


Lara molhou os lábios e baixou a cabeça.


- É que… Eu não estou conseguindo dormir… - ela voltou a olhá-lo com aquela mesma expressão.


- Por quê? - perguntou Armin, preocupado e agora se sentando na cama - Você está bem? Aconteceu alguma coisa? - ele pegou em seu rosto com as duas mãos.


Lara parecia estar encabulada com algo, pois desviava seu olhar e pressionava os lábios, como se quisesse rir. Agora, Armin a encarava com uma expressão confusa.


- Está tudo bem, môzinho… - respondeu ela, passando o dedo no peito dele, fazendo um pequeno biquinho - É que… Eu… Bem… Queria namorar de novo… - Lara o olhou de baixo como um cachorrinho carente.


Armin escancarou a boca, perplexo. Porém, no segundo seguinte, um imenso sorriso se formou em seu rosto e ele tapou a boca para rir.


- A-Agora?! - perguntou ele. Era a vez de Armin ficar surpreso com o convite inesperado. Ele olhou para o relógio na sua mesinha de cabeceira, que marcava um pouco mais de duas e meia da manhã. A luz da lua entrava pela janela e tudo estava no mais completo silêncio. Parecia que eles eram as únicas pessoas acordadas no mundo inteiro.


Lara também cobriu a boca para rir e acabou dando de ombros.


- Bom… Se você não estiver a fim, tudo bem… - ela fez que ia se virar para o outro lado, com um sorrisinho atrevido, mas Armin logo a puxou de volta, imediatamente prendendo seus pulsos e ficando em cima dela. Devagar, ele foi subindo suas mãos, até entrelaçarem seus dedos.


- Opa, opa! Onde você pensa que vai?! - perguntou Armin, baixinho, e os dois riram. Se inclinou até ela e se beijaram, com Lara lentamente prendendo suas pernas na cintura dele, acariciando seus cabelos loiros. Sentiram que seus corações começaram a se aquecer. Por um momento, Armin se afastou e sorriu para sua esposa.


- Me belisca? Para eu ver se não estou sonhando? - disse ele, baixinho. Só de pirraça, Lara o pegou pelo nariz e o puxou para si, para voltarem a se beijar, enquanto Armin a envolvia em seus braços, rolando pela cama.


Dessa vez, os dois perceberam que seus desempenhos haviam sido mais satisfatórios, apesar de terem gostado demais da primeira vez, pois realmente fora um momento muito único, íntimo e especial para eles, que nunca mais esqueceriam da sensação. Porém, para comemorar a eficácia da segunda vez, Armin convidou Lara para tomarem o primeiro banho juntos na banheira.


Talvez por terem convivido por tanto tempo morando sob o mesmo teto antes de se casarem, os dois agora se sentiam completamente à vontade estando nus na presença do outro. Eles já sabiam quais eram as manias e os trejeitos de cada um, com a única diferença que eles agora se viam pelados e faziam amor.


Então, os dois praticamente saíram correndo da cama, em direção ao banheiro da suíte, do jeito que vieram ao mundo, de mãos dadas, tão empolgados que pareciam duas crianças, indo em direção ao parquinho.


Lara dava pulinhos e batia palmas, enquanto observava Armin abrir a torneira para encher a banheira e, enquanto enchia, ele a puxou e ficaram se beijando por tanto tempo, que a água transbordou, lhes dando um grande susto e tendo que passar um rodinho no chão.


Tomaram um banho muito agradável, com um delicadamente passando a esponja no outro, intercalando com muitos beijos apaixonados. Eles tentaram namorar na banheira, mas o movimento das águas parecia deixar tudo muito complicado, então acabaram desistindo. Ficaram tão frustrados que, só de raiva, foram até o box onde tinha uma ducha e tentaram namorar enquanto sentiam a forte água caindo em suas costas, mas também falharam miseravelmente, pois começaram a se engasgar e a parede estava muito gelada e escorregadia, fazendo-os rir e perder as forças. Acabaram chegando à conclusão de que ainda eram muito amadores no assunto e que precisavam praticar mais. Então, por fim, acabaram ficando abraçadinhos, sentindo a agradável temperatura da água da ducha em seus corpos, enquanto davam muitos beijos lentos e intensos.


Ainda no meio da madrugada, os dois colocaram um pijama quentinho e foram até a cozinha. Prepararam um café mocha e tomaram sentados à mesa de jantar, contemplando da janela a paisagem noturna e estrelada lá fora, com a lua iluminando o vale. Agradeceram em seus corações pela noite maravilhosa que estavam tendo e sorriram para o outro, apertando suas mãos.


Novamente, Lara ficou com um bigodinho do café mocha e Armin prontamente fez o favor de limpar com sua própria boca, arrancando muitas risadas dela, porque ele começou a cutucá-la nas costelas enquanto fazia isso.


À essa altura, Lara já estava com muito sono e exigiu ser carregada no colo pelo marido até a cama, já que ele havia se divertido demais às custas de seus peitos. E, conforme combinado previamente, ela foi a conchinha menor. Acordaram apenas algumas horas depois, porque não podiam se atrasar para pegar o trem, e começaram a se arrumar para sair.


Aparentemente, Lara também havia puxado Hange na questão da sem vergonhice. A diferença era que este atributo apenas não havia sido despertado nela antes. Assim como sua mãe, Lara parecia não se importar em entrar no banheiro enquanto Armin fazia suas necessidades fisiológicas, o deixando extremamente constrangido, e ele achou melhor que, a partir de hoje, trancasse a porta toda vez que fosse usar o vaso sanitário.


Eles precisariam passar na casa de Levi e Hange para buscá-los e, juntos, irem até a estação. Os dois estavam um pouco temerosos para os encontrarem, por terem literalmente fugido de sua própria festa de casamento, e Lara ainda se recordava da cara que seu pai fez ao descobrir qual era o motivo da fuga.


Porém, para o grande alívio dos dois, Levi aparentou que não estava sabendo de nada e os tratou normalmente. No fundo, ele os entendia e acabou achando até graça.


Kuchel chorou muito na estação, porque também gostaria de viajar de trem, pois não tinha lembranças de quando viajara pela primeira vez, quando tinha apenas três meses de idade, na época em que foram ver o médico ortopedista de seu pai. Porém, Lara e Armin prometeram que trariam algum presente de Toscana para ela e Hannah, que estava um pouco assustada com a quantidade de gente que tinha na estação, se escondendo no pescoço da mãe.


Antes de embarcarem, Lara pediu que Levi tirasse uma foto dela e de Armin na frente do trem (e que "pelo amor de Deus, não tremesse, pois temos poucos filmes e eles são caros!”). Levi conseguiu não tremer, mas achou muita vergonha alheia alguém ficar sorrindo para um estranho objeto retangular, que emitia uma luz ofuscante.


Se despediram de Hange, Levi, Kuchel e Hannah e subiram a bordo, indo para a sua cabine, pois seria uma longa viagem até chegarem à noite em Florença, a primeira cidade que visitariam na região de Toscana.


Agora que eram casados, Armin e Lara acharam um completo absurdo que as cabines só tinham camas de solteiro, e agora entendiam o porquê na época em que estavam vindo para a Itália, Hange e Levi gostavam de ficar à sós na cabine do navio para poderem ter algum momento decente de afeto, já que não podiam nem dormir juntos durante aqueles dias de viagem.


Enquanto ajudava o casal a colocar as malas na cabine, o comissário do trem acabou descobrindo que eles estavam em lua de mel e disse que traria um café da tarde especial, na hora que fossem servir para os passageiros, lá para às 17hrs.


Como Lara e Armin estavam exaustos da animada madrugada que tiveram (pois as poucas horas que dormiram não foram o suficiente para recarregar suas energias), eles aproveitaram e foram dormir um pouco, fazendo questão de dormirem abraçadinhos na mesma cama, o que na verdade foi ótimo para um casal em lua de mel.


Conforme prometido, às 17hrs foram acordados pelo comissário batendo na porta da cabine, trazendo em um carrinho um belíssimo café da tarde italiano, com direito a pães recheados, biscoitos, croissants, café expresso e algumas frutas. Tinha até mesmo um pequeno vasinho com algumas rosas vermelhas. Lara quase teve um piripaque quando o comissário lhe perguntou:


- Aceita um croissant de chocolate, Senhora Arlert?


O motivo do piripaque foi porque se emocionou muito ao ser chamada de “Senhora Arlert”, pois agora tinha mais um sobrenome para sua coleção. E também, por descobrir que existia croissant de chocolate, pois nunca havia visto para vender na cidade de refugiados, mas na verdade, ela apenas nunca prestou atenção, porque lá tinha, sim! (o que é uma pequena falta de senso vindo da parte dela, já que é fissurada em chocolate). O resultado disso foi um “eu quero, moço!” muito choroso, o que deixou o comissário um pouco confuso, enquanto Armin ria, baixinho, saboreando seu expresso.


Quando terminaram de tomar o café da tarde, o comissário voltou para retirar as louças sujas e o carrinho, e então, Lara e Armin passaram o resto da viagem de trem olhando a paisagem pela janela, apontando para os lugares que achavam bonito. Cogitaram tirar uma foto das montanhas ao fundo, mas acharam que iria ficar embaçada e tremida, e desperdiçariam o filme à toa. 


Por fim, acabaram tirando o que hoje chamamos de “selfie”, mas, para a época em que viviam, o nome era apenas “foto de si mesmos”. Seus olhos lacrimejaram muito por causa do forte flash e ficaram com medo de terem piscado, o que seria um completo desastre, pois não queriam fotos dos dois somente de olhos fechados durante toda a viagem. Imagine só, que decepção! Iria parecer que os dois estavam dormindo em todos os pontos turísticos!


Chegaram em Florença à noite e foram levados por uma carruagem para o hotel em que iriam se hospedar. Armin e Lara estavam boquiabertos ao presenciar as construções em estilo renascentista e gótico. Lara sentiu uma imensa alegria em seu coração ao ver como Armin estava encantado, realizando um de seus sonhos, o de viajar pelo mundo. Só não lhe deu um caprichado beijo na boca ali mesmo, pois seria uma falta de educação para com o cocheiro.


Apesar de estar de noite, algumas construções eram iluminadas por holofotes e ao longe, puderam ver a gigantesca catedral de Santa Maria del Fiore. Os dois ficaram totalmente perplexos, pois nunca haviam visto uma construção daquele tamanho (a não ser as literalmente colossais muralhas de Paradis). Aproveitaram o cocheiro e pediram algumas dicas de passeio, o que ele prontamente falou de bom grado.


Chegaram no hotel, que era simples, mas muito aconchegante. Ficava em um dos bairros mais afastados do centro e era todo feito de pedras, com flores rosas caindo por sobre o telhado de madeira escura, rodeado por arbustos floridos. Foram recebidos com muita educação pela recepcionista, que os presenteou com um vinho de uma das vinícolas da região, surpreendendo os dois. 


Na carta que enviaram fazendo a reserva há poucos meses atrás, informaram que iriam se hospedar para sua lua de mel, então suspeitaram que esse era o motivo de terem ganhado este mimo (aqui temos que dar um desconto para Lara e Armin, pois era a primeira vez que viajavam a passeio, além de Marley, e não sabiam dos costumes de outros lugares).


Ficaram mais surpresos ainda quando chegaram no quarto e viram que a cama estava toda preparada para claramente receber um casal apaixonado, pois, acima dos lençóis, havia uma caixa de bombons em formato de coração, com duas taças de vidro ao lado. Deram uma gorjeta para o mensageiro que trouxe as malas e trancaram a porta.


Os dois começaram a ter uma crise de risos ao ver tudo aquilo preparado para eles, pois não esperavam nunca que iriam ser tão mimados assim pelos funcionários (mal sabia eles que isso era procedimento padrão do hotel e só depois, na hora do jantar, ouviram um outro casal falando na mesa de trás em como os chocolates da caixa de bombons estavam saborosos, finalmente se ligando de que eles não eram clientes exclusivos coisa nenhuma).


Depois que jantaram, voltaram para o quarto para finalmente saborear os tão deliciosos (e não tão exclusivos) bombons. Nem Armin ou Lara tinham o costume de tomar vinho, porque nem Hange e Levi também tinham, basicamente só tendo chás em suas casas (ou algumas vezes, um pouco de café), por ser algo que eles estavam acostumados a beber durante toda sua vida em Paradis.


Então, foi um tremendo sufoco para Armin conseguir arrancar a bendita da rolha da garrafa, porque Lara ria tanto da sua cara, ao ver em como ele já estava quase roxo de tanto puxar, que ele ficou totalmente sem forças, pois também não parava de rir. Por fim, Lara tomou a garrafa de suas mãos e num movimento rápido, ela mesma tirou a rolha, deixando Armin boquiaberto.


Já que estavam em lua de mel, combinaram que iriam fazer tudo conforme mandava o figurino. Então, enquanto davam alguns pulinhos de empolgação, tiraram suas roupas com certa violência e se enfiaram debaixo dos lençóis, para aí sim, poderem tomar o vinho e comer os chocolates. Se permitiram se sentir muito chiques e metidos naquele momento, até mesmo levantando o dedinho para tomar o vinho na taça, pois não sabiam quando teriam outra oportunidade para fazer isso novamente. Eles davam os bombons na boca do outro, se lembrando de quando Lara esteve na enfermaria do Quartel, quando machucou o pé, e dividiram aquela caixa de chocolates que Armin comprou, há muito tempo atrás, nem imaginando que, cerca de três anos depois, estariam tendo sua lua de mel em Florença, num mundo completamente sem Titãs!


Até pensaram em tirar uma selfie deles na cama, com as taças de vinho e os bombons (pois gostaram muito desse tipo de foto, apesar da cegueira temporária em que ficavam), mas, antes de apertarem o botão, se lembraram de que teriam que revelar as fotos e que, provavelmente, a pessoa que faria este serviço os viria naquele estado, o que seria uma extrema vergonha. Então, acharam por bem tirar uma foto da caixa de bombons, com eles segurando a taça de vinho na frente, brindando.


Depois que se saciaram dos chocolates e tomaram um pouquinho do vinho para acompanhar, Armin engatinhou na cama por cima de Lara, começando a enchê-la de beijos barulhentos, arrancando altas risadas dela, que teve que tapar a própria boca, com medo de incomodar os quartos vizinhos. Eles estavam extremamente felizes por estarem ali, juntos, não conseguindo parar de sorrir. Sentiam que a cada minuto que passavam na companhia um do outro, se amavam mais.


Tiveram uma noite muito romântica e agradável. Fizeram amor por bastante tempo, da mesma maneira que fizeram apenas um dia antes, em sua noite de núpcias, com tudo muito devagar e intenso, aproveitando cada segundo, sendo iluminados apenas pelos abajures. Depois, tomaram um banho juntos, debaixo da ducha quentinha, enquanto ficavam abraçados, dando beijos lentos e apaixonados.


A noite estava um pouco fria, então, após o banho, colocaram seus pijamas e dormiram bem juntinhos, do jeito que Lara havia sonhado há muito tempo atrás, com Armin a abraçando apertado, a esquentando do frio.


No dia seguinte, após o café da manhã, começaram a passear por Florença.


A primeira coisa que fizeram foi visitar a catedral de Santa Maria del Fiore, que agora, iluminada pela luz do dia, pareceu muito maior do que já era. Quando chegaram à praça que ficava na frente da construção, Armin e Lara estavam tão embasbacados com o tamanho da catedral, que quase tropeçaram em alguns pombos. Em determinado momento, Lara enxotou um pombo, dizendo:


- Sai daqui, Eren!


- O que disse, amor? - perguntou Armin, também tentando se desvencilhar de alguns.


- Nada, não! - ela tentou disfarçar uma risadinha.


Quando se aproximaram da entrada da catedral e começaram a analisar os riquíssimos detalhes arquitetônicos, Lara começou a bater os pés em euforia.


- VAMOS TIRAR UMA FOTO!!! - exclamou, sacudindo as mãos. Ela posicionou a câmera na frente do rosto dos dois, tentando enquadrá-los mentalmente e torcer para que a catedral aparecesse atrás. Mas, só saberia o verdadeiro resultado quando revelasse a foto, o que a deixou bem ansiosa.


Quando finalmente entraram, seguindo a fila dos visitantes, Armin teve que segurá-la, porque Lara literalmente quase desmaiou ao ver a imensa cúpula da catedral, inteiramente coberta com incríveis pinturas em estilo renascentista e maneirista (ela não sabia que tinham esses nomes).


- M-M-Mas, como eles subiram até ali para pintar?!?! É-É impossível! - gaguejava Lara, praticamente chorando ao pensar que talvez nunca chegaria nesse nível de realismo - Eu preciso do contato do professor da pessoa que pintou isso! Será que ele me ensinaria?!


Antes que Armin pudesse respondê-la, Lara correu até um dos guias que orientava os visitantes. Agora com um italiano completamente fluente, ela o cutucou.


- Com licença, senhor! Por favor, poderia me dizer quem foi que pintou estes desenhos? - Lara apontava para a cúpula, quase dando pulinhos no lugar em que estava parada. Armin se aproximou, ofegante por também ter corrido até lá.


- Ah, sim… - respondeu o guia - Foram Giorgio Vasari e Federico Zuccari.


- Poderia por favor me passar o contato deles? - perguntou Lara, esfregando as mãos em nervosismo - Preciso muito saber onde eles aprenderam a pintar assim! É que eu também sou pintora.


O guia a olhou de cima a baixo, com a boca entreaberta e uma certa expressão de incredulidade. Então, lentamente, respondeu:


- Minha senhora… Sinto lhe dizer, mas… Eles já morreram faz séculos.


- O QUÊ?! - a voz de Lara ecoou pela catedral, atraindo muitos olhares.


Armin teve que puxá-la para fora do local, pois as pessoas já estavam começando a cochichar e apontar, porque Lara começou a chorar em total desolação. Demorou pelo menos uns quinze minutos para ele conseguir consolá-la pelo fracasso de tentar conseguir ter aulas com pintores tão profissionais. Lara só foi se animar novamente, quando Armin correu e comprou um sorvete. 


O sorvete estava ótimo, mas Lara ainda soluçava um pouquinho, enquanto lambia a casquinha e Armin lhe dava tapinhas compreensivos em suas costas, se segurando ao máximo para não rir da desgraça alheia de sua esposa.


Depois disso, foram até um local chamado Piazza Della Repubblica, uma grande praça e que tinha um lindo carrossel no meio.


Lara e Armin nunca tinham visto um carrossel em toda a sua vida e ficaram encantados ao ver as pessoas subindo em cavalinhos de madeira, enquanto giravam e giravam sem parar naquele grande objeto belamente decorado com arabescos dourados e pinturas coloridas.


- Vamos, amor?! - perguntou Armin, empolgado - Aquele ali parece o meu cavalo que eu tinha na Tropa de Exploração!


Os dois alegremente compraram os ingressos e subiram nos cavalinhos. Porém, descobriram que não era tão divertido assim, pois o brinquedo só ficava girando em torno de si e nada mais, os rendendo uma leve crise de labirintite, onde os dois saíram cambaleantes do brinquedo e trombaram em algumas pessoas, acenando um “scusi, mi dispiace!” (com licença, me desculpe!). Precisaram ficar alguns minutos sentados em um banquinho para se recuperarem da tontura.


Almoçaram em um restaurante que ficava no centro. Mas, a conta ficou muito cara e eles combinaram de que nas próximas refeições, comeriam em outros bairros mais simples, porque senão, iriam gastar todas as economias que fizeram durante os anos de noivado só em comida.


Pelo menos, sobremesas deliciosas não faltavam ali, e foi mais fácil encontrar um lugar bom e barato. A cada esquina, padarias com vitrines repletas de doces italianos despontavam aqui e ali. Eles pararam em uma e compraram cannolis recheados e alguns pacotinhos de torrones em cubos para poderem comer no hotel.


Depois, foram até a Ponte Vecchio, uma bela construção em estilo medieval. Eles caminharam uma certa distância, para ficarem um pouco mais longe e tiraram uma selfie, torcendo para que ela aparecesse atrás, rodeada por prédios coloridos.


Passaram o restante da tarde no que foi o passeio preferido deles até agora (além da catedral, apesar de aquilo ter sido um passeio um tanto quanto desastroso), um lugar chamado Galleria Dell’Accademia, um museu repleto de obras de arte e esculturas.


Armin e Lara estavam embasbacados, pois nunca em suas vidas viram tanto tipo de arte juntas em um lugar só. Lara só faltava desfalecer ali mesmo. Esculturas e pinturas de todos os tipos eram expostas por todas as salas, paredes e corredores. Além de ter uma seção com diversos tipos de instrumentos musicais.


Então, perceberam que as pessoas estavam se encaminhando para uma certa área do museu, onde eles viram que dava para uma grande estátua de mármore de pelo menos uns cinco metros de altura, de um homem completamente nu, segurando uma funda, um tipo de arma antiga.


Ao se aproximarem e lerem o descritivo, viram que se tratava da famosa estátua de Davi, de Michelangelo. Porém, nenhum dos dois sabiam que era uma obra de arte já muito conhecida pelas pessoas. Quando Lara terminou de ler, quase entrou em colapso ao se dar conta de algo.


- Armin! - ela o sacudiu, enquanto ele também lia o descritivo - É-É… O rei Davi! Das histórias que nós lemos na Bíblia lá de casa!


- Jura?! - Armin arregalou os olhos - Mas, cadê o Golias?!


Lara olhou ao redor.


- Será que está em outra sala? - se perguntou, com a mão no queixo.


- Ou, talvez o… - Armin consultou o descritivo novamente - Tal de Michelangelo achou melhor não fazê-lo, já que é um gigante.


Lara analisou a estátua de Davi, pensativa.


- É verdade… - ela estreitou os olhos - Se Davi, que era baixinho, já ficou com uma estátua de cinco metros, imagina Golias!


Armin então arregalou os olhos, como se algo lhe ocorresse, e começou a rir.


- Ah! - exclamou - Agora eu entendi o porquê Levi gosta tanto da história do rei Davi. Era um homem guerreiro, baixinho e lutou com um gigante! Igual ao seu pai, com os Titãs.


- Môzinho! - retorquiu Lara, também não conseguindo deixar de rir - Olha que eu conto pro pai que você está zoando ele, hein?! - ela lhe deu um empurrãozinho brincalhão.


- Não, não, não! - Armin sacudiu as mãos em desespero - Por favor, eu não quero morrer!


Os dois riram e deram um selinho, se abraçando de lado. Ficaram contemplando a obra de arte por mais algum tempo. Lara disse que, se um dia tivesse oportunidade, também gostaria de aprender a esculpir, o que Armin achou uma boa ideia, mas que era melhor ela esculpir em barro, pois mármore era caríssimo.


Voltaram exaustos para o hotel no entardecer e tomaram um banho juntos na banheira, onde Armin abraçou Lara por trás e os dois ficaram ali, relaxando na água quentinha. Eles até mesmo cochilaram, tão confortáveis estavam. Só acordaram porque sentiram que a água esfriou e rapidamente, se secaram e foram terminar sua soneca na cama, dormindo de conchinha (dessa vez, Armin pediu para ser a conchinha menor, porque gostaria de saber qual era a sensação).


Estavam tão cansados, que quase perderam a hora do jantar que o hotel servia e tiveram que correr para o refeitório. Na volta, ainda estavam um pouco sonolentos e seus pés doíam muito do tanto que andaram, então foram direto para a cama, dormindo em menos de dois minutos.


Tiveram uma excelente noite de sono e acordaram revigorados, bem cedinho, antes do sol nascer. Escovaram seus dentes e foram até a pequena varanda que tinha no quarto. Com fumaça saindo de suas bocas por causa do frio, se abraçaram apertado, enquanto assistiam ao crepúsculo. O céu tinha uma tonalidade rosa e roxa, entrecortando todas as construções que preenchiam a cidade. Algumas estrelas ainda despontavam lá no alto.


Se entreolharam com um pequeno sorriso, então, lentamente, encostaram seus lábios, abrindo suas bocas para um beijo suave. Lara entrelaçou seus braços no pescoço de Armin, que começou a colocar suas mãos por dentro da blusa do pijama dela, lhe causando um certo arrepio, pois as mãos dele estavam geladas, fazendo os dois rirem baixinho, enquanto ela contraia a barriga com a cosquinha.


Ainda se beijando, foram andando cambaleantes para dentro do quarto, com Armin fechando a porta da varanda. Começaram a tirar suas roupas e se enfiaram debaixo das cobertas, onde ficaram se beijando, fazendo carinho um no outro e se abraçando, aproveitando para também namorar um pouquinho, até dar a hora do café da manhã. 


Depois do café, pegaram um trem para irem visitar Pisa, uma cidade próxima, pois ficaram sabendo que lá tinha uma torre engraçada.


Apesar de Armin e Lara já conseguirem falar italiano fluentemente, ainda se confundiam com algumas palavras. Então, durante o trajeto do trem, ouviram tantas pessoas falarem da tal “Torre de Pisa aqui, Torre de Pisa ali”, com as vozes se misturando no burburinho do vagão, que os dois acabaram entendendo que se tratava de uma torre de pizza.


Ficaram se encarando por pelo menos uns dois minutos, com o cenho franzido, tentando processar em suas mentes como era possível existir uma torre gigantesca feita de pizza, e chegaram à conclusão de que o lugar talvez deveria ser uma grande pizzaria, afinal.


Andavam pela cidade muito ansiosos para visitarem a tal pizzaria, pois a viagem os deixou com muita fome, mas, se decepcionaram lindamente ao verem que era uma torre normal, feita de mármore.


Bem, normal ela não era, pois possuía uma inclinação para o lado, o que fez os dois andarem um pouco apreensivos pela praça que a rodeava, com medo de que ela caísse a qualquer momento na cabeça dos turistas. Ao se certificarem de que a torre não iria cair, compraram os ingressos para subi-la.


Porém, era tão estranha a sensação de subir numa torre tão torta, que em determinado momento, quando estavam quase lá no alto, Armin simplesmente travou, se segurando nas paredes, jurando de pé juntos que sentiu a torre se mexer.


Armin não era o único a se comportar assim, pois, enquanto Lara tentava o acalmar, também avistou algumas outras pessoas assustadas e bem pálidas, andando rente às paredes, como se tentassem se segurar.


Lara só conseguiu fazer ele sair do lugar, após prometer que, quando chegassem no hotel, tentariam namorar na banheira de novo, o que o fez se empertigar imediatamente, como se nada tivesse acontecido e com um sorrisinho de conquista na cara.


Ao saírem da Torre de Pisa, perceberam que alguns turistas estavam fazendo poses estranhas no gramado da praça, enquanto alguém tirava uma foto da pessoa. Se entreolharam, confusos. Como Lara era mais desinibida para falar com estranhos, cutucou um senhorzinho, que tirava uma foto de sua esposa, perguntando-lhe o porquê estavam fazendo aquilo.


Pacientemente, ele explicou que era porque, quando tirava uma foto fazendo a tal pose estranha, dava a impressão de que a pessoa estava segurando a Torre de Pisa. Um sorriso se abriu na boca de Lara e ela alegremente pediu para que o senhorzinho tirasse uma foto dela e de Armin. Eles ficaram com um pouco de vergonha alheia por estarem fazendo uma pose tão cômica, segurando o nada, mas o senhorzinho lhes garantiu que a foto ficou boa.


Aproveitaram e visitaram um museu que tinha lá perto, e almoçaram pizza em um pequeno restaurante de um dos bairros, já que ficaram com tanta vontade, ao serem enganados com a falsa torre de pizza.


Pegaram mais um trem para visitarem outra cidadezinha, chamada Lucca. Era um lugar pequeno e tranquilo, todo rodeado por uma muralha. Após tomarem um saboroso gelato, eles começaram a andar pelas ruas e encontraram uma lojinha muito aconchegante, que era uma mistura de livraria e papelaria, o que deixou ambos Lara e Armin enlouquecidos, pois aquilo ali significava o paraíso para os dois.


Enquanto Lara explorava a seção de tintas, lápis e pincéis, Armin explorava os livros. Em determinado momento, ele chegou ofegante e alegre atrás dela, segurando dois livros nas mãos.


- Olha esse livro! - Armin entregou um deles para Lara - Conta a história de um boneco de madeira que ganha vida! Fiquei curioso e acho que vou levar para eu ler, o que acha?


Ela leu o título, onde estava escrito “Pinocchio”, do autor Carlo Collodi. O livro tinha uma bela capa de tecido azul, com diversos desenhos representando uma fada, um grilo, um gato, um peixe, um senhorzinho, um burro e uma baleia, decorados com arabescos em volta.


- Que fofinho! - ela sorriu para Armin - Leva sim! Depois você me empresta?


- Claro, minha linda - ele se aproximou e lhe deu um selinho - E você, vai levar alguma coisa?


Lara analisou a prateleira ao lado dela e pegou alguns tubos de tinta.


- Vou levar esses daqui. Agora, faço questão de melhorar minhas técnicas de pintura!


Então, Armin entregou o outro livro que tinha nas mãos.


- Acho que a mãe iria gostar desse, amor. É sobre a botânica aqui da Itália.


Lara folheou o livro, se admirando com os desenhos das plantas e as descrições.


- Uau, ela vai pirar! Estou tão feliz que agora a mamãe tem tempo para ficar no laboratório e fazer o que realmente gosta... - Lara deu um selinho em Armin, agradecendo por ter achado o livro.


Eles exploraram a loja mais um pouco. Chegaram em uma pequena seção onde vendia-se alguns brinquedos de madeira.


- Môzinho, olha só! - ela pegou um cavalinho - Acho que a Hannah iria gostar, não acha?


Concordando, Armin também observou os outros brinquedos e encontrou um trenzinho.


- E esse daqui, para a Kuchel, já que ficou doida porque não pôde viajar de trem.


Finalizaram as compras e depois, saíram.


Antes de pegarem o trem de volta para o hotel, encontraram uma casa de ervas para chá, e somente um nome passou em suas cabeças: Levi. Exploraram um pouco a loja e saíram com um pacote de chá de camélias, produzido ali mesmo nas plantações da cidade de Lucca.


Voltaram felizes por mais um dia de passeio, encostados um no outro no banco estofado do vagão do trem, carregando as sacolas de compras. Ficaram em silêncio durante quase todo o trajeto de volta, pois estava um lindo entardecer. Apreciaram a paisagem, enquanto acariciavam suas mãos e, de vez em quando, sorriam um para o outro, dando um selinho.


Era quase anoitecer quando chegaram no hotel. Eles precisavam arrumar as malas, pois amanhã cedinho, pegariam um trem para a cidade de Siena, onde se hospedariam em outro lugar, para visitar os pontos turísticos da região.


Para facilitar, chamaram um mensageiro e pediram para trazer o jantar no quarto, enquanto organizavam as malas. Jantaram lasanha ao molho branco. Comeram sentados na varandinha do quarto, comentando sobre os lugares que visitaram até agora.


Começou a esfriar e eles entraram, trancando a varanda. Como Armin foi um bom garoto e a obedeceu na Torre de Pisa, como prometido, Lara começou a encher a banheira, deixando seu marido muito animadinho. O vapor quente da água deixou todo o quarto numa temperatura agradável, comparado ao frio que já fazia lá fora.


Os dois tomaram um banho com bastante espuma e aproveitaram para comer alguns dos torrones que compraram no dia anterior. Conforme combinaram, fizeram mais uma tentativa de namorar na banheira. Ainda tinham muito o que melhorar, mas dessa vez, tiveram um desempenho um pouco melhor.


Chegaram em Siena na metade da manhã seguinte, se hospedando em um chalezinho de uma pequena pousada, que tinha até lareira, porque ali fazia muito frio à noite. Era uma região bem parecida com a da cidade dos refugiados, com aquele aspecto de campo, rodeada de plantações de vinícolas.


Dessa vez, foram mais espertos em relação aos mimos que receberam na pousada, por estarem em lua de mel. Ganharam outra caixa de bombons, dessa vez recheados com uvas e morangos plantados na região, para a total alegria de Lara, que quase comeu a caixa inteira. Também ganharam um saboroso suco de uva, de uma das vinícolas dali perto.


Passaram o restante do dia explorando a praça central da cidade, que tinha um curioso formato de concha, e as lindas ruas de pedra da cidade, que mais pareciam labirintos, tendo um momento em que se perderam feio, e agradeceram por saber falar italiano para pedir informações, senão, teriam passado a noite dormindo ao relento, por não saberem como chegar na pousada novamente.


À noite, depois do jantar no refeitório central da pousada, voltaram para o seu chalé. Por conta do frio, acenderam a lareira e forraram o chão com vários cobertores e almofadas. Com o quarto devidamente aquecido pelo calor, os dois tiraram suas roupas e ficaram debaixo das cobertas, se beijando e se acariciando lentamente, enquanto trocavam juras de amor, e namoraram por muito, muito tempo.


O dia seguinte de passeio foi bom, mas um pouco trágico. Eles passaram o dia visitando as belíssimas vinícolas da região, se maravilhando com as parreiras de uvas e os gigantescos tonéis de madeira onde armazenavam os vinhos.


Porém, em todas as vinícolas que visitaram, recebiam amostras grátis de suco de uva e queijo, produzido pelos próprios fazendeiros do local. O problema foi que eles se empanturraram tanto de queijo e suco, que aquilo fermentou de tal maneira em seus estômagos, que chegaram passando muito mal no chalé, rendendo os dois passarem boa parte da noite se revezando para ir ao banheiro, cortando totalmente o clima romântico de lua de mel, tanto que nem namoraram naquela noite, tão mal estavam, e foram dormir gemendo de dor de barriga.


Essas coisas acontecem, paciência. Se você está em sua lua de mel e não passa por um perrengue desastroso, você está fazendo errado.


Acordaram no dia seguinte se sentindo muito melhor, bem cedinho, com Armin todo alegrinho e recuperado, cutucando Lara, perguntando se ela estava a fim de namorar. Ela prontamente aceitou, pois também já havia melhorado. Porém, quando começou a beijar Armin, se afastou na hora, alegando que o rosto dele parecia uma lixa, já que sua barba havia crescido. Por fim, Lara disse que só iria namorar se ele fizesse a barba imediatamente, pois não queria ficar com sua boca toda ardendo e piniquenta, e Armin foi batendo os pés até o banheiro para fazer o serviço, completamente indignado. 


Enquanto Armin, do banheiro, reclamava em como aquilo era uma tremenda calúnia contra sua pessoa, pois não tinha culpa que sua barba crescia, Lara retorquia dizendo que ele estava terminantemente proibido de um dia sequer cogitar em ter bigodes, alegando que nunca mais iria beijá-lo, caso isso acontecesse, pois em sua opinião, achava um pouquinho nojento a possibilidade de beijar alguém com bigodes. Armin foi obrigado a concordar e no final, correu para os braços da esposa quando saiu do banheiro, pois ficou traumatizado em ter sido rejeitado por causa de sua barba crescida.


Logo depois do café, os dois pegaram um trem para visitarem a cidade de San Gimignano, que possuía grandes torres altas medievais, que lindamente contrastavam com a paisagem verde do local. Tiraram algumas fotos e almoçaram em um restaurante da cidade. Na parte da tarde, para a completa surpresa deles, na praça, houve uma pequena apresentação de ópera, onde uma mulher cantou a música “O Mio Babbino Caro”, acompanhada por uma orquestra, arrancando muitas lágrimas de Lara e Armin, pois nunca ouviram alguém cantar de maneira tão bela próxima aos dois.


O dia seguinte foi muito especial. Eles acordaram de madrugada para finalmente fazer o tão esperado passeio de balão. Antes mesmo do sol nascer, já estavam no trem para a cidade de Chianti. Lá, tomaram um café da manhã no campo, com outros turistas e casais que também iriam participar do passeio.


Quando finalmente viram os maravilhosos balões coloridos, se emocionaram muito, apertando suas mãos e dando um selinho em comemoração, pois nunca haviam visto algo assim em toda a sua vida. Já tinham andado de dirigível, é claro, mas o clima e o objetivo foram totalmente diferentes, no meio da guerra em que estavam passando na época.


Foi indescritível a sensação que sentiram ao balão subir lentamente em direção aos céus, com o ar gélido do amanhecer batendo em seus rostos, balançando seus cabelos. Havia mais um casal em lua de mel na mesma cesta do balão em que estavam, parecendo tão felizes quanto Armin e Lara.


Observando o sol lentamente surgir por entre as belíssimas montanhas italianas, com seus raios entrecortando as árvores e as nuvens, os dois se entreolharam e lentamente, se aproximaram para um beijo muito apaixonado, com seus corações queimando em felicidade. Não sentiram vergonha de se beijar em público, porque o outro casal também fazia a mesma coisa.


Voltaram do passeio se sentindo tão plenos e apaixonados, que no caminho de volta, decidiram que iriam ficar o resto do dia na pousada, curtindo um ao outro. Já entraram no chalé se beijando ardentemente, só dando tempo de trancarem as portas e janelas, enquanto tiravam suas roupas. Como combinado, passaram o restante do dia intercalando entre fazer amor na cama e na banheira (eles finalmente conseguiram!). Para comemorar o sucesso da eficácia na banheira, pediram o jantar no quarto, finalizando a noite namorando mais um pouquinho na frente da lareira.


No dia seguinte, saíram da pousada para visitarem a última região de sua viagem, um lugar chamado Cinque Terre, um conjunto de vilas centenárias, localizadas à beira-mar na acidentada costa da Riviera Italiana. Como Armin amava o oceano, eles pensaram que seria o lugar ideal para finalizarem sua lua de mel com chave de ouro.


Lara encheu-se de júbilo ao ver como Armin estava emocionado quando chegaram em Cinque Terre. Era um lugar simplesmente fantástico. Todas as construções eram muito coloridas, com flores decorando as ruas, em um belíssimo contraste com a forte cor azul do mar. Parecia um lugar saído de um livro de fantasias.


Passaram dois dias maravilhosos neste local, passeando por entre as ruas, casas e pontes. Foi o lugar onde mais tiraram fotos. Comeram refeições italianas deliciosas, em restaurantes com vista para o mar.


Por último, fizeram um incrível passeio de barco durante uma tarde inteira, onde presenciaram o sol se pôr entre as casinhas coloridas e as montanhas verdes e rochosas da região. O laranja e roxo do céu contrastavam com a cor das águas e das pedras.


Ali, no balançar do barco, Lara e Armin se entreolharam e, novamente, deram um beijo apaixonado. Afastaram seus lábios e ficaram segurando em seus rostos, um olhando profundamente para o outro, enquanto diziam o quanto se amavam.


Desde o dia do noivado, até agora, definitivamente, estes foram os melhores momentos que já viveram.


Tudo estava perfeito e em paz.



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Autor(a): NathaliaCroft

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